O estresse é algo que faz parte de nosso mecanismo de
sobrevivência, de tal forma que, se não tivéssemos essa resposta fisiológica,
psicológica e comportamental frente às pressões do ambiente, a espécie humana
certamente já estaria extinta.
Essas alterações em nosso corpo e em nossa mente são uma
resposta absolutamente necessária para que possamos enfrentar perigos, obstáculos
e desafios.
Em condições normais, passada a situação de ameaça
externa, todas as alterações físicas e emocionais devem voltar ao estágio
anterior à ameaça, de forma que o nosso corpo e a nossa mente retornem
naturalmente a um estado de relaxamento para que o nosso organismo possa recuperar
o equilíbrio.
Todavia, se não houver essa alternância e o estresse se
tornar crônico, estaremos sujeitos a uma série de consequências negativas que
podem afetar drasticamente a nossa saúde e a nossa qualidade de vida. Podemos
lidar com problemas, tais como:
- Ansiedade, nervosismo, tensão e, em alguns casos,
insônia;
- Problemas cardíacos e acidente vascular cerebral,
dentre outras enfermidades circulatórias, oriundas do aumento da pressão
arterial e das gorduras como triglicérides e o LDL (“colesterol mau”);
- Desânimo, desmotivação e isolamento social que podem
levar à depressão;
- Maior propensão ao uso de tabaco, álcool e drogas em
geral;
- Redução das funções cognitivas, tais como a agilidade
mental, a memória, a atenção e a concentração.
E existe ainda um custo social do estresse…
Pesquisas do International Stress Management Association
revelam que no Brasil o custo do estresse chegou a 3,5% do PIB. Algo como R$ 33
bilhões ao ano em tratamentos e perda de produtividade.
Estudos mostram que as pressões do ambiente de trabalho
têm influenciado cada vez mais a aparição dos sintomas do estresse e que as
suas principais causas no mundo corporativo são:
- Ser gerenciado por um líder fraco ou incapaz;
- Carga de trabalho excessiva;
- Recursos e instalações inadequados;
- Fusões e mudanças que não levam em conta a preparação
prévia dos funcionários;
- Falta de conexão entre os valores pessoais e o trabalho
realizado;
- Fatores diversos de insatisfação profissional, tais
como falta de reconhecimento, problemas de comunicação, falta de clareza de
papéis e excesso de conflitos no ambiente.
Visto o grande impacto negativo do estresse e o seu
crescente aumento na população, vale a pena ficar atento aos seus primeiros
sintomas.
Sintomas psicológicos:
·
Ansiedade, angústia, nervosismo e
preocupação em excesso;
·
Irritação, medo, impaciência;
·
Problemas de concentração e de memória;
·
Desorganização;
·
Dificuldade para tomar decisões;
·
Cometer mais erros que o habitual;
·
Esquecimentos frequentes;
·
Sensação de perda do controle.
Sintomas físicos:
·
Problemas cardíacos e gastrointestinais;
·
Facilidade em ficar doente;
·
Alergias, asma e insônia;
·
Tensão muscular, mãos frias e suadas;
·
Dor de cabeça ou enxaqueca;
·
Problemas de pele;
·
Queda de cabelo anormal.
Caso sejam observados dois ou mais desses sintomas é
importante procurar um médico para que ele possa indicar o tratamento adequado.
Além disso, procure identificar e evitar a causa do
estresse.
E, enquanto isso, procure mudar de hábitos e incorporar à
sua rotina os dois maiores antídotos contra o estresse:
A prática regular de exercícios físicos e a meditação!
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