terça-feira, 30 de abril de 2013

Fui contratado, e agora???

Diante do cenário mundial de instabilidade econômica e incertezas acerca das possibilidades que o mercado de trabalho apresentará, o cuidado frente à conquista de uma nova oportunidade profissional deve ser maior ainda.

Os três primeiros meses de atuação do profissional na empresa são cruciais para a consolidação de seu sucesso e permanência na organização. Assim, para que sua atuação possa ser marcada positivamente é importante que fique bastante atento às seguintes dicas:

1- Ao ingressar na nova organização, lembre-se que ainda que a mesma possa ser de um segmento similar ao que já atuou, trata-se de uma nova cultura, novas pessoas e, portanto, nova forma de conquistar e apresentar os resultados. É muito comuns profissionais que, por terem dificuldades em romper com a cultura da empresa anterior, são dispensados por não conseguirem se integrar ao novo contexto. 

2- Aprender é a “palavra de ordem”, assim, esteja aberto e seja “curioso”, no bom sentido, para conhecer novos métodos, novos processos, novas políticas e todas as ferramentas que servem como base para a geração de resultados. Perceba o novo trabalho como uma oportunidade singular de aprender e enriquecer seu repertório. Lembre-se que nesta etapa é muito importante que as pessoas que fazem parte de sua equipe e seu superior percebam a sua receptividade à essas informações. Evite chegar realizando mudanças ou criticar a forma da empresa atuar.

3- Nesta fase de adaptação é também primordial que sua percepção esteja muito ativa, especialmente para entender o papel e responsabilidades das pessoas. É importante que respeite as hierarquias e a forma como a empresa estabelece a comunicação entre as áreas. Fique atento à tudo aquilo que não está no “manual do novo colaborador”, pois muitos detalhes estão presentes nas entrelinhas da organização e a falta de percepção e cuidado à eles pode ser desastroso.

4- Realize o seu trabalho com dedicação e afinco, com atenção a todos os detalhes que podem impactar na não aprovação de seus resultados. Esteja atento aos prazos, informações que requerem sigilo, além de esclarecer sempre que necessário possíveis dúvidas referentes às suas responsabilidades. Demonstre flexibilidade para refazer atividades e para receber orientações de pessoas que atuam em sua equipe. Lembre-se que o não conhecimento de particularidades da nova estrutura de trabalho não o torna incapaz ou incompetente.

5- Procure estar aberto ao feedback de seu chefe e se for necessário procure-o para ouvir dele opiniões e sugestões acerca de seus resultados e da melhor forma de realizar suas atividades. Busque entender claramente sob quais indicadores de resultados está sendo avaliado. 

6- Finalmente, não esqueça de investir nos relacionamentos, nesta fase de adaptação a uma nova empresa é muito importante que faça alianças positivas, especialmente, com as pessoas que estão há mais tempo na organização. Tais pessoas podem lhe oferecer dicas importantes para sua sobrevivência no novo desafio.

Sucesso!!
Izabel Araújo

Fonte: http://www.debernt.com.br/debernt/insights/artigos_interna.asp?id=21

segunda-feira, 29 de abril de 2013

ENDOMARKETING O marketing voltado para o lado de dentro - Antônio Inácio RIBEIRO



Termo relativamente novo no marketing, o endomarketing é antes de tudo uma estratégia de relacionamento e gerenciamento, que tem por objetivo desenvolver na sua equipe de trabalho, uma mentalidade que esteja em sincronia com o marketing externo que você pratica, sendo por este motivo também conhecido como marketing interno.

Sabe-se hoje que é tão importante "vender" aos seus colaboradores a idéia de um atendimento exemplar a seus clientes, quanto você praticar isto com eles. Uma das principais razões para por isto em prática é o objetivo de todos falarem a mesma língua e desenvolverem a mesma filosofia de trabalho que você imprime no seu atendimento.      O cliente é o foco para o qual devem convergir todas as atenções de modo a satisfazê-lo por completo. Por este motivo todos que o atendem ou com ele tenham convívio devem estar preparados para agirem e interagirem de forma sincronizada, integrando-se no processo de conquista e manutenção. Espera-se que desde a atendente, passando pela diarista, secretária, auxiliares, assistentes e outros colaboradores, deixem claro que toda sua concentração está direcionada no encantamento dos clientes.

Efetivamente é algo difícil de ser atingido por completo, mas que tanto mais for conseguido, maior será a implementação de novos clientes, visto conter esta fórmula, o segredo de todos se preocuparem em conquistar e agradar a pessoa mais importante de seu meio de trabalho. Obviamente engana-se quem pensar ser o dono do consultório ou escritório, sendo este um conceito antigo. Hoje todas as atenções têm que estar voltadas para sua majestade o cliente, aquele que verdadeiramente garante o pagamento do salário dos colaboradores ao final do mês e que pode efetivamente justificar um aumento salarial, por melhoria no desenvolvimento da equipe.

Para tanto é fundamental a ocorrência de uma troca contínua entre os participantes, quer de informações, como de problemas internos que possam estar ocorrendo. Neste objetivo é importante que se estabeleça uma perfeita comunicação entre todos os membros da equipe. Além de uma atitude uniforme dos mesmos, sem conflitos de opiniões ou atos.

COMUNICAÇÃO
Em grupos maiores é importante que todos os participantes estejam identificados com crachás, assim como deve haver maneira segura de identificar o cliente, tratando-o sempre pelo nome e se possível mencionando algo como diferencial, que bem pode ser sua profissão, cidade natal, sobrenome ou perguntar-se por algum parente que também seja cliente.

O conhecimento exato das funções de cada um dos membros da equipe é fundamental para a melhor integração de todos, principalmente no tocante a quem fará o que e quando, conotando perfeita sincronia. Mais que isto, devem todos conhecer algumas preferências simples de cada cliente, tais como sua revista predileta, hábito de fumar ou alguma deficiência ou limitação. Estes detalhes devem fluir entre os membros da equipe de forma que todos deles conhecedores, se dediquem a deixar os clientes o mais à vontade e contentes possível.

Algumas informações internas devem ser filtradas por alguém de ascendência na equipe que decidirá quais detalhes não devem ser passados aos clientes, principalmente aqueles que podem diminuir ou comprometer a imagem do seu serviço. O mesmo com relação a algumas limitações de algum dos participantes do grupo, do qual não se devem inteirar os clientes.

Todos precisam entender de forma clara e fácil o porque esta nova postura é importante para o bem de todos. A medida em que o endomarketing for sendo implementado, todos devem ser comunicados e orientados, de forma a fazerem parte da mesma filosofia de trabalho. Deve-se também especificar quais são os objetivos pretendidos com tal novo posturamento, de forma a que todos se sintam envolvidos e comprometidos a alcançar resultados, participando inclusive da motivação interna da equipe. Esta dinâmica requer paciência na sua implementação.

O acompanhamento dos resultados e do andamento do processo deve ser alvo de reuniões periódicas com participação de todos os envolvidos. Êxito e credibilidade são conquistados na medida em que a franqueza e a sinceridade passam a fazer parte da linguagem adotada por todo o grupo. Estímulos e reconhecimentos, verbais e pecuniários na forma de prêmios por acréscimos de produtividade, são não só bem-vindos, como excelentes ferramentas para atingimento e manutenção de metas.

ATITUDES
A primeira a ser considerada é a expectativa que os clientes em geral e cada um em particular tem com relação aos serviços que são oferecidos. Estes devem funcionar como subsídios a todos, para que possam melhor cumprir sua parte no atendimento aos clientes. Deve-se deixar bem claro a todos os participantes do grupo, o que está sendo prometido aos clientes e o que se pretende efetivamente propiciar a estes.

Deve-se treinar bem e continuamente a rotina de tarefas, de forma que o desempenho de cada um seja dentro do conhecido e sabido pelos demais, para que cada um possa intervir de maneira certa e nos tempos certos. Estas performances devem ser avaliadas em conjunto, de tempos em tempos, bem como seus cumprimentos individuais.

Uma pesquisa de satisfação dos clientes deve ser aplicada sempre a todos os clientes para servir de referência na avaliação do que está sendo atingido em relação ao proposto. Esta deve questionar o grau de satisfação dos clientes, com relação à participação de cada um dos integrantes da equipe, de maneira a identificar onde se está necessitando uma melhoria ou eventual troca de colaborador.

Nas situações de satisfação plena e constante para com um dos integrantes ou secção do atendimento, deve haver um reconhecimento tal qual quando alguma insatisfação aconteça. Ou seja, os comentários devem acontecer tanto quando ocorrerem problemas, como reconhecimento quando se identificar bons índices das respostas com vistas a um membro ou grupo.

Deve haver também um clima que motive a todos a manterem o ânimo do bom atendimento, para se conquistar sempre melhoria dos trabalhos no tocante ao atendimento aos clientes. A introdução de uma caixa de sugestões (melhor do que as conhecidas de reclamações, que fazem aflorar problemas ao invés de soluções) é boa iniciativa e bom meio de contar com a participação dos clientes na identificação do que é melhor para eles.

O gerenciamento do controle de qualidade no atendimento a clientes deve ter responsável escolhido, que não necessariamente deve ser o chefe da equipe, inclusive por que este nem sempre se inteira de todos os problemas do dia a dia do grupo e do que se passa com os clientes. A este caberá renovar periodicamente as metas que estão sendo buscadas e seu grau de atingimento. A ele compete zelar pelo cumprimento do programa de reuniões e participação de todos.

Afora este posturamento, são indicadas outras atitudes de cunho prático para se atingir de forma plena a satisfação dos clientes, que muitas vezes dependem de atitudes e iniciativas simples, muitas delas envolvendo muito mais atenção do que propriamente investimentos. Estas em nosso entender são tão importantes quanto e merecem uma análise detalhada além de indicações individuais para cada uma.

REUNIÕES
A fim de implementar o endomarketing em sua equipe e posteriormente monitorar seu correto funcionamento, é recomendada a ocorrência de reuniões com toda a equipe, semanalmente. Para pequenos grupos pode acontecer em um café da manhã nas segundas feiras, fora de suas instalações ou em um almoço nas sextas feiras, onde as propostas da semana poderão ser avaliadas e onde poderão ser debatidos os eventuais problemas internos do grupo. Em equipes maiores, pode-se segmentar os grupos em reuniões menores semanais, de acordo com núcleos de atividades e interesses, com uma geral mensal. Estas reuniões com seus colaboradores são fundamentais para manter a determinação e motivação do grupo.

RETORNOS
Em profissões onde a volta dos clientes se faz necessária a períodos definidos é importante que a iniciativa de chamada e marcação de hora seja sempre de quem presta o serviço. Este procedimento não só incrementa a volta dos clientes como repercute perante estes como uma forma de atenção e distinção para com os mesmos. Tal iniciativa deve ter responsável próprio e agenda específica para maior eficácia, já sendo anotados na época da re-chamada, o nome e o telefone do cliente. Esta iniciativa está em conformidade com a pretendida fidelização dos clientes e garante uma continuidade de faturamento, podendo ser aproveitada como consulta de indicações para novos clientes.

INDICAÇÕES
Um dos melhores clientes é aquele que vem indicado por alguém que já é cliente. Isto porque nos chega com um testemunho de quem o recomendou, inclusive muitas vezes com detalhes sobre a maneira de tratar e de conduzir os serviços, que na maioria das vezes é decisor das indicações. Mais importante que tratar bem clientes indicados é não esquecer quem os indicou. Indicou de livre e espontânea vontade, porque ficou satisfeito com o serviço, preço e condição de pagamento e na maioria das vezes com a atenção que lhe foi dispensada. Para tanto não se pode esquecer de fazer o agradecimento devido pelas indicações que nos são feitas. Inicialmente por um cartão ou carta própria para tal. Para os indicadores contumazes é aconselhado um telefonema ou envio de alguma lembrança de agradecimento, sempre quando as indicações da parte deste forem constantes.

AQUISIÇÕES
As profissões evoluem e obrigam aos que a elas se dedicam estarem continuamente em dia com as novidades, que tanto podem ser novas técnicas, novos materiais ou aparelhos. Aquelas quanto estes devem ser objeto de comunicação aos clientes, sempre quando for incluído algo novo no atendimento aos clientes, de forma que eles ao acompanharem a evolução de sua dedicação à profissão, se sintam cada vez mais seguros e motivados a recorrerem aos seus préstimos sempre que precisarem de algo em sua área. Estas devem ser em forma de correspondência explicativa, que se for o caso pode conter algum folheto acerca do que está sendo divulgado. Também podem ser por algo que se tenha comprado a algum tempo, mas que ainda seja novidade e dela não se tenham inteirado os clientes, exatamente por falta de comunicação.

CONGRESSOS
Sua participação em congressos será mais bem entendida na medida em que for convenientemente divulgada, aproveitando-se para fazer destas participações uma prestação de contas à clientela em seu esforço para se manter sempre atualizado e em dia com o que há de moderno e atual em sua profissão. A maneira correta de fazê-lo é através do envio de correspondência com quinze ou trinta dias de antecipação, de forma que ao se inteirarem, saibam que naquele período você estará ausente de seu local de trabalho. Afora isto, se manterão informados de seu processo evolutivo, principalmente considerando a denominação pomposa dos eventos e os nomes imponentes aos ouvidos leigos, das entidades que os costumam promover.

CURSOS
O mesmo vale para cursos de atualização, pós-graduação, especialização, mestrado ou doutorado que você vier a participar. Terão mais validade e serão mais bem entendidos na medida em que for enviada carta participativa quanto a sua aprovação aos mesmos e identificando onde e em que dias serão realizados. Se de longa duração, seu período também deverá ter destaque, até para que os clientes não imaginem que nos dias em que sistematicamente não o encontrar em seu local de trabalho, pense que você agora não mais necessite trabalhar nestes dias ou que tenha virado pescador, caçador ou praticante de algum hobby, quando na realidade está gastando e estudando em benefício do próprio cliente, deixando inclusive de ganhar nestes dias.

CERTIFICADOS
Aos que tenham participado de muitos congressos ou cursos e que não os tenham divulgado de forma adequada e conveniente, uma maneira de fazê-lo é colocando seus certificados de participação em forma de quadros nas paredes da ante-sala (nome melhor para a sala de espera) ou do escritório. Considerando que os certificados modernos têm visual bonito e forte, com cores e artes desenvolvidas por "designers", deve-se dar destaque aos mesmos colocando-os em molduras do tipo sanduíche de vidro, com molduras douradas, prateadas ou pretas, de acordo com o tipo de ambiente que forem permanecer. Aos diplomas e certificados de maior importância, como cursos no exterior ou de especialização, deve ser dada atenção especial, metalizando-os ou lhes colocando moldura diferenciada, visto que estão mais indicados para comporem elemento de seu escritório.

QUADRO MURAL
Tanto para comunicação interna como externa, sua presença é oportuna haja vista que se colocado em área de circulação ou permanência, será lido por clientes e colaboradores. Para que seja criado um hábito salutar com sua leitura, é importante que seu conteúdo seja atualizado de tempos em tempos por alguém que dele fique responsável. Suas mensagens podem envolver tudo o que se tenha interesse de que se inteire o público externo e interno, podendo ser notas elaboradas especificamente para este fim, bem como aproveitamento de matérias da imprensa leiga ou especializada. Quando for grande o número de leitores ou o mesmo ficar em ambiente externo, é recomendada a existência de vidro protetor, com ou sem cadeado de segurança.

VIDEOS
Se em sua profissão estiverem disponíveis vídeos profissionais de motivação aos clientes, com apresentação das suas funções mais importantes, vantagens e motivações, é oportuno disponibilizar para este fim de um aparelho de TV e um vídeo cassete, que hoje já estão disponíveis também em um modelo específico (DUO), de dimensões apropriadas, que pode e deve ser também utilizado para projeção de vídeos para treinamento no atendimento ao público. Dependendo do público atendido, também poderá este aparelho ser utilizado como entretenimento de clientes, sempre que os períodos de permanência em espera forem maiores.

Desejei com estes novos conceitos e dicas de endomarketing, melhorar o nível de atendimento a seus clientes, de forma a satisfazê-los com mais segurança e fazê-los mais fiéis e motivados a indicarem seus serviços. Por se tratar de tema novo, estamos abertos a sugestões para outras modalidades de sua prática, para melhorar este texto, assim como apreciaria, caso ele lhe tenha agradado, que o reenviasse a algum amigo profissional liberal, comentando-lhe da constância e importância destes nossos e-mails em sua evolução profissional. 

Antônio Inácio RIBEIRO - Doutorando em Marketing pela ULR / Espanha, MBA em Marketing pelo ISAE / FGV, Especialista em Marketing pela PUC / PR, Pós-graduado em Marketing pela ADVB / SP, Administrador pela Universidade Mackenzie / SP, Autor de 22 livros, além de 210 artigos e colunas, Ministrador de 170 cursos e palestras.
ribeiro@odontex.com.br 

Por que as ações não devem ficar só no papel?



Na vida pessoal, há situações que uma vez iniciadas devem ser concluídas. Caso contrário as consequências podem causar uma forte dor de cabeça. Apenas para dar um formato a essa afirmação, tomemos como base uma troca de telhas que ficou pela metade. Ou seja, parte do telhado está protegida e a outra vulnerável. Como o trabalho não for concluído, uma simples chuva pode causar problemas sérios para toda a casa e para quem nela vive. Semelhante à vida pessoal, nas organizações há fatos semelhantes como, por exemplo, um programa que foi amplamente divulgado para todos os profissionais. No entanto, apesar de ser uma boa proposta, só ficou no papel. Que sequelas um trabalho, inclusive proposto pela área de RH, não concluído pode provocar a uma empresa? Não são raros os casos de pesquisas de clima ou programas de desenvolvimento que no começo encantam os olhos dos profissionais, mas que com o passar do tempo são "esquecidos" por algum motivo? Vejamos algumas implicações que isso pode causar!

1 - Todo trabalho realizado requer profissionais para sua logística. Isso significa que as pessoas ocuparam parte do seu expediente, do seu valioso tempo para algo que no "frigir dos ovos" foi arquivado, esquecido. Que sentimento essas pessoas podem ter? No mínimo: "Poderia ter usado minhas horas para algo realmente valioso!".

2 - Quando os funcionários utilizam parte do tempo de suas atividades, para algo que ficará apenas no "papel", não são apenas eles que perdem. A empresa também, pois as horas são pagas para que as pessoas alcancem metas relevantes ao negócio. Aqui, cabe aquele velho ditado "Tempo é dinheiro!".

3 - Uma vez divulgada uma ação como, por exemplo, a realização de uma pesquisa de clima organizacional, espera-se que os resultados positivos apareçam. Mas, se os profissionais veem que o tempo que desprenderam foi "perdido" e os resultados não surgirão, dificilmente essas pessoas se engajarão a uma nova proposta da empresa. O que provavelmente virá à mente será: "Mais perda de tempo?".

4 - Ao divulgar uma proposta de proporcionará melhorias internas, geralmente os profissionais criam expectativas de que algo inovador e positivo irá ocorrer. Isso pode ganhar a formato de uma reforma no refeitório ou mesmo até a implantação de um benefício diferenciado. Mas, se depois de determinado período as mudanças propostas não vêm, o sentimento gerado pode culminar na conclusão de que a opinião dos profissionais não tem valor para a empresa, como parecia no início.

5 - Quando o profissional constata que tudo não passou do discurso, principalmente aqueles que almejam conquistas e que se motivam com os desafios talvez passem a observar com "carinho" as oportunidades que surgem no mercado. Isso impacta, por exemplo, nos percentuais de rotatividade - uma preocupação para organizações de qualquer segmento.

6 - Vale ressaltar que a aplicação de determinadas ferramentas como uma pesquisa de clima organizacional possibilitam que a empresa identifique os pontos fortes e fracos de sua gestão. Isso, por sua vez, permite que investimentos sejam feitos no "ponto certo" e com chances de retorno significativo.

7 - Se a proposta de uma empresa cai no descrédito, a imagem da empresa fica arranhada diante dos seus profissionais. Ou seja, uma vez perdida a confiança, a organização e a área de Recursos Humanos suarão muito para reconquistá-la junto aos colaboradores.

8 - Sem confiança dos funcionários não existe engajamento. E sem esse, pedir que as equipes vistam a camisa da empresa é utopia.

9 - Quando não conta com o engajamento dos profissionais, é formada uma cadeia de risco para a organização. Isso porque sem colaboradores comprometidos, os serviços prestados pela companhia perdem qualidade e logo os stackholders - acionistas, clientes internos e externos, além da sociedade não terão a mesma opinião sobre a companhia. O risco de perder espaço para a concorrência aumenta e as consequências são fáceis de imaginar.

10 - Se, porventura, durante o processo ocorra algum imprevisto que faça com que uma ação/programa precise ser ficar em "stand by" por determinado período, a melhor alternativa é a comunicação clara com os funcionários. Isso evitará que o processo caia no descrédito e a proposta seja retomada, sem chance de êxito.

sábado, 27 de abril de 2013

Frases e Pensamentos sobre Homem






















































sexta-feira, 26 de abril de 2013

Seja reconhecido no trabalho


Há algum tempo atrás, recordei-me da parábola que contava a estória de uma garota que se sentia desvalorizada, desrespeitada estava perdendo o amor próprio pela falta de reconhecimento e insucesso em sua vida. Ao procurar seu professor, este concordou em ajudá-la, desde que ela vendesse um anel dele pelo melhor preço, desde que obtivesse ao menos uma moeda de ouro. Após muito tentar, não conseguiu nada melhor que duas moedas de prata. Ao voltar decepcionada, o professor orienta que ela vá a em um lugar onde possam realmente conhecer o valor daquele anel, ou seja, em uma joalheria. Ao passar pela avaliação do joalheiro, ele avalia o anel em 60 moedas de ouro.

A moral desta parábola é que somente quem realmente conhece aquilo que está sendo oferecido, sabe dar o respectivo valor. O mesmo ocorre em nossas vidas, ou seja, somente seremos avaliados adequadamente, pelas pessoas que nos conhecem profundamente, valorizam nossas qualidades, habilidades e competências, mesmo que precisemos de muitas melhorias, saberão mensurar nosso valor.

Eventualmente alguns colaboradores sentem-se desvalorizados no local de trabalho e por outras pessoas com as quais convivem direta ou indiretamente. Este sentimento é manifestado através da percepção individual seja pelo simples fato de um sentimento de descaso ou por razões explícitas como, por exemplo, quando há uma avaliação que mais parece ser um julgamento de um líder - o qual não conhece os valores e as habilidades de cada profissional de sua equipe e não está preparado para avaliá-los e passa, então, a realizar julgamentos e não avaliações.

E como lidar com esta frustração pela ausência de reconhecimento e nos tornar mais visíveis? Parte responsabilidade pela frustração cabe a nós mesmos quando acreditamos que para tudo o que fazemos devemos receber os "tapinhas nas costas" e os "parabéns".

É preciso agir com profissionalismo e não somente com emoção. O reconhecimento não será obtido óbvio, mas sim pelo excepcional. Reconhecimento e respeito são razoavelmente distintos. O respeito pelo profissional deve existir o tempo todo. Devemos respeitar o esforço, a dedicação, o ser humano etc. Já o reconhecimento como "premiação emocional" será mais perceptível por parte dos gestores, quando o colaborador realizar algo que exceda as expectativas dele e da empresa. Por isso, é necessário que sempre se busque fazer tudo com maestria e seja apaixonado pelo que se faz. Quando temos amor por nossa atividade, realizamos sempre com dedicação. Já quando apenas fazemos algo que somos pagos para fazer, permanecemos em um universo limitado e mecânico.

Dar e receber um feedback com seu gestor poderá ser muito interessante e conveniente, pois demonstrará interesse em ser um profissional ainda mais competente e preocupado em apresentar melhores resultados à empresa. Muitos acreditam que devem esperar uma reunião exclusiva para isso, mas os melhores e mais sinceros feedbacks são obtidos informalmente. É através destes feedbacks informais que você terá uma prévia de como poderá ser sua avaliação de desempenho.

Melhore seu relacionamento interpessoal e busque sempre proporcionar bons resultados em seu trabalho bem como maior interação com os colegas de trabalho. O bom relacionamento contribuirá para que mais pessoas se interessem por você como amigo e como profissional e, provavelmente, o auxilie na obtenção de feedbacks mais positivos. Isso auxiliará tanto a sua realização profissional como a consequência que será o reconhecimento explícito por seus gestores e colegas de trabalho!


quinta-feira, 25 de abril de 2013

É você quem faz a diferença na empresa - Paulo Pereira


Há muitos anos que profissionais que atuam na área de recursos humanos têm procurado observar e discutir  quais são os fatores ou condições que, na essência, diferenciam uma empresa de outra, em termos de sua performance, tornando-a mais ou menos competitiva em relação a outras.

Literatura e estudos a respeito dessa questão é que não faltam. Desde os produzidos e testados em outros países e, por que não, até mesmo no nosso.

Para um grande número de pessoas esta resposta é simples, pois acreditam que a diferença essencial está na tecnologia que é empregada no processo produtivo da empresa. 

Outras acreditam que a diferença está nas possibilidades econômicas e financeiras de cada uma, o que se traduz em maior capacidade de investimentos, capital de giro, ganhos financeiros etc. 

A conjugação desses dois primeiros  fatores parece a resposta mais adequada para um grande número de outras pessoas. Então perguntamos: duas empresas, de mesmo porte, mesmo número de trabalhadores, mesmo produto, utilizando a mesma tecnologia, tendo ou dispondo do mesmo volume de capital e atuando no mesmo mercado etc. teriam a mesma performance ou os mesmos resultados?

Imaginamos  que a única resposta possível, mesmo que por abstração, seja não. Essas empresas seriam diferentes em seus resultados.

Ora, em países economicamente estáveis, com inflação em níveis decentes, o acesso ao capital para investimentos ou capital de giro não é algo proibitivo como é no Brasil. 

Daí, não podermos eleger este fator como sendo o que faz a real diferença entre as empresas, já que todas teriam as mesmas possibilidades de obtê-lo, igualando-se neste aspecto.

Por outro lado, todos sabemos que a diferença tecnológica entre as empresas  já não é um diferencial tão significativo como em tempos atrás. Os saltos tecnológicos já não são tão grandes como já foram antigamente. Os saltos são mais curtos, embora em maior velocidade. Não está aí a resposta, a nosso ver.

A resposta correta, em nossa  avaliação, que daqui para frente parecerá óbvia, embora, na prática, não seja reconhecida e praticada pela maioria das empresas, está nas pessoas que trabalham nas organizações. 

São elas, de fato, e em última análise, que diferenciam uma empresa de outras. Tanto nas empresas pequenas ou grandes, ricas ou pobres, sofisticadas ou atrasadas tecnologicamente.

Então, por que tratar "tão mal" os trabalhadores, se, de fato,  eles é que fazem a diferença? As empresas precisam refletir sobre as atitudes e ações contrárias a esta constatação que elas vêm adotando ao longo do tempo, com seus programas de reengenharia, downsizing, terceirização e por aí adiante, passando a adotar novas posturas e atitudes, como por exemplo:

 - Não ver o trabalhador como um adversário. Vê-lo como um parceiro;

 - Acreditar que o trabalhador, em qualquer nível, é capaz de pensar e propor variadas soluções. 

- Não valorizar demais os  seus gerentes e diretores, em detrimento dos demais níveis;

- Ver o trabalhador como uma pessoa adulta e responsável. Não tratá-lo como um adolescente irresponsável;

- Não se orgulhar de lucro obtido através de péssimas condições  de trabalho e de salários indignos;

- Ter relações sérias e transparentes com seus trabalhadores;

- Recolher todos os chicotes em mãos de diretores, gerentes, chefes e encarregados, estimulando-os a obter resultados através   das pessoas,  sem a imposição de medo ou outras chantagens emocionais;

As empresas devem ter em mente  que são as pessoas, "no frigir dos ovos", que fazem a tão almejada qualidade, produtividade e modernidade. São elas que cumprem os prazos, minimizam custos, melhoram a produtividade etc., possibilitando a prática de qualidade e preços competitivos. São elas, em última análise, que fazem a real diferença competitiva.

É importante que a pessoa, em momentos de colocação e recolocação profissional, não ignore essa realidade. Não tenha uma atitude excessivamente passiva em relação à empresa que o está "escolhendo". 

Procure conhecer suas crenças e filosofias básicas, procurando também e igualmente fazer sua escolha e opção de tipo de empresa que gostaria de prestar seus serviços.


   
Autor: 

Paulo Pereira, Diretor da Eventos RH