Passo
a passo, como envolver as pessoas no processo de mudanças.
São estas as dez chaves para a
transformação, que funcionam em qualquer lugar,
a qualquer momento:
1.A
transformação começa com a consciência da necessidade de mudar.
Precisamos ter
consciência cada vez maior de onde estamos em relação a onde queremos estar não
podemos negar a necessidade de transformação ou o tipo de engajamento e esforço
que ela exigirá.
2. O passo seguinte é entrar num processo de "missões conjuntas", alinhando sua missão pessoal com a missão de sua organização.
2. O passo seguinte é entrar num processo de "missões conjuntas", alinhando sua missão pessoal com a missão de sua organização.
Esse processo de "juntar as missões" pode ser mais bem realizado por
meio do envolvimento e da participação, as pessoas têm de decidir por si só,
que impacto as transformações exercerão sobre elas e sua esfera de influência.
Quando seu pessoal compartilhar a mesma missão você terá um reforço natural na
cultura para ajudar a perpetuar as transformações.
3. Construa um senso de segurança interior.
3. Construa um senso de segurança interior.
Quanto menos segurança
interior as pessoas têm, menos elas conseguem adaptar-se à realidade
externa, elas precisam ter algum sentimento de
que a terra não irá se mover sob seus pés.
As
pessoas não irão mudar por conta própria a não ser que tenham
segurança interior, se aquilo que lhes dá segurança é algo que está fora delas,
elas enxergarão as mudanças como ameaças.
Precisamos de um sentimento de permanência
e segurança, viver sobre um chão sempre instável é como vivenciar um terremoto
todos os dias.
4. A seguir você precisa legitimar as transformações a nível pessoal
4. A seguir você precisa legitimar as transformações a nível pessoal
Se você oferecer às pessoas uma experiência de aprendizado profundo sobre ouvir
com empatia, por exemplo, no dia seguinte elas poderão fazer algo a respeito,
sem isso, elas se revoltarão.
Podem dizer, por exemplo:
"O que você está
tentando fazer?
O que há de errado com o nosso jeito?".
As pessoas
precisam reconhecer:
"Preciso de uma coisa que ainda não tenho", e
elas sabem que não vão conseguir essa coisa se apenas ficarem esperando por ela
e imaginando-a, é preciso proceder a uma mudança de mentalidade e de conjunto
de habilidades.
Para conseguir o que querem elas precisam pagar o preço em
termos de processo de desenvolvimento.
5. Assuma responsabilidade pessoal pelos resultados.
Executivos e
funcionários muitas vezes discutem a questão de "até que ponto esse
desenvolvimento deve caber à organização e até onde deve ir o papel e a responsabilidade
do indivíduo".
Acho que, em última análise, cabe ao indivíduo ser
competente., o indivíduo deve dizer: "Para mim, a organização é um
recurso, posso lançar mão desse recurso ou buscar outros. Se a organização
mostrar não ser um recurso para mim, então terei de adquirir o conhecimento, as
habilidades e o treinamento por conta própria".
Mas se olharmos o
treinamento do ponto de vista da direção da empresa, eu diria: "Sim, em
última instância o responsável é o indivíduo, mas precisamos criar um ambiente
que dê apoio a ele e fornecer alguns recursos que ajudem as pessoas a
desenvolver as competências de que precisamos para sermos
competitivos".
6. Enterre o velho.
6. Enterre o velho.
Freqüentemente é necessário haver um
"batismo" -- um enterro simbólico do corpo antigo para assumir um
novo corpo, nome, posição, lugar, linguagem e espírito, isso simboliza não
apenas a rejeição do que é velho, mas o fato de que você está construindo com
base no velho e avançando em direção ao novo.
Já vi isso ser realizado de
maneira muito bem-sucedida quando as pessoas se reúnem e enterram as práticas
antigas e toda a carga de culpa associada a elas, o processo se transforma num
momento de transição.
Em seu livro Passagens, Gail Sheeley escreve: "Como
a lagosta, nós também precisamos nos libertar de uma estrutura protetora a cada
passagem de uma etapa do crescimento para outra. Isso nos deixa expostos e
vulneráveis, mas também nos devolve a condição de embrião, que possibilita o
crescimento e nos capacita a nos esticar de maneiras antes
desconhecidas".
7. Abrace o novo caminho com espírito de aventura, o próprio processo de transformação precisa se transformar.
7. Abrace o novo caminho com espírito de aventura, o próprio processo de transformação precisa se transformar.
Em primeiro lugar, a organização precisa
ser centrada em leis naturais e princípios duradouros, não se pode transformar
um local de trabalho politizado numa cultura de qualidade, a não ser com base
em princípios, caso contrário não se terá o fundamento necessário para dar
suporte às iniciativas de reforma.
Os líderes centrados em princípios criam uma
visão comum e procuram reduzir as forças limitadoras.
Os líderes centrados nos
lucros freqüentemente tentam aumentar as forças motrizes, eles podem conseguir
implementar melhorias temporárias, mas elas criam tensões -- e essas tensões se
transformam em novos problemas, que por sua vez requerem novas forças motrizes.
À medida que as pessoas ficam cansadas e se tornam cínicas, o desempenho cai. O
gerenciamento por impulsos leva ao gerenciamento de crises.
8. Esteja aberto a novas opções.
8. Esteja aberto a novas opções.
As grandes transformações requerem um
espírito de aventura, já que você pisa em território desconhecido, vamos
começar tendo em mente a meta final.
O objetivo é que encontremos uma solução
melhor do que a que qualquer um de nós está propondo agora,não sabemos qual
será essa meta final.
É algo que precisamos encontrar junto, o que buscamos é a
sinergia, o fato de mantermos um espírito aberto nos dará mais imunidade ao
pensamento à base de dicotomias, o pensamento ou isso ou aquilo, assim, da
próxima vez que surgir um problema entre nós, poderemos buscar algo melhor --
uma terceira alternativa.
9. Busque sinergia com outros interessados no processo
9. Busque sinergia com outros interessados no processo
Outro dia eu
estava fazendo uma visita ao principal executivo de uma empresa, ajudando-o a
preparar um discurso importante no qual ele queria tratar dos "relacionamentos
deteriorantes" no interior de sua organização.
Sugeri a ele que
relacionamentos tensos muitas vezes são sintomáticos de males maiores no
interior da cultura -- males tais como o espírito de contenção e o espírito de
antagonismo na maneira com que as pessoas resolvem os problemas.
Mostrei ao
executivo como os hábitos de interdependência, empatia e sinergia representam
uma forma de lidar com questões difíceis e continuar mantendo bons
relacionamentos de trabalho. Ele disse: "Outro dia me encontrei com um
adversário e disse a ele: Vamos deixar que o espírito de sinergia seja o
espírito de nossa interação mútua, ele concordou e, nosso encontro teve bons
resultados! Fiquei muito satisfeito, mas agora já voltamos a nossas
posições antagônicas anteriores".
Quando não existe confiança suficiente
para uma sinergia, pelo menos se pode chegar a um meio-termo respeitoso.
Quando
a diversidade é apreciada surge lugar para a sinergia e, a sinergia cria
transformações.
Quando as pessoas se sentem compreendidas e valorizadas, elas
podem transformar-se a seu próprio modo em vez de mudar seguindo alguma norma,
algum clone ou algum mandado.
10. O fator-chave é o propósito transcendental
10. O fator-chave é o propósito transcendental
hoje em dia vivemos tão
soterrados debaixo de interesses particulares e especiais que não
compartilhamos um propósito transcendental.
Outro dia, quando me reuni com um
grupo de generais, observei que era muito mais difícil para eles afirmar sua
missão em tempos de paz do que em tempos de guerra, eles são muito mais
centrados quando têm um inimigo a combater.
Mas a maioria das batalhas
territoriais bloqueia as transformações, porque você fica preocupado demais em
proteger seus interesses especiais para poder ter o incentivo e a motivação
para se transformar, quando você enxerga o mundo em termos de "nós contra
eles", você entra num processo de transações, não de transformações.
Os
líderes efetivos "transformam" pessoas e organizações, promovem
transformações em suas mentes e seus corações, ampliam sua visão e sua compreensão,
esclarecem as metas, tornam os comportamentos congruentes com as crenças, os
princípios e os valores e implementam transformações permanentes, que se
autoperpetuam e cujo ímpeto é cada vez maior.
Stephen
R. Covey, escritor, professor e consultor organizacional, é também uma das maiores autoridades mundiais em liderança empresarial.
Site
do autor: www.stephencovey.com