terça-feira, 30 de setembro de 2014

Paciência, você ainda tem?

O mais difícil é ajudar em silêncio, amar sem crítica, dar sem pedir, entender sem reclamar…

A aquisição mais difícil para nós todos chama-se paciência. Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados… Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia.

Por muito pouco a madame que parece uma ‘lady’ solta palavrões e berros que lembram as antigas ‘trabalhadoras do cais’… E o bem comportado executivo?

O ‘cavalheiro’ se transforma numa ‘besta selvagem’ no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar…

Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma ‘mala sem alça’. Aquela velha amiga uma ‘alça sem mala’, o emprego uma tortura, a escola uma chatice. O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela.

Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado… Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais. Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus.

A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta.

Pergunte para alguém, que você saiba que é ‘ansioso demais’ onde ele quer chegar?

Qual é a finalidade de sua vida? Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta. E você? Onde você quer chegar? Está correndo tanto para quê? Por quem? Seu coração vai aguentar? Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar? A empresa que você trabalha vai acabar? As pessoas que você ama vão parar? Será que você conseguiu ler até aqui?

Respire… Acalme-se…

O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência…

Texto de Arnaldo Jabor

Fonte: http://www.sommaonline.com.br/blog/paciencia-voce-ainda-tem

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Endomarketing

Grandes empresas possuem dentro de sua estrutura organizacional, áreas de apoio muito bem definidas. As áreas relacionadas à comunicação, por exemplo, são algumas delas e acredito que um dos fatores que mantêm essas empresas no posto de grandes são justamente essas áreas. Porém, muitas pequenas empresas infelizmente não possuem essa visão e, por isso, acabam deixando de lado. Algumas terceirizam (o que é muito bom, desde que dentro de casa haja alguém responsável pela coordenação do trabalho terceirizado), outras nem mesmo destinam um profissional para cuidar dessas questões. Falo hoje para os pequenos empresários sobre o endomarketing, que une princípios da área de Recursos Humanos com as técnicas do Marketing. 

Como o próprio nome diz, é o marketing feito para dentro da empresa, ou seja, para os funcionários. Para que uma empresa seja bem sucedida, ela precisa não só convencer ao mercado que o que ela vende é bom, mas, principalmente, convencer seus próprios colaboradores. É uma lógica muito simples, se um funcionário não acredita na empresa e no serviço/produto que ela oferece, ele acaba fazendo seu trabalho de qualquer jeito, sem dar valor à qualidade naquilo que faz. Não se importa com o resultado, já que acredita que isso não afetará o mundo lá fora: “o produto não é bom mesmo!”. 

É aí que entra o endomarketing. É uma forma de convencer o público interno que aquela empresa é boa para se trabalhar e que o produto/serviço que ela oferece é o melhor do mercado. Pelo ponto de vista dos Recursos Humanos, são criadas ações para beneficiar os funcionários de alguma maneira. Pode ser financeiramente, com melhores condições de trabalho, com conscientizações pertinentes a eles ou qualquer assunto que a empresa julgue necessário enfatizar. 

Uma coisa é fato, à medida que a empresa se volta para as necessidades de seu corpo funcional, quem sai ganhando no final é a própria empresa. Um funcionário satisfeito prefere fazer o melhor trabalho possível, para que possa continuar trabalhando na empresa, já que essa será a sua vontade. O endomarketing é muito mais do que a comunicação interna da empresa, como erroneamente muitas pessoas acreditam. Pelo contrário, a comunicação é o fim do processo, a hora em que todos precisam ser informados de uma nova campanha.

Para isso, pense da seguinte maneira: toda ação feita para fora, deve ser feita de forma semelhante para dentro. Por exemplo, ao pensar numa campanha de natal e nos brindes que serão distribuídos aos clientes, é preciso também pensar no que será feito para presentear os funcionários. Eles também merecem. 

Porém, endomarketing não se refere apenas às datas especiais. Campanhas de conscientização podem ser criadas a todo o momento, basta que ela faça algum sentido aos colaboradores de uma empresa. Um exemplo clássico é o de redução de custos com alguma coisa que vem sendo apontada como acima da média. O marketing interno servirá como ferramenta para mostrar aos colaboradores o porquê da necessidade de redução naquele quesito, assim como apontar a forma ideal de alcançar essa redução. 

Para o sucesso de uma campanha interna, entretanto, é preciso que toda a empresa compre a ideia. De nada adianta tentar atingir a equipe operacional, se os gestores dessa equipe não participarem também. Todos precisam estar envolvidos, senão nada fará sentido pra ninguém.
Por isso, se a sua empresa ainda não possui uma área responsável por ações de endomarketing, sugira isso a seu chefe. Com ações pontuais é possível não só melhorar a percepção dos funcionários em relação à empresa, como outra infinidade de coisas. Implante e confira. 


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Troque palavras e ações...

Por Maurício Louzada

Aquilo que falamos determina o que nos tornamos.

Nossa auto-percepção, a forma como agimos e a forma como os outros nos vêem tem muito a ver com as palavras e expressões que usamos no dia-a-dia.

Por isso, podemos trocar palavras e, junto com elas, ações...

E assim construir em nossa essência, aquilo que nos queremos tornar. Por isso, antes de falar ou agir, troque algumas palavras:

Troque esgotado por recarregado

Troque fracassado por aprendiz   

Troque ordinário por extraordinário

Troque lamentador por vencedor

Troque morno por "pegando fogo"

Troque segurança por oportunidade

Troque medo por ação

Torque resistência por desafio

Troque reclamar por alcançar

Troque deixar-se levar por comandar

Troque um problema por uma resposta

Troque tentativas por comprometimento

Troque "ser uma cópia" por originalidade

Troque invejar por servir

Troque os erros por perdão

Troque criticar por elogiar

Troque desculpas por atitudes

Troque obediência por iniciativa

Troque "ser mais um" por "deixar marcas"

Só não troque sua vontade incansável de ser melhor a cada dia.


Colaboração: Jorge Pedro  -  Assessoria em RH 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Imparcialidade

Um executivo de sucesso é composto por uma série de qualidades e peculiaridades que venho relatando vez ou outra na Coluna Talento em Pauta. Acredito que se tivermos pelo menos algumas delas, temos grandes chances de nos darmos bem profissionalmente. Por conta disso, insisto tanto em reforçá-las. Hoje falo da importância da isenção no mundo corporativo. Aliás, essa é uma qualidade que deveria ser conquista e assumida por todas as pessoas, independente de que meio vivem. 

Porém, no meio corporativo acredito que isso seja ainda mais importante. As relações profissionais são (ou deveriam ser) imparciais, no que diz respeito, principalmente, à tomadas de decisão. Exatamente por isso, acredito que qualquer assunto que deva ser resolvido dentro de uma corporação deve ser baseado em fatos e não em percepções, opiniões ou gostos. 

Imagine o diretor de uma empresa que precisa diariamente delegar funções, umas boas, outras chatas, algumas remuneradas, outras não. Se ele se basear no seu nível de empatia com cada profissional que trabalha com ele, correrá o risco de favorecer uns mais do que outros. Acredito que, profissionalmente falando, as situações que mais devem ser permeadas por neutralidade são as que envolvem admissões, promoções e demissões, ou seja, movimentação de pessoal como um todo. 

Suponhamos que numa determinada empresa exista uma oportunidade de gerência. Qualquer um dos coordenadores tem condições de assumir a vaga. Para isso, deveriam ser consideradas questões como, capacidade técnica, teórica e comportamental. A pessoa certa para assumir a gerência, deveria ser aquela que conhece bem a organização, com todas as suas peculiaridades, assim como, possua um bom relacionamento interpessoal com os demais colaboradores e, principalmente, tenha uma boa aptidão para ser isento no que diz respeito às decisões. 

Agora digamos que a pessoa que tem o poder de decidir sobre essa promoção seja uma pessoa completamente parcial, e que baseará sua decisão pura e simplesmente em sua intuição. Nesse caso, infelizmente, a empresa correrá um sério risco de ter um novo gerente que não atende às premissas de um bom gestor. Quem sofre é a própria organização e, claro, todas as pessoas que nela estão. 

Os efeitos de uma decisão mal embasada são graves. Quando envolve grandes investimentos, então, eu diria que é vital. Por isso, atento para a importância de desenvolver a imparcialidade. Para isso, o fundamental é entender as questões de forma ampla. Usar de fatos é a melhor forma de se chegar à melhor decisão. Nas situações em que pesquisas são cabíveis, então, melhor ainda. O empirismo também pode ser levado em conta em alguns casos, desde que não favoreça alguém por simples e puro embasamento em experiências. 

Vale um adendo. Quando contratamos um profissional, levamos em conta sua experiência, o que não significa que ele está eximido de qualquer erro. Pelo contrário, todos somos passíveis de cometermos falhas, independente de quantos anos já passamos ou vivenciamos determinadas situações. Mas, uma coisa é fato, quanto mais experimentamos algumas coisas, mais know how para falarmos ou decidirmos sobre o assunto, temos. 

Umas das artimanhas que considero mais eficientes para a isenção é a capacidade de ouvir. Quando damos oportunidades para que todas as pessoas envolvidas num processo possam falar e defender seus pontos de vista e, em contrapartida disso, conseguimos ouvir sem levar em consideração o quanto gostamos de cada uma daquelas pessoas, obtemos melhores embasamentos para nossas decisões. Deixamos de ser emocionais e passamos a ser racionais. Ou seja, pensamos friamente nessas questões. Afinal, convenhamos, no trabalho a frieza (bem dosada e na situação correta) é uma excelente forma de conseguir obter os melhores resultados. 


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A influência da comunicação na carreira


Não importa o ambiente, quando nos deparamos com um diálogo cansativo que nos faz olhar para o relógio várias vezes é sinal que a comunicação que deveria fluir entre as partes envolvidas tornou-se apenas perda de tempo. E isso acontece tanto no campo pessoal quanto profissional, afinal todos os profissionais precisam manter um relacionamento diário para repassar, trocar informações ou ideias condizentes com as atividades laborais. De acordo com Anderson Rocha, especialista em Gestão de Pessoas, os profissionais que se tornam bons comunicadores desempenham suas função com maior eficácia e têm mais chances de ascensão na carreira. "Todos podem ser bons comunicadores, inclusive as pessoas consideradas tímidas. O diferencial está em como transmitir o conhecimento e fazer com que a outra parte compreenda a essência da comunicação", afirma. Em entrevista concedida ao RH.com.br, Anderson Rocha lembra ainda o fato de que a comunicação não se restringe apenas às palavras, mas também aos gestos como, por exemplo, um agradável sorriso, um olhar fixo ou mesmo uma expressão facial sisuda. Confira a entrevista na íntegra e aproveite a leitura!

RH.com.br - O que leva os profissionais que se destacam no mercado a serem considerados bons comunicadores?

Anderson Rocha - Esses profissionais têm consciência da importância da comunicação para a carreira e a utiliza para se destacarem. Eles sabem que necessitam demonstrar competência, além de possui - lá. Não perdem oportunidades para mostrar todas as suas capacidades. Eles também sabem que, praticamente em todos os momentos de suas vidas no campo profissional, terão que defenderem pontos de vistas, exporem ideias, conduzirem ou participarem de reuniões, de entrevistas e uma infinidade de outras atividades que nos exigem o ato de se comunicar bem.

RH - A comunicação realmente ajuda a trajetória de uma carreira de sucesso?

Anderson Rocha - Sim, ajuda e muito. Quais os profissionais que mais nos impressionaram ao longo de nossa carreira? Aqueles que mais sabiam ou os que melhor transmitiam os seus conhecimentos? Aqueles que se retraem mesmo conhecendo os assuntos abordados ou aqueles que dominando as ferramentas da comunicação e transmitem com naturalidade e segurança? Lembre-se das pessoas em sua volta que podem ser ditas "de sucesso". O que elas têm em comum? Se observarmos essas pessoas, em sua maioria, uma característica que elas possuem em comum, são a de boas comunicadoras.

RH - Quais as principais competências que os talentos precisam desenvolver para se tornarem bons comunicadores?

Anderson Rocha - Não existe uma receita mágica para ser um bom comunicador. Todos podem ser bons comunicadores, mas para isso é muito importante respeitar o seu perfil, o seu estilo que é único e intransferível. O autoconhecimento, ou seja, saber quais são suas características quando se comunica com os outros é fundamental para uma boa comunicação. Se você é uma pessoa mais discreta ou tímida, não adianta querer contar piadinhas, pois com certeza não obterá êxito com esse recurso. E isso ocorre muitas vezes, quando tentamos ser o que não somos, deixando de ser natural. Essa é uma das mais importantes características dos bons comunicadores. Não existe técnica de comunicação, por mais elaborada e precisa que seja mais relevante que a que o profissional aja com naturalidade.

RH - Em um processo seletivo, por exemplo, qual seria o peso da competência "Comunicação"?

Anderson Rocha - Quais os candidatos mais apreciados em um processo seletivo: aqueles que se retraem mesmo conhecendo os assuntos perguntados ou aqueles que transmitem seus conhecimentos de forma clara, com naturalidade e segurança? Sem dúvida são os que melhor transmitem seus conhecimentos. E só se transmite os conhecimentos em um processo de seleção, através de uma comunicação clara onde a mensagem é bem entendida.

RH - As pessoas consideradas tímidas podem se comunicar bem?

Anderson Rocha - Podem e devem se comunicar bem. O conhecimento de técnicas de comunicação e oratória auxilia o tímido a se expressar com mais clareza, segurança e convicção.

RH - Quais os entraves mais comuns que as pessoas enfrentam para se comunicarem bem?

Anderson Rocha - Imagine um advogado dando uma palestra para um grupo de engenheiros e médicos, utilizando uma linguagem extremamente técnica. A chance desse profissional obter êxito em sua comunicação é praticamente nula. Só existe uma boa comunicação se houver o entendimento do outro que nos escuta. Uma regra de ouro da boa comunicação e sempre adequar a linguagem ao tipo de pessoa ou público que está nos ouvindo. Para isso, é fundamental ser sempre simples ao se comunicar. Como disse Leonardo da Vinci "A simplicidade é a sofisticação máxima".

RH - Atualmente, quais os recursos mais utilizados entre os que desejam tornarem-se bons comunicadores no campo profissional?

Anderson Rocha - Além das palavras, existe um mundo infinito de nuances e prismas diferentes que geram energias ou estímulos que são percebidos e recebidos pelo outro, através dos quais a comunicação se processa. Um olhar, um tom de voz um pouco diferente, um franzir de cenho ou um levantar de sobrancelhas podem comunicar muito mais do que está contido em uma mensagem manifestada através das palavras. A essa modalidade de expressão chamamos de linguagem não verbal. O fascinante em relação à linguagem não verbal é que raramente temos consciência da nossa entonação de voz, da postura, dos movimentos e dos gestos, pois muitas vezes eles podem revelar uma história, enquanto as palavras estão contando outra. É importante salientar que em muitos casos, quando suas palavras não estiverem concordando com suas ações, seu ouvinte acreditará em suas ações.

RH - Quem comunica bem sabe dar e recebe feedback?

Anderson Rocha - Sim. Os bons comunicadores sabem que o feedback é uma ferramenta de crescimento e de desenvolvimento humano. Eles sabem que através dele se estabelece um processo de compreensão, respeito e confiança em uma relação. Mas poucos são habilidosos o suficiente para dizer o que precisa ser dito sem ferir ou magoar. Uma ferramenta poderosa, para que possamos dizer coisas que ficam engasgadas e sejam bem aceitas pelos outros é a utilização correta do chamado feedback sanduíche. Essa prática consiste em começar um diálogo destacando o que a pessoa faz de bom. Primeiro, elogie algo positivo que ela tenha feito. Depois de elogiar, comece a abordar os pontos negativos, destacando as questões nas quais você gostaria que a pessoa melhorasse. Para encerrar a conversa, volte a dar ênfase em outros pontos positivos que você perceba no comportamento da pessoa que está à sua frente.

RH - Como a área de RH pode estimular os profissionais, para que esses se tornem bons comunicadores?

Anderson Rocha - O RH deve ser o facilitador desse processo. Muitos profissionais não têm consciência de como estão comunicando-se e que em diversos casos essa má comunicação compromete até mesmo própria imagem da empresa. A área de Recursos Humanos deve estimular esses profissionais, através de feedbacks e de treinamentos para que possam desenvolver e aprimorar a habilidade de se comunicar bem. Em alguns casos observamos que há gestores que não sabem dar retorno adequado às pessoas. E pior, quase nunca consideram que podem estar errados quando tentam convencer alguém de suas ideias ou, ainda, que simplesmente fazem isso de forma inapropriada.

RH - Que orientações o senhor daria a quem deseja ter uma comunicação fluente e que desperte o interesse das empresas?

Anderson Rocha - Segundo pesquisas, os 30 primeiros segundos de uma fala são decisivos para criarmos empatia. Por isso, ao iniciar sua comunicação, sorria, cumprimente as pessoas e demonstre a satisfação e o privilégio de estar ali. Outra característica muito importante dos bons comunicadores é o olhar. Quando olhamos nos olhos das pessoas fazemos com que se sintam importantes e demonstramos respeito e atenção. A voz é outro dos principais instrumentos na comunicação, devendo passar competência, segurança, autoridade, credibilidade, propriedade e poder de decisão. Não existe nada pior do que uma voz monótona e sem entusiasmo. Aquela voz sem melodia, produzida do mesmo jeito, e que acaba por deixar os ouvintes totalmente desinteressados no assunto, sonolentos, comprometendo assim, o entendimento da mensagem. Coloque ritmo a sua fala. Alterne a velocidade e o volume, utilize bem as pausas, as inflexões e as entonações, para que o ouvinte tenha uma interpretação do sentimento transmitido pelas palavras. Para finalizar enfatizo que comunicar-se bem é assumir a responsabilidade pelo entendimento da mensagem pelo outro.


terça-feira, 23 de setembro de 2014

Fazendo jus à oportunidade

Indigno-me com a falta de visão de algumas pessoas e o que é mais curioso é que, na maioria das vezes, quanto mais baixas as posições hierárquicas, mais comum escutarmos coisas do tipo: “eu não sou pago pra fazer isso” ou “o que eu vou ganhar ficando até mais tarde no trabalho?”. 

Certa vez, tive uma estagiária que pensava e agia mais ou menos assim.

Isabela chegava todos os dias no horário estipulado e quando dava a hora de sair, não esperava sequer cinco minutos para se levantar, sempre estava com a bolsa pronta em cima da mesa e com o computador na espera para ser desligado. Ela era uma menina muito educada e parecia ter grande força de vontade. Porém, possuía o triste defeito de achar que só deveria fazer as coisas que lhe foram passadas na primeira semana de trabalho. Não entendia que, se estava à disposição da empresa, deveria acatar as coisas que lhe eram solicitadas na medida em que o tempo ia passando. 

Em outra área da empresa, em contrapartida, havia Marina, uma mocinha mais jovem que Isabela, mas que possuía um desempenho muito mais admirável. As duas não tinham tantas responsabilidades assim, até mesmo pelo fato de serem estagiárias, porém, Marina mostrava uma conduta muito mais madura. Chegava sempre antes do horário e só ia embora após terminar todas as suas tarefas, independente se havia extrapolado sua cota do dia ou não.

Certa vez, presenciei uma cena que me deixou muito desgostoso. O Coordenador de Isabela estava super atarefado, fechando alguns projetos que seriam apresentados numa reunião dali dois dias. Numa tentativa de se desafogar e conseguir terminar os principais afazeres da área, pediu à jovem que deixasse suas tarefas de lado naquele dia e o ajudasse com outras questões mais importantes. A resposta de Isabela pareceu ter vindo de supetão. Simplesmente disse que não faria aquelas coisas, pois tomariam muito seu tempo e não conseguiria sair em seu horário habitual. O Coordenador, meio atordoado, respondeu-lhe que não era uma opção, mas sim uma ordem para ser seguida. Constrangida, pôs-se a fazer aquilo que o chefe havia pedido. Ao dar o horário de encerramento de suas atividades se levantou e despediu de todos, deixando o escritório e as atividades inacabadas.

Chamei seu coordenador e conversei a respeito da moça. Disse que naquela situação seu dever era impor respeito e explicar que, por se tratar de uma situação atípica, ela deveria ter ficado sem pestanejar. Citei Marina como exemplo, que naquele exato momento ainda estava no escritório a mil por hora. Concordo que esse tipo de conduta tem que vir do próprio profissional, mas, convenhamos, tudo também vai da forma com que o gestor coloca as situações para seus subordinados. 

Dou meu braço a torcer, seu gestor era muito bom, Isabela é que realmente deixava a desejar em sua conduta. Tanto ela quanto Marina possuíam as mesmas chances de serem efetivadas, pois, coincidentemente, formar-se-iam na mesma época. Cada uma, porém, havia imprimido uma imagem na cabeça de cada um dos decisores da empresa e as opiniões eram unânimes, se tivéssemos que optar por uma delas, sem dúvida a escolhida seria Marina. 

Ao aproximar-nos do fim de ano e da formatura do ano, porém, descobrimos que Marina havia reprovado em sua banca de TCC e teria que cursar mais um semestre na faculdade, enquanto Isabela comemorava os 8 pontos que garantiram sua formatura. A decisão era aparentemente simples, renovaríamos o contrato de estágio de uma e efetivaríamos a outra. Mas não foi isso que fizemos, não achávamos justo com uma moça tão dedicada e sabíamos que sua reprovação tinha acontecido por questões inusitadas que não condiziam com sua capacidade. Já Isabela, mesmo tendo passado não merecia nosso voto de confiança. Após me reunir com os coordenadores das moças, chegamos a uma conclusão inédita na empresa. Dispensamos Isabela, agradecendo por suas contribuições com a empresa e efetivamos Marina, mesmo ainda sendo uma universitária. 


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Seja irresistível

Por Scher Soares
  
Alguma vez você já parou para pensar nas pessoas que você considera irresistíveis? Será que existe algum estranho poder magnético nestas pessoas, que o simples fato das suas presenças parece atrair a atenção e o interesse de todos? Sim, existe sim uma espécie de poder magnético nestas pessoas. Particularmente, eu chamo esse poder de "presença de palco"; uma espécie de luz que parece manifestar-se em torno da pessoa que detém essa característica de irresistibilidade.

Quando uma pessoa tem presença de palco, a simples expressão do seu rosto parece dizer "Cheguei" ou "Estou aqui". Tal característica parece atrair a atenção e o interesse de todos, e assim em uma pequena fração de tempo todos estão já seduzidos pela sua presença.

Diante dessa enumeração de fatos, parece-me interessante sugerir que nós possamos aprender alguns aspectos dessa personalidade magnética, nos tornando assim cada vez mais irresistíveis.

Vejamos alguns elementos desse contexto:

Auto-Estima - Pense bem, você conhece alguma personalidade magnética que não seja altamente consciente das suas possibilidades e seja também dotada de uma auto-estima considerável? Pessoas irresistíveis têm uma auto-estima elevada e gostam de si próprias. Vivem de bem consigo mesmas - sem, contudo, considerarem-se melhor do que as outras.

Auto-Confiança - Uma pessoa com auto-estima elevada normalmente acredita muito em si própria - manifesta uma tranquilidade e segurança a respeito dos seus próprios passos.

Entusiasmo - Pense bem, você já viu alguém irresistível andar por aí exclamando: "Oh! Vida, Oh! Azar"? Não, definitivamente alguém com personalidade magnética nunca se comporta desta maneira. O entusiasmo é uma característica marcante das pessoas irresistíveis - nós nos aproximamos dessas pessoas porque queremos ser contagiados pelo seu brilho, energia e entusiasmo e não ao contrário.

Gostar de Gente - Essa é uma fórmula simples, porém muito difícil para muita gente. Pessoas irresistíveis gostam de gente, elas se interessam genuinamente pelos outros e não apenas pelo que as pessoas podem proporcionar a elas. Pense nisto: Como anda seu nível de interesse pelos outros? Você tem se interessado por aqueles que estão ao seu lado ou apenas por você mesmo?

Bons Ouvintes - Outra fórmula simples, porém difícil para muitos. Lembre das conversas que você teve com as pessoas que considera magnéticas - o que você acha? Essas pessoas foram bons ouvintes? Ouvir as pessoas atenciosamente é preencher sua necessidade de ser reconhecido, de merecer atenção. Nós gostamos de pessoas que nos ouvem e não suportamos quem não nos ouvem e até nos interrompem - reflita... Como você se sente quando alguém esquece o seu nome logo após ser apresentado? Quer aumentar seu magnetismo? Ouça as pessoas com atenção, chame-as pelo nome, recorde de assuntos ou detalhes ditos em uma conversa tempos depois.

Gestos e Palavras Mágicas - Pessoas irresistíveis usam palavras mágicas - elas falam: "Por favor", "Com licença", e "Bom dia". Seu tom de voz é vibrante, independente de ser alto ou baixo. Elas elogiam e parabenizam. Retornam sua ligação ou seu e-mail, mesmo que para dizer que estão muito ocupados e que depois "conversam". Pessoas irresistíveis dizem "Muito obrigado".

Pessoas magnéticas atraem coisas positivas, atraem mais pessoas irresistíveis. Pessoas irresistíveis formam uma excelente networking, têm amizades mais profundas e colegas de trabalho mais interessantes. Você deve estar exclamando - nossa, mas que sortudas essas pessoas hein! Caro amigo, não chamo isso de sorte, chamo de resposta - uma resposta da vida ao que você faz com na sua vida.

Seja irresistível!


sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Verdades e Mentiras sobre Consultorias

Essas informações têm por objetivo oferecer ao profissional algumas dicas na hora de contatar uma empresa de consultoria. Abaixo listamos diversas "verdades e mentiras" sobre a nossa área e esclarecemos algumas dúvidas comuns que vem de nossos clientes:

1) Entendendo os termos utilizados pelas empresas:

HEADHUTING - Consultoria de gestão que auxilia empresas a avaliar e recrutar profissionais. É um trabalho entre empresas exemplo: Escola X contrata empresa Y para conseguir o profissional W no mercado.

OUTPLACEMENT - A função das empresas de outplacement é oferecer ao profissional demitido uma forma de encontrar uma outra oportunidade de trabalho. É um trabalho que pode ser feito entre empresas ou contratado pelo próprio profissional.

RECOLOCAÇÃO PROFISSIONAL - Serviço para profissionais que foram demitidos ou que procuram mais aulas para completar a sua carga horária. Todos os custos deste serviço são pagos pelo profissional.
2) Como escolher uma boa empresa:
Avalie os serviços da empresa e todos os benefícios que lhe são atribuídos na contratação do serviço.Avalie o contrato. Veja se tudo que está no contrato foi dito pelo consultor e se são "coisas" plausíveis de serem cumpridas.
Caso tenha dúvida sobre alguma cláusula do contrato pergunte na hora para o consultor, se for necessário, peça auxílio para analisar o contrato.
Veja todas as formas que a consultoria tem para comprovar que está desenvolvendo o trabalho, exemplo: A Spaço In, além do contrato oferece comprovantes de postagem do currículo, relatório semestral do andamento do serviço com nº de oportunidades recebidas e nº de entrevistas que o profissional participou.
Procure pessoas que conheçam a empresa e verifique os resultados que ele teve.
Procure conhecer a empresa, veja se ela tem alguma reclamação junto às entidades de defesa do consumidor.
Ministério Público: Rua Riachuelo, 115, 1º andar, centro CEP 01007-904 - Fone: (11) 3119 - 9069 - www.mp.sp.gov.br
PROCON: no site do ministério da justiça a link para todos os PROCONS do Brasil - www.mj.gov.br
IDEC: www.idec.org.br
Mesmo assim a única maneira de se ter conhecimento pleno sobre a consultoria é utilizando seus serviços pois na prestação de serviços cada cliente tem um retorno que é de acordo com a sua experiência na área e o seu desenvolvimento durante a entrevista.

3) Jamais acredite em empresas que vendem vaga:
Pois nenhuma consultoria pode assegurar ou dar garantias sobre a sua contratação.
A contratação depende exclusivamente da instituição empregadora.

4) Avalie o tratamento e a comunicação da empresa:
É importante que a comunicação e o bom tratamento dado a você dure o tempo todo.
Para ilustrar melhor citamos que:
O atendimento ao cliente deve ser impecável, o consultor tem que estar a sua disposição para orientá-lo sempre que necessário.
A empresa tem que posicionar o andamento do trabalho exemplo: a Spaço In encaminha um relatório semestral para todos os clientes.
E posicioná-lo sobre o mercado para facilitar a sua atualização, exemplo: a Spaço In mantém um boletim periódico com as principais informações da área educacional.

5) Veja como a consultoria mantém contato com as instituições:
Veja como ela divulga o seu currículo.
 
Existem diversas maneiras de divulgar um currículo e fazer contato com as empresas. Avalie se os serviços que a empresa desenvolve estão de acordo com o valor que ela cobra (relação custo x benefício).
6) Veja os clientes da Consultoria:
Peça uma relação de empresas com as quais a consultoria trabalha, e se possível, faça contato com algumas e avalie o "outro lado" da prestação de serviços.
Para nós segurança e idoneidade fazem parte da vida da nossa empresa, assim, agimos com total transparência e respeito por nossos clientes.
Diretoria de Recolocação
Spaço In Consultoria e Assessoria Educacional

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Conduta respeitosa: você qualificado para o sucesso!

      Você tem um bom emprego, uma família amada, a presença de Deus na sua vida? Olhe para dentro de si e reflita: você é o homem mais feliz do mundo!

     Não é porque alguém é líder, chefe de seção ou tem o poder constituído que tem o direito de tratar com desrespeito quem quer que seja. Ainda mais se for um profissional que se qualifica como de alto impacto. Há líderes que perdem o poder sobre os liderados por extrapolar seus direitos ou atuar com agressividade, achando-se o senhorio.

     As equipes de trabalho veem com olhos de desaprovo o profissional desrespeitoso. Não raro, na primeira oportunidade é alijado dos quadros funcionais.

     O perfil do homem corporativo mudou. Ele evoluiu, tecnicamente e nas suas inter-relações. O profissional de vanguarda tem seus atributos avaliados, tanto pelo que diz quanto pelo que faz. E aí recebe “notas” e conceitos dos superiores e da equipe. Sempre que essas “notas” saem fora do status normal um sinal vermelho é aceso.

     É de vital importância ter uma conduta forjada na respeitabilidade, em consonância com as leis e os ensinamentos modernos. Lembre-se que somos atores globais e vivemos interconectados com as comunicações extra-empresas. Alguns exemplos de conduta:

     -Respeitar as dependências da empresa e não fazer uso de bens ou recursos para usufruto próprio, para fins ilícitos, ou fora dos objetivos constitutivos;

     -Assumir compromisso com os princípios éticos, honestos, e respeito às coisas e às pessoas;

     -Tratar de forma educada, cortês, evitando preconceito, discriminação, etc.

     -Ter comportamento transparente, fidedigno, voltado para o decoro e dentro dos preceitos do cargo exercido.

     -Conduta discreta em consonância com o ambiente, corporativo ou não, respeitando subordinados, superiores, clientes, fornecedores, amigos, etc, e respeitando ainda as diferenças de cultura, classe social, raça, credo, etc.

     -Respeito ao meio ambiente, ao direito de “ir e vir”, à liberdade de expressão e as leis constituídas;

     -Responder pelas próprias ações, omissões e decisões. Respeitar sempre as decisões superiores. Fazer uso do lema “ordens são para sempre cumpridas, não contestadas”.

     Por fim, quem tem por formação o respeito é respeitado e está sempre inserido na lista dos profissionais notáveis!

      do livro "Como se tornar um profissional de Alto Impacto"

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A liderança do século XXI


O fenômeno da liderança é indubitavelmente um dos assuntos mais comentados, discutidos e estudados neste mundo organizacional moderno. 

Treinamentos, palestras, novas publicações são apenas algumas estratégias de desenvolvimento de competências que empresas dos mais variados segmentos utilizam para otimizar o potencial de seus líderes.

Mas qual será o elemento mais importante para aumentar o potencial dos líderes organizacionais e, consequentemente, de suas respectivas equipes?

Para responder essa importante questão, cito uma frase do célebre Vinicius de Moraes: 

"A vida só se da para quem se deu".

Transferindo o pensamento do exímio poeta para o cotidiano dos líderes atuais, pode-se auferir que muito embora práticas de desenvolvimento de competências sejam importantes para a otimização dos resultados de líder/liderados, o mais relevante é liderar com base nos relacionamentos.

Nossos líderes precisam entender que não basta ter os "braços" dos trabalhadores a serviço de uma equipe, e sim conquistar suas "cabeças" e seus "corações", pois somente dessa maneira é possível empregar o melhor de cada seguidor a disposição das metas e objetivos traçados.

Outro pressuposto elementar que contextualiza a liderança praticada neste século XXI é a capacidade que o líder deve ter para inspirar seus seguidores. É preciso fazer a equipe acreditar que as metas e os objetivos serão angariados, e que o mérito será do conjunto, independendo dos cargos e funções exercidos. James Kouzes e Barry Posner na célebre obra "O novo desafio da Liderança", denominam a postura supracitada como Visão Compartilhada, onde toda equipe consegue compreender e se engajar em objetivos únicos, mesmo sabendo que existem diferenças de atribuições e salariais entre seus membros.

Abaixo cito algumas estratégias para extrair o melhor de cada liderado dentro de uma equipe:

A - Entenda quais são as pretensões e os sonhos de cada um de seus liderados, e se coloque como um facilitador para que os mesmos alcancem seus anseios.

B - Seja um bom ouvinte. Para isso sugiro que você ouça até aquilo que o contradiga, tomando decisões democráticas.

C - Seja um administrador dos sentidos. É fundamental que cada membro do grupo sinta-se importante e compreenda quais são suas funções e como elas impactam nos resultados da equipe.

D - Quanto menos "segredos" existirem entre líder e liderados melhores serão os resultados da equipe. Na medida do possível, sua equipe deve saber absolutamente de tudo, pois isso perpassa confiança e credibilidade.

E - Trace metas e objetivos ousados, transmitindo confiança e uma visão empreendedora. Lembre-se que o pensamento medíocre atrai metas e objetivos limitados.

Para finalizar menciono uma frase de um dos maiores esportistas que o Brasil já teve, Ayrton Senna, que ao ser indagado sobre seus êxitos respondeu:

"Para conseguir sucesso temos que empregar toda nossa força e superar nossos limites todos os dias".

Concluo afirmando que o maior desafio dos líderes atuais é empregar todo esforço e dedicação na melhoria dos relacionamentos interpessoais com seus liderados, pois estes são os alicerces para construção de uma equipe vitoriosa neste século XXI.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Fui contratado, e agora???

Diante do cenário mundial de instabilidade econômica e incertezas acerca das possibilidades que o mercado de trabalho apresentará, o cuidado frente à conquista de uma nova oportunidade profissional deve ser maior ainda.

Os três primeiros meses de atuação do profissional na empresa são cruciais para a consolidação de seu sucesso e permanência na organização. Assim, para que sua atuação possa ser marcada positivamente é importante que fique bastante atento às seguintes dicas:

1- Ao ingressar na nova organização, lembre-se que ainda que a mesma possa ser de um segmento similar ao que já atuou, trata-se de uma nova cultura, novas pessoas e, portanto, nova forma de conquistar e apresentar os resultados. É muito comuns profissionais que, por terem dificuldades em romper com a cultura da empresa anterior, são dispensados por não conseguirem se integrar ao novo contexto. 

2- Aprender é a “palavra de ordem”, assim, esteja aberto e seja “curioso”, no bom sentido, para conhecer novos métodos, novos processos, novas políticas e todas as ferramentas que servem como base para a geração de resultados. Perceba o novo trabalho como uma oportunidade singular de aprender e enriquecer seu repertório. Lembre-se que nesta etapa é muito importante que as pessoas que fazem parte de sua equipe e seu superior percebam a sua receptividade à essas informações. Evite chegar realizando mudanças ou criticar a forma da empresa atuar.

3- Nesta fase de adaptação é também primordial que sua percepção esteja muito ativa, especialmente para entender o papel e responsabilidades das pessoas. É importante que respeite as hierarquias e a forma como a empresa estabelece a comunicação entre as áreas. Fique atento à tudo aquilo que não está no “manual do novo colaborador”, pois muitos detalhes estão presentes nas entrelinhas da organização e a falta de percepção e cuidado à eles pode ser desastroso.

4- Realize o seu trabalho com dedicação e afinco, com atenção a todos os detalhes que podem impactar na não aprovação de seus resultados. Esteja atento aos prazos, informações que requerem sigilo, além de esclarecer sempre que necessário possíveis dúvidas referentes às suas responsabilidades. Demonstre flexibilidade para refazer atividades e para receber orientações de pessoas que atuam em sua equipe. Lembre-se que o não conhecimento de particularidades da nova estrutura de trabalho não o torna incapaz ou incompetente.

5- Procure estar aberto ao feedback de seu chefe e se for necessário procure-o para ouvir dele opiniões e sugestões acerca de seus resultados e da melhor forma de realizar suas atividades. Busque entender claramente sob quais indicadores de resultados está sendo avaliado. 

6- Finalmente, não esqueça de investir nos relacionamentos, nesta fase de adaptação a uma nova empresa é muito importante que faça alianças positivas, especialmente, com as pessoas que estão há mais tempo na organização. Tais pessoas podem lhe oferecer dicas importantes para sua sobrevivência no novo desafio.

Sucesso!!


Izabel Araújo

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Planeje sua vida

Prefira a empregabilidade em longo prazo do que a segurança no emprego.
Não, não é mais uma dessas frases feitas, de impacto e que nos deixam de cabelo em pé. É para refletir – e ainda – mudar a postura frente à nova realidade do mercado de trabalho.
Não esqueça: você é o dono de sua vida e da sua carreira!

O que não significa que deve mudar de emprego a todo momento e fazer de cada empresa apenas mais um degrau rumo a sua escalada para o sucesso.
Porém, carreira e vida pessoal andam de mãos dadas, juntas, praticamente grudadas, portanto temos de pensar em um projeto de vida e não somente na parte profissional.

Pense naquilo que você faz, já fez ou pretende fazer. Convido você a traçar um rumo para seus sonhos e transformá-los em ação.

1. Quem sou eu?
Essa é a perguntinha básica de qualquer projeto de vida.

Poucas pessoas pensam em suas atitudes, ponderam sobre seus pontos fortes e aqueles que precisam desenvolver, seu propósito de vida ou realização de sonhos. Faça uma avaliação honesta sobre você mesmo.
Faça perguntas como: “o que eu gosto de fazer que faria até de graça?”, “O que me deixa impaciente, ansioso e pouco produtivo?”, “Tenho medo de quê?”, “Sou feliz hoje?”.
A lista de perguntas é pessoal e intransferível, crie a sua e comece a traçar um perfil de quem é a pessoa que sou e a que quero ser.

2. Visualize o futuro
Faça um pequeno exercício de visualização.
Tente imaginar o futuro, sua situação profissional, financeira, amorosa, familiar, saúde e espiritual.
Vá longe!
Sonhe com a situação ideal! Imagine um futuro perfeitamente realizável.
Faça um exercício sério sobre sua vida no futuro e depois escreva no papel o que você visualizou.

3. Crie uma rede de relacionamentos
Os melhores empregos não são preenchidos com anúncios em classificados de jornal, as melhores oportunidades para sua promoção não estão somente na labuta do dia-a-dia.
Crie um método para gerenciar seus relacionamentos.
Tenha o hábito de se comunicar com seus contatos, pode ser através de e-mail enviando algum artigo interessante, promovendo encontros, enfim; existem diversas maneiras de estar sempre na lembrança de quem pode lhe ajudar na sua carreira e na sua vida.
Não seja interesseiro nem procure amizades somente com pessoas do alto escalão. É um erro gravíssimo!
E essa relação deve de ser de mão dupla: você também deve ajudar os outros e ser um importante contato na rede de outra pessoa. Deve ser uma relação ganha-ganha.

4. Tenha metas
Lembre-se de que temos de ter metas de curto, médio e longo prazo e que elas devem ser flexíveis.
Nada de fechar a mente e ficar dando “murro em ponta de faca”, pois as circunstâncias de vida mudam a todo instante, o que não significa que temos de deixar tudo ao acaso.

5. Cuide bem do seu dinheiro
Dedique uma atenção especial a esse quesito, pois todos temos diferentes fases na vida.
A vida de solteiro é muito diferente da vida de casado, que é diferente com filhos na faculdade, por exemplo.
Dedique tempo e estudo para essa área, afinal ninguém mais quer ser aposentado do INSS, e são muitas as possibilidades de investimento.
Poupar nada mais é do que um hábito, mesmo que em pequenos valores, mas que no futuro pode fazer uma grande diferença.
Anote despesas, seja organizado, pois o tempo passa e a hora certa de preparar sua aposentadoria é quando você inicia a sua carreira.

6. Espere o imprevisível
Planejar é ótimo, mas não espere um céu de brigadeiro, pois turbulências ocorrerão.
Nada é estático, podemos perder o emprego, ter algum problema de saúde ou financeiro. Somos seres finitos, e sob certos aspectos muito sensíveis a chuvas e trovoadas.
Riscos existem e devem ser gerenciados, muitos são previsíveis e podem ser evitados. A questão é: como você lida com o risco?
Quais são aqueles que valem ou não à pena correr. Somente você tem a sua resposta.

Viver dá trabalho, não é fácil, mas fica ainda mais difícil sem qualquer tipo de planejamento. Que tal fazer agora o seu!

Paulo Araújo


Colaboração: Jorge Pedro  -  Assessoria em RH

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Marca Pessoal

Sabe aquela história da pessoa certa no lugar certo? Na semana passada conheci uma moça que me chamou a atenção pela pouca idade e o alto cargo que ela ocupa. Com apenas 29 anos, Luíza assumiu a diretoria financeira de uma empresa alemã, com filial aqui no Brasil. A trajetória profissional da moça é, sem sombra de dúvidas, muito bonita. Porém, por mais competente que ela seja (e sei que realmente é), acredito que um fator precisa ser levado em consideração: Luíza sempre vendeu muito bem o seu trabalho e, principalmente, a si própria. 

Quando estudante, a jovem conheceu em um evento da faculdade um palestrante que trabalhava nessa empresa. Após sua explanação aos alunos, Luíza o abordou dizendo ter interesse em conhecer um pouco mais sobre a sua corporação. E não era apenas papo jogado fora. Ela realmente já havia ouvido falar muito bem da multinacional e queria, realmente, conhecer o trabalho deles. Segundo ela, por curiosidade apenas. 

O palestrante, muito receptivo, entregou-lhe um cartão e pediu que ela ligasse durante a próxima semana para que pudessem agendar uma visita. Ao pegar seu cartão, porém, percebeu que estava diante do Diretor de Operações da empresa e viu que, sendo assim, poderia ter uma oportunidade inigualável nas mãos durante essa visita. Preparou-se para, então, oferecer seus serviços para aquela empresa. É claro que nem sempre as oportunidades caem do céu. Mas, Luíza já começou se destacando dos demais estudantes que preferiram correr para a lanchonete assim que a palestra acabou.
Durante sua visita, Luíza demonstrou-se extremamente interessada em entender como funcionava cada detalhe da companhia. Júlio, o Diretor que a recebera tão prontamente, por sua vez, percebeu que tinha diante de si uma pedra bruta que, depois de lapidada, poderia se tornar um belo diamante. A moça, identificando uma oportuna abertura do diretor, relatou o seu interesse em se candidatar para uma vaga em sua empresa. Como resposta, Júlio lhe explicou que na área de finanças possuía, sim, uma vaga. Porém, a oportunidade era de estágio, o que ele presumia não ser do interesse da jovem. 

Ao contrário do que ele imaginava, porém, Luíza se apressou em dizer que tinha interesse, sim. Assim, após algumas entrevistas e testes de seleção, a moça começou um programa de estágio. 

Demonstrando aos seus superiores talento, capacidade e vontade de trabalhar, pouco mais de seis meses depois que ela havia iniciado suas atividades na empresa, Luíza recebeu a notícia de que seria efetivada, antes mesmo de terminar seus estudos. Assim, ela começou a assumir maiores responsabilidades e desafios ali dentro. Tendo maior acesso a informações importantes, e podendo, assim, entender o real funcionamento da empresa, a moça começou a sugerir soluções muito criativas e inovadoras para problemas há anos pendentes. 

Foi assim que, surpreendendo a cúpula da empresa dia após dia, Luíza foi galgando importante espaço na empresa. O que considero fundamental para o crescimento da moça, além de sua notória competência, foi a sua capacidade exímia de fortalecer sua imagem diante de seus chefes. Luíza nunca foi arrogante, porém fazia questão de que seu trabalho fosse devidamente creditado, assim como fazia constante “propaganda” de suas conquistas. Ela fez de si mesma um produto, que precisava de constantes melhorias e, claro, divulgações de seus progressos. 

Não nego que ela contou com um pouco de sorte. Mas, seria injusto creditarmos todo o seu sucesso apenas à sorte. Pelo contrário, ela fez por onde merecer cada degrau que conquistou ali dentro. Além do talento nato, a moça sempre mostrou aos seus superiores o quanto queria crescer dentro da empresa e, principalmente, o quanto era capaz disso. Por isso, reforço a importância de sempre cuidar muito bem da nossa marca pessoal. Afinal, como queremos que a empresa e/ou o mercado nos veja? Só você é capaz de construir isso. 


quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Conheça as profissões em alta em meio à desaceleração econômica

Luís Guilherme Barrucho
Da BBC Brasil em São Paulo 

Os efeitos da desaceleração da economia já começam a bater à porta das empresas brasileiras, que são forçadas a rever custos, cortar gastos e também reavaliar o desempenho de seus funcionários.

Na semana passada, o governo anunciou que o PIB (Produto Interno Bruto), a soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil, caiu 0,6% no segundo trimestre deste ano. O mau desempenho de abril a junho, aliado à revisão para baixo do resultado do primeiro trimestre (-0,2%), levaram o país à chamada recessão técnica (quando há dois trimestres consecutivos de queda).

De acordo com agências de recrutamento consultadas pela BBC Brasil, a retração da atividade econômica ainda não resultou em demissões em larga escala, mas, temerosos com a saúde financeira de suas empresas, empregadores já começaram a substituir funcionários. Saem os menos produtivos, entram os mais eficientes.

"É normal que as empresas reavaliem melhor seus quadros em momentos como esse", afirmou à BBC Brasil Marcia Almstrom, diretora de Recursos Humanos da empresa de recrutamento ManpowerGroup.

Segundo Gil Van Delft, presidente para o Brasil do PageGroup, grupo de recrutamento especializado em cargos de média e alta gerência, oito em cada dez posições intermediadas pela companhia são hoje substituições.

"Empresas de grande porte que estão sofrendo mais fortemente os efeitos da retração econômica, como o setor industrial, vêm buscando profissionais que ajudem a reduzir os custos da operação e proporcionem maior eficiência à cadeia produtiva", disse ele à BBC Brasil.

"Essas substituições ocorreram em maior peso no Sul e no Sudeste. No Nordeste, por outro lado, ainda temos novas contratações por ser um mercado em ascensão", acrescentou Van Delft.

Na avaliação de especialistas, diante desse cenário de incertezas, a qualificação da mão de obra ganha papel fundamental.

"A qualificação vai ser a chave para o profissional que quiser sobreviver e crescer a partir de agora", disse à BBC Brasil Ricardo Haag, gerente-executivo da Page Personnel, braço do PageGroup para recrutamento de profissionais de suporte à gestão e primeira gerência.
Com base na opinião de especialistas, a BBC Brasil selecionou as áreas e as respectivas profissões que estão sendo ─ e devem ser ─ mais procuradas em meio à desaceleração da economia brasileira.

Vendas

Cargos mais procurados: Gerente de novos negócios, gerente de planejamento de vendas.
Por que está em alta? Com menos oportunidades de negócios, as empresas buscam profissionais que possam turbinar seus ganhos, por meio de um melhor desempenho nas vendas e também por meio de novas parcerias.

Finanças

Cargos mais procurados: Contador (nível médio), controller (gestor), gerente de planejamento financeiro, diretor de tesouraria.
Por que está em alta? O cenário de incertezas força uma maior racionalização dos custos. Cabe a esses profissionais cortar gastos sem afetar a capacidade de investimento das empresas permitindo, assim, um crescimento contínuo durante tempos mais difíceis.

Direito & Tributos

Cargos mais procurados: Gerente de projetos fiscais, gerente fiscal para Centro de Serviços Compartilhados (CSC), gerente de planejamento tributário, advogado tributarista, chefe de 'compliance' (auditoria), gerente de regulação e infraestrutura.
Por que está em alta? A estrutura tributária brasileira é considerada uma das mais complexas do mundo. Em um momento que exige enxugamento de custos, empresas buscam profissionais capazes de racionalizar o pagamento de impostos.

Compras & Logística (Supply-chain)

Cargos mais procurados: Comprador (nível técnico), gerente de compras indiretas, gerente de planejamento de demanda, gerente de logística.
Por que está em alta? Produzir mais e melhor depende de um bom funcionamento da cadeia produtiva da empresa. Diante de um quadro de retração da atividade econômica, a importância desses profissionais é estratégica, pois o resultado financeiro obtido por meio das vendas é também consequência direta de compras eficientes. Atualmente, a maior demanda por profissionais da área concentra-se nos setores de serviços e varejo.

Tecnologia

Cargos mais procurados: Analista de suporte técnico (nível técnico), técnico em segurança da informação, arquiteto da informação, gerente de banco de dados.
Por que está em alta? O Brasil possui um desequilíbrio endêmico na área, já que a oferta de profissionais é muito inferior à demanda das empresas. A função é essencial para qualquer empresa, mas tem importância estratégica em momentos em que se busca mais eficiência.

Recursos Humanos

Cargos mais procurados: Analista e gerente generalista de RH.
Por que está em alta? O departamento de Recursos Humanos tem papel fundamental em momentos de reestruturação para as empresas. Cabe a esses profissionais identificar, entrevistar e contratar novos talentos. Além disso, são responsáveis por avaliações de desempenho e programas de treinamento, essenciais para a melhoria da produtividade. 

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/09/140905_salasocial_eleicoes2014_profissoes_crise_lgb.shtml