Trilhar uma nova
trajetória profissional dentro da própria empresa pode ser uma boa opção de
carreira, de acordo com especialistas; veja como conseguir conquistar isso.
“Não se pode percorrer
duas vezes o mesmo rio”. A frase atribuída ao filósofo Heráclito não poderia
expressar melhor a dinâmica da vida, dos relacionamentos e (por que não?)
da carreira.
Como ele afirma, tudo está sujeito a transformações – e nossos planos e decisões
profissionais não estão imunes a esta sina.
Talvez por conta
disso, nos últimos tempos, as empresas passaram a encarar mudanças de
carreira internas de uma maneira mais tranquila e,
algumas vezes, mais organizada. As políticas de job rotation, típicas de muitos
programas de trainee, são um exemplo claro disso.
E as pessoas
começam a acatar esta tendência. De acordo com pesquisa recente da Michael Page,
23% dos profissionais brasileiros planejam se movimentar dentro da própria
empresa este ano. Em 2012, apenas 11,9% tinham o mesmo objetivo.
Se a empresa em que
você trabalha atualmente é excelente na área que você deseja atuar e, principalmente,
é coerente com a sua cultura e valores (em outros termos, você gosta de
trabalhar por lá), mudar de carreira dentro desta estrutura já conhecida pode
ser a decisão mais acertada. “Quando você já sabe o ‘jeitão’ da empresa é meio
caminho andado”, diz Marcelo Cuellar, headhunter da Michael Page.
Independente do
local onde você arriscará os primeiros passos neste novo percurso profissional,
o que importa é manter-se coerente com seus propósitos. “O seu plano deve ser
sempre o plano A”, diz Mariá Giuliese, da Lens & Minarelli. “A coisa mais
difícil é descobrir o que se quer profissionalmente. A hora que descobre, tem
que correr atrás”. Veja como:
1.Investigue suas motivações
O que, de fato, está por trás da sua decisão de mudar de carreira? Se a
resposta não estiver atrelada à ideia de vocação, sinal vermelho. Problemas de
relacionamento no departamento atual ou possibilidade de ter uma remuneração
maior, entre outros, não são justificativas sustentáveis para fazer uma mudança
tão drástica.
Afinal, conflitos, quando não resolvidos, podem se repetir em qualquer outro
ambiente. E, salário, bem, basta surgir a primeira demanda extra para você
perceber que ele não é suficiente ou sinônimo de passaporte para a felicidade
no trabalho.
“Você tem que olhar para seu perfil profissional e ver em qual área faz
mais sentido atual”, diz Karin Parodi, do Career Center. “Não é só vontade, tem
que ter o perfil”.
2.Detecte suas lacunas
Concluir que suas
razões são justas não é o bastante. É preciso fazer um mergulho mais técnico
para dentro de si para checar o que ainda falta para responder às demandas da
carreira em questão.
3.Preencha as lacunas
Diante do que
falta, crie um plano de ação estratégico de desenvolvimento. Cursos, workshops
e até trabalhar de maneira voluntária em um projeto ligado ao setor que você
mira contam pontos na equação final para ser escolhido para a vaga.
4.Invista em vínculos
Relacionar-se com
as pessoas do departamento que você mira é fundamental. E não apenas porque
elas podem se lembrar de você quando uma oportunidade surgir. Ao manter um
vínculo ativo com elas, você pode ganhar uma visão mais exata (e menos iludida)
da área em questão – fato que pode confirmar (ou não) sua decisão e ajudar na
estratégia para conquistar o emprego.
5.Converse com seu chefe
De acordo com
Mariá, definitivamente, não vale a pena passar por cima do seu chefe e queimar
sua reputação logo de cara. Converse com ele e sinalize suas intenções. Muna-se
de justificativas para isso. Repita o procedimento com o setor de recursos
humanos da empresa. Se surgir uma oportunidade, há chances de eles se lembrarem
de você.
6.Crie pontes
Na hora que a
oportunidade surgir, lembre-se de não colocar no ostracismo (ou na lixeira)
toda a experiência profissional que você acumulou até aqui. Por mais diferente
que seja da nova trilha, tudo o que você viveu na antiga pode contribuir para o
seu crescimento profissional. Só é necessário ter a mente aberta para fazer
estas relações, por vezes, improváveis.
Fonte: http://www.rhbancos.com.br/dicas_do_site.asp?x=s&m=1&codigo=494
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