quinta-feira, 7 de agosto de 2014

O que podemos fazer?

Em Brasília, a corrupção está correndo cada vez mais solta.

A educação está arruinada. A saúde pública está falida.

Não há segurança. A desigualdade social atinge níveis absurdos.

O Brasil não tem projeto para o futuro e a esmagadora maioria da população parece não ter consciência da realidade do nosso país.

E, enquanto os colarinhos brancos surrupiam o patrimônio público, o povo sorridente balança as nádegas ao ritmo do funk.

É natural que aqueles que sonham com um país mais justo e que têm a esperança de ver um Brasil de oportunidades para todos se sintam impotentes diante de tão sombria situação.

É natural que eu, você e todos aqueles que não se conformam com tanto descaso, com tanta bagunça e com tanta falta de vergonha daqueles que deveriam cuidar do interesse coletivo nos façamos a mesma pergunta.

Uma pergunta angustiada, sofrida e quase sem esperança: “O que podemos fazer?”

Você, eu não sei.

Os outros, eu também não sei.

Mas, eu sei o que “eu” vou fazer.

Eu vou fazer a minha parte. Fazer o que estiver ao meu alcance para defender valores como a liberdade, a justiça e a igualdade.

Ainda que a caminhada para a construção de um país melhor pareça muito longa, quero dar os passos que eu puder dar.

E quando tentarem me convencer de que o que eu faço é muito pouco, vou fazer a única coisa sensata: fechar meus ouvidos, calar minha boca e continuar fazendo o meu pouco, sabendo que ele é infinitamente melhor e maior do que o meu nada.

Ainda que tentem me convencer de que fazer o certo seja besteira ou não valha a pena, quero me esforçar para não desistir de uma importante  missão: deixar um exemplo de honra, de dignidade e de honestidade aos meus filhos, netos, sobrinhos e a todas as crianças que fizerem parte da minha vida.

Sempre que eu puder, vou tentar convencer cada homem e cada mulher de que não há maior riqueza no mundo do que uma consciência tranqüila. E não me cansarei de repetir que a felicidade não está naquilo que compramos ou consumimos e sim na nossa capacidade de dar valor àquilo que temos.

Aos jovens, de idade e de coração, não me cansarei de repetir que sonhar é possível, absolutamente possível, desde que façamos a escolha de perseguir os nossos sonhos com coragem e comprometimento. Desde que assumamos a responsabilidade por nossas vidas.

Mesmo que, por agora, eu não possa destituir toda essa corja que mente, engana e rouba o povo brasileiro, não deixarei de acreditarei que o Brasil ainda será liderado por pessoas dignas e honestas.
Ainda que o que eu faça seja pouco, não deixarei de acreditar que eu posso fazer a diferença.

Que nós podemos fazer a diferença.

Ainda que não sejamos professores, temos a oportunidade de ensinar àqueles que sabem menos, acreditando que educar é uma via de mão dupla.

Ainda que não sejamos médicos, podemos amparar àqueles que sofrem, acreditando que tratar as pessoas com dignidade não custa um centavo sequer.

Ainda que não sejamos engenheiros, podemos construir um novo futuro, acreditando que a base de um país começa nos valores das famílias e das comunidades.

E ainda que sejamos apenas nós mesmos, podemos ter orgulho de ser quem somos e procuramos ser melhores a cada dia, afinal “somos brasileiros e não desistimos nunca”.

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