quarta-feira, 23 de maio de 2012

Conheça dez atitudes que ajudam você a se desenvolver profissionalmente


Ter sucesso na profissão é o desejo de todas as pessoas que trabalham. Porém, é comum que uns poucos acabem se destacando mais do que outros, embora na mesma equipe existam pessoas tão ou mais esforçadas, que às vezes se ressentem de não terem o reconhecimento que acreditam merecer. Os altos cargos são para poucos. Para chegar lá, experiência e boa formação são características essenciais, mas não suficientes.

A receita para se tornar um profissional em ascensão leva ingredientes que fazem muita diferença em nossa trajetória quando adicionados ao dia a dia. O UOL Comportamento conversou com alguns especialistas que apontaram quais são os mandamentos que devem ser seguidos quando se trata de ter êxito na carreira. Confira:

1. Tenha um plano para sua vida profissional
Faça a diferenciação entre o trabalho que desempenha e sua carreira. “Ambos estão conectados, mas pensar na carreira é ir além da empresa em que está”, diz Marcello Cuellar, headhunter e gerente executivo da Michael Page, empresa de consultoria especializada em recrutar profissionais no mercado. No corre-corre para resolver os problemas que pedem solução imediata, é fácil nos esquecermos de nossos propósitos. “Estabeleça aonde você quer chegar com um projeto de ações claro. Depois, coloque-se de maneira tranquila junto à chefia e vá monitorando o retorno dessas conversas com os superiores para ver se seu projeto está caminhando”, orienta Anna Zaharov, que trabalha como coach, ou seja, um treinador para profissionais de vários níveis nas empresas. Anna acrescenta que a carreira do funcionário é responsabilidade dele e não da chefia, que tem muitas outras cobranças para dar atenção. Para Marcelo Cuellar, “as pessoas não fazem planejamento do que desejam em suas profissões e é imprescindível ter um objetivo, nem que no meio do caminho você mude a direção”.

2. Imponha-se prazos para conquistas na carreira
Definir o tempo que vai levar para chegar a um determinado ponto na profissão é imprescindível para nos dar o sentido de comprometimento com nosso progresso na carreira. “Esse detalhamento de ações com prazos a serem cumpridos faz toda a diferença. Tenha um projeto bem definido, não só de como quer estar no futuro, mas também de quando quer estar. É um estímulo para priorizarmos esse setor de nossas vidas e nos concentrarmos em um objetivo. Claro que, às vezes, acontecem imprevistos e pode levar mais tempo. Mas deve-se ter uma nova data, de preferência com mês e ano”, conta Anna Zaharov.

3. Cultive uma relação positiva com a chefia
Entre outras atribuições, chefes precisam cobrar, criticar e exigir. E quem quer ter sucesso em uma empresa precisa entender isso e construir uma relação positiva com os superiores. “É importante cultivar a confiança da chefia. Chamo isso de alinhamento: quando as pessoas se unem por um objetivo por meio da contribuição de todas as partes e consenso para se chegar ao melhor resultado", diz Anna Zaharov. A coach diz ainda que também é necessário aprender a pedir o retorno do chefe sobre o desempenho do colaborador e saber aproveitar a avaliação. "Se o retorno vier de forma grossa ou mal educada, o subordinado não deve levar para o lado pessoal e resguardar-se emocionalmente", avisa.

4. Evite o papel de vítima
Ver novamente aquela promoção escapar por entre os dedos e ser dada ao colega que nem é tão capaz assim pode mexer com a autoestima de qualquer um. Mas, ainda assim, é melhor evitar o papel de vítima. “Cansei de ouvir coisas como ‘meu chefe não vai com minha cara’ ou ‘essa empresa é uma porcaria’. A vítima não assume as decisões e posturas que toma e sempre coloca a responsabilidade pelas coisas ruins em cima de alguém ou de uma circunstância. Se você percebeu que as situações ruins se repetem e não mudam, quem tem de mudar de alguma forma é você”, conta Anna Zaharov.

5. Perceba quando é hora de mudar de função ou empresa
Se depois de algum tempo, as coisas não caminharem na direção do planejamento feito pelo profissional para sua carreira, talvez seja hora de procurar outro departamento ou função, caso queira permanecer na companhia. Mas para fazer isso, é necessário o respaldo do chefe atual. "Não se ofereça sem antes falar com ele, pois há o risco de se queimar”, diz Anna Zaharov. Outra alternativa é procurar outro emprego no mercado estando colocado. Quem pede demissão e fica em casa perde a autoestima em um mês. Além disso, é preciso ter uma muita energia para fazer entrevistas. "E, hoje em dia, com três meses fora do mercado você está desatualizado”, diz Anna. Em se tratando de mudança de companhia, a melhor hora  é quando estamos felizes. Renato Bagnolesi, sócio da Robert Wong Consultoria Executiva, empresa de recrutamento, explica que é quando estamos bem empregados que nosso poder de barganha é maior. "Você não vai se deixar seduzir por uma oferta qualquer", diz.

6. Rede contatos profissionais tem de ser cultivada sempre
Todos sabem da importância de se ter uma boa rede de contatos profissionais para conseguir boa colocação no mercado. Porém, é muito comum descuidar-se dela quando se está em um momento positivo na carreira. Muitos só recorrem a esse instrumento quando estão sem emprego ou querem mudar de empresa rapidamente. “O resultado é que dificilmente se consegue algo de uma relação que não foi construída ao longo do tempo. Isso tem de ser alimentado com trocas de informações constantes e de interesse mútuo”, diz a coach Anna Zaharov.

7. O ambiente deve permitir que seu talento flua naturalmente
De nada adianta o profissional ter muita capacidade e dons, mas trabalhar em uma companhia cujos valores não estão de acordo com os dele. Renato Bagnolesi argumenta que talento depende de contexto, e que o funcionário precisa se sentir encaixado e em concordância com o ambiente da empresa, com capacidade de respeitar sua cultura. Bagnolesi define a cultura da empresa como uma espécie de cola que une todas as pessoas que trabalham ali. "É preciso aderir naturalmente, caso contrário o colaborador será excluído”, diz. O recrutador cita como exemplo o caso de pessoas muito criativas e cheias de iniciativa que entram em empresas muito hierarquizadas, onde é preciso pedir autorização para tudo. "Ele pode virar um funcionário medíocre”, diz. Ele recomenda que as pessoas investiguem para saber o máximo sobre as companhias em que vão trabalhar antes de assinarem o contrato de trabalho.

8. Especialistas devem aprender com generalistas e vice-versa
Essa é uma dúvida comum principalmente de quem sai da faculdade: tornar-se especialista e referência em determinado assunto ou abrir-se ao conhecimento em várias áreas? Segundo a coach Anna Zaharov, o mercado quer pessoas que tenham conhecimento profundo. Assim, é importante ter uma marca registrada, se destacar em algo, cultivar um talento que seja único e isso inclui habilidades pessoais como liderança e jeito de se relacionar com as pessoas. Mas todo profissional precisa ter a visão do todo, do processo no qual está inserido. Aqueles que se especializam em algo, tornam-se referência e se destacam, mas correm mais riscos porque algumas funções desparecem do dia para a noite. Um exemplo são aqueles especialistas que trabalhavam com filmes fotográficos. O headhunter Marcelo Cuellar aconselho aos especialistas que conheçam um pouco mais sobre outros assuntos relacionados à área de atuação, e aos generalistas que se aprofundem em algo de que gostem mais. "Ser um pouco dos dois é o melhor hoje em dia”, diz.

9. Mais do que gostar, ame aquilo que faz
A regra número um dos profissionais bem sucedidos pode parecer óbvia. Mas é fato que muitos profissionais não sentem o menor prazer em exercer seu trabalho. Ir para a empresa pode se tornar uma tortura para funcionários de qualquer nível e esse desgosto, em algum momento, vai ser identificado por subordinados e chefia. “A melhor profissão é aquela que você exerceria até de graça", afirma Marcelo Cuellar. Se a pessoa se sentir assim ou, pelo menos, já souber a função que lhe trará esse nível de realização, com certeza vai ser bem-sucedida. "Não importa que você seja um músico, executivo ou artista de circo. Se você gostar muito do que faz, vai ter sucesso”, diz Cuellar.

10. Pense bem antes de fazer um curso
Apenas atuar em uma profissão de que se gosta não é o suficiente para transformar alguém em uma estrela na sua área de atuação. Marcelo Cuellar dá como exemplo o bem-sucedido Eike Batista. "É rico e parece que sempre consegue o que quer; mas para chegar lá estudou muito, entende de engenharia, de mineração, morou um bom tempo na Amazônia", analisa. Cuellar quer dizer que para ser o melhor no que se faz, é importante se dedicar”. Portanto, cursos de especialização e de línguas são importantes, mas fique atento à escolha. “Vale mais a pena se tornar fluente na língua do país onde fica a matriz da empresa do que fazer um MBA”, diz Anna Zaharov.

Por Cléo Francisco

Fonte: http://m.noticias.uol.com.br/empregos/ultimas-noticias/2012/04/02/conheca-dez-atitudes-que-ajudam-voce-a-se-desenvolver-profissionalmente.htm

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