quinta-feira, 28 de março de 2013

O saco de carvão


O pequeno Zeca entra em casa, batendo os pés no assoalho com força.

Seu pai, que estava indo para o quintal fazer alguns serviços na horta, chama o menino para uma conversa. Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. 

Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado: 

-Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito isso comigo. Desejo tudo de ruim pra ele, quero matar esse cara. 

Seu pai, um homem simples, mas cheio de sabedoria, escuta
calmamente o filho que continua a reclamar: 

-O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito isso! Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir para a escola. 

O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. 

Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou calado. Zeca vê o saco ser aberto e, antes mesmo que pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo: 

-Filho, faz de conta que aquela camisa limpinha que está secando no varal é o seu amigo Juca, e que cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu endereçado a ele. 

Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.” 

O menino encarou como uma brincadeira e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe, e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora depois terminou a tarefa. O pai, retorna e lhe pergunta: 

-Filho, como está se sentindo agora? 

-Cansado mas alegre. Acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que não entendeu a razão daquela brincadeira, e com carinho lhe diz:

- Venha comigo até meu quarto, pois quero mostrar-lhe uma coisa.
Lá é colocado diante de um espelho, onde vê todo o seu corpo.

Que susto! Enxergou apenas seus dentes e olhos . 

O pai, então, lhe diz ternamente:

“Filho,você viu que a camisa quase não ficou suja, mas olhe só para você. O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu.” 

“Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, os resíduos e a fuligem ficam sempre em nós mesmos.” 

“Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras.
 
Cuidado com as palavras: elas se transformam em ações.” 

“Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos.
Cuidado com seus hábitos: eles moldam o seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele decidirá o seu destino.”

Autor: Dom Itamar Viana / Frei Aldo Colombo. 

Fonte: http://radiomundial.com.br/vivamelhor/?id=18761


quarta-feira, 27 de março de 2013

Dez crenças que você precisa abandonar para ter sucesso profissional


Por Heloísa Noronha 

Que na era da Internet as empresas estão se modernizando a uma velocidade impressionante, não é novidade. Toda mudança, porém, exige uma quebra de determinados padrões de comportamento. Alguns conceitos ficam tão arraigados que é difícil modificar a atitude sem sentir uma pontinha de receio. Para te ajudar, conversamos com vários especialistas em carreira. Eles elaboraram uma lista com dez máximas que estão antiquadas. Sabendo disso, será muito mais fácil você se dar bem.

1. Quem estende o expediente é visto como competente e esforçado
Há algum tempo, as pessoas que cumpriam o horário à risca eram malvistas. Isso está em franca decadência, pois quem quer fazer trabalho extra pode, perfeitamente, se dedicar a isso fora do escritório e depois apresentar resultados. “Ficar até mais tarde costuma ser desnecessário e improdutivo. O que interessa para as empresas é o resultado”, avisa Eduardo Ferraz, especialista em gestão de pessoas, negociação e vendas. O administrador de empresas e palestrante Anderson Cavalcante é radical: “Quem sempre fica até mais tarde é incompetente e desorganizado. Um bom profissional sabe que existe vida após o trabalho. Anderson diz que muitas pessoas enrolam o dia todo e depois extrapolam o horário. Os líderes modernos estão de olho nisso.
2. Rede social é brincadeira de quem não tem o que fazer
Cada vez mais profissionais estão se especializando para atuarem nas redes sociais. Dependendo do ramo, elas são tão importantes quanto o trabalho convencional. “Quem não faz parte de alguma rede social é muito mais do que um analfabeto digital: está fora do mundo”, opina Anderson Cavalcante. Christian Barbosa, especialista em administração de tempo e produtividade e fundador da multinacional de consultoria Triad PS, reforça que as redes sociais podem ser muito úteis para captar novos clientes, recrutar profissionais e até desenvolver novos projetos em parceria com outros internautas. “Além disso, algumas pesquisas dizem que as redes sociais, quando bem utilizadas, melhoram a produtividade". Mas ele avisa: "Acessar para pesquisas e ter novas ideias, sim. Perder tempo, não.”
3. Cursos de extensão ajudam a subir na carreira
“Quem para de estudar e de praticar fica desatualizado e não acompanha as necessidades de sua áreal”, avisa Paulo Kretly, presidente da FranklinCovey Brasil e autor do recém-lançado “Deixe um Legado” (Ed. Campus). Cursos e pós-graduações são quase uma obrigação, mas há um porém. “Aquilo que muita gente possui deixa de ser um diferencial. Estudar bastante é importante, mas o que leva uma pessoa ao sucesso é a soma dos resultados que ela entrega”, avisa Eduardo Ferraz. Assim, nenhum currículo repleto de cursos é capaz de sustentar um desempenho fraco no dia a dia.
4. Devo ouvir críticas em silêncio
De jeito nenhum. Essa atitude pode soar como desinteresse, medo e até covardia. Se a crítica for pertinente, ouça e peça sugestões. Do contrário, peça mais detalhes a respeito do assunto, até que fique claro se a crítica é justa ou não. Segundo Anderson Cavalcante, que escreveu o livro “O Que Realmente Importa?” (Ed. Gente), o segredo é não agir com a emoção. Mantenha a razão e questione. Muitas vezes ouvimos uma crítica por algo que nem percebemos que fizemos. E lembre-se sempre: você pode falar o que quiser, para quem quiser, desde que com cuidado. 
5. Pessoas ambiciosas são perigosas
Para o consultor Eduardo Ferraz, autor do livro “Por Que a Gente É do Jeito que a Gente É?” (Ed. Gente), pessoas ambiciosas normalmente são mais invejadas do que malvistas, pois são claras a respeito de seus objetivos. Mas atenção: ambição é diferente de ganância. Christian Barbosa diz que ser ambicioso é bom, fará com que você persista em buscar o sucesso. “Porém, se todas as suas tarefas estiverem relacionadas à ambição, você poderá ser malvisto”, destaca o consultor. Luciano Alves Meira, consultor da FranklinCovey Brasil, enfatiza que a ambição precisa ser compartilhada e orientada por valores. "Assim, sem dúvida, é um traço do trabalhador da era do conhecimento, a que vivemos”, diz.
6. Cumprir prazos é mais importante do que ser criativo
Depende da função e do cargo ocupados. Se os outros dependem de sua pontualidade para trabalhar, cumprir prazos é mais importante. “Se a criação de novas soluções não exige pressa, a criatividade é mais relevante”, argumenta Eduardo Ferraz. Para Anderson Cavalcante, porém, a criatividade nunca foi amiga do prazo. “Ela parece ter vida própria, pois surge quando a gente menos espera e, dependendo da intensidade, é capaz de colocar abaixo todos os cronogramas criados”, defende.
7. Os bajuladores sempre se dão bem
Cresce na carreira quem é competente. Por essa lógica, os bajuladores às vezes se dão bem no curto prazo, mas, futuramente, quebram a cara. “Quem gosta de puxa-sacos? Claro, todos gostamos de elogios, faz bem para o ego... Mas tudo que é demais, enjoa”, diz Christian Barbosa.“Pessoas maduras não são bajuladoras, mas nem por isso precisam ser agressivas. Elas sabem tratar todos com respeito, sem deixar de dizer o que realmente pensam e de negociar sempre que necessário. Essa é a essência da maturidade”, completa Paulo Kretly.
8. Um currículo sempre deve ser curto e objetivo
Embora alguns especialistas sustentem que o recrutador do RH deve se encantar por um currículo em cinco segundos de leitura, o importante é o conteúdo. “Já entrevistei pessoas cujos currículos eram imensos e nem me dei conta de que tinha quatro páginas, tamanho interesse que me despertaram”, diz Anderson Cavalcante. “O problema não é o tamanho do currículo, mas a qualidade de tudo aquilo que você coloca nele”, explica.
9. A vida profissional não pode nem deve interferir na vida pessoal
Segundo Paulo Kretly, tudo está ligado. “O indivíduo é, como a palavra indica, indivisível. Ele carrega para onde vai aquilo que ele é. Caráter e competência são dissociáveis, pois a competência conduz ao topo e o caráter o manterá lá. Por isso, também, é muito importante equilibrar vida pessoal e profissional e cuidar bem da qualidade dos relacionamentos, em ambos os ambientes”, explica.
10. Opinião quem tem é chefe
Você acha que os colaboradores não devem dar opiniões aos seus líderes quando percebem que algo precisa melhorar? De acordo com Paulo Krelty, líderes que não recebem retorno das equipes ficam cada vez menos cientes do que precisa ser feito para alcançar o sucesso. “É essencial que os líderes se abram para receber um retorno e até o peçam”, opina. Segundo Luciano Alves Meira, também da FranklinCovey, as empresas que aprenderam esse conceito construíram culturas vitoriosas. 

terça-feira, 26 de março de 2013

Nascemos líderes ou podemos nos tornar um? - Harold Weinstein


A maioria das pessoas, em algum momento, acaba exercendo a liderança, porém o verdadeiro líder tem a liderança como parte de suas atitudes no cotidiano. Este estilo dá suporte aos seus propósitos.

Em recente estudo que conduzimos, com mais de 300 presidentes e CEO’s, fizemos a seguinte pergunta: “A liderança é uma característica que nasceu com você ou é algo que você desenvolveu ao longo da sua experiência?”.

As opiniões ficaram divididas. 40% dos entrevistados disseram que tinham nascido com a habilidade de liderar e desenvolver pessoas, enquanto 60% responderam que a liderança foi adquirida ao longo de sua experiência.

“A verdadeira liderança não é algo que possa ser aprendido. Somente pode ser aprimorado quando um indivíduo já tem a habilidade natural para isso. Líderes podem ser treinados para tornarem-se melhores, mas já nascem com a habilidade de liderar”, diz Chris Williston, presidente da Independent Association Bankers of Texas.

Perfil de um líder

Portanto, quais são as características de personalidade de um líder?

Por meio do teste de personalidade, descobrimos que grandes líderes são:

* adeptos de uma visão criativa que influenciam outras pessoas;
* habilidosos para construir relações estratégicas que os ajudarão a alcançar suas metas;
* mestres na resolução de problemas e superação de obstáculos;
* arrojados, assumem riscos e tentam novas idéias e abordagens.

Na essência, esses líderes são extremamente perspicazes, assertivos, persuasivos, empáticos e resilientes. Tendo a necessidade de possuir as coisas por completo, são arrojados o suficiente para assumir riscos. São moderadamente sociáveis, demonstrando um nível adequado de ceticismo, sempre motivados por novas idéias.

Este é um perfil muito forte. E precisa ser.

Chris Williston pontua: “Lideres são o coração da organização. Eles são fortes motivadores. Precisam ser incentivadores e não podem ter dias de desânimo. Existem muitas pessoas contando com eles”.

Com tantas pessoas contando com eles, líderes – mesmo com o seu talento e um forte perfil – precisam continuamente aprimorar suas habilidades, desenvolvendo seus próprios talentos e esforçando-se para serem melhores que nos anos anteriores.

Gerenciando você mesmo.

Muitas vezes, a dificuldade de encontrar as pessoas certas começa antes mesmo do processo seletivo. Ou seja, inicia-se neste momento. Em regra, para ser um líder efetivo, você primeiro precisa saber gerenciar-se a si mesmo, para então poder fazê-lo com os outros.

Quando conduzimos grupos do TEC e orientamos as discussões sobre o que realmente os motivava, conseguimos respostas muito distintas. Apesar de haver alguns pontos de resposta similares entre as pessoas, cada uma tem um estilo diferente e motivadores únicos. Sabemos que líderes são excelentes em certos aspectos, como criar situações e visualizar a sua concretização, porém não tão bons em outros, como trabalhar com tarefas que exigem detalhes ou mesmo paciência. Quando você olha para aquilo que realmente lhe motiva, pode achar os pontos insatisfatórios e modificá-los.

A partir disso, pode decidir entre gerenciá-los ou evitá-los. Jim Santore, Presidente da Progressive Handling Systems, em Rockaway, New Jersey, está continuamente procurando meios de aprimorar suas habilidades de liderança. “Desde que me juntei ao grupo TEC e comecei a trabalhar com a Caliper, eu realmente acredito que meu negócio está crescendo”, explica Santore. “Interagir com outros CEOs e ouvir como lidaram com problemas similares é motivador e propicia grandes idéias. É difícil discutir muitos dos problemas que se enfrenta como líder, com as pessoas com as quais você trabalha. No grupo TEC, eles olham para você de um modo diferente. Não estão esperando nada de você. Não têm outros compromissos a não ser ajudar você.”

Além de colaborar com outros líderes, Santore também está sempre refletindo sobre suas próprias características de personalidade. “Eu trabalho com as avaliações de personalidade da Caliper para aprender mais sobre mim mesmo e sobre meus funcionários. A avaliação me classificou como hunter (caçador). Como de fato eu sou. Muitas das minhas características de personalidade, como assertividade, senso de urgência, falta de paciência, exposição a riscos, estavam deficientes. Mesmo sabendo desses fatos, sobre mim mesmo, vê-las explícitas, bem à minha frente, me fez perceber a sua severidade. Isso me fez entender que tenho uma série de aspectos a serem trabalhados ainda.

Ele conta, também, “Quando compartilhei meus próprios resultados com meus funcionários, eles acharam engraçado a minha surpresa com a severidade do resultado da avaliação.” Disseram, “ Veja só com quem tínhamos que negociar!”. “Isto me mostrou que, às vezes, me torno rígido e assim permaneço. Isto também me fez dar mais valor às pessoas que me rodeiam. Eu tenho uma ótima equipe. E saber mais sobre seus motivadores e as áreas em que podem ser desenvolvidos, coloca-me numa boa posição para ajudá-los a se desenvolverem plenamente, o que é bom tanto para eles quanto para a organização.”

Este processo de auto-avaliação é verdadeiramente o primeiro passo para se tornar um grande líder. Em seu mais novo livro, Primal Leadership, Daniel Goleman fala sobre um segundo passo: obter uma fotografia de como você realmente é, por meio de feedbacks constantes sobre sua performance e comportamento, tanto dos seus subordinados quanto dos seus colegas.

Explica, no entanto, que líderes normalmente evitam procurar diretamente por feedbacks, especialmente quando este é negativo. Além disso, os subordinados não sabem aproveitar esta chance para fazer uma crítica construtiva sobre seus chefes. De acordo com o contato que Goleman teve com líderes, eles não evitam feedbacks por se acharem infalíveis, mas por acreditarem não poder mudar. Porém, Goleman diz que há evidências de que líderes experientes também podem aprender.

A seguir, algumas sugestões para melhorar suas habilidades de liderança:

* Busque ativamente por sugestões para melhorar sua performance, tanto de colegas quanto de subordinados, como parte de um processo contínuo de melhoria.
* Peça feedback sobre suas qualidades, para que esteja sempre consciente de quais são e para ter certeza de estar utilizando-se delas.
* Adote um orientador pessoal.
* Identifique potenciais líderes e treine-os para desenvolver suas habilidades de liderança.
* Enfatize e promova o desenvolvimento das qualidades das outras pessoas.

Lembre-se, Daniel Goleman diz em seu livro, “A maior razão de as pessoas pedirem demissão é a insatisfação com o seu chefe. Pessoas que têm chefes ruins, apresentam 4 vezes mais chance de deixar a companhia do que pessoas que gostam do líder para o qual trabalham.”

Portanto, se você nasceu com aqueles 40% de habilidade de liderança natural, deve fazer a sua parte para continuamente melhorar e aperfeiçoar os 60% restantes, se o seu objetivo é realmente ser um grande líder.

Finalizando, liderança é um trabalho em constante evolução. O que funcionou no ano passado, não necessariamente funcionará no próximo ano. Os verdadeiros líderes reconhecem isso e se adaptam. E ensinam seus funcionários a se adaptarem também. Todos fazemos, em nosso trabalho, tarefas que gostamos e outras das quais não gostamos. Entender as tendências e motivações naturais das pessoas pode ajudar a traçar planos, criar disciplina para você e para os outros no sentido de tratar as deficiências ou achar pessoas para preencher as lacunas. Quanto mais os líderes estão sintonizados consigo próprios e com a sua equipe, mais forte a organização é como um todo. 


Fonte: www.caliper.com.br 
Fonte: http://www.rh9.com.br/

6 passos para mudar de carreira dentro da própria empresa


Trilhar uma nova trajetória profissional dentro da própria empresa pode ser uma boa opção de carreira, de acordo com especialistas; veja como conseguir conquistar isso.

“Não se pode percorrer duas vezes o mesmo rio”. A frase atribuída ao filósofo Heráclito não poderia expressar melhor a dinâmica da vida, dos relacionamentos e (por que não?) da carreira. Como ele afirma, tudo está sujeito a transformações – e nossos planos e decisões profissionais não estão imunes a esta sina. 
Talvez por conta disso, nos últimos tempos, as empresas passaram a encarar mudanças de carreira internas de uma maneira mais tranquila e, algumas vezes, mais organizada. As políticas de job rotation, típicas de muitos programas de trainee, são um exemplo claro disso. 
E as pessoas começam a acatar esta tendência. De acordo com pesquisa recente da Michael Page, 23% dos profissionais brasileiros planejam se movimentar dentro da própria empresa este ano. Em 2012, apenas 11,9% tinham o mesmo objetivo. 
Se a empresa em que você trabalha atualmente é excelente na área que você deseja atuar e, principalmente, é coerente com a sua cultura e valores (em outros termos, você gosta de trabalhar por lá), mudar de carreira dentro desta estrutura já conhecida pode ser a decisão mais acertada. “Quando você já sabe o ‘jeitão’ da empresa é meio caminho andado”, diz Marcelo Cuellar, headhunter da Michael Page. 
Independente do local onde você arriscará os primeiros passos neste novo percurso profissional, o que importa é manter-se coerente com seus propósitos. “O seu plano deve ser sempre o plano A”, diz Mariá Giuliese, da Lens & Minarelli. “A coisa mais difícil é descobrir o que se quer profissionalmente. A hora que descobre, tem que correr atrás”. Veja como:
1.Investigue suas motivações
O que, de fato, está por trás da sua decisão de mudar de carreira? Se a resposta não estiver atrelada à ideia de vocação, sinal vermelho. Problemas de relacionamento no departamento atual ou possibilidade de ter uma remuneração maior, entre outros, não são justificativas sustentáveis para fazer uma mudança tão drástica. 
Afinal, conflitos, quando não resolvidos, podem se repetir em qualquer outro ambiente. E, salário, bem, basta surgir a primeira demanda extra para você perceber que ele não é suficiente ou sinônimo de passaporte para a felicidade no trabalho. 
“Você tem que olhar para seu perfil profissional e ver em qual área faz mais sentido atual”, diz Karin Parodi, do Career Center. “Não é só vontade, tem que ter o perfil”.  
2.Detecte suas lacunas
Concluir que suas razões são justas não é o bastante. É preciso fazer um mergulho mais técnico para dentro de si para checar o que ainda falta para responder às demandas da carreira em questão. 
3.Preencha as lacunas
Diante do que falta, crie um plano de ação estratégico de desenvolvimento. Cursos, workshops e até trabalhar de maneira voluntária em um projeto ligado ao setor que você mira contam pontos na equação final para ser escolhido para a vaga. 
4.Invista em vínculos
Relacionar-se com as pessoas do departamento que você mira é fundamental. E não apenas porque elas podem se lembrar de você quando uma oportunidade surgir. Ao manter um vínculo ativo com elas, você pode ganhar uma visão mais exata (e menos iludida) da área em questão – fato que pode confirmar (ou não) sua decisão e ajudar na estratégia para conquistar o emprego. 
5.Converse com seu chefe
De acordo com Mariá, definitivamente, não vale a pena passar por cima do seu chefe e queimar sua reputação logo de cara. Converse com ele e sinalize suas intenções. Muna-se de justificativas para isso. Repita o procedimento com o setor de recursos humanos da empresa. Se surgir uma oportunidade, há chances de eles se lembrarem de você.
6.Crie pontes 
Na hora que a oportunidade surgir, lembre-se de não colocar no ostracismo (ou na lixeira) toda a experiência profissional que você acumulou até aqui. Por mais diferente que seja da nova trilha, tudo o que você viveu na antiga pode contribuir para o seu crescimento profissional. Só é necessário ter a mente aberta para fazer estas relações, por vezes, improváveis.
Fonte: http://www.rhbancos.com.br/dicas_do_site.asp?x=s&m=1&codigo=494

segunda-feira, 25 de março de 2013

Cuidado com os canibais - Simon M. Franco


Se você sumisse da empresa, alguém notaria?

Depois de um extensivo processo de recrutamento com entrevistas, testes e dinâmicas, uma grande empresa contratou um grupo de canibais. 

"Agora vocês fazem parte de uma grande equipe", disse o diretor de RH, na cerimônia de boas-vindas. "Vocês vão desfrutar de todos os benefícios da empresa. Por exemplo, podem ir à lanchonete quando quiserem comer alguma coisa. Só peço que não comam os outros empregados."

Quatro semanas mais tarde, o diretor de RH os chamou. 

"Vocês estão trabalhando duro e eu estou satisfeito, mas a senhora do cafezinho desapareceu. Algum de vocês sabe o que pode ter acontecido?" 

Todos os canibais negaram. Depois que o diretor foi embora, o líder canibal pergunta: 

"Quem foi o idiota que comeu a senhora do café?" 

Um deles, timidamente, ergue a mão. O líder segue: 

"Mas você é um asno! Quatro semanas comendo gerentes e ninguém percebeu nada. Você tinha de comer justo a senhora do café!"

Essa historinha, que recebi de um amigo por e-mail, faz um retrato engraçado e cruel do mundo corporativo. 

Ela nos leva a uma reflexão urgente: você faz falta na sua empresa? 

Não basta dizer que você faz tudo certo, é um bom profissional, que os diretores gostam de você. Pergunte-se: se eu saísse da empresa, ela teria problemas com a minha ausência? 

Ou, de modo mais imediato, no seu dia-a-dia: o que fiz hoje que só eu poderia fazer, qual foi minha contribuição indispensável para os negócios? 

Parece megalomania, mas de fato esse é o ambiente da verdadeira competitividade. Ele não significa "deixar os outros para trás", mas estar sempre na frente e tornar-se indispensável, sob o risco de ser engolido, desaparecer da empresa e ninguém dar por sua falta.

Na história, a senhora do cafezinho, ao desaparecer, colocou em risco o banquete farto dos canibais. Por quê? Ela era requisitada e fornecia um produto que atendia a necessidades reais da organização. A falta do café seria imediatamente notada por todos. Diferentemente do trabalho de muitos gerentes dessa empresa, cuja ausência ninguém percebeu. 

Esses canibais funcionaram como agentes de downsizing, praticaram uma reengenharia antropofágica.

Não acredite que seja absurdo um gerente parecer menos indispensável do que a senhora do cafezinho. Há muitos gerentes que não "entregam" nada. 

É claro que pode haver uma grande injustiça aqui: muitas funções, por suas próprias características, consistem em manter a máquina funcionando, zelar pelas rotinas, processos e procedimentos. O "produto" é não haver problemas. 

Isso é verdade, e é uma armadilha que pode colocá-lo na mesa dos canibais corporativos.

Trate de mostrar resultados, sirva "um cafezinho" todos os dias, seja qual for o caráter de sua função. 

Você precisa agir e tornar visíveis suas ações -- vale aqui o ditado de que a pessoa precisa ser técnica e também pirotécnica. 

Não fique tranqüilo achando que está fazendo tudo direito. Uma das lições da historinha acima é que a percepção dos outros é fundamental para sua sobrevivência: ser notado e considerado indispensável. Sua função é de "rotinas"? 

Proponha inovações, encontre meios mais rápidos e eficazes de desempenhar as tarefas, gere economia e produtividade. 

Você já faz isso? 

Zele para que os resultados alcançados sejam creditados a você, não tenha medo de se expor. 

Aja sempre como se houvesse um canibal interessado em você. Porque provavelmente já há.

Artigo de autoria de Simon M. Franco, publicado na Edição 801 da Revista EXAME

Aplicando os 5S na vida pessoal


“Com organização e tempo, acha-se o segredo de fazer tudo,e fazer bem-feito.”(Pitágoras)
Em Administração, utilizamos um expediente importado lá do Oriente, mais precisamente do Japão pós-guerra, chamado de “5S”. Este nome provém de cinco palavras japonesas iniciadas pela letra “s”: Seiri, Seiton, Seisou, Seiketsu e Shitsuke.
Os cinco sensos constituem um sistema fundamental para harmonizar os subsistemas produtivo-pessoal-comportamental, constituindo-se na base para uma rotina diária eficiente.
Praticar os 5S significa:
·         Seiri (senso de utilização): separar as coisas necessárias das desnecessárias;

·         Seiton (senso de organização): ordenar e identificar as coisas, facilitando encontrá-las quando desejado;

·         Seisou (senso de zelo): criar e manter um ambiente físico agradável;

·         Seiketsu (senso de higiene): cuidar da saúde física, mental e emocional de forma preventiva;

·         Shitsuke (senso de disciplina): manter os resultados obtidos através da repetição e da prática.

A aplicação dos 5S em uma empresa, em especial do setor industrial, deve ser efetuada com critérios, inclusive com supervisão técnica dependendo do porte da companhia. Mas meu convite, neste instante, é para você praticar os 5S em sua vida pessoal.
Aplique Seiri em sua casa e em seu escritório. Nos armários, nas gavetas, nas escrivaninhas. Tenha o senso de utilização presente em sua mente. Se lhe ocorrer a frase: “Acho que um dia vou precisar disto...”, descarte o objeto em questão, pois você não o utilizará. Pode ser uma roupa que ganhou de presente ou comprou por impulso e nunca a vestiu, por não lhe agradar o suficiente, mas que acalentará o frio de uma pessoa carente. Podem ser livros antigos, hoje hospedeiros do pó, que contribuirão com a educação de uma criança ou um jovem universitário. Seja seletivo. Elimine papéis que apenas ocupam espaço em seus arquivos, incluindo revistas e jornais que você acredita estar colecionando. Organize sua geladeira e sua despensa – você ficará impressionado com o número de itens com prazo de validade expirado.
Na próxima fase, passe ao Seiton. Separe itens por categorias, enumerando-os e etiquetando-os quando adequado. Agrupe suas roupas obedecendo a um critério pertinente a você, como por exemplo, dividir vestimentas para uso no lar, daquelas destinadas para trabalhar, de outras utilizadas para sair a lazer. Organize seus livros por gênero (romance, ficção, técnico etc.) e em ordem de relevância e interesse na leitura. Separe seus documentos pessoais e profissionais em pastas, uma para cada assunto (água, luz, telefone...).  Estes procedimentos lhe revelarão o que você tem e atuarão como “economizadores de tempo” quando da busca por um objeto ou informação.
Com o Seisou, você estará promovendo a harmonia em seu ambiente. Mais do que a limpeza, talvez seja o momento para efetuar pequenas mudanças de layout: alterar a posição de alguns móveis, colocar um xaxim na parede, melhorar a iluminação.
Agora, basta aplicar os últimos dois sensos já mencionados, o Seiketsu, que corresponde aos cuidados com seu corpo (sono reparador, alimentação balanceada e exercícios físicos), sua mente (equilíbrio entre trabalho, família e lazer) e seu espírito (cultive a fé) e o Shitsuke, tão simples quanto fundamental, e que significa controlar e manter as conquistas realizadas.
Faça isso e eu desafio você a encontrar a harmonia e a produtividade em seu lar e em sua vida pessoal!

Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/cotidiano/aplicando-os-5s-na-vida-pessoal/69504/

sexta-feira, 22 de março de 2013

A pedra no caminho


Em tempos bem antigos, um rei colocou uma pedra enorme no meio de uma estrada. Então, ele se escondeu e ficou observando para ver se alguém tiraria a imensa rocha do caminho. Alguns mercadores e homens muito ricos do reino passaram por ali e simplesmente deram a volta pela pedra.

Alguns até esbravejaram contra o rei dizendo que ele não mantinha as estradas limpas mas nenhum deles tentou sequer mover a pedra dali.

De repente, passa um camponês com uma boa carga de vegetais. Ao se aproximar da imensa rocha, ele pôs de lado a sua carga e tentou remover a rocha dali.

Após muita força e suor, ele finalmente conseguiu mover a pedra para o lado da estrada. Ele, então, voltou a pegar a sua carga de vegetais mas notou que havia uma bolsa no local onde estava a pedra. A bolsa continha muitas moedas de ouro e uma nota escrita pelo rei que dizia que o ouro era para a pessoa que tivesse removido a pedra do caminho. O camponês aprendeu o que muitos de nos nunca entendeu: "Todo obstáculo contêm uma oportunidade para melhorarmos nossa condição".

Obs.: Muitas vezes desviamos-nos do nosso caminho para não encarar a realidade pela sua dificuldade e com isso não só passamos o problema para outros por não termos assumido a nossa parte da responsabilidade, como também podemos estar nos privando de muitas coisas boas, no mínimo a satisfação de ter realizado um grande feito.

Fonte: http://www.angelfire.com/yt3/tailong/historia11.htm