domingo, 2 de janeiro de 2011

Processos seletivos podem demorar meses; é preciso ter calma

Iniciar as atividades em um novo emprego pode ser desafiador e motivar muita gente, mas o ato da procura em si não chega a ser tão animador assim. Mandar currículo, aguardar ligações, fazer entrevistas, dinâmicas - tudo isso deixa a maioria muito ansiosa e alguns até estressados.


Não é para menos, estar o tempo todo à espera de uma resposta positiva e uma boa notícia é, para os mais ansiosos, um tormento.


Mas nem tudo é tão simples quanto imagina um candidato em busca de emprego. Os processos seletivos são trabalhosos e escolher o profissional ideal para uma posição pode demandar mais tempo do que a pessoa quer esperar.


Seleções de até dois meses

A consultora da DMRHGlenda Moreira, explica que o processo para uma vaga de especialista na consultoria, inicialmente, demoraria 18 dias úteis para ser fechada. Mas, na prática, isso fica difícil de acontecer. “Nós dependemos de vários aspectos para conseguir fechar uma vaga. Se o cliente (empresa contratante) consegue me atender prontamente a qualquer dúvida ou alinhamento que eu precise no meio do processo, ótimo, eu consigo cumprir esse prazo. Agora, se tenho uma reunião desmarcada, ou o candidato não está em São Paulo no dia da entrevista, por exemplo, já não consigo cumprir o prazo inicial”, explica Glenda, que diz que esses contratempos são comuns.



Segundo a presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos, ABRH - NacionalLeyla Nascimento, o tempo médio, considerando as diferentes exigências de empresas de acordo com cada vaga, é um mês - podendo ter o tempo dobrado em vagas mais complexas. Esse tempo é resultado das exigências cada vez maiores das organizações, mesmo em posições operacionais.


 “A dificuldade está em todos os níveis frente às novas exigências do mercado de trabalho. Não são analisadas somente as competências técnicas, mas também as pessoais, boa fluência verbal, comunicação e capacidade de aprendizado, entre tantas outras”, afirma Leyla.


Enquanto espera…

Se você está procurando um emprego, prepare-se para a espera, ela vai fazer parte do seu processo. Mas, você também pode ter informações enquanto não tem uma resposta final da empresa. Glenda afirma que não há problema algum em o candidato ligar para perguntar sobre o andamento da selação, aliás, isso é absolutamente normal. 



“Passadas três semanas da entrevista, não há problema algum o candidato ligar para saber o status da vaga que está concorrendo. Claro que se ele ligar todos os dias vai demonstrar ansiedade e pode até se prejudicar no processo, mas conversando uma vez por semana, após um tempo, não tem problema algum”, garante a consultora.


Isso porque, segundo Glenda, muita coisa pode acontecer durante um processo seletivo. “Eu posso conversar com meu cliente sobre aquele perfil e guardar para uma próxima entrevista. Podemos mudar um pouco o foco da vaga e para esse novo escopo ele não ter mais tanta compatibilidade, enfim, são muitas as variáveis, por isso, após três semanas é o tempo ideal para entrar em contato, caso a empresa ainda não tenha feito isso”.


Sua contribuição

Para a presidente da ABRH - Nacional, o candidato pode ajudar no processo de seleção. “Saber colocar para a empresa as suas habilidades e as reais competências e capacidades pode ajudar muito num processo”, aponta. “Mesmo que não seja aprovado no processo final, ele será lembrado para outras oportunidades”.



Glenda complementa essa opinião. “Não há nenhum profissional totalmente fora do perfil, porque fazendo um processo posso perceber que ele não está no perfil daquela vaga, mas pode ter as características importantes para outra oportunidade. Costumo dizer que o profissional que faz direitinho sua lição de casa, isso é, estuda, se aprimora, busca melhorar, nunca estará fora do perfil - sempre vai ter uma oportunidade com as competências atendidas por ele”.


Então, a dica é ter calma e tranquilidade para expor suas competências e habilidades, esperar o tempo de um processo, que pode não ser tão rápido assim, e não cessar as buscas por um novo emprego.


Fonte: http://rheal.com.br/blog/?paged=5

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