sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Problemas Pessoais

É sempre muito delicado fazer crítica às pessoas, ainda mais quando o assunto é muito pessoal. Porém, acredito que, num ambiente profissional, o bem da empresa é o que vale e, se um de seus profissionais não estiver de acordo com o que a empresa espera, o ideal é falar o quanto antes, para evitar que aquela pessoa manche a imagem da organização. Esse é o caso de profissionais que possuem problemas com mau hálito, odores embaixo dos braços, vestuários inadequados e outras situações que incomodam aos demais colegas e podem, até, passar uma imagem de desleixo para clientes. 

Infelizmente, normalmente as pessoas que possuem problemas como esses não sabem que os tem. Eles simplesmente não percebem seus próprios odores, ou não se atentam para inadequação de uma determinada vestimenta. Tratar de assuntos como esses, torna-se, portanto, uma tarefa muito delicada, o que requer da empresa certo jogo de cintura para ferir o mínimo possível o ego de quem recebe a notícia. 

Acredito que o primeiro passo é escolher uma pessoa que tenha habilidade para levar situações como essa de uma forma mais leve, sem se embaraçar entre as palavras e, com isso, tornar a situação ainda mais delicada. É importante que essa pessoa tenha uma relação saudável com o profissional desavisado, mas que ela imponha certo tipo de respeito. É fundamental que a mensagem seja passada da forma correta, ou seja, tem que ficar claro que se trata de uma orientação e que ela deve ser seguida. Um local tranquilo é o mais recomendado para abordar esse tipo de assunto, já que a pessoa precisa estar à vontade. Desta forma, o entendimento fica mais fácil, e a crítica pode ser compreendida com mais clareza. 

É importante, também, que quem vá dar a notícia, esteja preparado para uma má recepção. Nem todo mundo sabe lidar com críticas. Alguns se zangam, outros ficam tristes e se ofendem, outros ainda simplesmente relevam a informação como se nem acreditassem no que lhes foi dito. Uma boa maneira de não constranger a pessoa, é mostrando que aquilo é falado em seu favor, para evitar futuros problemas com outras pessoas ou outras empresas. Pode ser uma maneira, inclusive, de evitar piadinhas maldosas, exclusões ou outros tipos de situações que só prejudicam a pessoa.

Assim como qualquer outra crítica, é fundamental que, ao conversar com a pessoa que tem esses problemas, alguma solução seja oferecida logo em seguida. Por exemplo, no caso de maus cheiros, avise a pessoa que aquilo pode ser proveniente de algum problema de saúde e que o ideal é procurar um médico, ou coisa do tipo. No caso de vestuários enganosos, a solução pode ser a aquisição de uniformes para aquele profissional, ou, se essa não for a política da empresa, quem sabe não caberá a indicação de uma revista de moda ou de programas de TV que ensinam sobre a forma certa de se vestir?! Outra boa saída é desenvolver um manual de integração, onde contenham todas essas informações. Assim, todos os funcionários que já estão na empresa, ou que ainda irão entrar, terão a oportunidade de se inteirar da cultura organizacional, assim como a forma que as pessoas que ali trabalham devem se vestir e/ou se comportar.

Conheço casos de pessoas que deixaram de ser promovidas por problemas como esses que citei. Infelizmente, aliás, tudo isso é muito mais comum do que podemos imaginar. Algumas vezes, trata-se de desleixo. Quando o problema é esse, a empresa acaba repensando se aquele profissional realmente é merecedor da promoção. A lógica é simples: se ele não é capaz de cuidar da própria higiene, imagine como tratará seu trabalho. Em outros casos, e eu, sinceramente, não sei qual é pior, o problema está na saúde do colaborador. Eles se cuidam, são extremamente higiênicos, mas, mesmo assim, exalam maus odores. O que fazer? Só procurando auxílio médico mesmo, como citei anteriormente. Não acredito que nenhuma das situações não possa ser contornada. Quando há vontade, é possível qualquer coisa.
O que não pode acontecer é que um problema de tal importância se torne empecilho para o almejado crescimento profissional. 


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Tecnologia: use com moderação

Uma das coisas mais comuns no meio corporativo, hoje em dia, é o uso da tecnologia a favor da rapidez em que as coisas acontecem. Notebooks, smartphones e outros equipamentos que facilitam, e muito, a nossa vida tão corrida e atribulada. Afinal, nos dias de hoje, quem não estiver conectado corre sérios riscos de ficar para trás, tanto no que diz respeito à informação, como no que diz respeito ao fechamento de negócios. Aliás, convenhamos, uma coisa está diretamente atrelada à outra. 

Porém, como tudo nessa vida, há o lado negativo de tanta positividade: o uso desenfreado de tais tecnologias acaba gerando certo desconforto no meio empresarial. Afinal, até para usar nossos celulares precisamos ser educados. Explico: quantas vezes você se viu num elevador com uma pessoa que falava alto ao celular? Ou, quantas vezes você estava numa reunião que fora interrompida por alguém que precisava atender ao celular? Ou, pior, quantas vezes o seu almoço com aquele colega de trabalho foi cortado ao meio porque o aparelho dele tocou e ele parou tudo para atender?

Acreditem, há forma adequada de usar seu celular. Eu diria, aliás, que cabe melhor dizer que a maioria de nós usa o celular de forma inadequada. Em reuniões de trabalho, por exemplo, por mais informal que ela seja, os aparelhos devem ficar desligados. Se é uma reunião profissional, independente se você é o chefe ou o subordinado, ela não deve ser interrompida por nada, nem mesmo por um telefonema para você. Essa regra só deve ser quebrada, caso seja um cliente (eles sempre terão preferência), ou uma ligação pessoal extremamente importante, mas, nesse caso, avise antes da reunião começar que você, possivelmente, irá receber uma ligação importante. Assuntos pessoais que podem ser considerados de tal maneira: a mulher grávida que está próximo de dar a luz; alguém doente na família que pode precisar te ligar; chamadas da escola do filho; ou outros assuntos que você julgue realmente relevantes. Atenção, só você é capaz de priorizar os assuntos que irá tratar. Cabe a você filtrar tais ligações. E, se for o caso de precisar atender, peça licença e saia para atender longe da reunião. Se não der para desligar o telefone, coloque pelo menos no vibracall. 

E, por falar em vibracall, é nesse perfil que o seu aparelho deve ficar dentro da empresa. Acontece de sairmos da mesa em alguns momentos e se o telefone toca, sem que você esteja na mesa para atendê-lo, seu toque incomodará seus colegas. Por isso, ou deixe-o no vibracall, ou carregue-o sempre contigo. Se optar pelo toque, escolha os mais tradicionais, nada da música da última moda na balada. Deixe esses para quando você estiver fora do ambiente profissional. 

É claro que existem outras regrinhas básicas, como falar baixo quando precisar atender ao telefone em meio a outras pessoas, não se prolongar em conversas intermináveis, retorna à ligações perdidas o quanto antes etc. 

Porém, sinto-me na obrigação de falar sobre a nova onda que tomou conta dos escritórios: os smartphones. Eles são, sem dúvidas, extremamente úteis para profissionais de todos os tipos, já que podem checar seus e-mails de onde estiverem, ou acessar a internet e obter as informações que necessitarem. Durante uma reunião, por exemplo, é possível buscar dados que faltam para solucionar algum problema posto na mesa de discussões. 

Mas, infelizmente, há quem os utilize de forma extretamente deselegante. São pessoas que, normalmente, não param de fuçar os aparelhinhos.
Durante uma reunião, por exemplo, essas pessoas passam mais tempo curvados sobre a pequena tela, do que prestando atenção no que diz o porta-voz da reunião. E, não adianta dizer que a atenção não está sendo desviada, pois é inevitável que isso aconteça.

Esse é, sem dúvida, um dilema. Ter as informações em tempo real é uma ótima maneira de competir com nossos concorrentes. Alguns negócios são fechados por causa da agilidade em que os clientes são atendidos. Porém, lá dentro da empresa, ou em reuniões com clientes, ficar o tempo todo checando e-mails que chegam de cinco em cinco segundos no smartphone é extremamente deselegante.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

“COMO TORNAR SEUS FILHOS, CRIANÇAS OU JÁ ADOLESCENTES, LÍDERES DE SUAS VIDAS”

Há alguns dias, estive no lançamento da mais nova obra de John Maxwell, chamado Livro de Ouro da Liderança, reunindo os princípios mais importantes destilados em cerca de 40 anos de estudos. Maxwell já vendeu mais de 13 milhões de livros, e escolheu o Brasil para lançamento de seu trabalho mais recente.

Durante o talk show organizado pela Thomas Nelson Brasil, na livraria Cultura, alguém perguntou como poderia ajudar seus filhos a liderarem suas vidas.

Maxwell pensou um pouco e disse: ‘quando eu era menino, os garotos da vizinhança recebiam mesada para jogar o lixo da casa, cortar a grama ou arrumar a bagunça do quintal. Então, fui até meu pai e disse: ‘o filho do vizinho recebe uma mesada para ajudar em casa. Eu acho que mereço também’. Ele me olhou nos olhos e respondeu: ‘você faz parte da família, John, e o trabalho de casa todos nós fazemos e ninguém recebe por isso. Se você acha que tem que receber, antes vou descontar o seu custo, que inclui os nove meses que sua mãe o carregou na barriga. Você ainda vai ficar devendo’.

Nunca mais pedi mesada pelo trabalho em casa, continuou Maxwell. Mas meu pai pagava uma mesada. Só que era diferente. Ele pagava a mim e meus irmãos para nós lêssemos livros. Ele trazia um livro para cada um de nós. Então, todos os dias durante o jantar tínhamos que falar sobre as idéias do autor e qual nossa opinião sobre o capitulo que havíamos lido.

Assim, todos os dias líamos algumas páginas e falávamos sobre isso ao jantar. Quando terminávamos o livro, meu pai dava o preço de capa do livro para nós, em mesada. Assim, se um livro custava o equivalente a 30 reais, era o que ele nos pagava, depois de terminada a leitura. Isso nos ensinou a ler e entender os livros – coisa que muitos garotos americanos não conseguem fazer hoje – porque tínhamos que explicar o que estávamos lendo, para ele e minha mãe. Além disso, aprendemos a terminar os livros, o que hoje os especialistas chamam de acabativa, que é o que falta para muita gente. Até porque, para que pudéssemos receber a mesada, tínhamos que ler até a última página.

Em terceiro lugar, aprendi a não trocar dinheiro pelo tempo de trabalho, como faz a maior parte das pessoas, mas pela qualidade do meu trabalho. Trabalhamos muito tempo em muitas situações diferentes de graça, para outros, apenas para que pudéssemos aprender alguma coisa. Isso deixou meu irmão milionário. E eu e minha irmã também não podemos reclamar. Já vendi mais de 13 milhões de livros – e olha que faço isso no meu tempo livre. Até hoje somos voluntários em alguma atividade.

Por último, descobri que isso me tornou muito mais maduro, na escola e na vida. Eu não era, nem sou, mais inteligente que os outros, nem memorizava melhor as informações. Também não tirava notas mais altas que meus colegas.

Mas descobri que isso não é tão importante. Descobri que nossas escolhas é que são importantes. Quando olhava para as escolhas dos meus colegas, me perguntava como podiam fazer escolhas tão pobres. Quando os via trocando a chance de aprender mais, por alguma festa, um show, ou mais uma saída com os amigos, mais uma loucura qualquer, na universidade, comecei a ver que eu era diferente. Quando os via torrando seus últimos dólares em um carro, ou em alguma idéia mirabolante, achava incrível seus valores – ou a falta deles. Tinha me tornado diferente, porque passei anos lendo o que eles não leram, aprendendo o que eles não aprenderam e escolhendo ficar com pessoas que sabiam muito mais que eu, e não as mais populares.

Meu pai também aparecia na escola, no meio da aula, e me tirava para assistir alguma palestra ou seminário de algum palestrante famoso que estava na cidade. Se era grátis, nós estávamos lá. Se dava para pagar, também. Os professores não entendiam porque ele nos ajudava a “cabular” aulas, mas ele dizia: a aula você pega com um colega. Assistir esta palestra novamente, talvez demore anos’. Assim, em aprendia o que ninguém aprendia, porque meus irmãos e eu éramos os únicos adolescentes nestas palestras.

Fiz isso com meus filhos que, hoje, fazem com meus netos. Eu os pagava para que pudessem ler e os levava para palestras, seminários e workshops nos quais nenhum pai pensaria em levar os filhos. Porque informações nossos filhos terão na escola, na internet ou em alguma enciclopédia. Mas as escolhas que eles farão depende daquilo que existe dentro deles. E isso é marcado pelas pessoas que os cercam, pelos livros que eles tiverem lido e pelo tempo de qualidade que viveram com pessoas dispostas a ajuda-los. Isso, nenhuma escola vai ensinar.

Todos os adolescentes que se tornam felizes, equilibrados em bem sucedidos, fazem escolhas poderosas – algumas vezes, muito difíceis e impopulares”.

Escolhas. Maxwell destaca a importância das escolhas para a sua vida e a de seus filhos. Ajude os adolescentes a fazerem suas próprias escolhas, e eles saberão como fazer o resto. Em seus casamentos, em seus empreendimentos e em sua vida interior.


terça-feira, 28 de outubro de 2014

Educação & Desafios

Gilclér Regina
Fiquei me perguntando por muito tempo: O que educação tem a ver com sucesso? Qual a importância de se ter desafios? Uma conclusão que cheguei é que desafios extraordinários produzem pessoas extraordinárias. E isso é um processo educacional.

Quando uma pessoa se frustra duas reações acontecem. A primeira é de raiva e a segunda de tristeza. Mas você precisa saber que a frustração faz parte da vida e isso faz parte da educação para o sucesso. Quando você trabalha com metas tem que entender que a palavra mais importante é foco e esta deve vir somada à palavra atitude. Isso é educação, pois você acabará percebendo que quando faz antes o que está em segundo lugar, perde o foco. Isto é, não saberá trabalhar prioridades.

Há casais que brigam e repetem constantemente que vão se separar,  que não aguentam mais e como tudo aquilo que você pensa acaba crescendo, com o tempo, acabam mesmo se separando.

Assim, se você pensa em medo, em dor, em tristeza, em alegrias, em resultados, em riqueza... Tudo isso crescerá e irá gerar uma forte tendência de virar realidade.

Um tubarão não cresce quando colocado no aquário. Ele só crescerá no mar. Assim também, a educação para o sucesso força você a sair do aquário, da telinha, a pensar grande e voltar-se para o alto.

Não há nada pior que levantar de manhã e não ter objetivos, não saber o que vai fazer. Salvo quando está curtindo suas férias.

Você deve ter sonhos, mas os desafios da educação te ensinam a trabalhar com metas. Um sonho sem metas é uma mera fantasia, não te leva a lugar nenhum. O professor sabe que seus sonhos passam pelo conhecimento, mas na verdade, te preparam para a vida, para enfrentar o mundo, a concorrência, tudo...

Se você tem dificuldade de ler, leia um livro pequeno para começar. Não vá querer ler a biblioteca inteira de uma vez. Metas são assim, com números. Isso se chama termômetro educacional.

Como foram construídas as pirâmides? Pedra por pedra...

Como Noé fez a arca? Tábua por tábua...

Simples assim. Pequenos números que se tornam gigantes.

E você? O que está esperando? Na maratona da vida, as pequenas metas nos levam a realização dos grandes sonhos.Educação é preparar-se para sonhar e fazer. Simples assim.

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

Colaboração Jorge Pedro

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Seja feliz pelo que você é

Você é feliz? Para responder a essa pergunta, certamente você responderá outras: tenho a família que eu gostaria de ter? Meu emprego satisfaz minhas expectativas? Ganho o que considero bom para viver? Sou rodeado por pessoas que considero boas para estarem comigo?... e tantas outras perguntas. Se observarmos bem, perceberemos que nossa felicidade sempre está relacionada, de alguma forma, a desejos e sonhos. Exatamente por isso, o assunto que abordo hoje começa com um convite a uma reflexão: o que você tem almejado para sua vida? 

Para sermos felizes, precisamos, antes, identificar o que nos causa essa sensação. Aliás, a que sensação me refiro? Felicidade é o que nos faz sentirmos satisfeitos, realizados, alegres com a forma que as coisas têm acontecido. É por isso que, identificando o que nos causa essa felicidade, torna-se fácil ir em busca disso. Por exemplo, se viajar é uma coisa lhe causa uma sensação de realização, logo você saberá o que precisa fazer para alcançar essa satisfação. Alcançando o que deseja, será feliz!

Ser feliz não significa ter muito dinheiro, uma mansão digna de novela das nove, o carro do ano e todos os equipamentos de última geração lançados no último mês. A não ser que esses sejam os seus desejos. É por isso que volto à pergunta: o que você tem almejado para sua vida?

Para conquistar o que buscamos é preciso, antes, saber o que queremos. Isso tem um pouco a ver com planejamento (assunto abordado na semana passada), porém, tem muito mais a ver com estilo de vida, aspirações, conformidade e, principalmente, com o que você faz para alcançar as coisas que quer. 

Infelizmente, vivemos em uma sociedade em que o que se prega é que para ser bem sucedido é preciso estar numa posição de liderança, ganhando salários exorbitantes e, com isso, conseguir comprar todos os bens materiais a que se tem direito. Mas, com tantos exemplos que já presenciei é muito possível perceber que não é exatamente assim que as coisas funcionam. Pelo contrário. Há muitos profissionais que trabalham na área operacional, ou que não têm salários tão bons assim, mas que se sentem as pessoas mais abonadas deste mundo. Isso, certamente, porque são pessoas seguras, que não precisam provar nada pra ninguém, que contam com uma família amorosa ao lado e que, principalmente, têm consciência do que realmente às fazem felizes. 

Assim como, lamentavelmente, existem milhares de pessoas enriquecendo cada vez mais, dedicando-se mais e mais aos seus trabalhos, porém, esquecendo-se de dar uma atençãozinha especial às questões que realmente lhe fazem bem. Um exemplo clássico é do executivo que, por falta de tempo, deixa de praticar esportes, coisa que sempre gostou. A falta do esporte faz com que ele se sinta infeliz, mesmo que não perceba de onde exatamente vem a sensação de fracasso. Sim, pois a sensação contrária à satisfação do sucesso é o fracasso. E, muitas vezes, para o profissional se sentir realmente feliz, faltaria apenas o tempo para jogar aquela pelada do fim de semana com os amigos. 

Socializar-se, cuidar da família, praticar esportes, praticar hobbies e ter um tempo para ficar só consigo mesmo são as ações que mais fazem falta às pessoas que se sentem infelizes. O problema é que, muitas vezes, o x da questão não é identificado. Numa altura dessas, vocês devem estar se perguntando: como ser feliz, tendo tantas contas para pagar ao fim do mês? Se pararmos para pensar, muitas das contas poderiam ser eliminadas. Será que você precisa pagar uma prestação do carro tão alta? Será que precisa mesmo manter alguns luxos? O quê, dessas coisas, te faz mais feliz: manter os luxos, ou abrir mão deles e não ter que se preocupar tanto com as contas? Não é à toa que tantas pessoas dizem que “dinheiro, quanto mais se tem, mais se gasta”. As pessoas raramente ficam plenamente satisfeitas com as pequenas coisas da vida. As que, eu diria, realmente trazem a felicidade: um fim de tarde inteiramente dedicado a um filho, um happy hour com os amigos, um fim de semana com a esposa. Vivemos tão alienados em se destacar profissionalmente, que esquecemos de todo o resto. 

Antes de finalizar, porém, preciso explicar que defendo completamente o desenvolvimento profissional e o destaque no mercado de trabalho. Porém, o que não pode acontecer é a sua felicidade ser ignorada por um simples desejo consumista. Repito: ser feliz é satisfazer-se com o que você deseja. O que vale para o mundo inteiro, pode não valer para você. Por isso, escolha bem o que almeja.

Pense nisso!

DICAS:

• Aprenda a descobrir bons momentos em coisas simples da vida. Às vezes, colocar em prática uma receita com o filho, faz de um fim de semana algo muito mais prazeroso;

• Presenteie-se, não só com bens materiais, mas com viagens, passeios e descobertas de novos lugares;

• Dedique-se ao que almeja;

• Comemore suas conquistas;

• Pare de lamentar pelo que você não tem e valorize o que tem!


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Seleção e Intuição

Paulo Roberto Teixeira

Seleção. Dizem que é uma "escolha fundamentada". Baseada em fundamentos os mais diversos. Técnicas são aprimoradas. Atualmente, figura a tal "seleção por competências". Muito provavelmente outras técnicas vão surgir. Mas todas elas aprimoram a dimensão mensurável do ato de selecionar pessoas. Ainda que nosso foco seja nas "competências", "habilidades", "valores" e por aí vai, não tem jeito, seleção é escolher pessoas; e pessoas em sua totalidade. A divisão é uma mera tentativa de quantificar alguns aspectos. Tentativa! Inadvertidamente, a intuição apreende o resto. O mais importante? Não sei. Este artigo é apenas um convite à reflexão, e não uma resposta. Por se tratar de pessoas, a intuição é tão presente quanto a existência concreta do candidato e do selecionador num processo seletivo. 
A seleção de pessoal aprimora-se continuamente. Ainda bem. Mescla de ciência e arte, muitas vezes imprime no candidato a imagem (e alguns dizem que é a mais importante) que ele terá daquela organização que lhe está avaliando. De fato, todos já estão convencidos disto. Porém, desconfio que a tal "imagem" que o profissional-candidato leva da empresa contratante não é tão atrelada à precisão técnico-científica do processo seletivo, mas sim à postura, à abordagem, à empatia e, claro, à respeitabilidade que o profissional de seleção apresentou ao longo do processo. Tão importante quanto conduzir com maestria uma entrevista ou aplicar um teste, é abordar o candidato com respeito, cordialidade, interesse e, me perdoem os cientistas, leveza de espírito. 
Leveza de espírito. Conceito aparentemente abstrato. E parece abstrato, de fato, justamente devido à dificuldade de materializá-lo em palavras. Ou talvez porque caibam tantas palavras que, por mais que sejamos prolixos, sempre faltará algo. Mas a tal leveza de espírito é ação, é existência material, é tão concreta quanto esta tela de computador ou esta folha de papel. A atmosfera na qual ocorre um processo de seleção é naturalmente tensa. Seleção nada mais é que avaliação. Avaliar é atribuir valor. É atribuir valor a coisas muito pessoais, individuais, subjetivas até. Num processo mais tradicional, há duas pessoas numa sala: um que entrevista (que avalia) e outro que é entrevistado (avaliado). Por mais descontraído que seja, trata-se de um momento que sempre carrega alguma tensão, algum desconforto, sobretudo para o candidato. Alguém está "dando notas", atribuindo valor às minhas competências, às minhas atitudes, aos aspectos da minha subjetividade e, inevitavelmente, aos meus princípios pessoais. 
Leveza de espírito. Demonstrar interesse pelo candidato e suas histórias. Surpreender-se. Frustrar-se junto com ele. Sentir e pressentir. Sorrir com facilidade. Refletir suas expressões. Compreensão antes de explicação. Não se deixar seqüestrar por preconceitos, mas deixar "em cima da mesa" suas intuições. 
Pois é: "deixar em cima da mesa" suas intuições. Não adianta, ainda que vivamos numa sociedade que nos petrifica, ainda somos humanos (não sei até quando, mas ainda somos...). Pressentimento, intuição, fenômenos que, inevitavelmente, fazem parte da nossa relação com o mundo. E, sobretudo, nas relações humanas. Há aqueles que nos dizem para jogar fora os pressentimentos e as intuições, como se estas coisas fossem algum tipo de fraqueza; como se as coisas que pressinto e intuo de nada servissem, pois a verdade deve vir tão somente da racionalidade, da técnica, do método. 
Sei não. Tenho medo das certezas. Defendo que a intuição é legítima. Num processo de seleção, assim como em todas as relações humanas, ela está presente e deve fazer parte do conjunto das nossas conclusões. Há de se tomar muito cuidado para não utilizá-la como pretexto que justifica preconceitos. Por isto, conclamo: leveza de espírito. Preconceito é um negócio pesado. Afunda como âncora e nos deixa imóveis, amargos, míopes. Nada disso tem a ver com a intuição. 
O que sinto e pressinto de meu candidato deve ser levado em conta, porque antes de ser profissional, sou gente. Antes do teste e da entrevista, tem meu olhar. E tudo isto em seu conjunto, em sua inter (e intra) relação, ao final do processo, forma um retrato falado daquele candidato. Sim, retrato falado: uma tentativa de ilustrar a face de alguém. Algumas coisas são certas. Outras são erradas. Mas enfim, um retrato - ainda que falado - precisa ser feito. Mas é ilusão pensarmos que para fazer este retrato é necessário somente o aprimoramento técnico. Seleção envolve necessariamente relação humana. E um melhoramento efetivo só ocorre, de fato, com um melhoramento afetivo: o profissional de seleção tem que gostar de pessoas. 

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O Estilo Brasileiro de Empreender

Segundo os dados da pesquisa GEM 2010 (Global Entrepreneurship Monitor) 110 milhões de pessoas de 59 países estavam focadas em abrir uma empresa em 2010, enquanto 140 milhões estavam em processo de execução de novas empresas. São 250 milhões de empreendedores envolvidos na fase inicial da atividade empresarial.

Somente no Brasil, o levantamento feito pela GEM em parceria com o Sebrae e o Sesi/Senai mostra que a chamada “taxa de empreendedorismo” subiu de 2009 para 2010 de 15,3% para 17,5% da população economicamente ativa.

Os jovens brasileiros estão empreendendo mais; adaptam-se melhor às novas necessidades do mercado, demonstram iniciativa para buscar novas oportunidades e informações sobre o seu negócio. Estão mais antenados às novas tecnologias e se preparam muito mais. Do total de jovens no Brasil entre 18 e 24 anos, 15% empreendem o equivalente a 3,82 milhões de pessoas, segundo pesquisa divulgada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Para empreender com sucesso, acima de qualquer coisa, você precisa de autoconhecimento. Empreendedorismo é puro autoconhecimento, busca de oportunidade e iniciativa, que exige muita preparação e experiência no ramo de negócio. Para explicar o sucesso nos negócios, o autor Malcolm Gladwell, de livros espetaculares como Blink. A decisão num piscar de olhos, e de o Ponto da Virada, relata em seu novo livro: Fora de série: Outliers, a teoria de que uma pessoa precisa de 10 mil horas de dedicação em uma determinada atividade para construir uma carreira de sucesso, ou 98% de transpiração e 2% de inspiração, sabendo utilizar a seu favor as desvantagens e fraquezas de seu legado histórico, para aproveitar e agarrar as oportunidades.

Segundo Gladwell, empreendedorismo se aprende por meio de duas estratégias básicas: a primeira diz respeito a capitalizar em cima de suas forças, os pontos fortes, e a segunda tem relação com a compensação de suas fragilidades, os seus pontos fracos.Para explicar o sucesso dos ” fora de série”, os resultados das pesquisas indicaram que, para ser bom em alguma coisa, você tem de gastar cerca de 10 mil horas praticando, ou seja; 10 mil horas equivalem a dez anos de trabalho em algo durante 4 horas por dia.

Pesquisas realizadas pelo especialista Pedro Mello, autor do livro: Startup Brasil, com empreendedores brasileiros, que duraram cerca de três anos, mostram que o principal fator de sucesso do empreendedor é o autoconhecimento. A visão holística e altruísta, contribui de forma considerável para identificar o perfil do empreendedor de sucesso e mais nove estilos de comportamento:

Estilo 1. Empreender com a cara e a coragem: É o indivíduo que não tem medo do fracasso, não tem medo de correr riscos. Pessoas que empreendem pela coragem são ótimas para abrir novos caminhos, são determinadas e estão sempre dispostas a colocar a mão na massa. Empreendedores são pragmáticos, e para começar não costumam perder tempo na prepararação do plano de negócios. Iniciando a fase de crescimento, valorizam sim, a importância do planejamento. Sabe que é preciso ter grande iniciativa e muita acabativa.

Estilo 2. Empreender com parceria: Empreender através de parcerias é o estilo de pessoas flexíveis e cordiais, que possuem a habilidade de conectar aos outros, gerando relacionamentos profissionais e duradouros. Valoriza a conversa com os clientes, colaboradores, parceiros de negócios e fornecedores. O empreendedor não é um lobo solitário, não vive sozinho, pois gosta de trabalhar em equipe.

Estilo 3. Empreender com inovação: O empreendedor evita a rotina quando busca a renovação de seus produtos e do próprio negócio. São motivados por novos projetos, apaixonados e otimistas, mas devem cuidar do foco de seu negócio principal, com uma visão ampliada, não deve sair investindo em dezenas de projetos ao mesmo tempo, sem a devida profundidade e atenção.

Estilo 4. Empreender com idealismo: É um grande agregador de pessoas, está sempre cercado de amigos, desde a infância, e lidera com responsabilidade. Seus familiares e amigos são simpatizantes de suas causas.

Estilo 5. Empreender com senso de poder: Sao pessoas pragmáticas, líderes natos, organizados e disciplinados. É do tipo empreendedor empresário, que consegue misturar uma certa dose de iniciatva e ambição para iniciar novos empreendimentos com a capacidade gerencial necessária para administrá-los.

Estilo 6. Empreender com o conhecimento: São pessoas mais introspectivas em que prevalece a busca pelo entendimento profundo de como as coisas funcionam. Para empreender, costumam valorizar a ciência, a pesquisa e o estudo.

Estilo 7. Empreender com a comunicação: O estilo de comunicador, criativo e com grande capacidade de animar os outros , se relaciona de forma brilhante para vender seus produtos, serviços e ideias. Tem capacidade administrativa, e visão sistêmica da organização, cuidando com atenção das áreas de finanças e contabilidade.

Estilo 8. Empreender com a intuição: Utiliza sua intuição para se tornar mais assertivo em seus negócios, o que economiza tempo e energia que poderiam ser facilmente desperdiçados em atividades desnecessárias. São pessoas sensatas e bons ouvintes, capazes de animar, motivar as pessoas da equipe.

Estilo 9. Empreender com a estabilidade: Indivíduos com ótima capacidade de organização, trabalham com austeridade na gestão financeira. São cumpridores de normas e processos. O empreendedor com estabilidade, é focado na criação de ambientes sólidos e disciplinados.

Muitos destes estilos são encontrados em empreendedores brasileiros, casos de sucesso, publicados no livro Startup Brasil: Miguel Krigsner – O Boticário; Alexandre Costa – Cacau Show; Romero Rodrigues – Buscapé; Mauricio de Souza – História em Quadrinhos.

Por Rosival Fagundes – Consultor do Sebrae.


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Supere seus medos

Como todos sabem, trabalho na seleção e recrutamento de executivos e um dos maiores prazeres da atividade que exerço é ver os profissionais satisfeitos por terem sido escolhidos para as melhores vagas do mercado. É, realmente, bonito de ser ver. Melhor ainda, aliás, ver a satisfação de nossos clientes em saber que enfim terão os profissionais que tanto esperavam.

Porém, o contraponto dessa felicidade é, justamente, os nossos outros clientes, os assessorados de outplacement que, infelizmente, acabaram de ser desligados das empresas onde trabalhavam e precisarão enfrentar todo o processo de prospecção de uma nova colocação no mercado de trabalho. 

As pessoas costumam ter tanto medo da demissão que não conseguem nem se imaginar recebendo tal notícia. E, muitas vezes, ninguém lembra que todos os contratos são bilaterais e podem ser rescindidos a qualquer hora por qualquer uma das partes, basta haver um motivo para isso. 

O grande problema, na maioria dos casos, é reação da família perante a situação. Muitos profissionais, inclusive, postergam o quanto podem o anúncio aos familiares na expectativa de conseguirem resolver o problema sem ter que passar por isso. É como se a ficha demorasse a cair, como se fosse possível reverter de alguma maneira, o que não é verdade. Conheço casos, inclusive, de profissionais que continuavam suas rotinas, saindo e voltando pra casa nos horários habituais para que ninguém percebesse as mudanças. A diferença é que iam para qualquer lugar, cinema, cyber café ou qualquer outro espaço onde pudessem esperar o tempo passar.

Aliás, quanto mais a pessoa tiver baixa autoestima, mais dificuldade em enfrentar o problema. Essas pessoas não acreditam ser capazes de arrostar o mercado de trabalho, pois não se consideram boas o suficiente para concorrer a uma nova vaga de trabalho. Isso não é verdade! Há vagas boas espalhadas por ai e, certamente, haverá um espaço para cada um.
Relembro, apenas, as questões que sempre cito: é preciso estar à altura dessas vagas, pois elas existem, o que faltam são profissionais capacitados. Então, ao invés de ficar se lamentando em casa por ter perdido o emprego, bola pra frente e vá em busca de sua melhora como profissional. 

A angústia é grande, concordo, pois o sentimento dos profissionais desligados é o de impotência. Agem como se nada pudessem fazer diante da situação. Não sabem ao certo como lidar com as finanças dali pra frente e, por isso, muitas vezes acabam metendo os pés pelas mãos, endividando-se antes da hora. Concordo que não é uma situação simples. Porém, chamo a atenção para a importância em manter a calma, caso contrário coisas erradas serão feitas, realmente. 

O medo da demissão é um vilão contra o bom desempenho. No ano de 2009, por exemplo, quando tivemos várias demissões e reajustes nos quadros funcionais de muitas empresas, esse receio foi algo que povoou a cabeça de muitos profissionais. Enquanto viam seus colegas serem desligados um a um, ficavam imaginado se seriam os próximos a receber a notícia. Ao invés de trabalhar ainda mais para mostrar resultados, envolviam-se em fofocas, perdiam horas planejando suas vidas (caso isso acontecesse) e deixavam de lado suas tarefas. O resultado? Drástica baixa na produção e consequente demissão.

Ora, o medo é um sentimento que faz parte de nossas vidas. É como o medo da morte, se deixarmos que ele nos corroa, deixaremos de viver. O mesmo vale para o medo da demissão, se deixarmos que ele tome conta de nossos pensamentos, não trabalharemos a contento, o que jogará contra a gente mesmo. 

Vejo diariamente pessoas passando por desligamentos e não é fácil, realmente. Mas, esses incidentes da vida muitas vezes não são possíveis de se prever. À medida que eles acontecem é preciso entender e acatar a situação. Quanto mais negarmos o que a vida nos impõe, pior.


DICAS:
• Ao invés de ficar imaginando se você será o próximo a ser demitido, coloque ainda mais as mãos na massa e mostre resultados à empresa;

• Não deixe que esse medo tome conta de seus pensamentos e modifique sua forma de agir;

• Fuja das fofocas e tente não ficar adivinhando o que pensam seus superiores;

• Na dúvida, cobre um feedback de seu chefe;

• Seja sempre sincera consigo mesmo. Você tem feito por merecer continuar na empresa ou anda pisando na bola?;

• Cuide de sua imagem. Pode ser que as pessoas estejam lhe enxergando de uma forma diferente do que você quer passar.


terça-feira, 21 de outubro de 2014

Mudança de Carreira

Quantas vezes nos questionamos se estamos felizes no trabalho e se fazemos aquilo que realmente gostamos. Muitas vezes até sonhamos com outra ocupação. Mas o que fazer? Largar tudo e tentar algo melhor?

No tempo dos nossos pais ou avós era muito comum que os profissionais permanecessem a vida toda em uma única empresa na mesma área e muitos anos realizando a mesma atividade. Como o importante era ter emprego e salário para sustentar a família, bastava fazer o seu trabalho direito e obedecer à empresa, que tudo estava resolvido. Os valores eram outros, um bom emprego era aquele que lhe dava estabilidade e salário.

Em tempos de instabilidade econômica e incertezas em relação ao emprego, uma mudança de carreira tem diferentes implicações. Ela pode ser motivada, por exemplo, por questões financeiras. A insatisfação com a remuneração e a falta de perspectivas de melhoria deste aspecto pode levar o profissional a buscar uma alternativa que lhe proporcione maior retorno financeiro.

O dinamismo do contexto econômico atual faz com que profissões novas surjam a cada dia assim como outras caem na obsolescência. Neste último caso, o profissional se vê obrigado a fazer uma mudança de carreira para garantir sua manutenção no mercado. O mesmo ocorre com áreas de trabalho que estão saturadas de profissionais. Como tem gente sobrando, falta espaço e a tendência é que as remunerações também caiam.

Por outro lado, as novas profissões atraem não só jovens profissionais, como os mais experientes, que vêem como alternativa se inovarem profissionalmente ou conseguir um nicho de mercado ainda não explorado.

Outro motivo para uma mudança de carreira e que está cada vez mais comum é a descoberta de que a carreira escolhida não o faz feliz. Claro que nesse caso, é importante analisar se o problema é momentâneo. Uma insatisfação com a função atual pode ser resolvida com uma mudança de função. Assim como se o problema for com a empresa, a busca de uma nova colocação pode solucionar a questão. Por isso uma autoanálise profunda é crucial nestas situações.

É comum também a mudança de carreira na busca de mudança de estilo de vida. Por exemplo, profissionais que em uma rotina densa de trabalho que incluem viagens, horas-extras freqüentes, trabalho aos finais de semana e buscam uma opção mais “light”.

Para resolver este problema, primeiro, identifique sua área de interesse: que outra profissão você gostaria de seguir e que você acredita que lhe fará mais feliz? Feito isso, vamos conhecer a realidade desta profissão. Para isso, pesquise, busque informações sobre ela, obtenha dados sobre o mercado desta área. Antes de iniciar qualquer ação, é importante se certificar se a mudança valerá à pena.

Além disso, faça uma autoavaliação. Identifique seus pontos fortes e fracos, as oportunidades e ameaças que você vislumbra no mercado. Faça um planejamento de como será a mudança, sempre tendo em mente que esta não será simples, nem tampouco, rápida.

Aí se pode partir para a ação. É uma mudança gradativa, pois vai requerer uma formação, que pode ser uma graduação, um curso técnico ou uma especialização. A falta de experiência na nova área deverá ser suprida por muito estudo e atualização. Você pode aproveitar suas férias, finais de semana para desenvolver projetos, mesmo que voluntários nesta nova área a fim de adquirir alguma experiência.

Deve-se dar atenção especial à questão financeira. O objetivo é ser mais bem remunerado com ela, mas no começo isso dificilmente acontecerá. Você pode estudar uma redução, mesmo que temporário. Um planejamento financeiro adequado poderá minimizar o impacto no seu padrão de vida. Por isso, considero que o melhor momento para fazer uma mudança como esta sempre é quando se tem uma boa reserva financeira.

Por último mas não menos importante, será necessária uma alta dose de motivação e dedicação de sua parte. Uma mudança de carreira exige muito esforço e comprometimento, pois será muito fácil desistir no primeiro obstáculo que surgir. E tenha certeza que dificuldades irão surgir, por isso, grande parte do seu sucesso dependerá exclusivamente de você.


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O que os gestores tem feito ou não para preparar e reter talentos

Fernando Mantovani

No contexto brasileiro de aquecimento econômico, muito se fala em retenção de talentos, escassez de profissionais qualificados no mercado, inflação salarial, dificuldade em lidar com profissionais da geração Y, aceitação de contraproposta (problema criado pelas próprias empresas), além da dificuldade de identificar, atrair e reter talentos.

Não se pode discordar de nenhum desses pontos. Mais do que isso, como ressalta sistematicamente o próprio Jim Collins, renomado pensador do management mundial da atualidade, as organizações de sucesso são aquelas que têm, antes de tudo, as pessoas certas.

Pouco se explora, no entanto, o fato de que é preciso entender profundamente o motivo que leva as pessoas a deixarem a organização a que pertencem. Logo vem a cabeça, a questão da remuneração, mas fatores mais relevantes para os profissionais como relação com o superior imediato e qualidade de vida são deixados à margem.

É fato que a geração Y tem traumatizado empresas que já os vêem com maus olhos. Os profissionais nascidos entre 1979 e 1999 prejudicam sua própria imagem por conta do alto grau de exigência em relação às empresas, mas falham gravemente na contrapartida.

Os profissionais da geração Y buscam evolução excessivamente rápida na carreira, por outro lado não entendem que isto não é sustentável em uma empresa; almejam cargos mais importantes, mas não a responsabilidade dos mesmos; requisitam feedbacks constantes, mas apenas gostam de receber elogios e seu nível de comprometimento com a empresa é questionável.

Desconsiderado todos esses aspectos referentes à geração Y, também é importante analisar o outro lado e questionar se os gestores estão preparados para lidar com seus liderados, formar sucessores e efetivamente desenvolver pessoas.

Também compete à gestão eficaz buscar profissionais compatíveis com os perfis que elas podem absorver e reter. Ou seja, não demandar profissionais qualificados demais para atividades excessivamente operacionais.

O mercado mostra que os gestores também têm falhado em suas tarefas. Nos últimos 12 meses os processos de seleção tornaram-se bem mais rigorosos e lentos. Ao mesmo tempo, é notório o número de reclamações dos profissionais insatisfeitos com seus atuais empregadores.

Há, por exemplo, a falta de alinhamento de expectativas durante o processo de contratação. Informações como problemas de clima organizacional, carga de trabalho e tarefas operacionais excessivas, para citar apenas algumas situações, não são reveladas.

Em muitos casos é possível observar a inexistência de diálogo e comunicação aberta entre líder e equipe. Isso faz com que critério de promoção não seja claro. São também comuns promessas de crescimento, aumentos salariais, job rotation e treinamento. Não tão comuns são os cumprimentos dessas promessas. Programas de coaching e a preocupação dos gestores com ações de impacto de médio prazo, para a carreira e para a empresa, são relegadas.

Diante de tudo isso, o mercado brasileiro aquecido, torna a atração de profissionais qualificados cada vez mais complicada, mas ainda se olha pouco para a retenção. Quando o tema entra em pauta se pensa apenas na questão financeira e raramente o papel dos líderes da empresa neste processo é avaliado.

Será que temos as pessoas certas nas cadeiras certas? Aparentemente, está cada vez mais nítido que os gestores não têm cumprido seu papel, principalmente ao gerenciar expectativa dos profissionais sob sua gestão. Ao mesmo tempo em que não há a comunicação de forma clara, percebe-se o receio na formação de sucessores, em contratar profissionais melhores do que eles próprios e, principalmente, em tomar ações que afetem nas carreiras de seus liderados e de seus reportes no médio prazo e não apenas no seu bônus no final do ano.

Fonte: http://www.roberthalf.com.br/portal/site/rh-br/menuitem.b0a52206b89cee97e7dfed10c3809fa0/?vgnextoid=e8cb2e7cc6f81310VgnVCM100000180af90aRCRD&vgnextchannel=908ac1e7a6999110VgnVCM1000003041fd0aRCRD

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A vitória pertence a quem sabe conquistá-la - Você tem desilusões e contratempos?

Você tem desilusões e contratempos? Tem talento, mas não consegue ganhar dinheiro? Não sabe bem se está no caminho certo? Se este for o seu caso, não se preocupe tanto, você é normal. A grande maioria, um dia vai se deparar com situações iníquas que leve a este tipo de reflexão.

Mas se é assim, o que fazer, diante de uma encruzilhada, para optar certo e não permitir que o "leme da vida" fuja do nosso controle? Muita coisa é claro, mas se você for capaz de responder de forma cristalina as questões seguintes, seguramente manter-se-á firme no leme da vida e aportará, em segurança, onde pretende chegar.

1. Eu amo o que faço? Há um velho ditado que revela: "Se você ama o que faz, terá que trabalhar um dia em sua vida". Mas, nem sempre amamos as coisas que fazemos. Então, se você não ama tudo que faz, então faça tudo que ama. Mas, se ainda assim não puder fazer tudo que ama, foque o principal, ou seja, o que você mais valoriza e deseja na vida. Daí se tiver que abrir mão de alguma coisa, terá realizado o que mais importa.

2. Eu tenho o talento para o sucesso esperado? Essa é uma boa pergunta, pois você pode amar o que você está fazendo, porém sem nenhuma chance de ser bem sucedido. De nada adianta, por exemplo, trabalhar na profissão que tanto sonha se não reunir as habilidades capazes de fazer de você um vencedor. Muita gente que gostaria de ser jogador de futebol, por exemplo, consegue realizar seu objetivo, mas menos de 5% faz fama e fortuna como atleta profissional.

3. Detenho o conhecimento necessário para prosperar?

O talento sozinho não garante o sucesso. Você deve conhecer muita gente, artistas, por exemplo, que tem muito talento e acabam no anonimato. O talento é indispensável para fazer algo com maestria, mas o conhecimento dará a base necessária para transformá-lo em ouro.

4. O que faço tem reais possibilidades de sucesso? Você pode amar o que faz e ter desenvolvido o talento necessário para conquistar o que deseja, mas se não há potencial para comercializá-lo, você não conseguirá alcançar o sucesso que tanto espera. Por exemplo, imagine você tentando começar um novo negócio para oferecer serviço de mensagem eletrônica (do tipo page, lembra-se). Com tantas opções de contatos virtuais oferecido via celular, internet etc, será pouco provável vencer.

5. Estou trabalhando o suficiente para conseguir o que quero?

Tem gente que reúne os quatro primeiros quesitos e acha que o sucesso está garantido. Daí cruza os braços, bota as pernas para o alto e espera o dinheiro cair do céu. O que acontece? Vê todas as oportunidades fugirem por entre os dedos, como se água ou areia fossem.

Em resumo, se você respondeu "não" a qualquer destas perguntas saiba que suas chances de sucesso são limitadas, daí o melhor é mudar a rota enquanto há tempo. Porém, se respondeu "SIM" para todas as perguntas, não quer dizer que você está no paraíso, mas a vitória está próxima. Finalmente, lembre-se de que a maioria das grandes vitórias da vida está apenas alguns centímetros de distância dos maiores fracassos.

De uma coisa é certa, onde há talento, paixão, potencial, conhecimento e muito trabalho, há reais possibilidades de sucesso. Daí, é só fazer o que nos recomenda Ralph Waldo Emerson: "Escreva em seu coração que cada dia é o melhor dia do ano."

Fonte: http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=ty6z8v970

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Employer Branding – uma nova alavanca na Gestão de Talentos


A gestão de talentos está na agenda de todo CEO que honre seu posto. Ao mesmo tempo em que a mídia nos apresenta a necessidade de um adicional de oito milhões de profissionais no Brasil, o país possui o mesmo número de desempregados. Fica nítida a importância da qualificação de nossos cidadãos, para que consigamos ser uma nação realmente desenvolvida. Em decorrência, as organizações vivem a tão propalada guerra por talentos, cabendo às empresas criarem estratégias diferenciadas para atrair, desenvolver e reter seus colaboradores.

O RH precisa estar cada vez mais próximo das competências de marketing e vendas para criar e apresentar uma proposta de valor atraente aos talentos atuais e potenciais da organização. É neste contexto que desponta o conceito de Employer Branding, o qual já é difundido na Europa e nos EUA desde os anos 1990, mas hoje representa para as empresas brasileiras uma nova possibilidade de diferencial competitivo.

Primeiramente é importante entender que talento não é necessariamente um profissional com desempenho e/ou potencial acima da média. Em um mundo onde a oferta de profissionais não atende à demanda, talento é a pessoa certa no trabalho certo. Por sua vez, a Gestão de Talentos é a logística de identificar estrategicamente os talentos necessários no curto, médio e longo prazos, provê-los no momento e local adequado, desenvolvê-los e mantê-los. Finalmente, o Employer Branding mostra-se como uma importante metodologia para dar este caráter estratégico e de inteligência ao RH.

O conceito tem origem na escola do marketing, em cujo cerne está à busca da satisfação e encantamento dos clientes. Pense em alguma marca que você estima. Imagine agora criarmos esta mesma sensação em relação ao trabalho/emprego oferecido por uma organização. E se as pessoas desejassem fazer parte e se engajar ao propósito do seu negócio? Este é o maior objetivo do conceito: potencializar o engajamento dos atuais e também dos potenciais empregados da organização.

Ter uma Employer Brand não é um luxo dos RHs mais contemporâneos. Simplesmente o fato de existir como empregador já faz com que seu negócio possua uma marca de emprego. Então, o que é melhor: gerenciá-la ou deixá-la acontecer por acidente? Sendo assim, fica nítido porque oito em dez organizações estão considerando o conceito como uma das alavancas fundamentais para a Gestão de Talentos. Entretanto, se sua organização está apenas no começo desta nova onda, saiba que você não está só: grande parte das organizações brasileiras e até mesmo mundiais ainda está nos estágios iniciais de implementação.

O primeiro passo é entender que o conceito de marca é muito mais que um logotipo, mas sim o conjunto de atributos e sentimentos que diferenciam um negócio, produto ou sistema de outro. O segundo passo é entender qual o DNA da sua marca: conferir garantia, diferenciar atributos ou congregar pessoas? Uma armadilha é querer que sua marca tenha os três vetores simultaneamente. Alinhe o planejamento da sua marca com o planejamento estratégico do seu negócio e muitos erros serão evitados. Uma dica é ter o presidente como o governante da marca.

O terceiro passo é definir a sua Employment Value Proposition - EVP, ou seja, uma proposta de valor com os atributos que diferenciam o emprego na sua organização de outros empregos no mercado nacional e até mesmo global. O quarto passo é validar esta EVP e comunicá-la devidamente entre os devidos públicos, customizando regionalmente sempre que necessário a EVP global. Finalmente, e extremamente importante, devem ser monitoradas métricas que comprovem que a estratégia definida foi bem-sucedida.

Uma lição aprendida neste tipo de trabalho é que a organização deve criar uma proposta de valor significativa para um devido público. Como disse John Kennedy, "O segredo do sucesso é não querer agradar a todos". Esta promessa, por sua vez, deve ser entregue em todos os momentos da verdade, que são todas as experiências que os potenciais e atuais empregados vivenciam em relação ao emprego oferecido por sua organização. Estes momentos correspondem ao ciclo de vida do colaborador na organização, desde o momento em que é influenciado pelas mensagens do negócio (propagandas, chamadas de recrutamento etc.) até a experiência de desligamento.

Os casos de implementação da metodologia de Employer Branding revelam que o retorno sobre este investimento é bastante positivo. Os ganhos com a redução do tempo de preenchimento de vagas, redução deturnover e absenteísmo, e aumentos de produtividade, dentre outros benefícios, mostram-se superiores ao investimento no projeto e governança do conceito na organização. Nos primórdios do capitalismo os negócios disputaram terras e recursos naturais, depois foram os clientes e os capitais, e agora, quem não souber criar as formas mais efetivas de atrair e reter talentos comprovará sua inaptidão para participar do ambiente contemporâneo de negócios. E sua organização, está refém da guerra de talentos ou resolveu investir nas suas fortalezas?


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Há tié-sangue na sua empresa?


Há poucos dias, li um artigo que falava de um pássaro chamado "tiê-sangue", (também conhecido como "tiê-fogo" ou "sangue-de-boi") encontrado em áreas desmatadas e restingas, da Paraíba até Santa Catarina, principalmente no litoral. O vermelho-vivo é a cor dominante de sua linda plumagem - daí o nome. Por sua beleza, é muito perseguido pelos criadores. Acontece que, quando em cativeiro, o tié-sangue perde sua beleza, suas cores se desbotam - o vermelho torna-se alaranjado - e é comum que em pouco tempo morra de estresse. Ou seja, ele só brilha se em liberdade.

Numa época em que se fala tanto em "bullying" e "burnout", não resisti à tentação de fazer uma analogia entre as características daquele pássaro e o clima interno de algumas empresas.

Através de e-mails que recebo e de depoimentos que ouço durante minhas palestras, fico sabendo que, a pretexto de manter a disciplina e a autoridade, alguns gestores, com ou sem conhecimento da sua organização, continuam distorcendo o uso do chamado "poder", transformando o local de trabalho em verdadeiros cativeiros emocionais para os funcionários, tirando o brilho deles e, pior, gerando situações de constrangimento e de estresse.

Ter liberdade de expressão, de movimentação e de relacionamento é um direito de qualquer pessoa que viva numa democracia e, no caso das empresas, é um direito de todo profissional, desde que essas manifestações não comprometam seu desempenho.

Conforme reconhecimento do mundo inteiro, o brasileiro é naturalmente alegre, criativo, comunicativo e afetuoso, em qualquer contexto. E é essa energia, essa motivação pela vida, pela expressividade e pelo envolvimento com as pessoas, que o torna tão positivamente diferenciado.

Proibir ao profissional a livre manifestação dessas características equivale a tirar sua liberdade, sua iniciativa e, por fim, seu tônus vital - como ocorre com o tiê-sangue engaiolado. Principalmente se essa proibição vem acompanhada com a ameaça - explícita ou velada - de demissão sumária.

Já foi suficientemente afirmado e comprovado que não é a liberdade de ação e expressão de uma equipe que põem em risco a estabilidade e a eficiência de qualquer liderança. Pelo contrário, não há como obter a lealdade, o entusiasmo, o esforço e o comprometimento dos colaboradores - o que se reflete imediatamente na produtividade e na qualidade dos produtos e serviços - sem que se dê aos mesmos condições dignas e éticas de vida e de trabalho.

O trabalho não precisa ser necessariamente um peso, um sacrifício, ao qual se vai todo dia com medo, tristeza ou raiva. Ele pode ser uma fonte de satisfação e de realização, desde que os profissionais não se sintam em cativeiros simbólicos, sob contínuos constrangimentos, excessiva pressão ou permanente risco de punições.

Se puderem ser livres, ter sua autoestima preservada e se mostrar como de fato são, sem a obrigação de reprimir sua espontaneidade para agradar gestores, eles revelarão toda sua capacidade produtiva e todos os seus talentos - da mesma forma que faz o tiê-sangue quando em liberdade.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Sensibilidade no Mundo Executivo

Sensibilidade é coisa de mulher! Homem não chora! Chefe bom é aquele que causa medo! Afirmações desta natureza têm origem numa cultura ultrapassada e já não conseguem explicar a realidade. Nos últimos anos, nota-se uma mudança significativa no comportamento do mundo masculino e acredito que o século XXI seja o momento de reversão deste universo.

O mercado executivo desse novo tempo precisa de seres humanos, não de profissionais inoxidáveis que se parecem como as máquinas, e que não demonstram defeitos e fragilidades. Todas as pessoas têm um lado bom e um lado ruim, qualidades e defeitos, acertos e erros, etc. Nessa queda de braço a lá Yin e Yang, o importante é que a fatia boa seja maior que a fatia ruim. Afinal, é fato: ninguém é perfeito.

As empresas já perceberam isto e vêm olhando de perto para aqueles profissionais que não têm medo de assumir seus defeitos e erros ou seu lado sensível. É importante aprender com os erros, trabalhar os defeitos e lidar com suas fragilidades. Este tipo de profissional consegue ter uma percepção mais aguçada dos negócios, da sua equipe, dos concorrentes.

Esta é a quebra do paradigma, o mercado hoje reconhece que um bom executivo é aquele que consegue se conectar com seu lado sensível e aplicá-lo no dia a dia. Contornar contratempos e ter atitude agregadora é, acima de tudo, uma questão de maturidade emocional e nisto as mulheres saíram muito na frente.

Homem ou mulher, a questão é fugir do senso comum. Já não se pode pressupor que a mulher, de natureza mais sensível, vá desabar diante de decisões duras ou magoar-se com as pequenas farpas do cotidiano. Igualmente errado é acreditar que o homem não seja capaz de desenvolver sua emotividade.

Cabe ao mercado não cair nas armadilhas da supervalorização de alguns conceitos, afinal não queremos um profissional se debulhe em lágrimas toda vez que ouvir Elton John, cantando a música tema da refilmagem do Mulin Rouge. Não podemos nos esquecer é do bom senso.

Ruth Bandeira, Diretora Regional Sul

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Pessoas se Afastam de Você?

"Essa é uma pergunta feita por várias pessoas, a seguir uma lista de possíveis motivos"
Provocações (aqui sintetizadas) do psicólogo Frederico Mattos.

1- Instabilidade emocional: Uma das coisas mais difíceis é se relacionar com uma montanha-russa, por dez minutos pode até ser tolerável, mas para seguir numa amizade, pessoal ou profissional, é impossível.

2- Ser dominador: Sempre haverá alguém sem vida própria para revezar ao lado de uma pessoa mandona, mas no longo prazo nunca são as mesmas pessoas, ninguém aguenta.

3- Egoísmo extremo: Parte dos motivos que nos fazem ficar ao lado de uma pessoa é saber que ela valoriza quem nós somos por nós mesmos e não como espectadores de sua vida.

4- Ser o centro das atenções: Não importa o motivo, o lugar ou o artifício o que importa para pessoas assim é estar no meio do palco. Tem quem coloque uma melancia no pescoço! Por um dia até vai, mas a vida inteira é insuportável.
5- Viajar na maionese: É até engraçado conviver com alguém que age na vida como se fosse café-com-leite, mas para aquelas coisas sérias, que dependem de firmeza esse tipo de pessoa não entra na lista de prioridades.

6- Nunca levar nada a sério: As amizades, os relacionamentos amorosos e profissionais precisam de refresco nessa rotina acelerada que vivemos, mas ser bobo alegre e descomprometido ao extremo não é uma boa receita para gerar credibilidade.

7- Agir com raiva diante das frustrações: Tem gente que vira um furacão com o mínimo de contrariedade e desconta em quem está por perto.

8- Confundir falta de educação com honestidade: Não se deixe enganar, quem gosta de falar as verdades na cara dos outros, de graça, sem ninguém solicitar, está mais para amargurado do que para sincero.

9- Fazer jogos: Por medo de sofrer a pessoa fica o tempo todo manipulando as vontades e interesses das pessoas na direção daquilo que quer. No final do jogo, no entanto, quem levou o xeque-mate foi ela.

10- Ser frio e insensível: O medo da pessoa fria é parecer vulnerável e no final da história ela irá encarar seu maior fantasma ao afastar todas as pessoas importantes de sua vida por causa de sua insensibilidade.

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!
Gilcler Regina
Colaboração  Jorge Pedroo