Saiba como eles se manifestam no ambiente de trabalho
para poder lidar com eles e evitá-los
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Qual é o seu papel na organização onde trabalha ou
para a qual presta serviços?
Certamente o RH lhe pedirá para estar atento à
Missão, Visão e Valores concebidos pelos líderes desta organização ou você
saberá disso, pois passou por um treinamento. Processos de RH à parte o dia a
dia das relações humanas nas empresas mostra que o ser humano não está imune
às tentações de exibir ou expor suas fraquezas ou se espelhar em
comportamentos e posturas não muito adequados.
Da literatura e das telas de cinema para a realidade, os chamados Sete
Pecados Capitais (Ira, Gula, Inveja, Orgulho, Avareza, Preguiça e Luxúria)
também acontecem nos ambiente de trabalho, ainda que RHs e empresas tenham
"vacinas" contra isso.
Nossa colaboradora do Grupo LET, Patricia Mose nos enviou este brilhante
texto da autora Lúcia G. Monteiro que reproduzimos aqui no SITE DO GRUPO LET.
Leia com atenção e cuidado: qualquer um deles (pecados) pode ser viciante.
A IRA : Tem como sinônimos a raiva, a cólera,
agressividade exagerada. Se pararmos para observar, encontraremos nas
empresas várias cenas que ilustram esse pecado.
As origens da ira podem ser
por meticulosidade, por perfeccionismo ou até mesmo por desqualificar nossa
capacidade de solucionar problemas bem como a importância desses
problemas.Basicamente a atitude mental que está por trás da ira é "quero
destruir' ou "eu quero e você deve".
Como ficaria esta atitude em
termos de gestão?
Como será o processo de tomada de decisão sob o impacto da
ira ? Certamente o mais destrutível possível, com ranço de autoritarismo,
desrespeito e baixo clima de confiança mútua entre o gestor e sua equipe...
Uma maneira de detectarmos a manifestação da ira é observar a destruição do
patrimônio da empresa bem como a expressão facial das pessoas. Por baixo de
toda ira quase sempre detectamos medo: de errar, de expressar-se de outra
maneira, de perder espaço,etc.
Ao invés de tremer as pessoas atacam para
defender-se de seus fantasmas.
A GULA: No sentido literal, gula é o excesso no
comer e beber, na sua simbologia maior significa voracidade.
A característica
da gula é engolir e não digerir. A gula pode ser entendida como gula
intelectual inclusive, o sentido que está por trás da gula é o de estar
funcionando abaixo das nossas potencialidades.
A sensação é de que não estamos
fazendo tudo que o nosso potencial permite, que estamos vivendo sem atender
nossas expectativas.
A atitude mental básica é : necessito aprender tudo. Um exemplo da gula nas
organizações é quando compram-se equipamentos de última geração
desnecessariamente ou quando os gestores centralizam o processo decisório e
as informações visivelmente observado nas mesas cheias de papéis.
A gula vai
influenciar tanto nos relacionamentos quanto na produtividade das pessoas.
A INVEJA: É o desgosto ou pesar pelos bens do
outro, a dificuldade de admirar o outro, o sentimento de injustiça.
O slogan
que define a inveja é : Ele é mais do que eu, também quero" a inveja nos
faz perder o contato com nossas reais possibilidades. Nas organizações
podemos entender quando não há apoio das chefias para determinados projetos,
quando alguém tenta apagar o seu "brilho", vemos também a
procrastinação e os processos de "fritura", geralmente quando o
discurso é de um jeito e as ações não são coerentes com ele.
Esses pecados não são claros , não são declarados .
O que deixa a inveja bem caracterizada é a sua expressão pelo comportamento
não verbal, o olhar, principalmente.
Não devemos confundir a competição com a inveja. Esta última é um sentimento
negativo que pode transformar o processo de competição em algo destrutivo.
O ORGULHO: É o brio, a altivez, a soberba. A
sensação de que "Eu sou melhor que os outros" por algum motivo.
Isto leva a ter uma imagem de si inflada, aumentada, não correspondendo a
realidade.
Surge com isso a necessidade de aparecer, de ser visto passando
inclusive por cima de padrões éticos e vendo os outros colaboradores ou
colegas minimizados. Podemos criar a imagem de pavões relacionando-se na
empresa o que certamente trás resultados desastrosos.
Podemos citar o exemplo
de gestores que tomam determinadas decisões por questões de orgulho pessoal
ferindo muitas vezes as metas organizacionais mas com o único objetivo de dar
vazão a este sentimento.
A AVAREZA : Define-se como estar excessivamente
apegado a alguma coisa levando a um grande medo de faltar, uma percepção de
escassez.
A avareza pode ser percebida no cotidiano das empresas levando ao
slogan: "Não tenho confiança em ninguém" logo terei avareza com as
informações que me chegam as mãos, com a expressão dos sentimentos e opiniões
em relação aos projetos que estou envolvido, etc.
Economizo pensamentos,
sentimentos e ações pois não consigo lidar com a diversidade, com a
transparência entrando num clima defensivo.
Em termos de gestão de pesssoas
podemos apontar a tendência a centralização como gesto avarento nas
organizações.
A PREGUIÇA: É definida como aversão ao trabalho,
negligência.
Este sentimento faz com que as pessoas desqualifiquem os
problemas e a possibilidade de solução destes.
A preguiça não se resume na
preguiça física mas também na preguiça de pensar, sentir e agir.
A crença
básica da preguiça é "Não necessito aprender nada", levando a um
movimento freador das idéias e ações dentro das organizações que no cotidiano
e traduzido pelo "deixa para depois".
A LUXÚRIA: É definida como uma impulsividade
desenfreada, um prazer pelo excesso, tendo também conotações sexuais.
Nas
empresas este pecado é identificado pelo assédio sexual: em nome da posição
hierárquica "Desfruto do poder de dominar."
Aparece com isso a
grande dificuldade de relacionamento entre homens e mulheres nos ambientes
organizacionais, reforçando heranças culturais arraigadas bem como
dificuldades emocionais de expressar a afetividade de forma saudável.
(Por Lúcia G. Monteiro)
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quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Os Sete Pecados Capitais... - Lucia G. Monteiro
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