segunda-feira, 31 de outubro de 2011

CINCO SEGREDOS PARA RESOLVER PROBLEMAS

Ter um método é fundamental para tudo o que se quer fazer na vida. Em especial, quando a questão é resolver problemas, os procedimentos devem ser cuidadosamente elaborados.
Quando alguém me traz um problema, uso para resolvê-lo um método que tem cinco importantes passos:
Passo 1: Esteja presente
Grande parte do sucesso de uma pessoa acontece simplesmente pelo fato de ela estar presente no local em que as coisas acontecem.
Se você ficar em seu escritório trabalhando com base apenas em relatórios, corre o risco de se alienar do que está acontecendo e, de repente, tomar um susto com qualquer catástrofe que surgir.
É preciso estar no lugar em que as coisas acontecem, ir à “cena do crime”, como dizem os investigadores. Você precisa fazer questão de conversar com as pessoas para conhecer suas dificuldades, insatisfações e angústias.
Passo 2: Escute com atenção
Com uma atitude positiva, deixe a pessoa que traz o problema desabafar e resista à tentação de justificar a ocorrência do problema. Tentar negar que ela tem uma dificuldade é pior ainda. E culpar o outro pelo problema é o começo de uma catástrofe.
As pessoas precisam ter espaço para contar sua história, principalmente no caso de já terem feito algum esforço que não foi suficiente para resolver suas dificuldades. Ouvir a pessoa com atenção vai fazer com que ela se sinta valorizada e diminuirá o estresse causado pelo problema.
Passo 3: Defina a solução que você pode oferecer
O palestrante João Pereira da Silva Jr. diz algo interessante: “Algumas vezes, você poderá ajudar menos do que o outro merece, mas tenha certeza de que ajudará muito mais do que outra pessoa faria”.
Defina o que você, sua empresa ou seu negócio podem dar como solução para algum problema do cliente. Fale como você vai resolver o problema da pessoa, mas mostre a ela também que você tem limites, ou seja, que há coisas que você pode fazer e há outras que não pode para resolver o caso.
Não gere falsas expectativas.
Passo 4: Desculpe-se de maneira adequada
A melhor maneira de começar a resolver um problema de seu cliente que tenha sido ocasionado por uma falha sua ou de sua empresa é assumindo o erro e pedindo desculpas.
Um pedido de desculpas verdadeiro e bem feito já resolve metade do problema, além de abrir os caminhos para que você resolva a outra metade.
Lembre-se: saber se desculpar quando erra apenas engrandece a pessoa, além de servir de excelente exemplo para que outros aprendam a seguir pelo mesmo caminho. É uma ótima maneira de começar a resolver um problema.
Por isso, em casos em que a responsabilidade pelo problema é sua ou de sua empresa, reconheça a falha e saiba pedir desculpas. Mas cuide para que seu pedido de desculpas seja legítimo e tenha a intenção verdadeira de resolver a situação.
Passo 5: Comprometa-se com a solução

Profissionais de sucesso não deixam nada pela metade. Eles consideram que a situação está encerrada somente quanto tudo o que havia para fazer já tiver sido feito. Durante todo o processo, eles estão presentes e acompanham o andamento das coisas.
Então, se você quer ter sucesso a partir da resolução de problemas, é preciso identificar o problema, encontrar uma solução e depois comprometer-se com ela, até que seja implementada completamente.
Implementar a solução pode ser algo executado por outra pessoa ou por você mesmo. Se você for o executor, deverá ir até o final do processo, até que tenha efetivamente resolvido o problema. Porém, se você apenas definiu a solução, mas não vai implementá-la pessoalmente, como profissional sensacional você deverá monitorar todo o processo para garantir que o que foi combinado aconteça de fato.
Seguindo esses cinco passos, você estará preparado não apenas para definir o problema de forma mais efetiva, mas também estará assumindo o seu compromisso com a solução.
Roberto Shinyashiki

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

CRIE, INOVE. OU EVAPORE.

A minha experiência profissional como ex-executivo de empresas líderes ( Kolynos, J.Walter Thompson Propaganda, Bayer, Stanhome, Avon) deixam-me seguro para alertar que se você não desenvolver sua Criatividade seu emprego está com os dias contados. Ou na melhor das hipóteses você aguentará ainda algum tempo, mas na pasta dos descartáveis.

É um fenômeno histórico:
A Era da Agricultura durou milênios até que chegou a Era Industrial. Nas últimas décadas iniciou-se a Era da Informática e agora, queiram ou não, entramos na Era da Criatividade e da Inovação.

A Informática não será substituída pela Criatividade. Será complementada. Sabe por que? Porque tudo o que informática disponibiliza, tais quais informações, estatísticas, avaliações, processos e muito mais não tem utilidade se você, ser humano, não tiver Criatividade para interpretar, ler nas entrelinhas, tudo o que a Informática produz. Então, a partir daí, solucionar problemas, identificar oportunidades. A Criatividade não é um modismo. Ela é uma habilidade exclusiva do ser humano. Cada vez mais valorizada.

Existe um paradigma de que apenas algumas áreas são movidas à Criatividade: marketing, propaganda, promoções, desenvolvimento de novos produtos. As demais, principalmente as burocráticas e as de organização, nada a ver com Criatividade. Puro preconceito.

O burocrata, como todo e qualquer ser humano, tem Criatividade. Só que ele não está acostumado a usá-la. Ele faz trabalhos mecânicos, iguais. Mas a natureza de seu trabalho não o impede de ter idéias, de pensar diferente para simplificar métodos e procedimentos, melhorar sistemas, agilizar fluxos, reduzir burocracia, papelada, custos, controles mais eficientes. Organizar mais racionalmente.

A relação de trabalho mudou, apesar de alguns ainda não conseguirem ver. Sem agregar valor ao seu trabalho considere-se na pasta dos descartáveis. É só uma questão de tempo. Pouco tempo. E sem Criatividade fica muito mais difícil você identificar uma oportunidade, solucionar um problema.

Imagine-se, por exemplo, um propagandista de laboratório farmacêutico. Você recebeu excelente treinamento sobre os medicamentos, relações humanas, técnicas de abordagem ao médico, à Secretária, etc. Você e milhares de outros. Você está homogeneizado e é apenas mais um na multidão.

Na sala de espera do médico estão quatro ou cinco propagandistas e você aguardando pela oportunidade de demonstrar seus produtos. O médico abre a porta, todos ficam em pé e, recitam em côro:
- "Bom dia Doutor"
Tudo conforme descrito no manual. Vocês abrirão a mesma pasta preta com o logotipo do laboratório, mostrarão literaturas similares, algum brinde para o médico colocar sobre a mesa e deixarão amostras dos medicamentos.
Tudo igual, todos iguais.
Por qual razão o médico dará maior atenção a você ou a um de seus colegas de profissão?
Você pode diferenciar-se, obter melhores resultados do que seus concorrentes. Como? Usando sua Criatividade. Estando treinado para usar sua Criatividade. Estando com sua Criatividade alerta quando a oportunidade surgir. Ou criar uma oportunidade.

Um propagandista que eu conheço visitava um médico no horário para atendimento aos propagandistas. Ele e mais cinco ao mesmo tempo. Numa dessas visitas ele observou a secretária preparando uma maçã e uma laranja para o Doutor. O médico não costumava sair para almoçar e comia algumas frutas ali mesmo no consultório. Este propagandista então, sozinho, levou uma cesta de frutas ao médico. Diferenciou-se. O médico gostou muito e, a partir daí, enquanto comia as frutas assistia a apresentação dos produtos. O propagandista sozinho, com muito mais tempo e desenvolvendo uma relação mais cordial ainda com o médico.

O propagandista foi observador. Identificou uma oportunidade. Pensou diferente e solucionou um problema. Diferenciou-se e melhorou o resultado de seu trabalho.

Pense Diferente nos assuntos de sua área de atuação.
Habitue-se a perguntar-se: de que maneira eu posso fazer isto melhor, mais rápido, mais prático, mais eficiente? De que maneira posso melhorar meu desempenho profissional?
Isto é comportamento Criativo. É isto que as empresas estão esperando de todos seus funcionários. Desde o mais humilde até o Presidente. Exemplos concretos já existem em grandes corporações tais quais 3M, The Innovation Company, Procter&Gamble que possui um Departamento de Criatividade na Matriz.

Além disso, muitas outras corporações lançaram projetos de Criatividade & Inovação a serem aplicados em todas as suas subsidiárias, para todos os funcionários. No Brasil estes programas estão proliferando rapidamente.

Pense diferente para sobreviver e ter sucesso nesta nova Era. Você, como todo ser humano é dotado de Criatividade, o que falta é exercitá-la.

Walt Disney estava correto quando disse: " Criatividade é como ginástica, quanto mais você faz mais forte fica."

Antonio Carlos Teixeira da Silva

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Dicas aos Candidatos

Muitos candidatos, que já participaram de processos seletivos conduzidos por mim, me pedem dicas sobre “o que fazer” e “não fazer” nas seleções.
Então, elaborei as dicas, a seguir, com base em situações reais, que vivenciei durante a condução das seleções.
Espero que possa aproveitá-las!
Situação real 1: Muitos candidatos enviam e-mails totalmente em branco somente com o currículo anexado. E a apresentação profissional? Muitos consultores de RH deletam estes e-mails e, consequentemente, os currículos anexados, devido a estranheza de se receber um e-mail em branco, sem qualquer texto de apresentação. Dica: Ao encaminhar seu currículo, redija um texto objetivo (4, 5 linhas) informando seu nome, objetivo profissional (área de atuação que deseja trabalhar), dados de contato (fone e e-mail) e mencionando que o currículo encontra-se anexado (lembrando da importância de anexá-lo realmente!).
Situação real 2: Na divulgação de vagas, solicito que o currículo seja encaminhado com informações sobre última remuneração e remuneração pretendida, mas 90% dos candidatos não informam. Dica: É fundamental atender corretamente as orientações de encaminhamento de currículo veiculadas no anúncio. Atender estas orientações significa que o candidato é atento e que cumpre eficientemente as tarefas. Muitos consultores de RH deletam os e-mails que não possuem as informações solicitadas.
Situação real 3: Muitos candidatos ficam inseguros quanto ao valor que devem mencionar como remuneração pretendida. Dica: Considerando que é importante citar valores (números) e evitar ao máximo a expressão “a combinar” (que é superficial), recomendo esta maneira: “ a minha última remuneração foi X e a minha remuneração pretendida é Y, mas estou aberto à negociações (ou gostaria de conhecer a proposta da empresa)”. Vale ressaltar que a diferença entre X e Y não deve ser alta.
Situação real 4: Tem candidatos que encaminham currículo, afirmando interesse por uma oportunidade profissional e, quando entro em contato, me informam que “não tem interesse mesmo tendo os requisitos” ou que “ainda não é o momento de buscar nova colocação”. Então, por que encaminhou o currículo? Dica: É importante encaminhá-lo somente se você tiver real interesse pela vaga e empenhado na busca por nova colocação. Responder anúncios desinteressadamente, podem gerar contatos desnecessários e até embaraçosos, além de comprometer a imagem profissional.
Situação real 5: Recebo currículos desatualizados que citam experiência profissional ocorrida até 2005, 2006, 2007. E os últimos anos? Quando questiono o candidato, o mesmo comenta que fez trabalhos sem registro durante os últimos anos, acreditando que não devem ser citados no currículo por não terem sido sob a CLT. Dica: O currículo tem por objetivo citar toda a sua experiência e histórico profissional, independente da forma (CLT, autônomo, PJ) e prazo de contratação (efetivo ou temporário). Portanto, elabore um currículo completo para que seja avaliado corretamente pelo consultor.
Situação real 6: Recebo currículos com fotos não condizentes com o âmbito profissional. Exemplo: uma roda de amigos (neste caso, tenho que adivinhar qual deles é o candidato em questão), na praia, num casamento (mostrando taça de champagne), num rodeio, numa festa, num carro, de perfil e, na maioria das vezes, com roupas informais. A maioria dos consultores de RH deletam estes currículos, por avaliarem má apresentação profissional do candidato. Dica: Não é obrigatório anexar foto no currículo, somente se solicitado. Se solicitado, esta DEVE ser igual a uma 3x4, ou seja, somente do rosto e que mostre, mesmo que pouco, roupa condizente ao âmbito profissional (homens: terno de tom escuro; mulheres: blusa sem decote e cores sóbrias).

Situação real 7:
 Muitos candidatos panfletam intensamente seus currículos. Panfletar significa que respondem anúncios de diferentes áreas de atuação. Muitos destes ainda colocam o nome da vaga divulgada no campo “Assunto” numa tentativa de ter o seu currículo lido desesperadamente - Exemplo: Assunto: “Consultor Comercial” (que foi a vaga divulgada). Currículo recebido: de profissional de comércio exterior, engenheiro, geólogo, secretária e assim por diante. Dica: Responda somente os anúncios de vagas de sua área de atuação. Se não encontrar nenhum anúncio é saudável, e altamente recomendável, encaminhar seu currículo para o banco de currículos das consultorias de RH e empresas, encontrados visivelmente no site delas.
Situação real 8: A grande maioria dos currículos possui erros de português. Alguns são aceitáveis, outros não, mas TODOS comprometem a participação do candidato na seleção. Dica: Cuide da imagem de seu currículo que é sua imagem profissional. Revise cada informação, cada palavra, cada item, cada vírgula, corrigindo os possíveis erros de português. Utilize a boa opção “ortografia e gramática” disponibilizada pelo Word. Lembre-se: o currículo reflete sua imagem profissional e é a partir dele que o consultor de RH decidirá se entrará em contato ou não com você.
Situação real 9: Em algumas seleções, faço o primeiro contato com os candidatos por e-mail e, muitos, não me oferecem resposta imediata ou respondem dias/semanas depois. Na minha avaliação, e na dos consultores que utilizam esta mesma forma de abordagem, o candidato não é atento, não lida bem com seus e-mails (considerando ser um dos principais meios de comunicação) e não possui interesse na vaga oferecida. Dificilmente, haverá segunda chance de contato. Dica: Acesse seus e-mails diariamente, no mínimo, 1 vez por dia. Ofereça resposta imediata, inclusive se a vaga oferecida não lhe interessar. É importante e positivo oferecer retorno de todos os e-mails recebidos.
Situação real 10: Em alguns sites de divulgação de vagas é possível incluir um questionário para que o candidato o responda juntamente com o envio do currículo. Esse questionário é elaborado com o objetivo de obter maiores informações do candidato, por exemplo: remuneração pretendida, disponibilidade de horário de trabalho, disponibilidade de início. Entretanto, é muito comum receber respostas do tipo: “fgfgfgfgfg”, “vide currículo” ou o currículo inteiro “colado”. Exemplificando:
1) O que você está buscando profissionalmente? Resposta de candidato recebida: “fgfgfgfgfgfgfg” OU “vide currículo” OU o currículo inteiro “colado”
2) Você possui disponibilidade para trabalhar das 9h às 18h? Resposta de candidato recebida: “fgfgfgfgfgfgfg” OU “vide currículo” OU a cópia do currículo “colado” inteiro
Dica: É muito importante que responda ao questionário de forma responsável. O consultor não o elaborou à toa. Essas perguntas contribuem para a avaliação curricular, estabelecem o primeiro contato (início de relacionamento) e avaliam a comunicação escrita do candidato. Responder da forma citada acima exclui imediatamente o candidato da seleção, por mostrar uma postura desnecessária e negativa.
Situação real 11: Muitos candidatos possuem restrição/pendência financeira com bancos e/ou comércio em geral. Esta é uma situação que pode ocorrer com qualquer pessoa de qualquer classe social em nosso país. É comum as empresas contratantes pesquisarem a vida financeira e os antecedentes criminais do candidato finalista. Para antecipar a informação e criar uma relação de confiança com o candidato, nos processos seletivos que conduzo (e de outros consultores de RH também) esta informação é perguntada abertamente durante a seleção, esclarecendo que "esse questionamento é feito apenas para conhecimento e que a resposta, seja qual for, não implicará em eliminação do processo seletivo”. Mesmo assim, muitos preferem omitir a informação, apostando que sua vida financeira e criminal não será checada. Dica: Se você tiver pendência financeira, conte para o consultor de RH durante a seleção, mesmo se não for questionado, citando: motivo, envolvidos, datas, valores e o principal: o que vem fazendo para regularizar a situação e prazo de regularização. Agindo com franqueza, sinceridade e antecipação (mesmo porque haverá a pesquisa), o consultor e a empresa saberão reconhecer e valorizar esta atitude e, se o candidato for adequado à vaga, haverá a contratação.
Situação real 12: Um candidato foi aprovado numa seleção e, imediatamente, informado das condições de contratação (as mesmas divulgadas no anúncio da vaga e cuidadosamente confirmadas durante a seleção) e ele sumiu! Não respondeu se aceitava ou não o trabalho. Dica: Se você for aprovado num processo seletivo, mas decidir por não aceitar a proposta de trabalho, seja por qualquer motivo, comunique imediatamente o consultor. Não desapareça simplesmente. O seu desaparecimento compromete sua imagem profissional e fecha “portas”. Aja com honestidade, responsabilidade e profissionalismo. O consultor de RH, ao ser comunicado corretamente, lhe oferecerá nova oportunidade no futuro.
Situação real 13: 40% é o número de ausência de candidatos em processos seletivos, geralmente. Isso acontece com a grande maioria dos consultores de RH. Dica: Todo candidato tem o direito de optar por comparecer ou não num processo seletivo (dinâmica de grupo, testes, entrevistas). Nenhum é obrigado a participar. Se decidir por não comparecer, mesmo após confirmar presença, não falte simplesmente. Avise o consultor de RH por e-mail ou por fone e com antecedência (mesmo que na véspera). A sua ausência, sem pré aviso, prejudicará sua participação em futuras seleções conduzidas por este mesmo consultor.
Situação real 14: Muitos candidatos demonstram desânimo e indisposição por enfrentar processos seletivos (dinâmicas de grupo, testes, entrevistas). Dica: O processo seletivo existe para encontrar o candidato mais adequado à oportunidade oferecida. Algumas empresas não possuem seleção, mas a grande maioria possui e com rigorosos critérios, devido a grande quantidade de candidatos existentes no mercado de trabalho, principalmente nas capitais. Não adianta fugir ou desanimar! Adote uma postura positiva, enfrentando as seleções com otimismo, garra, coragem, esforço e dedicação.  
Situação real 15: Muitos candidatos ao receberem o convite para participarem de dinâmica de grupo, reagem assim: “Antes de decidir se comparecerei, quero saber como será, quais os testes que serão aplicados e quantos candidatos comparecerão”. Dica: Existe uma "lenda" de que toda a dinâmica de grupo é terrível. Não é bem assim. Algumas podem ser exageradas, mas todas são absolutamente necessárias. Na dúvida, encare-as de frente, devido a sua importância à seleção. Caso tenha alguma dúvida pertinente, faça-o, como exemplo: “Quanto tempo durará a dinâmica para que possa me programar?”. Evite questionar a metodologia e quantos candidatos comparecerão, porque o consultor pode avaliar que o candidato esteja com receio em participar. Lembre-se: você enfrentará diversas situações na empresa contratante como se fossem verdadeiras dinâmicas de grupo. Então, encare-as de frente!
Situação real 16: Tem candidatos que abandonam a dinâmica de grupo. Dica: Se você aceitar o convite para participar dela esteja ciente de que realizará testes. Vá disposto a enfrentá-la até o fim. Caso ao contrário, recuse o convite. Comparecer e abandoná-la é pior que não comparecer.
Situação real 17: Tem candidatos que chegam atrasados às seleções, porque não encontram facilmente o local. Dica:Antes de deslocar-se ao local da seleção, pesquise o endereço na internet, guia de rua ou pergunte a alguém. Chegar atrasado causa má imagem profissional, além de correr o risco de ter a entrada recusada.
Situação real 18: Alguns candidatos desaparecem durante o processo seletivo. Quando entro em contato para tratar da continuidade dele (agendar próxima etapa) não me atendem mais por telefone (fixo e celular) nem por e-mail. Dica:Todo candidato tem o direito de decidir se continuará ou não a participar de um processo seletivo. Se decidir por não prosseguir, seja por qualquer motivo, não desapareça simplesmente. Avise o consultor por e-mail ou por fone e imediatamente. O seu desaparecimento sem pré aviso prejudica sua imagem profissional e sua futura participação em outros processos. Aja com responsabilidade e profissionalismo. O consultor, ao ser avisado corretamente, lhe oferecerá nova oportunidade no futuro.
Situação real 19: Tem candidatos que possuem bom desempenho na dinâmica de grupo, mas não concluem o último teste. O que aconteceu: esquecimento, desatenção, pressa, cansaço ou puro descaso? Dica: Antes de encerrar a sua participação, revise o último teste que ainda está em seu poder, verificando se o realizou totalmente (100%). Não adianta ter bom desempenho na dinâmica e falhar no último teste. O consultor reprovará certamente. Cuide de seu desempenho do início ao fim!
Situação real 20: Um número considerável de candidatos comparece em processos seletivos com traje inadequado. Exemplos - Homens: calça jeans, camiseta (time de futebol ou estampadas), tênis ou “sapatênis”. Mulheres: calça jeans (justas e rasgadas), blusa decotada, excesso de bijuterias e maquiagem. Dependendo do cargo a ser ocupado, muitos consultores de RH reprovam estes candidatos. Dica: É melhor não arriscar! O uso de traje formal (roupa social simples e de cores sóbrias) é o mais adequado e condizente à ocasião. Mesmo que o ambiente de trabalho de muitas empresas permita trajes informais no seu dia a dia ou às sextas-feiras (casual day), num processo seletivo é diferente.
Angelica Tosta

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O Chato Competente

O ambiente profissional guarda muitos mistérios acerca dos seres humanos e de seu modo de se comportar. Um dos maiores segredos a ser desvendado é o do chato competente.

Para entender o chato competente, é preciso primeiramente compreender o significado da palavra chato no dicionário: indivíduo maçante, incômodo, liso.

Após entender o significado da palavra, é preciso conhecer um pouco mais sobre quem atribui o estereótipo de “chato” ao colega de trabalho. Este é o ponto mais intrigante, sob meu ponto de vista. Você se lembra daqueles colegas de sala de aula que eram os mais espertos, apreciados pelo sexo oposto, grandes desafiadores da hierarquia escolar, ligeiramente bagunceiros e que tinham uma marca especial.

Em grande parte, eles tornaram-se a mesma coisa no ambiente de trabalho, pois é de pequeno que se torce o pepino. Desde o início de sua trajetória de vida, a maneira da qual você vê o ambiente e interage com ele, se consolida – se não for corrigida.

É claro que existem exceções. Em geral, as pessoas são no trabalho, exatamente, o mesmo que foram no período escolar. São estes os responsáveis pelos apelidos mais marcantes.

Já o CDF, nerd, pelego, ou nomes correlatos, é aquele que se comporta segundo algumas características básicas:

– Preocupado com as entregas, considerando datas e qualidade (responsabilidade);

– Detalhista; 

– Focado em saber o porquê das coisas;

– Preocupado com a própria carreira, comporta-se rumo aos objetivos;

– Prioriza o trabalho; 

– Faz o que deve ser feito;

– Respeita diretrizes da empresa e age para mudar aquelas das quais tem convicção que devem ser melhoradas (sem fazer intrigas e fofocas).

A pergunta, que paira no ar, é: como dois estilos tão antagônicos podem conviver bem no ambiente profissional, se desde o momento de formação básica escolar, as diferenças são evidentes?

Nós, seres humanos, adoramos ser surpreendidos por histórias do tipo: Fulano era o maior bagunceiro e, hoje, é diretor ou gerente da empresa X. Ciclano copiava os trabalhos dos colegas e, hoje, é especialista em determinado assunto.

Essas são exceções, que atingiram o sucesso, em razão de sua habilidade individual não cognitiva (dom, talento, vocação). Além de uma série de eventos que podem ter contribuído para o sucesso (família emocionalmente e financeiramente estruturada, indicações, favorecimentos, entre outros).

O fato é: o caminho mais simples e racional para o sucesso no ambiente corporativo continua ser o estudo, a dedicação e, principalmente, o alto desempenho, características marcantes do Chato Competente.

Se você faz o estilo chato competente, siga em frente. Você tem todas as características de pessoas bem-sucedidas e muito, provavelmente, será o chefe de todos os colegas que zombavam de você.

Renan de Marchi Sinachi


terça-feira, 25 de outubro de 2011

6 posturas de risco para a sua imagem no ambiente de trabalho

Bullying corporativo e desrespeito às fronteiras entre público e privado estão na lista de principais vilões para uma boa reputação no trabalho

Carreira não se faz apenas de metas atingidas ou bom resultado ao fim de cada ciclo, mas também (e, em alguns momentos, principalmente) pela imagem que você constrói sobre si mesmo pelo caminho. Nesse ponto, os assuntos e opiniões que partem da sua baia, e-mail e boca são decisivos para essa construção.
Tudo tem uma devida medida. O profissional precisa saber usar o bom senso”, diz o consultor organizacional Eduardo Shinyahsiki. “Eu não vou ficar reclamando das notas baixas do meu filho no ambiente de trabalho”.

Para Reinaldo Passadori, presidente do Instituto Passadori, não ter essa noção clara é um sinal de imaturidade. “A maturidade faz com que as pessoas tomem consciência de que assumiram um compromisso”. E que esse contrato traz uma série de posturas e responsabilidades adequadas – ou não.

Confira seis posturas que podem trabalhar contra a sua boa reputação na empresa:
1. Render pauta para o reality show corporativo
Uma grande parte da sua vida é, de fato, compartilhada dentro das paredes da corporação. Mas, os especialistas advertem, é fundamental delimitar fronteiras claras entre o que é público e o que é privado no ambiente profissional. 
Detalhes sobre a vida sexual, problemas familiares ou outras questões pessoais não devem ser espalhadas aos quatro ventos. Penalidade para quem não dá ouvidos ao bom senso nesse quesito? O perfil profissional atrelado a algum estereótipo socialmente pouco aceitável.
2. Fazer o trabalho uma extensão da casa
Cuidado também para as conversas que você mantém ao telefone. Não pega bem passar uma boa parte do seu dia resolvendo apenas questões pessoais à distância.
Eventualmente, é claro, são necessárias algumas intervenções na vida privada a partir do ambiente de trabalho. Mesmo nesse contexto, a regra é manter a discrição.
3. Fortalecer o bullying corporativo
Bancar o divertido no ambiente de trabalho pode até contar pontos para seu relacionamento com os colegas (ou até com a chefia). Mas uma coisa é ser bem humorado. Outra (muito diferente) é ser inconveniente.

“A brincadeira é permitida até o limite de respeito à dignidade do outro”, diz o especialista Anderson Cavalcante. Para além dessa fronteira, sinal vermelho. Sempre.

Além de denotar imaturidade, esse tipo de postura pode, aos poucos, desgastar seu relacionamento com os colegas de trabalho. De acordo com Cavalcante, para fugir desse tipo de risco a dica é apostar em brincadeiras genéricas e que não colidam com os ideais do bom senso.
4. Não ter papas na língua
A confidencialidade e a discrição fazem parte do jogo corporativo. Burlar isso é quase um passaporte para uma implosão da própria reputação. Por isso, cuidado com a dificuldade de guardar informações a sete chaves.

Palmas para você se a verdade é um dos valores inegociáveis do seu perfil profissional. Mas isso não pode servir de desculpa para passar informações sigilosas adiante. Se as pessoas perguntarem sobre o assunto para você, diga que não pode comentar. Simples.

Não use isso também como moeda de troca de aproximação com outros colegas de trabalho. Acredite. Quem se aproxima apenas para ter informações privilegiadas geralmente não é tão confiável.
O profissional não pode abrir mão do respeito à função que ocupa”, diz Cavalcante . Sob a pena de inaugurar uma era de mal estar na corporação.
5. Dar voz (e rostos) para a rádio peão
Independente do mercado ou estilo da companhia, fofoca é sempre uma pedra no sapato de toda corporação. Isso não significa, contudo, que há bandeira branca para quem dá corpo para os boatos de corredor.
Os fofoqueiros de plantão até podem conquistar um público cativo. Junto a isso, contudo, também recebem uma imagem atrelada a falta de credibilidade e confiança.

“Ninguém é bobo. Com o tempo, as pessoas começam a ficar com o pé atrás com quem pratica a fofoca”, diz Passadori. Nas palavras dele, fofocar é praticamente um sinônimo para a ideia de cavar a própria cova profissional. 
6. Bancar o zangão
Reclamar de tudo e de todos também contabiliza pontos negativos para a sua imagem profissional. “Nossos companheiros de trabalho não têm obrigação com relação aos nossos problemas”, diz o consultor organizacional Shinyahsiki. “É importante você ter alguém para compartilhar suas questões, mas isso deve ser na esfera da intimidade”.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Qual é a marca que você deixa nas pessoas?

Às vezes perdemos oportunidades na vida, apesar de diariamente elas serem apresentadas a nós.

E elas nos chegam em forma de gente. Gente que nos sorri ou que aparece de cara fechada.
Gente que amamos ou que nos desperta sentimentos de repulsa. Gente que julgamos conhecer e que ainda são tão desconhecidos pra nós.
Gente que desconhecemos, mas, que, às vezes, nos toca por um gesto na rua. Gente que nos dá a mão e outras que permanecem com os braços cruzados.

São tantas trocas que podemos experimentar, mas, tão pouco, ainda trocamos. Vamos selecionando as pessoas e deixando de lado as que não interessam e nos esquecemos que, podemos ter na vida professores de diversos estilos, que nos ajudam a exercitar palavras como a paciência, a compaixão, a humildade....

O outro é um universo particular, onde podemos visitar e nos permitir conhecer e, quem sabe, imprimir algumas marcas positivas. Mas, só podemos fazer isso se, por um instante, respirarmos com o outro, comungarmos com o outro, e deixarmos de julgá-lo. Então, passamos a conhecê-lo. E é só nesse momento que começa uma troca positiva, ou seja, quando nós não tentamos impor nossa verdade ou falar mais do que ouvir.

Há tanto para doar às pessoas que cruzam o nosso caminho. Podemos continuar inertes a todo movimento a nossa volta ou fazer diferença, simplesmente estando presentes. Estar presente não é simplesmente estar ali. É estar ali totalmente para o outro. Entender que cada gesto tem um significado especial e perguntar a si mesmo o que se pode fazer de melhor a nosso semelhante. Como podemos servi-lo sem aguardar nada em troca, como ser útil sem ser fotografado, como semear o amor, dando de si as suas maiores virtudes. 

Pergunte-se: 
Quais as marcas que você tem deixado nas pessoas?
Se anda irritado, estressado e repassando isso ao outro...
E quantas lamentações têm derramado horas a fio nos ouvidos dos amigos...
E quanto tempo perde comentando as notícias tristes dos jornais ou os acontecimentos das pessoas a sua volta...
E quanto tempo de sua vida, você tem usado para demonstrar amor e alegria às pessoas...
E se é capaz de visitar um desconhecido e transmitir esse mesmo amor...
Ou se esse 
amor tem ficado sobre as quatro paredes de sua casa... 

Pergunte-se:
Se é capaz de semear o que você aprendeu até aqui e beneficiar tantas mais pessoas com suas virtudes....
E se é capaz da mesma forma de ouvir com clareza o outro, mesmo que ele lhe fale sobre coisas que aparentemente já sabe... 

Pergunte-se: 
Se é lembrado pelas coisas que fez ou pelas que deixou de fazer...
Por ter abandonado as pessoas que mais amava ou por estar ao lado delas quando elas mais precisaram...
Se é capaz de diminuir o
ritmo pra celebrar mais a vida, para celebrar mais as pessoas e fazê-las crescer ao seu lado... 

Pergunte-se: 
O que poderia fazer pelas pessoas que magoou ou pelas que te magoaram ao longo da jornada...
Se é capaz de buscar 
flores em seu jardim pra distribuir e aproximar-se...
Se é capaz de deixar culpas e culpados de lado...
Se é capaz de superar seus próprios limites e os bloqueios de seu coração...
E se é capaz de alongar os limites de sua visão...
E ver além do que seus olhos da face podem ver... 

Pergunte-se:
Se pode ir mais longe do que suas pernas podem ir...
Se pode tirar as cascas da amargura de seu íntimo... 
E renovar-se com tamanha alegria...
Deixando os fragmentos no caminho, para reassumir a totalidade de seu coração... 

Fernanda Lopes

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Livre Arbítrio

Ninguém melhor que você pode saber o que é bom para a sua vida. Ninguém, com suas experiências, por mais frutuosas que tenham sido, poderá ditar o que você deve ou não fazer.

Quando estiver diante de uma escolha difícil... quando seu coração disser uma coisa e a razão, acompanhada de amigos, família, namorado ou namorada, disser outra, pense bem.

Não se deixe levar por uma coisa, nem outra. O coração é facilmente levado por emoções e tem tendência a fazer com que percamos um pouco a nossa razão, ou a capacidade de raciocínio coerente. O coração é um romântico incorrigível!

Mas a razão sozinha não poderá ditar as regras da sua vida. Nem tampouco os que convivem com você. É preciso levar em conta a suas necessidades de bem-estar. Fazer algo porque todo mundo acha que deve ser assim é absurdo. É muito importante não magoar e nem decepcionar os outros, mas isso não deve ser às custas do sacrifício da própria vontade e necessidade de ser feliz. Ninguém, por mais próximo que seja, poderá decidir o que você vai viver. É sua vida! E você só tem essa!

É muito fácil dizer o que os outros devem ou não fazer. Não é por que se está de fora que vê-se melhor. A verdade é que decidindo por nós as pessoas tornam-se responsáveis pelas nossas escolhas. Mas isso, pode ter certeza, não passa pela cabeça delas. Se formos infelizes depois elas não vão dizer: "descanse, fique de fora que vou ser infeliz por você, pois a culpa foi minha." E, para falar a verdade, mesmo se fosse o caso, isso não seria possível. Ninguém, sofrendo nossas dores, faz com que dôa menos em nós.

É digno e honesto cumprir promessas. Mas é desonesto cumpri-las somente por dever, sem que haja um real sentimento movendo essa decisão.
Ser honesto com os outros é muito bom. Mas, antes, é fundamental ser honesto consigo mesmo.
Por mais doloroso que seja, por mais difícil que possa parecer, libere-se do que pensam e dizem os outros. Pergunte-se: - o que eu quero para minha vida?

Uma coisa é certa: talvez você não saiba exatamente o que você quer, mas sabe muito bem o que não quer.
Quando seu coração estiver brigando com sua razão, tente pensar no que vai te fazer feliz a longo prazo.

Mas, mais importante ainda, feche seus olhos e se entregue nas Mãos dAquele que nos conhece antes mesmos que fôssemos nós. Mas faça isso de verdade, com sua alma. Ele sabe do nosso amanhã. E Ele não vai decidir por nós, ou impôr, mas vai certamente nos colocar uma luz que vai clarear nosso caminho.

E fique atento... os sinais aparecerão. E você saberá qual o caminho escolher. Talvez as pessoas mais próximas não entendam, se isso vier a contrariá-las. Mas eu aprendi que na vida habitua-se a tudo.

Todo ser humano merece respeito. E os que te amam saberão entender.

E eu digo: tente encontrar o equilíbrio entre o que diz seu coração e a razão. A sua escolha será certa!


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O profissional do século XXI 

Como ele reage às novas exigências, absorve
conhecimentos e investe no auto-desenvolvimento

O mercado de trabalho exige cada vez mais dos profissionais, sejam eles novatos ou experientes. O fato é que este mesmo mercado tem mudado em várias de suas características: quanto ao tamanho, distribuição geográfica, surgimento, diminuição ou até mesmo desaparecimento de algumas profissões, caracterização do vínculo empregatício, entre outras. Diante desse cenário, tornam-se inerentes a necessidade de adaptação e a absorção de novas competências (conhecimentos, habilidades e experiências).
Não obstante, a capacidade de percepção e flexibilização também surgem como fatores-chave na hora da contratação.

E como deve ser o profissional do século XXI? Bem, ele deve possuir muitas características, entre elas, empreendedorismo, resiliência, pró-atividade, liderança energizadora, percepção, comunicação, persuasão, assertividade, criatividade, cultura, humanismo. Todas elas têm sido muito requisitadas pelas empresas, mas devemos lembrar que não se trata de buscar profissionais supra-humanos, visto que isso é impossível e têm levado muitos a um nível elevado de estresse. Trata-se, apenas, de reconhecer seus potenciais e limitações, e, a partir daí, de forma equilibrada e estruturada, buscar o auto-desenvolvimento.

Também não podemos esquecer da relevância da tecnologia na vida de um profissional globalizado. Independentemente da área do conhecimento, ela fornece a base conceitual necessária a uma evolução do pensamento e da análise. Ainda, a utilização de ferramentas tecnológicas é um fator de diferenciação no mercado de trabalho. Compreender claramente o ambiente altamente tecnológico em que vivemos e suas correlações é fundamental para qualquer profissional, mas nada exacerbado que nos torne consumidores compulsivos dessas tecnologias. Por outro lado, os profissionais não podem ficar desatualizados com tal evolução e devem saber usá-la a seu favor para gerar resultados efetivos.

Relacionar-se bem e manter uma boa relação no ambiente de trabalho também é essencial ao perfil do profissional. A produtividade, a criatividade, o sucesso da empresa e do profissional, e tantos outros fatores, dependem de um ambiente de trabalho saudável. Daí cabe a pergunta: deve haver competição? Sim, deve. Um tipo a qual podemos chamar de coopetição. Isto é, uma competição pela melhoria, pelo sucesso, que aumente os níveis de cooperação, de integração, de ganhos para todos. Pode parecer um sonho, mas não é. É uma questão de mudança de paradigmas.

Assim como é citado no livro O Monge e o Executivo , de James Hunt, são abordadas questões muito importantes para uma condução saudável de um relacionamento no ambiente de trabalho, com afeição e respeito no cuidado com as pessoas. E na prática isso funciona. Basta  criar um ambiente propício para que isso aconteça.

Uma questão que ainda divide opiniões e levanta dúvidas, diz respeito à qualificação. Afinal, os profissionais devem saber um pouco de tudo ou aprofundar-se num único assunto? Depende do momento em que esse profissional se encontra. No entanto, num mundo globalizado e de mudanças rápidas, com conexões e competências cada vez mais complexas, é impossível adotar uma ou outra visão polarizada. Um bom exemplo disso é que muitas organizações contratam profissionais oriundos da área de exatas para atividades financeiras ou administrativas, enquanto outras trazem profissionais das áreas de humanas ou artes para atuar junto a grupos altamente técnicos.

As mudanças acontecem num piscar de olhos, e como é impossível prever o futuro desse mercado com precisão, o que podemos fazer é analisar o presente e estimar boas dicas para o futuro. Dessa forma, arrisco alguns conselhos:

 -Faça o que você gosta e ame o que você faz.

 -Seja dedicado, persistente, lute por aquilo que você acredita.

 -Goste das pessoas, tenha humor e uma visão positiva da vida, mesmo naqueles momentos nos quais você teria todos os motivos para desistir.

 -Trabalhe, trabalhe muito, mas trabalhe sabendo aonde você quer chegar.

 -Defina um objetivo claro para sua vida pessoal e profissional, mas um objetivo bem definido, bem estruturado e suportado por um plano de ação. Você pode!

Acredite nisso e faça com que essa seja sua energia vital. Boa sorte!

Por Luiz David Carlessi