O fim do ano se aproxima e a sensação de cansaço
cresce para muitos profissionais. Aliada à contagem regressiva para os dias de
folga entre dezembro e janeiro, a exaustão torna as horas do expediente mais
longas e faz do relógio um grande inimigo corporativo.
Para piorar este quadro, em muitas empresas agora é
hora de garantir que as metas do ano sejam superadas e os resultados entregues.
Mas por que muita gente se sente assim? O que estamos fazendo de errado e como
fazer para manter o pique durante o ano inteiro?
Para tentar responder a essas perguntas, EXAME.com
consultou César Kaghofer, um dos representantes da Dale Carnegie no Brasil.
Confira 4 motivos que fazem sua energia se esvair no fim do ano, e como
reverter este quadro, segundo o especialista.
Você acha que tem 12 meses para bater as metas
Não, você não tem 12 meses. A menos que queira trabalhar durante os seus 30 dias de férias, lembra o especialista. "As pessoas dividem o ano em 12 e se esquecem de que na verdade são 11 meses", diz Kaghofer.
Não, você não tem 12 meses. A menos que queira trabalhar durante os seus 30 dias de férias, lembra o especialista. "As pessoas dividem o ano em 12 e se esquecem de que na verdade são 11 meses", diz Kaghofer.
Esse erro de cálculo, na opinião do especialista,
explica porque nesta época as pilhas de papéis crescem quase que em progressão
geométrica nas mesas de muitos profissionais. "As coisas acabam se
acumulando e quanto mais eu tenho por fazer, mais eu sofro com isso", diz.
Dica: Planeje o próximo ano de trabalho levando em consideração que terá um mês de férias. "As pessoas precisam aprender a administrar o tempo e planejar metas lembrando que não são 12 meses e sim 11", recomenda Kaghofer.
O expediente aumenta, mas a produtividade não
Brasileiros dedicam mais horas ao trabalho do que a
população da maioria dos países ricos, de acordo com informações da Organização
Internacional do Trabalho e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE).
Enquanto a média por aqui é de uma jornada semanal
de 44 horas, os alemães por exemplo trabalham 38 e são quatro vezes mais
produtivos do que nós. "A dificuldade em organizar o tempo, administrar as
pessoas e delegar tarefas faz com que as pessoas precisem passar mais horas no
escritório", diz Kaghofer.
Dica: "Produtividade não é trabalhar mais, é
trabalhar melhor", diz o especialista. Portanto evitar distrações
desnecessárias e organizar o seu expediente para que tudo seja feito dentro do
período regular vai evitar que você precise passar a noite trabalhando. Segundo
estudos de ciência cognitiva, o ser humano demora em média 15 minutos para
restabelecer a concentração após uma interrupção.
Você não organiza sua saída de férias
Você não organiza sua saída de férias
As férias chegando e nada de você organizar este
período. A dificuldade aí é delegar e negociar. "Falta nas pessoas essa
capacidade de organizar o período de ausência", diz Kaghofer.
A consequência é que ou você trabalha como um louco
para dar conta de tudo antes das férias - e fica exausto por isso - ou você não
sai,você "foge" de férias, deixando o problema para depois. "Há
pessoas que quando faltam apenas alguns dias para retornar das férias, já
começam a sofrer, lembrando de tudo que está acumulado na mesa de tabalho",
diz Kaghofer.
Dica: "Ao sair de férias deixe tudo
encaminhado, e isso exige habilidade de negociação com os colegas",
recomenda o especialista. Negocie, delegue. Lembre-se, uma postura
centralizadora pode ser exaustiva.
Algo no trabalho não vai bem
Cansaço e falta de energia são mais poderosos
quando o trabalho não nos dá prazer. Tudo bem que trabalho não sinônimo de
diversão o tempo todo, mas é igualmente verdade que momentos de felicidade são
mais do que necessários durante o expediente.
"As pessoas que passam a semana inteira
ansiando pelo fim de semana e o ano inteiro esperando as férias não estão muito
felizes com o trabalho", diz o especialista.
Dica: Investigue os sinais de que talvez você esteja no emprego errado. "O profissional pode estar no trabalho errado ou não estar administrando bem ele", diz Kaghofer.
FONTE: REVISTA EXAME
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