segunda-feira, 30 de junho de 2014

Carreira em evolução: não espere isso da sua empresa

Você é aquela pessoa que percebe a sua carreira como responsabilidade exclusiva da empresa? Acredita que sua ascensão é uma questão de sorte, ou seja, estar no lugar certo na hora certa? Ou assume a responsabilidade pelo seu plano de carreira, prepara-se, tem consciência que pode fazer escolhas e investir por conta própria no seu desenvolvimento? 

Evolução 

No passado, a carreira de uma pessoa tinha como característica "vida na empresa", ou seja, quanto mais tempo você trabalhava na mesma instituição, mais você era remunerado e, normalmente, as possibilidades de ascensão eram verticais. Sendo assim, as empresas eram as responsáveis pela carreira dos seus empregados.
 

Na década de 1980, a descrição de cargos vira moda nas grandes companhias com o objetivo de promover planos de carreira aos seus colaboradores. Mas, como nem todos desejavam e tinham aptidão para assumir um cargo de chefia, surge a carreira em Y que dá a opção de seguir dois caminhos diferentes: ser promovido para um cargo de chefia ou tornar-se um especialista.
 

Com a globalização, o advento das novas tecnologias e as mudanças incessantes e constantes que vêm afetando o ambiente empresarial desde a década de 1990, surge a necessidade de adaptação a tais fatores por parte das empresas e dos profissionais. Diante disso, o lema vira "empregabilidade" (palavra que vem do inglês Employability), e significa o conjunto de conhecimentos, habilidades e comportamentos que tornam um profissional preparado e importante não apenas para a empresa em que atua, mas pra qualquer companhia que tenha a necessidade de contratá-lo.
 

E hoje? 

Atualmente, quem compete no mercado de trabalho, investe por conta própria na formação, negocia seu talento com mais desenvoltura e assume total responsabilidade pelo seu plano de carreira independentemente da empresa em que trabalha. Esta é a aplicação, na prática, do conceito de carreira sem fronteiras, descrito há alguns anos pelo professor britânico Michael Arthur.
 

Invista no autoconhecimento 

A parte mais importante, desafiante e constante no desenvolvimento profissional é, sem dúvida, conhecer a si mesmo, reconhecer os seus valores e ter conhecimento dos seus talentos. Caso contrário, o profissional poderá cair em armadilhas quando se executa um trabalho que demanda pouco dos pontos fortes e muito dos pontos fracos. Outros riscos da falta de conhecimento próprio são a perda de foco e a visão limitada das possibilidades.
 

Explore todas as oportunidades 

Boa parte das pessoas ainda se limita a orientar as suas carreiras apenas considerando o organograma e plano de cargos e salários da empresa em que atua. Procure explorar oportunidades dentro e fora da empresa em busca de tendências e de opções alinhadas com seus objetivos.
 

Seja estrategista e crie objetivos que dependam de você 

É imprescindível ter metas definidas com prazos para serem alcançadas. Porém, tome cuidado ao definir que em 3 anos você tem como objetivo alcançar o cargo X, pois esse é um referencial externo que depende de terceiros e você corre o risco de se frustrar. Sugiro que tenha como objetivo principal algo que dependa única e exclusivamente de você. Responda a pergunta: "Como posso estar mais realizado profissionalmente daqui a 2, 5 ou 10 anos?". Em seguida, trace objetivos secundários que, neste caso, podem estar relacionados a assumir a liderança da equipe y na empresa A.
 

Foque na ação para alcançar a realização 

Os objetivos definidos serão possivelmente alcançados quando você traçar um plano de ação consistente. Crie "mini metas" para serem alcançadas e especifique quais serão os indicadores de sucesso. Para isso, responda a pergunta: Como saberei que estou alcançando meus objetivos na carreira?
 

Monitore, comemore e mude se for preciso 

Revise, constantemente, o seu plano de carreira verificando se os indicadores de sucesso estão sendo alcançados e, em caso positivo, comemore. Esteja aberto aos resultados e, se for preciso, mude.
 


* Carlos Cruz atua como Coach Executivo e de Equipes, Conferencista em Desenvolvimento Humano e Diretor da UP TREINAMENTOS & CONSULTORIA. Ministra palestras e treinamentos focados no desenvolvimento humano, abordando temas como: coaching e liderança, gestão e trabalho em equipe, motivação e vendas. 

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Que seja eterno enquanto dure...

Quem nunca teve a satisfação de receber um comunicado assim: Você está contratado !, ou A vaga é sua !, ou ainda, Você fará parte de nossa equipe, seja bem-vindo !.

Não há dúvidas de que notícias assim, nos enchem de alegria, é contagiante, sentimo-nos valorizados; tudo podemos e tudo queremos fazer; enfim, faz um bem danado.

Valeu em muito participar de um processo demorado, cansativo e desgastante. Lá se foram alguns lentos meses de intensa busca.

Conseguir passar por uma rigorosa seleção, várias entrevistas, testes e mais testes, para afinal ser o escolhido, o preferido, o sangue novo da empresa. Como valeu!

A partir de agora, as contas em atraso serão zeradas; os sonhos serão novamente sonhados; e certamente chegar-se-á meia hora mais cedo logo no primeiro dia de trabalho.

Por que de repente este profissional escolhido começa a olhar o mercado visando uma nova recolocação?

É ingênuo supor que em um ambiente de trabalho não haja disputa por cargos, não haja grupos privilegiados ou até profissionais “potencialmente demissíveis”, além dos jogos políticos.

Não existe empresa ideal, um verdadeiro Shangri-Lá onde o tempo parece deter-se em felicidade, abundância e saúde eterna, com a convivência harmoniosa entre pessoas das mais diversas procedências e visões diferenciadas de mundo.

Quero destacar que não se pode imaginar a existência de um lugar PERFEITO para trabalhar, livre de todos os vícios inerentes ao ser humano somados ao dinamismo e armadilhas do mercado.

É preciso, portanto, ser forte o bastante para superar estes desafios recorrentes do dia-a-dia em qualquer empresa.

E acima de tudo, ter a capacidade de superar, confiar e trabalhar de forma determinada, persistindo nas coisas de bem buscando e compartilhando tudo o que for virtuoso, amável, de boa fama e louvável.

A regra de ouro é esta: preciso ser forte o bastante para entrar por esta porta estreita, pois nas empresas, assim como na natureza, somente os fortes sobrevivem.

Logo, a permanência em um emprego é tanto ou mais difícil do que ser aprovado no processo de seleção.

Dessa maneira, sempre que posso, coloco aos profissionais e/ou executivos: “... quando for trabalhar, deixe seu coração com a família. No trabalho, use sua cabeça, sua inteligência, seu discernimento e seu bom senso...”.

E você já deixou de querer consertar o mundo ??!!


Postado por Mauro Bianco 

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Lições de um Administrador: frases e reflexões para empreender mais

Não fique de cabeça baixa e nem empinada. Levante a poeira ou desça do céu. Saia pelo encontro das coisas que faltam. Seja doador, quando de algo bom a oferecer.” (Sérgio Dal Sasso)

"O maior capital que podemos ter nos dias de hoje está em conseguir despoluir a palavra conhecimento, garimpando-a pela procura de coisas uteis a sua evolução."

"Se tivesse que ensinar algo a alguém, diria para andar por aí aprendendo com os outros, para se chegar com firmeza em algo que te deixe feliz e seguro por acreditar e escutar a si mesmo."

"O momento certo das mudanças depende da maturidade e experiências para que se organizem os créditos, sem distanciar dos débitos. Mudar faz parte e nisso até um simples corte de cabelo já influencia o seu espírito."

"Empreender é estar bem preparado para fazer algo que oferte boas possibilidades de se dar bem, no mais, devemos ter ritmo, pois é difícil subir, mas muito fácil descer e ser esquecido!"

"A pró-atividade é um remédio que o faz soltar a franga. A receita vem com a dedicação e evolução da sua qualidade rumo à obtenção dos diplomas da utilidade e popularidade."

"O mundo continuará sendo seletivo pela busca dos qualificados. O que se espera de cada um de nós é um fôlego adicionado de razões para que possamos vencer em cima do que está sempre se transformando."

"É pensando nas próprias insatisfações como consumidor, que devemos partir para pesquisar, apontar e corrigir os pontos comuns que fazem com que os outros nos evitem."

"Negócios de sucesso são feitos de detalhes para que o enriquecimento te traga a visão contemporânea do conjunto, seu entendimento e contribuição para as ações."

"De um líder espera-se que o resultado das escaladas produzam grandes negociadores. Toda iniciativa deve incluir componentes que de fato terminem em acabativas."

"Carreiras bem sucedidas dependem do equilíbrio entre o que se faz e o quanto se gosta de fazer. Algo como, um combinar de prazeres repletos de coisas tangíveis para o bolso e intangíveis para um bater saudável do coração."

"Quando se tem um projeto, seja qual for o seu objetivo, deve-se em primeiro lugar identificar, aprender e saber conviver com as regras do jogo que hoje fazem a condução positiva dos que já atuam no meio."

"Seja qual for a sua geração, aprenda que para se chegar ao sucesso temos que ser a média ponderada dos que pensam juntos!"

"As informações são importantes, mas seu trunfo está na capacidade de utilizá-las no fortalecimento das direções por onde pretendemos trilhar."

"A gente só muda quando deixa de ficar surdo, partindo de um tímido mudo pelas buscas que a vida poderá nos ofertar com novos ensinamentos e modificações."

"Não fique achando que as coisinhas estão definidas, pois nunca estarão e a sua evolução não depende somente do que os outros esperam de você, mas de um conjunto de valores que reúnam a sua melhor condição pelo fazer."

"To aqui com meus 50 anos, e sempre dou uma paradinha para pensar no como trilhar a minha estrada, e ai vale tudo para fazer o futuro, das ruas que já criei aos buracos que vão me ensinar a tapar."

"As pessoas são diferentes, pintam quadros diferentes e por muitas vezes isso é um incômodo a ser superado, pois o mundo pede pela capacidade de saber lidar com as diversas tribos."

"Nossas atenções devem estar na procura dos diferentes, pelos ambientes e inclusões que justifiquem as trocas pela produção das novidades e inovações."

"Na rota pelo empreendedorismo e competitividade temos que atentar pelas formas do como conduzir nossos desejos transformando as atitudes em algo que resulte a favor, pois as decisões mesmo quando sábias sempre dependem das melhorias e aceitação."

"Para que o marinheiro não seja de uma só viagem, toda empolgação deve ter base para decisão, enquanto um lado brinda os resultados, o outro se antena com as investigações contínuas, visões gerenciais e financeiras."

"O segredo de tudo é deter o todo acompanhado de um jeitão que nos transforme em seres comunicadores, aptos para uma gestão frente à construção dos relacionamentos, sua integração e aceitação."

"A empatia significa que antes de se obter a quantidade e qualidade que se espera, é necessário ter mais harmonia e prazer nos contatos com quem temos que manter e conquistar."

Não fique de cabeça baixa e nem empinada. Levante a poeira ou desça do céu. Saia pelo encontro das coisas que faltam. Seja doador, quando de algo bom a oferecer." (Sérgio Dal Sasso)

Sérgio Dal Sasso

Palestras, workshops e treinamentos empresariais


quarta-feira, 25 de junho de 2014

As três peneiras

Um rapaz procurou Sócrates para lhe contar um caso.

O filósofo ergueu os olhos do livro e perguntou:

O que você quer me contar já passou pelas três peneiras?

Três peneiras? Como assim?

Sim, três peneiras. A primeira é a Verdade.

O que você quer contar dos outros é um fato?

Caso tenha apenas ouvido contar, a coisa deve morrer por aí mesmo.

Suponhamos, entretanto, que seja verdade. Neste caso deve passar pela peneira, que se chama Bondade.

O que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir ou a destruir a fama do próximo?

Se o que você quer contar é verdade, é coisa boa, deve passar ainda pela terceira peneira que se chama Conveniência ou Necessidade. Convém contar?

Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade?

O filósofo dada a explicação, arrematou:

Se passar pelas três peneiras, conte.

Tanto você como seu irmão e a comunidade vão lucrar.

Caso contrário, esqueça e enterre tudo.

Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e levar a discórdia entre irmãos.

O rapaz resolveu não contar. Seu caso iria enroscar em alguma peneira do filósofo.



terça-feira, 24 de junho de 2014

Assertividade na busca de um novo emprego

A retomada da economia, após a crise que assolou as finanças mundiais nos últimos anos, despertou os profissionais para a possibilidade de mudar de emprego com melhores salários e, em muitos casos, uma promoção. Surgiu também a necessidade das empresas acelerarem seu ritmo de produção para atender a crescente demanda do mercado. Assim, muitas posições de trabalho vêm surgindo, pois as empresas precisam encontrar os profissionais que sustentarão seu crescimento, e os procuram no mercado. A mão de obra bem qualificada torna-se escassa em pouco tempo. Profissionais que sequer estão buscando uma recolocação profissional passam a receber cada vez mais ligações e e-mails com ofertas de emprego. Em sua zona de conforto, esses só aceitam a mudança se as condições oferecidas forem muito boas, inflacionando os salários.

Muitos profissionais aproveitam essa oportunidade para melhorar suas condições de trabalho, o que, na grande maioria dos casos, resume-se a um aumento salarial. O grande erro aqui é não ter bem claro para si próprio o panorama atual e futuro na empresa onde trabalham e, pior ainda, não saber onde querem chegar a longo prazo. Agindo de forma precipitada, muitos fazem a mudança esperando que o simples fato de mudar de empresa ou um aumento salarial resolverão todos os seus problemas. Isso pode ser catastrófico para a carreira, afastando o profissional cada vez mais do seu objetivo. Há profissionais que se inscrevem para qualquer oportunidade que lhe passa à frente. De vagas de estagiário à vaga de presidente, de vaga de médico à vaga de projetista de robôs. O problema é que, em muitos casos, os recrutadores são os mesmos para todas as vagas da empresa. Outro erro comum é enviar e-mails genéricos para todo e qualquer recrutador, ou tentar se conectar a todos por meio de ferramentas como LinkedIn e Twitter. Essas atitudes dão ao recrutador a certeza de que o interessado não sabe o que quer, e muito dificilmente irá considerá-lo em um processo seletivo.

Outra postura inadequada é utilizar uma proposta de trabalho de outra empresa para barganhar com a empresa atual por um salário mais alto. Aquele que é motivado por dinheiro corre sérios riscos, dentre eles, o de ser substituído ou ter seu crescimento na atual empresa congelado. Estudos feitos pela Robert Half mostram que profissionais que aceitam contraproposta se desligam (ou são desligados) da empresa em um curto período de tempo. Isso também ocorre aos candidatos que, mesmo não tendo intenção de barganhar no momento de comunicar seu desligamento da empresa, aceitam uma contraproposta. O pior de tudo é que, além de ficarem com a imagem maculada perante a empresa atual, também ficam perante a empresa que lhe fez a proposta, e se for o caso, perante a consultoria de recrutamento e seleção que conduziu o processo. Ou seja, essa é, sem dúvida, a pior forma de valorizar-se no mercado de trabalho.

Para que possam ser efetivos e promover um ritmo de crescimento sólido e sustentável em suas carreiras, os profissionais precisam primeiro conhecer a si próprios, seus pontos fortes e fracos, o que gostam e o que não gostam, além de traçar suas metas baseadas em seus desejos e sonhos. Depois, precisam analisar cuidadosamente a situação em que se encontram, a empresa onde trabalham e demais variáveis externas. A partir dessa análise, será possível observar onde e como podem chegar.

É preciso entender que em um processo de crescimento há etapas a serem cumpridas, e que é necessário um esforço extra para ultrapassar cada uma delas. O profissional precisa estar consciente e bem preparado e, com uma boa dose de disciplina, poderá chegar onde quiser.

Por Hugo Liguori é especialista em recrutamento da Robert Half.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

O carpinteiro e a casa

Um velho carpinteiro estava para se aposentar. Contou a seu patrão sobre seus planos de deixar o serviço de carpintaria e construção de casas, para viver uma vida calma com sua família. Obviamente ele se ressentia da falta do salário mensal, porém , necessitava e merecia a tão sonhada aposentadoria. O proprietário da empresa lamentou o desligamento de um de seus melhores funcionários, entretanto considerou justa sua reivindicação.

Como última tarefa a desempenhar, o patrão solicitou a ele que construísse ainda mais uma última casa e então, poderia afastar-se da labuta diária.

O carpinteiro consentiu mas, com o tempo, percebia-se nitidamente que seus pensamentos e seu coração não estavam no trabalho. Ele não se empenhou no serviço e utilizou mão – de – obra e matéria – prima de qualidade inferior.

Foi uma maneira lamentável de encerrar sua carreira!

Quando o carpinteiro terminou o trabalho, o construtor veio inspecionar a casa e entregou a chave da porta ao carpinteiro dizendo: esta casa é sua, é meu presente para você!

Que vergonha! Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito completamente diferente, não teria sido tão relapso! Agora, iria morar numa casa feita de qualquer maneira...

Assim acontece conosco.

Construímos nossas vidas de maneira distraída, reagindo mais do que agindo, desejando colocar menos do que o melhor.

Nos assuntos importantes, não empenhamos nosso melhor esforço.Então, em choque, olhamos para a situação que criamos e vemos que estamos morando na casa que construímos...

Pense em você como um carpinteiro. Pense em sua casa. Cada dia você martela um prego novo. Coloca uma armação ou levanta uma parede. Construa sabiamente, pois da qualidade desta construção, depende diretamente o seu futuro!

A vida é um projeto de “faça você mesmo” !

A sua vida de hoje é o resultado de suas atitudes e escolhas feitas no passado.

Sua vida de amanhã é o resultado de suas atitudes e escolhas que fizer hoje.

Fonte: http://www.patriciasantos.com.br/downloads/downloads_historias.html

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Forjando a Armadura

Gostaria de compartilhar com todos vocês um excelente poema do filósofo, educador e esoterista Rudolf Steiner. Profundo conhecedor da obra de Goethe, escreveu inúmeras obras dedicadas à este filósofo.

Vale muito a pena a reflexão!


Forjando a Armadura

Nego-me a me submeter ao medo

que me tira a alegria de minha liberdade,

que não me deixa arriscar nada,

que me torna pequeno e mesquinho,

que me amarra,

que não me deixa ser direto e franco,

que me persegue e ocupa negativamente minha imaginação,

que sempre pinta visões sombrias…

No entanto não quero levantar barricadas por medo do medo.

Eu quero viver, e não quero encerrar-me

Não quero ser amigável por ter medo de ser sincero

Quero pisar firme porque estou seguro e não para encobrir meu medo.

E, quando me calo, quero fazê-lo por amor

e não por temer as conseqüências de minhas palavras.

Não quero acreditar em algo só pelo medo de não acreditar.

Não quero filosofar por medo que algo possa atingir-me de perto.

Não quero dobrar-me só porque tenho medo de não ser amável.

Não quero impor algo aos outros pelo medo de que possam impor algo a mim.

Por medo de errar, não quero tomar-me inativo.

Não quero fugir de volta para o velho, o inaceitável, por medo de não me sentir seguro no novo.

Não quero fazer-me de importante porque tenho medo de que senão poderia ser ignorado.

Por convicção e amor, quero fazer o que faço e deixar de fazer o que deixo de fazer.

Do medo quero arrancar o domínio e dá-lo ao amor.

E quero crer no reino que existe em mim.

Um carinhoso abraço a todos.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Ideias de alto impacto: inovadoras, lucrativas.

Disposição, iniciativa, capacidade inventiva são características de todo profissional de alto impacto!

     Há sempre espaço, em qualquer atividade humana, para criar e implementar ideias novas. E, junto, como prêmio, vem o reconhecimento intelectual e financeiro. Estes são ótimos incentivos para você pôr seus neurônios em ação e “bolar” alguma ideia que tenha viabilidade e aplicação econômica. E o mundo está ávido por ideias novas...

     Apague a imagem do professor Pardal e refute a tese que “invenção é coisa para gênios”. Aceite a afirmação que, hoje e sempre, os cérebros humanos, dotados de inteligência e de potencial ilimitado, têm capacidade tanto para criar coisas básicas quanto para inventar artefatos sofisticados capazes de salvar e prolongar vidas.

    Você é um agente transformador desse novo tempo. Tenho isso em mente. Seu intelecto pode transitar da ideia ao projeto e do projeto à coisa. Há invenções novas sendo lançadas a todo instante proporcionando fama e ganhos polpudos aos seus idealizadores. E você pode ser um deles. Um idealizador de alto impacto. Ou você pensa que o inventor que pegou um simples pedacinho de arame e dobrou-o em quatro partes, não por acaso criou uma das mais fascinantes invenções de todos os tempos? O que ele inventou? O clipes para prender papeis... (Em 1899 pelo norueguês Johan Vaaler). Mais recentemente tivemos outra ideia genial que revolucionou as comunicações: a invenção do e-mail. (Ray Tomlinson, em 1971, usando um correio eletrônico da Arpanet, inclusive escolhendo o símbolo @ para agilizar o envio das mensagens)

     Ainda como exemplo de ideia eficiente, temos Henry Ford (1863-1947), que seguindo os princípios clássicos de Taylor (Frederick W. Taylor 1856-1917) e Fayol (Jules Henri Fayol 1841-1925) idealizou o fordismo, produção de automóveis em massa e em série. Uniu a eficiência da força de trabalho numa “linha de montagem”, massificou o sistema produtivo, baixou o nível de custos e revolucionou a indústria.

     São infindáveis as áreas onde novas ideias de “como fazer” podem se tornar viáveis. Importante é terem viabilidade e aceitação para entrarem na rotina do consumo e no cotidiano das atividades profissionais. Em quaisquer setores, sejam hospitais, industrias, comércio, serviço, etc, há rotinas que podem ser criadas, suprimidas, modificadas, buscando-se excelência no fluxo dos trabalhos. Normalmente há entraves ou “gargalos” no processo, seja na repetição de rotinas ou nos executores com pouca experiência e habilidade. E é isso que o profissional de alto impacto deve buscar visando acelerar trabalhos, reduzir custos e aumentar receitas: novas ideias.

     Alguns exemplos onde implantar novas ideias:

     -Para o menor desgaste humano e dos equipamentos e melhor utilização dos insumos;
     -Melhorar a qualidade da mão de obra gerando aumento da produtividade, reduzindo horas-extras e adicional noturno;
      -Substituição de insumos por outros de menor custo mantendo a mesma qualidade do produto final;
      -Substituir equipamentos obsoletos por modernos e ágeis (automação, robótica, etc), reduzindo o manuseio humano e acelerando a produtividade;
      -Redução/Economia/reutilização de água, energia, combustível, insumos, material de consumo, estocagem, aluguéis, seguros, etc.
      -Gestão para inovar, não só investindo dinheiro, mas investindo em talentos;
       -Para produção de produtos ecologicamente corretos, a nova “febre” da demanda/consumo mundial;
        -etc.

     Cabe a você escolher a área que melhor domina, preparar-se e ir à luta. E, lembre-se, a todo esforço bem sucedido há o régio pagamento. Portanto, aqui fica a pergunta desafiadora: “Você tem alguma ideia de alto impacto?”



terça-feira, 17 de junho de 2014

Considerações sobre liderança


Liderança é um assunto que gosto muito. Neste artigo, pretendo colocar algumas considerações gerais sobre o tema. Uma definição que me chama muito a atenção sobre liderança é a seguinte:
"Liderança é a forma de direção baseada no prestígio pessoal e na aceitação dos subordinados, facilitando a visão das pessoas como colaboradores e a adesão aos objetivos, às políticas e à missão da empresa".

A palavra "subordinados", que aparece na definição acima, é referente às pessoas que estão sendo lideradas e aceitam a liderança de, pelo menos, uma pessoa do grupo. Gosto também muito da definição de liderança encontrada no livro "O Monge e o Executivo":
"É a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum".

Eu acredito que o líder indica o caminho para a pessoa seguir, e não que fará ou encontrará o que fazer para o subordinado ou liderado, mas sim aconselhará, apoiará e ajudará a pessoa em suas descobertas, evolução e na conquista de seus objetivos. Fará com que o grupo todo atinja seus objetivos, determinados por todos os participantes, e o líder ajudará na coesão e na motivação das pessoas em busca destes objetivos pessoais e organizacionais.

Uma passagem que creio ser muito interessante encontra-se no livro "O Diário de um Mago", do escritor Paulo Coelho. Faço referência sobre a parte do livro que descreve quando Petrus, que fazia o "Caminho de Santiago" com Paulo Coelho, deixava entender que ele, Petrus, acompanhava e mostrava o caminho para o seu "liderado". Mas, não podia mostrar a "espada" (que o protagonista do livro, Paulo Coelho, procurava encontrar fazendo o Caminho de Santiago, sendo este o objetivo da sua busca), isso era de entendimento dele e somente dele (Paulo Coelho). Petrus poderia auxiliar, mas não fazer o caminho e as descobertas pelo seu liderado.

Ou seja, o liderado deve seguir seus caminhos e atingir seus objetivos sendo incentivado e auxiliado quando preciso pelo líder. Mas o líder não fará os trabalhos do liderado, não tomará o lugar dele.

Acredito que todos nós somos, em determinados momentos, líderes e liderados. Podemos sim desenvolver a liderança e aplicá-la em nossas atividades, seja no trabalho, na família ou em outros grupos sociais. Para sermos administradores ou líderes mais eficazes, podemos desenvolver três habilidades:
Técnica: utilizar conhecimentos, métodos, equipamentos etc. necessários para realizar tarefas específicas através de sua instrução, experiência e educação.
Humana: consiste na capacidade e no discernimento para trabalhar com pessoas, compreender suas atitudes e suas motivações, e aplicar liderança eficaz.
Conceitual: habilidade de compreender as complexidades da organização e o ajustamento dos indivíduos nesse ambiente, fazendo com que as pessoas sigam os objetivos de modo eficaz e não que essas pessoas apenas sigam objetivos pessoais e imediatos, mas que estejam também comprometidas com o propósito e com a missão da empresa ou da organização.
Existem alguns tipos de liderança, que mais adiante colorei algumas breves explicações; mas de forma geral, podemos atribuir algumas características para um líder:

- Humildade: saber posicionar-se como um membro do grupo, não demonstrar arrogância nem superioridade forçada. Ser simplesmente humilde.

- Comunicação: saber ouvir atentamente o grupo e, se preciso, escutar particularmente cada uma das pessoas (ouvir não somente com os ouvidos, mas demonstrar atenção e paciência ao escutar as pessoas). Saber posicionar-se, falar e pronunciar no momento adequado. Dar retorno, suporte, apoio e feedback sempre que necessário, seja para elogios, orientações, críticas etc.

- Motivação e entusiasmo: líderes são exemplos e espelhos para os demais membros do grupo de trabalho. O líder deve tomar a iniciativa e demonstrar motivação, entusiasmo, responsabilidade e coerência com aquilo que faz e determina. O líder deve pensar em como influenciar positivamente o ambiente, em busca dos objetivos pretendidos.

- O líder deve buscar Respeito perante o seu grupo, seja dos subordinados para com ele, seja do líder em relação ao grupo, e entre os participantes da equipe.

- Prezar pelo bom relacionamento e desenvolver/construir uma conexão com as pessoas também é uma habilidade importante para o líder. Demonstrar carisma, segurança e credibilidade é importante para construir um melhor relacionamento e influenciar positivamente a equipe.

- O líder também deve desenvolver habilidades para Resolver Conflitos, envolvendo respeito, imparcialidade, cortesia, empatia, carisma e etc.

- Assertividade: é a habilidade de fazer afirmações dos próprios direitos e expressar pensamentos, sentimentos e crenças de maneira direta, clara, honesta e apropriada ao contexto, de modo a não violar o direito das outras pessoas. Característica fundamental para a liderança.

- Flexibilidade: o líder deve ser flexível para adequar seu estilo de liderança dependendo da situação ou do momento, além da cultura do ambiente e do grupo de trabalho. Abaixo coloco alguns tipos de líder/liderança que podemos encontrar, e que o líder poderá usar quando necessário:

a) Estilo Autocrático: tendência à centralização das decisões, líder mais enérgico, controlador, relação mais distante com os membros do grupo e colaboradores. Pode ser mais usado em situações de emergência, quando há pressão do tempo ou quando o líder tem maior conhecimento ou é quem domina mais o assunto.

b) Estilo Democrático: Tendência para um líder mais participativo, que descentraliza e decide com o grupo os principais assuntos. É mais receptivo às sugestões e às críticas. Oferece maior apoio e orientação. Realiza reuniões, estimula as relações interpessoais e busca maior motivação e integração da equipe. Considera-se membro do grupo. Usar quando o grupo for mais integrado, desenvolvido e capaz (habilidades técnicas e interpessoais) de tomar iniciativas e decisões.

c) Estilo Liberal: Sendo mais consultivo, o líder permite que o grupo tome, por si, as decisões. Reconhece o conhecimento e a capacidade dos colaboradores e do grupo, incentivando a integração dos membros da equipe. Usar este estilo em grupos mais maduros ou em equipes bem integradas e experientes, que não necessita de um acompanhamento de perto do líder, que será consultado e aconselhará o grupo quando solicitado.

Já finalizando o texto, deixo para reflexão a seguinte colocação. Há dois tipos de líderes que podem ser mais apropriados:
- Aqueles que crescem com a empresa e se autodesenvolvem e;
- Aqueles que têm habilidade especial para despertar energia e entusiasmo.

Lembro que não há um melhor estilo, há sim o estilo mais adequado para uma situação ou momento, dependendo também da cultura organizacional e das características dos colaboradores.

Boa liderança para todos!

segunda-feira, 16 de junho de 2014

TORRADAS QUEIMADAS!

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.

Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.

Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geleia e engolindo cada bocado.

Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada.
E eu nunca esquecerei o que ele disse:
" - Adorei a torrada queimada..."

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada.
Ele me envolveu em seus braços e me disse:

" - Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada...  Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias!"

O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros. 

Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir um as falhas do outro. Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando.
Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo. Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu. Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar.
A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apoia, eu e ela nos completamos. Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes. Não que mais tarde, o dia que um partir, este mundo vá desmoronar, não vai. Novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor. 

De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos.

Então filho, se esforce para ser sempre tolerante, principalmente com quem dedica o precioso tempo da vida, à você e ao próximo.
"As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir."


Colaboração Jorge Pedro

sexta-feira, 13 de junho de 2014

O verdadeiro valor

Em um pequeno vilarejo vivia um velho professor, que de tão sábio, era
sempre consultado pelas pessoas da região. 

Uma manhã, um rapaz que fora seu aluno, vai até a casa desse sábio homem para conversar, desabafar e aconselhar-se. 

- Venho aqui, professor, porque sinto-me tão pouca coisa, que não tenho
forças para fazer nada. Dizem-me que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota. Como posso melhorar? O que posso fazer para que me valorizem mais? 

O professor, sem olhá-lo, disse: 

- Sinto muito meu jovem, mas não posso ajudar-lhe. Devo primeiro resolver meu próprio problema. Talvez depois. 

E fazendo uma pausa falou: 

- Se você me ajudasse, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e, depois, talvez, possa lhe ajudar. 

- C... claro, professor, gaguejou o jovem, mas sentiu-se outra vez
desvalorizado e hesitou em ajudar seu antigo professor. 

O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno, deu ao rapaz, e disse: 

- Monte no cavalo e vá até o mercado. Devo vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que você obtenha pelo anel o máximo valor possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e volte com a moeda o mais rápido possível. 

O jovem pegou o anel e partiu. 

Mal chegou ao mercado, começou a oferecer o anel aos mercadores.
Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto
pretendia pelo anel. 

Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saiam sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel. 

Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas.

Depois de oferecer a joia para todos que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso, montou no cavalo e voltou.

O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, livrando assim seu professor das preocupações.
Dessa forma ele poderia receber a ajuda e conselhos que tanto precisava.

Entrou na casa e disse:

- Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.

- Importante o que disse, meu jovem... contestou sorridente. Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro.

Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vender o anel e pergunte quanto ele lhe dará por ele. Mas não importa o quanto ele ofereça, não o venda... Volte aqui com meu anel.

O jovem foi até o joalheiro e deu- lhe o anel para examinar.

O joalheiro examinou o anel com uma lupa, pesou o mesmo, e disse:
- Diga ao seu professor, que se ele quiser vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.

- CINQÜENTA E OITO MOEDAS DE OURO! - exclamou o jovem.

- Sim, replicou o joalheiro. Eu sei que com tempo eu poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas se a venda é urgente...

O jovem correu emocionado à casa do professor para contar o que ocorreu.

- Sente-se - disse o professor.

Depois de ouvir tudo o que o jovem contou-lhe, falou:

- Você é como este anel, uma joia valiosa e única, e que só pode ser
avaliada por um "expert". Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor?

E, dizendo isto, voltou a colocar o anel no dedo.

- Todos somos como esta joia: valiosos e únicos, e andamos por todos os mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem. Você deve acreditar em si mesmo. Sempre!


"Ninguém pode fazê-lo sentir-se
inferior sem o seu consentimento." 

Eakis Thomas 


quarta-feira, 11 de junho de 2014

O Segredo do Sucesso

Este é um assunto que deve interessar a todos, pois com certeza todos almejam o sucesso. Mas a questão é: o que constitui o sucesso? Talvez cada indivíduo tenha uma resposta diferente para esta pergunta. Mas, se pensarmos um pouco, será evidente que seja qual for o caminho que sigamos em nosso desejo de alcançar o sucesso, esse caminho deve seguir os rumos da evolução da humanidade. Portanto, deve haver uma resposta comum sobre o que constitui o sucesso e qual o seu segredo. Contudo, seria um erro tentar achar a solução deste problema apenas estudando a vida do homem na época presente. Considerando cuidadosamente o que ele foi no passado, e ficando atentos também ao futuro desenvolvimento da humanidade, temos a única maneira de obter a perspectiva necessária para chegar à perfeita resposta para esta questão importante.

Não precisamos entrar em grandes detalhes. Podemos mencionar que, nas épocas anteriores da nossa evolução, quando o homem em formação surgia de um mundo espiritual para sua presente existência material, o segredo do sucesso estava no conhecimento do mundo físico e nas suas condições. Nesse tempo não havia necessidade de falar aos homens sobre o mundo espiritual e sobre nossos veículos mais sutis, pois estes fatos eram patentes para todos. Nós víamos e vivíamos num reino espiritual. Nesse tempo estávamos entrando no mundo físico, portanto, as escolas de Iniciação ensinavam aos pioneiros da humanidade as leis que governam o mundo físico, e os iniciaram nas artes e engenhos com os quais poderiam conquistar o reino material. Desde essa época até uma data comparativamente recente, a humanidade vem trabalhando para aperfeiçoar-se nesses ramos de conhecimento, que atingiram sua mais alta expressão nos séculos imediatamente anteriores à descoberta do vapor. Estão agora em decadência.

A primeira vista, esta parece ser uma afirmação injustificada, mas um exame mais cuidadoso dos fatos irá rapidamente revelar a verdade nela contida. Na chamada Idade Média não, havia fábricas, mas todas as cidades e aldeias possuíam pequenas oficinas onde o dono, às vezes só ou com artesãos e aprendizes, executava as obras do seu ramo, desde a matéria prima até o produto final, desempenhando sua arte e espírito criativo com toda a alma e coração em cada peça que saía de suas mãos. Se fosse ferreiro, sabia como produzir trabalhos ornamentais em ferro para tabuletas, portões e outras peças que iriam constituir as originais belezas dessas cidades e aldeias medievais. Sua obra também não seria olvidada; ao andar pela cidade podia ver este ou aquele ornamento e orgulhar-se de sua beleza; orgulhar-se também por saber que havia conquistado o respeito e admiração de seus concidadãos por seu trabalho artístico e consciencioso. O marceneiro que preparava a estrutura das cadeiras, também as estofava com trabalhos de tapeçaria, cujos desenhos artísticos tentamos agora imitar. O sapateiro, o tecelão e todos os outros artífices, sem exceção, produziam o artigo final desde a matéria prima, e todos se orgulhavam de sua obra. Trabalhavam arduamente por muitas horas, mas não se queixavam, pois todos gratificavam-se ao exercitar sua criatividade. O canto do ferreiro, acompanhado pelo martelo na bigorna, era ouvido por todos e os oficiais e aprendizes não se consideravam escravos mas mestres em formação.

Depois veio a época do vapor e da máquina e, com ela, um novo tipo de mão de obra. Em lugar da produção de um objeto que era confeccionado por uma só pessoa, desde a matéria prima, o que gratificava seu talento criativo, o novo plano preparava os homens para cuidarem das máquinas que apenas faziam parte dos produtos finais. Depois, essas partes eram montadas por outros. Embora este plano diminuísse o custo da produção e aumentasse o rendimento, não deixava campo para o instinto criativo de um homem. Ele se transformou meramente em um dente da engrenagem de uma grande máquina. Na loja medieval, o dinheiro era, na verdade, pouco considerado; o prazer de produzir era tudo; o tempo não importava. Mas sob o novo sistema, o homem começou a trabalhar por dinheiro e contra o tempo, daí resultando que as almas dos mestres, assim como as dos homens ficaram insaciáveis. Perderam o essencial e conservaram apenas a sobra daquilo que torna a vida digna de ser vivida, pois estão trabalhando por algo que não poderão usar nem desfrutar. Isto se aplica tanto ao mestre como aos homens.

Que diríamos de um jovem que se propusesse a acumular um milhão de lenços que nunca poderia usar? Com certeza o consideraríamos um tolo; e por que não colocarmos na mesma categoria o homem que gasta todas as suas energias e se priva de todos os confortos da vida para tornar-se um milionário?

Max Heindel

terça-feira, 10 de junho de 2014

A mulher do século XXI

A mulher assumiu o poder em todos os âmbitos da sua vida com o compromisso, a carga e a exigência do que isso implica. Durante o século XX a mulher emancipou-se. Desde o início da história os homens dominaram a relação tendo em conta a sua força física. O homem foi o provedor, o caçador, aquele que fornecia o alimento à família ou a Comunidade, e dava segurança ao seu clã. A mulher, parte da sua vida, mulher grávida ou amamentando, dedicando-se a criação. Em seguidamente a mulher, ao depender de homem à ele foi subordinada e sob controle do "masculino", permaneceu longamente, aceitando a ideologia e a cultura patriarcal. Chamado "de machismo" em tempos modernos. Assim, passou Milénios! até começar o período de libertação feminina, onde, ela obtém suas mais maiores realizações durante o século passado. Permanecem ainda objetivos para se atingir e discriminações a serem desfeitas, como as diferenças salariais e outros que deverão ser resolvidos. No entanto, a mulher pôde estudar, votar, igualizar os seus direitos, trabalhar, o exprimir, pensar, decidir o seu destino, gostar, gozar da sua sexualidade, julgar e tomar decisões sobre a sua vida e o seu ambiente. 

A mulher de hoje possui os mesmos direitos do homem, responsabilidades iguais e obrigações iguais. Essa mudança socio-cultural, por sua vez lhe atribuiu novas responsabilidades. Isto acarretou no desenvolvimento e envolvimento de sua personalidade. Em todos os domínios, do trabalho humano, na arte e na ciência, na tecnologia, na direção da casa, na tomada de decisões, na iniciativa sexual etc. Além disso, sem perder as suas funções naturais maternas e da feminilidade. As mudanças provocaram igualmente transformações psicológicas. De submissa, obediente e dependente ela ficou livre, independente e autónoma. A mulher assumiu poder, em casa, no trabalho, na política, na sociedade com o compromisso, a carga e a exigência que isso implica. As mulheres buscam encontrar um equilíbrio sem perder a sua feminilidade, perante uma nova forma de viver com os custos de estar em sociedade, bem como no ambiente profissional. Estas mudanças em um dos dois pilares da espécie exigiram reajustamentos em seu companheiro, o homem, ele, teve de se adaptar à concorência em espaços que ele ocupava por "direito". Teve de entregar o poder, compartilhar o prazer e aceitar tarefas e funções que supunha e acreditava serem de exclusividade feminina como amamentação dos filhos ou as tarefas domesticas. Tudo isso tornou a mulher mais feliz? e o homem? Evidentemente neste século não cabe mais o "machismo" e as atitudes atreladas a ele, porém, precisa vir de ambos o esforço para aqueles que querem funcionar juntos.