por Jansen de Queiroz Ferreira
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A proliferação desta técnica trouxe algumas questões
como: O que é coaching? Quem pode ser Coach? Quais as suas vantagens? O
coaching/mentoring deve ser realizado por colegas e chefes? Quais as
limitações do processo de coaching/mentoring?
Ainda não existem conceitos aceitos por todos os que
estudam e praticam o coaching, o mentoring e o counselling. Qual conceito vingará?
Essa questão, talvez venha a ser resolvida pela área de pesquisa e reflexão
acadêmica.
Coaching destina-se a apoiar o desenvolvimento da
carreira do profissional. Counselling ocupa-se de uma necessidade pontual da
pessoa ou do profissional. Mentoring tem como escopo o desenvolvimento
do indivíduo como pessoa e como profissional.
O mentoring/coaching procura facilitar a
transformação de desejos e sonhos em objetivos claramente definidos, aonde se
quer chegar, partindo dos recursos atuais, considerando quais as competências
que precisam ser reforçadas ou adquiridas, que esforços e recursos devem ser
mobilizados para suprir as carências; que limitações e hábitos improdutivos
precisam ser vencidos nos níveis: intrapessoal, interpessoal e profissional.
Facilita aceitar a responsabilidade pelas escolhas e pelas suas
conseqüências. Treina a analisar resultados diferentes do que foi objetivado,
a não culpar ninguém, nem as circunstancias e nem a si mesmo, mas,
apenas, analisar o quê e como foi feito ou deixou de ser feito que contribuiu
para não se atingir o objetivo. Estimula aprender o que não conduziu ao
escopo definido e a não repeti-lo.
O coaching/mentoring pode ser realizado por
profissionais que possuam experiência de vida pessoal e profissional rica em
realizações bem e mal sucedidas, sólida formação acadêmica, conhecimentos
multidisciplinares nas áreas de gestão (de pessoas, empresarial e do tempo) e
do comportamento, (conhecer os pontos de vista: behaviorista, cognitivo,
psicanalítico, analise transacional, PNL e dinâmica de grupo); automotivado
para aprender continuadamente e desprendimento para contribuir para que o
cliente tenha sucesso profissional. Que construa com o cliente uma relação de
confiança. Seja ético, integro. Essencialmente, que tenha amor pelo cliente.
Requisitos difíceis de serem adquiridos em curso de curta duração.
Não existe empresa sem problemas de comunicação e sem conflito interpessoal. Com a utilização desta técnica a organização ganha mais: produtividade, lucro, segurança e desenvolvimento com qualidade de vida. Reduz: a fofoca, os problemas de comunicação e a enorme perda de tempo não contabilizada decorrente da incompetência: no autogerenciamento, no gerenciamento das pessoas e na gestão do tempo. O profissional consegue excelência no desempenho de suas atribuições, sem descuidar-se da saúde, da família e toma consciência de que tempo é vida e que também é responsável pela construção da qualidade de vida no trabalho. Aprende, através da técnica de feedback, a manifestar seus sentimentos de aprovação e de desaprovação. Reconhece-se humano, com seus pontos fracos e fortes, mas se concentra nos seus pontos fortes.
Algumas inquietações para avaliação dos leitores
sobre a aplicação do processo de coaching/mentoring por colega ou por
superior hierárquico. Considerando:
1º - Que o processo requer que o
indivíduo se coloque sem defesas excessivas;
2º - Que o coach/mentor deva ter
isenção;
3º - Ofereça segurança que, nem, involuntariamente usará as
informações, de forma a colocar em risco a imagem, a segurança e os planos do
coachee.
4º - Quando realizado pelo gerente, este será percebido pelo
mentoriado com o seu papel de autoridade, que poderá ser usado para premiá-lo
ou puni-lo, o que limita os resultados. O colega de hoje poderá vir a ser um
concorrente a uma vaga executiva, o chefe de hoje poderá ser um colega de
diretoria amanhã. Dessas questões, decorre minha posição em sugerir que
o processo de coaching/mentoring seja conduzido por profissional estranho à
organização, mesmo correndo o risco de ser interpretado como advogando em
causa própria. Temos o caso clássico dos terapeutas comportamentais, que não
trabalham as dificuldades de parente próximo. Entretanto, o chefe deve ser um
facilitador do crescimento técnico e um estimulador do crescimento
profissional utilizando-se da técnica de feedback, que é uma das técnicas do
coach - as outras são: Perguntas estimuladoras, reflexão conceitual e gestão
do tempo.Quem pensar dar feedback, deve ter competência para responder as
seguintes perguntas: O que é feedback? Que não é simplesmente retorno,
devolutiva. Como trabalhá-lo tecnicamente? Qual a diferença entre feedback e
crítica?
O processo de mentoring/coaching não é panacéia que
resolve todos os problemas comportamentais e organizacionais. Tem suas
limitações. No nível individual – e aqui não tem lugar para o jeitinho
brasileiro – nada acontecerá se o mentoriado não tiver vontade, flexibilidade
e determinação para fazer o trabalho necessário para atingir os objetivos que
definiu, transformando conhecimento em aprendizagem. Desaprender é mais
difícil do que aprender. É uma guerra de várias batalhas. No nível
organizacional é relevante que a organização tenha uma cultura que valorize o
ser humano como fator determinante na construção do lucro, da segurança e do
desenvolvimento com qualidade de vida. Para que o processo seja exitoso são
indispensáveis: a competência do coach/mentor e que haja cooperação e
confiança mútua entre os atores.
Fonte: http://www.innovia.com.br |
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Coaching Vantagens e Limitações
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