O sol já ia alto quando
ele, cansado, tirou o chapéu e limpou o suor que escorria pelo rosto. Apoiou o
braço sobre o cabo da enxada e se deteve a olhar ao redor por alguns instantes.
Ao longe podia-se ver a rodovia que cruzava as plantações e ele avistou um ônibus que transitava por aquelas imediações.
Imediatamente pensou consigo mesmo: vida boa deve ser a daquele motorista de ônibus. Trabalha sentado e sem muito esforço, conduz muita gente a vários destinos. Não toma chuva nem sol e ainda de quebra deve ouvir uma musiquinha para relaxar.
De fato, o motorista trabalha sentado e não está sujeito às intempéries.
Todavia, ao ser ultrapassado por um automóvel de passeio, o motorista do ônibus começou a pensar de si para consigo: vida boa mesmo deve ser a desse executivo, dirigindo aquele carro de luxo! Não tem patrão para lhe cobrar horários, nem tem que passar dias na estrada como eu, longe de casa e da família.
No entanto, logo à frente, o executivo pensava em como era difícil o seu trabalho.
As preocupações com os negócios, as viagens longas, as reuniões intermináveis,
o salário dos empregados no final do mês, os impostos, aplicações,
investimentos e outras tantas coisas para resolver.
Mergulhado em seus pensamentos, o executivo olhou para o céu e avistou um avião que cruzava os ares, e disse como quem tinha certeza: vida boa é a de piloto de avião.
Conhece o mundo inteiro de graça, não precisa enfrentar esse trânsito infernal
e o salário é compensador. Dentro da cabine da aeronave estava um homem a
pensar nos seus próprios problemas: como é dura a vida de piloto que eu levo.
Semanas longe da esposa, dos filhos, dos amigos. Vivo mais tempo no ar do que
no solo e, para agravar, estou sempre preocupado com as centenas de pessoas que
viajam sob minha responsabilidade.
Nesse instante, um ponto escuro no solo lhe chamou atenção. Observou atentamente e percebeu que era um homem trabalhando na lavoura.
Exclamou para si mesmo com certa melancolia: ah! como eu gostaria de estar no lugar daquele homem, disse o piloto de avião. Trabalhando tranquilamente em meio à plantação e ouvindo o canto dos pássaros, respirando ar puro, comendo produtos orgânicos e sem maiores preocupações!
E, ao final do dia, voltar para casa e abraçar a esposa e os filhos, jantar e
repousar serenamente ao lado daqueles que tanto amo. Isso sim é que é
uma vida boa!
CONCLUSÃO:
O problema não é que a profissão seja desinteressante, é que na maioria das vezes ela é executada por pessoas desinteressadas.
CONCLUSÃO:
O problema não é que a profissão seja desinteressante, é que na maioria das vezes ela é executada por pessoas desinteressadas.
Fonte: http://www.osmarcoutinho.com.br/mensagens.html
Boa lição. Isso é o que mais tem...pessoas, eternamente insatisfeitas.
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