Por
que fazemos cada uma das coisas que fazemos todos os dias?
Comprar algo, ler um
livro, assistir um determinado filme, comer um alimento específico, trabalhar
em alguma atividade, dormir de um jeito, conversar com alguém, estudar um
assunto, etc.? Parece uma pergunta óbvia para a qual todos nós deveríamos ter a
resposta. No entanto, frequentemente não temos.
A
importância de pensar sobre cada ação que adotamos em nossas vidas, mesmo nos
horários de lazer, é que quando tomamos consciência de nossos atos, damos
significado a eles e assumimos a nossa responsabilidade para conosco e com o
mundo. A vida é o que fazemos e não o que acontece com a gente. Quando não
somos conscientes, somos vítimas e, ao mesmo tempo, assassinos: de tempo,
dinheiro, qualidade de vida e desenvolvimento pessoal.
Por
exemplo, recentemente parei para pensar porque eu assistia determinadas séries
americanas e me dei conta que várias delas nada acrescentavam ao meu
crescimento ou bem-estar e que, na realidade, eram assassinas do meu tempo – em
outras palavras, elas não valiam as horas que eu “perdia” com elas. Por outro
lado, outras são excelentes para mim, ampliando em algum grau as minhas
reflexões sobre o mundo e sobre mim mesma.
A
regra é simples e vem da física básica: toda ação provoca uma reação.
Tudo o
que fazemos, por menor que seja, transforma o mundo ao nosso redor, que nos
transforma de volta. Os budistas chamam isso de karma e prestam muita atenção
ao cria-lo a cada momento, pois isso determinará a sua felicidade futura.
Outros chamam de “lei da retribuição”. As religiões que acreditam em
reencarnação têm essa filosofia bastante enraizada em suas diretrizes, mas
acredito que, independente da fé que você pratique, agir conscientemente é
essencial para o desenvolvimento de uma vida produtiva e feliz para você e para
tudo ao seu redor.
Conforme
agimos mais conscientemente, passamos a nos conhecer melhor e a ser mais
sustentáveis. Quando penso deliberadamente em cada “porque” de cada ato meu,
analiso a minha essência e as motivações pelas quais ajo. Existe uma máxima que
diz que “a raiz de toda mágoa é a expectativa”, assim, se não nos conhecemos,
temos expectativas erradas tanto em relação a nós mesmos quanto aos outros.
Além disso, quando nos conhecemos, sabemos melhor o que queremos no mundo e
passamos a agir para atender as nossas verdadeiras necessidades (e não as dos
outros, as expectativas dos outros).
A partir daí, tendemos a parar de consumir
tudo o que não nutre verdadeiramente a nossa felicidade:
coisas, informações,
alimentos, relacionamentos, enfim, tudo. Isso é uma das principais
consequências dos nossos atos conscientes e contribui significativamente para a
sustentabilidade do mundo e da nossa alma nos permitindo entrar em alinhamento
com o nosso verdadeiro “ser”.
Conforme
vivemos, mudamos ao longo do tempo, e por isso, é essencial fazer essa checagem
sempre, sob o risco de continuarmos a fazer coisas que só faziam sentindo no
passado, mas que não precisamos/queremos/gostamos mais.
O que é bom e natural
para uma criança, não é para um adolescente ou para um adulto.
Temos que mudar
todos os dias para continuarmos a ser nós mesmos, e, nesse processo, quando
temos consciência das nossas ações, elas contribuem para esse desenvolvimento
ao invés de atrapalha-lo. Se continuarmos a fazer as mesmas coisas sem pensar,
podemos estar inconscientemente nos sabotando.
Assim,
desejo que 2015 te leve para o futuro em uma viagem de auto conhecimento e
consciência dos seus atos e que para cada um deles você seja capaz de
responder: “porque você faz o que você faz, a cada instante?”.
Como
já dizia Confúcio, “Onde quer que você vá, vá com todo o seu coração”. Isso
muda tudo!
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