sexta-feira, 24 de agosto de 2012

De estagiário a contratado: como ser efetivado?


O tema dessa semana é destinado aos estagiários que sonham com a efetivação. Quando esses jovens profissionais ingressam nas universidades, imaginam uma realidade muito diferente e mais simples da que encontram ao final do curso.
Atualmente, é muito difícil conseguir um emprego efetivo sem nunca ter estagiado durante a faculdade. Portanto, se você já passou do segundo ano do curso e ainda não começou a trabalhar, é melhor buscar oportunidades de emprego o mais cedo possível.
A dificuldade de se formar com um emprego fixo diminui para quem já trabalha desde o início, porém ainda há um longo caminho a ser percorrido para que esse jovem profissional seja efetivado pela empresa em que trabalha.
O que deve ser avaliado
Toda a vida profissional deve se basear em uma palavra: autoconhecimento. Após ingressar em um estágio, o estagiário deve estar ciente de qual é a sua situação no trabalho. Ou seja, ele precisa conhecer com profundidade as suas tarefas e qual é o motivo delas existirem. Alguns profissionais entram no “piloto automático” e realizam suas atividades sem nunca parar para refletir sobre elas. Ao analisar cada tarefa, o profissional passa a conhecer melhor o seu trabalho e pode contribuir com novas ideias e soluções – o que é desejável para qualquer empresa. Mas afinal, o que ela espera de seus estagiários?
O que as empresas esperam
Muitas empresas já percebem o valor de seus estagiários e veem vantagem em contratá-los (ainda sem “vícios” de mercado) para depois efetivá-los. Entretanto, somente aqueles que se sobressaem é que chegam lá. Sobressair-se significa ficar acima da média, fazer mais do que foi requisitado e mostrar interesse e iniciativa. Além disso, como já é de praxe, são observados também: pontualidade, ética, relacionamento interpessoal e potencial.
As empresas querem profissionais que agreguem algum valor para a empresa, que possuam a capacidade de pensar em novas soluções, mostrem vontade de aprender e estejam em constante atualização. Essas são pessoas que não se apegam apenas a papéis, relatórios e métodos – elas pensam além deles. Mostram desenvolvimento e crescimento ao longo do estágio, além de um bom senso crítico.
Aqui cabe um adendo importante: não se engane em pensar que é somente no trabalho que as coisas devem ser levadas a sério e que a faculdade é lugar de farra. São justamente os classificados como “nerds” que abocanham boa parte das melhores oportunidades nas melhores empresas. As faculdades são verdadeiros celeiros de talentos, e as empresas vão, sim, buscar essas pessoas lá. Quando as empresas pedem indicações de alunos para estágio, quem os professores irão indicar? Justamente aqueles com as notas mais altas, o melhor comportamento e o maior interesse nas matérias.
O que fazer para ser efetivado
Primeiramente, é importante dizer que o mercado de trabalho é muito competitivo – não é porque o profissional é estagiário que será efetivado na empresa em que atua.
A palavra-chave para a efetivação é “proatividade”. Ou seja, o estagiário não deve se comportar como alguém “pouco importante para empresa” – como muitos, infelizmente, acreditam ser. Pelo contrário: o jovem deve, desde o primeiro dia de trabalho, focar em suas tarefas e aprender o máximo possível – não só com o seu trabalho e atividades, mas também com as pessoas ao seu redor. Além disso, é importante mostrar a capacidade de tomada de decisões e sempre buscar elementos externos para propor melhorias em um processo, método ou serviço. Se ele revelar esses interesses e possuir potencial de desenvolvimento e crescimento, terá mais visibilidade e será mais valorizado pela empresa. Logo, as suas chances de efetivação aumentam.
Entretanto, se ainda assim você não for contratado, não se desespere. Algumas vezes, por mais que a empresa acredite em você, ela não tem recursos financeiros ou legais para efetivá-lo. Vale lembrar que toda experiência, boa ou ruim, agrega valores e conhecimento. Se você não for efetivado, no mínimo terá mais maturidade e experiência na próxima empresa que trabalhar.
Por Bernt Entschev

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