sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Reflexão de Vida

Recentemente estive refletindo: a partir de que momento começamos a ser preparados para o mercado de trabalho? E chego à conclusão que esse processo começa no primeiro dia de vida, quando saímos de um ambiente seguro para um mundo desconhecido. Passamos, então, por um processo de adaptação, onde somos estimulados a desenvolver todos os nossos sentidos. Nossos pais já têm a preocupação em fazer com que no primeiro ano de vida já possamos nos alimentar sozinhos, caminhar e falar. Começa nossa independência.

A partir desse primeiro ano passamos a nos preparar para o processo de alfabetização e socialização, seja através de uma escola ou em casa. No processo escolar, a socialização tem um papel fundamental no desenvolvimento das lideranças, do trabalho em equipe e da administração de conflitos. O professor faz um papel de mediador, o que nos faz lembrar as semelhanças com o mercado de trabalho. O interessante é que, nesta idade, algumas perguntas surgem para essas crianças, como: o que você quer ser quando crescer? E a resposta vem sempre associada à profissão dos pais, um parente mais próximo, o ambiente em que está inserido, ou até mesmo, estimulada pela mídia.

Mas ainda é cedo para falar de profissão. Essas crianças estão entrando em uma nova etapa da vida, onde o conhecimento será passado de forma contínua e a cobrança será sempre por bons resultados, onde os melhores terão destaque, começando um processo natural de seleção entre eles. As lideranças despontam de forma natural, por indicação do próprio grupo. Ao final dessa formação, os já adolescentes têm uma boa idéia do que acontece no mundo e no mercado de trabalho. A atual velocidade da informação e sua disponibilidade são fatores que contribuem para as futuras escolhas profissionais.

Com tão pouca idade, já colocamos uma carga de cobrança nesses adolescentes. As responsabilidades aumentam com a preparação para o vestibular, ou mesmo o ingresso em um curso técnico que, muitas vezes, não foi opção dele, e sim, vontade dos pais. Durante esses anos de formação, a busca por informações sobre as melhores profissões e onde estudar fazem parte do cotidiano. Mas as escolhas nem sempre são certeiras, na primeira vez. Às vezes, são necessárias várias tentativas, até o ingresso na universidade e no curso desejado.

Independente de qual rumo que a carreira seguir, fica claro que isso depende tanto de sua formação acadêmica, quanto de sua formação pessoal. Por isso, é importante que todos sejam estimulados desde cedo, da maneira correta, a conhecer o mercado de trabalho e tudo que cerca a vida de determinado tipo de profissional, se esta o seduz. Os pais e educadores precisam ter consciência de que os jovens devem ter uma escolha saudável, sem pressões ou imposições sobre a carreira que devem seguir. Para isto, é importante que eles mesmos busquem e forneçam os dados sobre a profissão que interessa ao jovem, levando-o para conhecer um profissional da área que possa lhe mostrar como é o seu dia-a-dia no trabalho, por exemplo. Quanto mais informações relevantes forem disponibilizadas às crianças e adolescentes, mais chances eles terão de obter sucesso em sua opção profissional quando adultos.

Werther Chiarini Neto - Diretor de Unidade Santa Catarina


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