Por mais liberal que seja o
seu ambiente na empresa, existem normas de comportamento que não
devem ser quebradas, para não correr o risco de queimar seu filme diante da
equipe e, em casos extremos, levar à demissão. Bater longos papos ao telefone
com a melhor amiga, usar minissaia no calor e beliscar um lanchinho no meio
da tarde. Esses hábitos parecem inofensivos, não? Nem sempre, principalmente
quando o lugar escolhido para colocá-los em prática é o ambiente profissional.
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Como a maioria de nós passa
grande parte do dia no trabalho, é natural que a informalidade tome conta das
situações e acabe fazendo a gente esquecer que existem algumas regrinhas
básicas das quais pode depender a saúde do nosso emprego. “A função das normas
de etiqueta é espelhar nos funcionários a qualidade dos serviços ou dos
produtos que a empresa oferece. Adequar- se a elas mostra comprometimento com a
companhia em que se trabalha e é determinante para decolar na carreira”,
explica a consultora de comportamento profissional, social e internacional
Maria Aparecida Araújo, da Etiqueta Empresarial (RJ).
1. Respeite a língua
portuguesa
Pode parecer bobagem, por isso
tanta gente deixa o assunto pra lá, mas dominar o português, tanto na oralidade
quanto para escrever emails, cartas e bilhetes, demonstra que você tem um nível
básico de educação e está preparada para transitar e se comunicar em situações
diversas. Ok, no dia-a-dia todo mundo comete deslizes com a língua, porém,
quando o assunto é trabalho, vale a pena dar uma polida no vocabulário, se
policiando para não abusar das gírias, e retomar as lições de ortografia e de
gramática quando surgirem dúvidas. Uma dica é manter em um canto da mesa um
dicionário e um manual de língua portuguesa – verdadeiros guias na hora de
redigir textos.
2. Maneire na lei de Gérson
Tem gente que realmente faz do
escritório sua segunda casa e passa a utilizar toda a infra estrutura do lugar
– impressora, telefone, fax, copiadora – para solucionar pendências da vida
particular. Cuidado: uma vez ou outra, tudo bem. O problema é o exagero. “É
falta de educação e de ética. O ideal é resolver essas coisas fora do trabalho.
Mas, se for algo urgente, o melhor é pedir autorização antes e se oferecer para
reembolsar as despesas no fim do mês”, ensina a consultora de etiqueta Doris
Azevedo (SC). Ela acrescenta que, caso seja a chefe, aí, sim, cabe a você dar o
exemplo.
3. Guarde seus segredos
Não tem jeito. Equipe de
trabalho em pouco tempo acaba virando uma espécie de família e, de repente, a
gente está participando da vida pessoal do colega, dando palpite, pedindo
opinião. Isso faz parte da tentativa de humanizar o ambiente de trabalho, está
certo, porém tudo tem limite. Alugar o colega para contar aquele sonho com o
seu ex-namorado, uma fofoca, uma piada ou revelar detalhes do seu último encontro
amoroso é condenável, a menos que tenha sido questionada a respeito ou seja o
assunto da vez. Esse tipo de atitude faz de você um tipo de personagem – do mal
– no escritório. O melhor é deixar o papo pra hora do almoço ou do café e,
claro, captar se a sua companhia está interessada na conversa.
4. De olho no visual
Cada lugar tem seu próprio
grau de tolerância quanto ao modo como as pessoas se vestem, mas é legal
exercitar o bom senso para não ficar mal na fita com os outros.
“A embalagem que mostramos na
empresa precisa ser coerente com a função que exercemos e nos ajuda a compor a
imagem que esperamos que tenham da gente”, destaca a jornalista Inês de Castro,
autora do livro A moda no trabalho (Ed. Panda Books). As regras
costumam ser mais rígidas em grandes companhias e para quem visita clientes com
frequência, porém algumas são universais, como evitar decotes, minissaias e
vestidos curtos, transparências, barriga de fora, trajes justos. Perfume também
é questão de etiqueta, não exagere!
5. Lugar de comida é no
refeitório
Quem é que nunca teve um dia
daqueles em que é impossível parar para almoçar de tanta coisa pra fazer?
Nessas situações, o jeito é pedir um sanduíche com suco e comer ali mesmo, na
frente do computador, entre a leitura de um e-mail e outro, certo? Errado.
Afinal, além de pouco saudável, o hábito não pega bem. Imagine se o chefe passa
bem naquela hora e pega você de boca cheia, espanando as migalhas da roupa? Por
mais corrido que esteja o dia, deixar o seu posto por uns minutinhos para ir ao
refeitório ou até mesmo sair para um lanche rápido certamente não vai fazer
você perder o dia nem o cliente. Isso também serve para aquele café com
biscoito no meio da tarde.
6. Não deixe o celular falando
sozinho
Num tempo em que telefone
celular virou praticamente uma extensão do nosso corpo (e estão cada vez
menores), não existe desculpa para desgrudar dele – pelo menos durante o
horário de serviço. Assim vai evitar que ele atrapalhe os colegas no caso de
tocar quando você não estiver por perto. “Se tiverem uma daquelas músicas fofas
ou toques altos, pior ainda. Uma alternativa para não precisar carregar o
aparelho para todo lado é mantê-lo sempre no modo silencioso”, sugere Doris Azevedo.
E para quem acaba tendo que aturar o telefone que toca sem o dono por perto,
deixe tocar. Celular é artigo pessoal e intransferível. Por mais incômodo que
seja de vez em quando, não convém atendê-lo em nome de outra pessoa.
7. Obedeça os horários
Antes de aceitar a oferta do
seu emprego atual com certeza você foi informada do horário que teria que
cumprir, assim como dos benefícios a que teria direito e do salário que iria
receber, não é? Pois então, respeitar hora de entrada e de saída não é nada mais
do que um dever seu. Cada organização tem sua dose de rigor quanto à
pontualidade, o importante mesmo é cumprir a carga horária estabelecida. O que
não quer dizer que não vai sobrar tempo para ir ao dentista, à manicure ou àquele
curso de especialização. É possível, sim, negociar horários alternativos em
função de eventualidades e, desde que a mudança seja comunicada com
antecedência e submetida à aprovação de um superior, está liberada.
8. Rede do bem
Nem todo mundo aprendeu a usar
o e-mail com bom senso. O primeiro passo é abrir uma conta pessoal e outra para
assuntos da empresa. Não fica nada bem receber mensagens indesejadas na sua
caixa profissional. Aliás, piadas, correntes e simpatias ficam proibidas de ser
repassadas para endereços profissionais, a menos que a pessoa peça.
No livro Net.com.classe (Ed. Melhoramentos), a consultora de etiqueta
Claudia Matarazzo diz que deixar de responder correspondências é falta de
educação. O retorno deve ser dado em, no máximo, 48 horas.
Por Márcia Di Domenico
Fonte: http://www.rhconnect.com.br/portal/oito-regras-etiqueta-trabalho
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