terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O desafio da execução - Luiz Marins


Fazer com que o planejamento seja executado, as metas atingidas, a visão, as crenças e valores tornarem-se realidade concreta, é hoje o grande desafio dos dirigentes principais de qualquer organização. “As idéias, planos e projetos ficam no papel”, disse-me um presidente. 

As pessoas parecem sentir um grande prazer em dar idéias inovadoras e propor projetos mirabolantes. Mas, não têm o mesmo entusiasmo em executar essas idéias em seus detalhes até que elas apresentem resultados concretos. Para a maioria das pessoas, executar é uma coisa menor, enfadonha, que deve ser “delegada” aos escalões inferiores. 

Essa é a razão pela qual as coisas não acontecem, os projetos não saem do papel e vivemos nos enganando todos os dias com idéias novas e novos projetos. 

Os dirigentes, em todos os níveis, precisam envolver-se direta e pessoalmente na execução dos projetos e atividades de suas organizações. Isso não significa que devam perder-se nos detalhes, mas sim que devem estar totalmente comprometidos com a execução em todos os seus detalhes. 

Na verdade, é preciso ter menos idéias e mais execução. De nada adianta ter-se um número enorme de projetos se eles não são executados com o necessário cuidado e atenção para que possam mostrar seus efetivos resultados. 

Quando visito empresas, costumo perguntar aos dirigentes sobre alguns detalhes dos projetos que eles dizem estar em andamento e vejo que pouco sabem dos detalhes da operação, do que de fato está acontecendo, quais os problemas, quais os resultados parciais , quem são as pessoas envolvidas, etc. 

Outro dia um presidente me disse estar decepcionado com sua diretoria que, segundo ele, não lhe entregou os lucros que haviam prometido. Quando perguntei a ele o que ele havia feito durante esse tempo todo, ele não teve outra resposta a não ser dizer que tinha esperado pelos resultados, sem, de fato, envolver-se pessoalmente na execução. Um chefe não pode ficar esperando que seus subordinados o entreguem os resultados. Ele deve garantir que seus subordinados façam tudo o que deve ser feito para que os resultados sejam atingidos. 

Sem comprometerem-se com a execução, os dirigentes serão sempre surpreendidos quando as coisas não acontecem e os resultados não ocorrem. Ao envolverem-se diretamente na execução eles saberão se as pessoas certas estão nos lugares certos e se têm as condições básicas de operação para fazer as coisas acontecerem. 

Veja se você, como encarregado, supervisor, gerente, diretor ou presidente de uma organização está diretamente comprometido com a execução das idéias e projetos de sua empresa ou se está distante, alheio, esperando os resultados que sabe, desde já, que não virão. 

Pense nisso. Sucesso! 
 

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