As organizações buscam no mercado aqueles profissionais
que possuem como competência a excelência individual. Para que o profissional
atinja esta excelência ele precisa estar ciente de suas potencialidades e
limitações diante das exigências de entrega que a empresa necessita em seu
negócio.
Os gurus da Gestão de Pessoas citam a excelência
individual como um dos comportamentos perseguidos pela organização (valores
trazidos em comportamentos diários), não deixando de apontar o trabalho em
equipe, os resultados, a visão de longo prazo, a paixão por produtos e
tecnologia e a visão de clientes e parceiros. Todos estes comportamentos são
atrelados às competências específicas de sua posição na empresa.
Para que o profissional possa desenvolver uma carreira
dentro da sua qualificação é preciso caminhar em direção ao desenvolvimento
constante. Diante de tantas mudanças vividas, a cada dia o mercado traz
cenários diferentes, novos desafios e novas indagações,onde se faz necessário
reciclar competências.
De acordo com Peter Drucker "O trabalho é uma das
dimensões do ser humano. A outra é o amor. Onde se conclui que só tem um bom
desempenho profissional quem a ama o aquilo que faz."
Foi-se o tempo em que trabalho era sinônimo de
escravidão e de mero sustento.
Atualmente o trabalho possui outro significado, sendo
encarado não apenas como uma sustentação financeira, mas também como:
1. Fonte de aprendizagem (como ajudar a sociedade,
preservar o meio ambiente, conviver com pessoas portadoras de deficiências
pessoais);
2. Auto desenvolvimento de competências (superar
desafios, agir com tranqüilidade, tomar decisões e negociar de maneira
adequada);
3. Satisfação e prazer de realizar;
4. Desenvolvimento da capacidade de ajudar, servir aos
demais, ensinar.
Desta forma, o auto conhecimento é uma condição
imprescindível para que o profissional estimule a auto crítica e direcione sua
carreira, compatibilizando competências pessoais e satisfação no que realiza.
As vantagens do auto conhecimento são inúmeras. Podemos
dizer que quanto mais a pessoa se conhece mais ela pode:
• Utilizar competências positivas para gerar resultados
produtivos;
• Desenvolver suas limitações, uma vez que toma
consciência dela;
• Conseguir manusear e controlar impulsos, sabendo o
que provoca reações inadequadas;
• Utilizar as diferenças individuais como fonte de
conhecimento, compatibilizando suas competências e interesses com os diferentes
estilos de pessoas;
• Identificar suas satisfações, adequando as
responsabilidades no trabalho de acordo com seus interesses e habilidades:
• Administrar seu tempo, atribuindo mais dedicação as
atividades em que sua competência encontra-se deficitária;
• Identificar necessidades de delegação, sabendo
complementar suas deficiências com os demais.
Mas, para que ocorram as melhorias é necessário uma
mudança interna de conceitos.
Toda mudança resulta da aquisição de novos
conhecimentos e com isto, uma reconstrução de novos padrões de comportamentos e
quebras de paradigmas.
Então, como desenvolver a competência do auto
conhecimento, capaz de gerar resultados?
Existem ferramentas que ajudam a trazer uma clareza a
respeito de quem somos, como somos e o que somos capazes de produzir. Estar
aberto a receber feedback e conhecer a imagem que os outros tem a seu respeito,
ajuda a repensar conceitos enraizados que se possui e que na realidade não
correspondem a sua forma de agir. Leituras e participações em programas de
capacitação propiciam reflexões e conhecimentos a respeito de teorias que
ajudam a compreender comportamentos que são adotados.
Portanto, o caminho é adequar a pessoa ao seu trabalho
ou ao mercado que ela pretende conquistar ou manter. Quanto mais se tem
consciência de como se é, mais facilidades se cria para um realinhamento
flexível e aberto de novas competências.
Arlete Zagonel Galperin
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