Hoje eu resolvi escrever um artigo para
demonstrar como podemos aplicar na vida real o que temos que aprender para ter
sucesso na vida corporativa.
Na verdade, minha visão é o revés do
que tem sido muito pregado: eu acredito que os princípios para ser um bom
gestor, seja gerente, seja líder, seja supervisor, devam ser inerentes ao ser
humano. Afinal, é muito difícil fingir ou forçar formas de agir e de pensar só
porque você está no seu trabalho. Por isso, eu acredito que os conceitos mais
importantes de liderança e desenvolvimento profissional devam ser levados,
primeiro, como um guia pessoal – e quando realmente fizerem parte da sua vida
poderão ser aplicados no seu trabalho e te levar longe. A Cris já falou aqui sobre mudar sua
vida, e para mim foi um ponta pé para pensar em que devo mudar para parar de
reclamar. E você consegue mudar sendo o líder da sua vida.
Talvez você já tenha ouvido falar que
líder pode não ter nenhum cargo específico na empresa. Isso porque o ser humano
tem uma necessidade antropológica de formar grupos e ter alguém “encabeçando”
este grupo. Assim, quem dá a cara para bater conquista o grupo – independente
de ter um título para isso ou não. Comigo aconteceu exatamente assim: primeiro
eu fui líder informal de minha equipe, e só depois de 2 anos que me tornei
supervisora desta mesma equipe. No meu caso, a liderança faz parte da minha
personalidade – mas isso não quer dizer que seja um dom divino que pertence a
alguns escolhidos. É um talento que pode ser desenvolvido por quem se
interessar e que deve ser desenvolvido caso você queira ter controle sobre sua
vida.
Eu acho muito triste ouvir gente
dizendo coisas como “Ah, eu acabei não indo para aquela entrevista de emprego
porque tinha que pegar 3 conduções…” ou “eu queria tanto mudar de carro, mas
não tenho dinheiro”. A vida é sua, e você tem sim total controle sobre ela.
Basta exercer liderança sobre suas atitudes e planejar os seus desejos. Para
liderar as atitudes, dou algumas dicas que foram tiradas de cursos de liderança
corporativa:
- Os elementos: toda mudança tem 4 elementos: o estado atual
(que você quer mudar), o estado desejado (depois da mudança), as pessoas chave
(aquelas que serão afetadas pela mudança, ou que ajudarão ou que atrapalharão)
e o líder da mudança (que é você, querida!)
- Passos: para liderar uma mudança, você deve seguir três passos:
I) Propor: tenha claro em sua cabeça o que
exatamente você quer mudar. Após ter a mudança estruturada para si mesmo, você
deve apresentar essa proposta às pessoas que terão relação com a mudança – os
stakeholders. Estas pessoas podem sugerir alterações na estratégia original e,
durante a execução da estratégia, irão ajudá-la a manter o foco
II) Suporte : não perca o foco. Tenha seu objetivo
ganhando importância para você. Cole post-its pela casa, na geladeira, desenhe,
sonhe…
III) Leve adiante: identifique os problemas que
ocorrerem, e trace planos para superá-los. Peça ajuda quando precisar, siga o
plano que você definiu
- Relacionamentos: Acho que você já ouviu a frase “melhor que
saber fazer, é saber quem faça”. E é verdade. Além disso, cultivar
relacionamentos garante que você vai ter pessoas apoiando sua mudança, ou mesmo
duvidando dela e tornando sua vontade de levar seu plano adiante ainda mais
forte. Manter relacionamentos também serve para você poder medir seu sucesso,
precisamos de outras pessoas nos ajudando a avaliar o sucesso da execução do
plano
- Riscos: Toda mudança envolve riscos. Sempre. Isso é inevitável. Se você
não tentar mudar de emprego porque tem medo que seu chefe descubra que você fez
outra entrevista, não conseguirá jamais sair desse status quo. O segredo
está em como lidar com os riscos – que podem ser traduzidos como expressão do
seu medo.
1- identifique seus medos. De que você tem medo?
Que consequências essa mudança pode ter na sua vida? Perda de saúde? Perda de
pessoas queridas? Início de uma carreira totalmente nova, em que você ainda não
tem nenhum status e vai ter que batalhar tudo novamente?
2- Avalie seus medos. Pegue 3 folhas de papel,
divida cada uma delas em 2 colunas, e comece a avaliação: na primeira folha,
escreva de um lado todos as boas consequências caso a mudança ocorra e do outro
lado, as más consequências. Na segunda folha, liste de um lado todos os bons
aspectos de você deixar a mudança para lá e manter tudo como está, e na outra
coluna os aspectos negativos disso. Na terceira folha, coloque de um lado as
vantagens de propor a mudança (gente te apoiando, “oficialização” do
compromisso) e, do outro, as desvantagens (dar às pessoas a liberdade de te
cobrar, pressão). Compare as listas, e veja o que ganha mais peso
3- Enfrente seus medos. Antecipe na sua cabeça o
cenário de cada ponto negativo que você encontrou no exercício acima. Analise
como você irá reagir, tenha planos B, e assim será mais fácil reagir
logicamente se algo der errado
Por hoje ficam essas dicas – espero que
vocês gostem e que usem para mudar algo em sua vida.
--
Daniella Castelucci de Medeiros
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