Muitos profissionais temem a hora
de negociar seus salários. O tabu financeiro pode ter diversas origens, uma
delas focada na ideia de que a remuneração seria um favor feito pelo empregador
ao profissional. Essa mentalidade foge da coerência já que o dinheiro não é
ganho no fim do mês, mas sim trocado por seu trabalho durante aquele período.
Negociar a quantia irá depender diretamente do valor que você dá ao seu esforço
e como se enxerga no mercado de trabalho. Afinal, o objetivo salarial que estabelece
não irá mudar exclusivamente conforme as empresas, mas sim de acordo com as
oportunidades.
1. É apenas uma conversa
Negociações de salário são conversas e acertos entre
duas pessoas. Não são diálogos pessoais, então você não precisa se preocupar
com esse tipo de aspecto. Ambos estão procurando bons resultados e devem tratar
os pontos da transação a partir dos interesses profissionais.
2. Suas necessidades pessoais não entram na conversa
É claro que suas necessidades pessoais são importantes.
Mensalidades escolares, despesas com a dispensa, contas de água e luz não param
de chegar, independente de seu salário. Mesmo assim, os pontos e argumentos que
for usar para sua negociação não devem estar baseados ou citar
esse tipo de despesa. Você deve se fundamentar estritamente em seu valor para a
empresa e como você irá contribuir com seu trabalho.
3. Saiba a média salarial
Confira dados sobre as médias salariais em sua área de
atuação para o trabalho que fará. A partir dessas informações você poderá
montar seu objetivo financeiro. Cuidado, entretanto, para não usar os dados
errados. Dependendo da empresa, localização e metas empregatícias essas
informações mudam e você corre o risco de comparar as coisas erradas.
4. Não dê a primeira oferta
Se a empresa pede que você forneça qualquer tipo de
expectativa salarial faça o que puder para não informá-la. É muito melhor que
você saiba qual a quantia oferecida inicialmente para que consiga basear a sua
proposta. Você pode responder que isso depende do tipo de trabalho que você irá
fazer, dos benefícios, etc.
5. Não minta sobre sua remuneração atual
Se perguntarem qual é seu salário atual, fale a verdade.
Caso descubram que mentiu, você com certeza irá perder a oferta de emprego.
Ofereça explicações objetivas se sua última remuneração foi muito mais baixa ou
alta do que a da oferta atual.
6. Considere compensações não salariais
Compensações não salariais como benefícios, férias
extras, trabalhar
de casa algumas
vezes no mês ou participações nos lucros da empresa também devem ser
consideradas durante a negociação salarial, pois passam a fazer parte de sua
remuneração como um todo.
7. Seja confiante. Peça o que você deseja
Acredite em seu valor para empresa e habilidades. Não
tenha medo de falar aquilo que deseja e
deixar claro quais são suas metas salariais. É melhor se arriscar e receber uma
resposta negativa do que ficar calado e não aproveitar a chance de conseguir o
que deseja.
8. Se informe sobre bônus e programas de incentivo
Muitas empresas possuem programas de incentivo que
podem aumentar em 5% ou até 25% seu salário final.
9. Aumentos futuros
Você também pode procurar se informar sobre futuros
aumentos salariais ou revisões. Da mesma forma como seu
desempenho será avaliado periodicamente de
maneira mais formal, veja se a empresa planeja revisões da remuneração.
10. Não se tenha pressa em responder
Mesmo sabendo que irá aceitar a oferta não tenha pressa
em responder. Você deve meditar sobre essa decisão e ter certeza de que ela é a
melhor para sua trajetória profissional. Dependendo de seus valores e
objetivos, também analise se ela se encaixa com seu estilo de vida pessoal.
11. Valide tudo
Não fique apenas na conversa.
Garanta que todos os acertos sejam oficializados e que nenhuma dúvida seja
deixada para trás. Se o combinado foi feito por e-mail, imprima-os e mantenha
como evidência.
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