Começo o artigo de hoje, chamando a todos para uma
rápida reflexão: o que você tem feito para progredir pessoal e profissionalmente?
Ouço muitos profissionais idealizando seus futuros de forma brilhante. Uns
querem se tornar diretores ou presidentes, outros idealizam grandes salários,
independente do que farão, e alguns, ainda, pensam no dia que deixarão de ser
funcionários para serem seus próprios chefes. A pergunta é: o que, exatamente,
cada uma dessas pessoas tem feito para chegar lá?
Infelizmente, algumas pessoas se esforçam muito e não chegam precisamente onde gostariam, mas, aos poucos, aproximam-se de seus sonhos. Hoje, porém, quero falar sobre as pessoas que se acomodam no estágio que se encontram, mesmo almejando os tais futuros brilhantes. São os que chamamos de acomodados. E esse tipo é muito frequente nas organizações. Basta olhar a sua volta que, certamente, identificará pelo menos uma pessoa.
É muito fácil criar uma rotina e, a partir disso, seguir diariamente um roteiro de ações, sem se preocupar muito em se organizar para dar conta de tudo. Sair do comodismo requer mudanças, o que nem sempre é bem visto pelas pessoas. As mudanças, por melhores que sejam, causam mal estar, pois necessitam de esforço. Para ir atrás do crescimento profissional, por exemplo, é fundamental desenvolver novos hábitos a todo o momento. O desacomodado, quando alcança uma nova conquista, já procura um novo desafio para dar continuidade em seu crescimento.
O acomodado, por sua vez, parece ter medo do novo. Medo do que a busca por desenvolvimento possa lhe custar: ter que trabalhar até mais tarde; fazer coisas que, possivelmente, ele ainda não possui habilidade; medo de assumir alguma incapacidade; deixar a inércia. Geralmente são pessoas procrastinadoras, que costumam fazer as mesmas coisas sempre do mesmo jeito e que empurram pra depois tudo que podem fazer agora.
Veja, quando estamos insatisfeitos com alguma coisa a tendência é que busquemos a melhora da situação. Porém, o acomodado, mesmo estando insatisfeito com alguma coisa, prefere ficar onde está. Por mais que seja ruim, é menos trabalhoso, pois, ir atrás de satisfação tomará tempo e esforço. Sacrifícios precisarão ser feitos e, se tem uma coisa que o acomodado não gosta de fazer é se sacrificar, seja lá por qual motivo for.
Num ambiente profissional ainda há um agravante. O acomodado, normalmente, abusa da “boa vontade” do próximo para evitar ter que fazer coisas que não lhe agradam muito. É muito mais fácil ter alguém que pense por ele e que, principalmente, execute tarefas em seu lugar. Uma forma de burlar seu comodismo e, quem sabe, sua incapacidade.
O maior prejuízo desse comodismo em excesso é o desenvolvimento do próprio profissional. Ao passo em que ele deixa de ir atrás de ações que o desenvolvem dentro da empresa e que o muna de experiências, ele vai ficando pra trás no que diz respeito à progressos. Enquanto isso, as pessoas que estão a sua volta, e que vivem “tapando seus buracos”, vão se desenvolvendo, mesmo que sem querer ou sem perceber, pois fazem o trabalho que deveria ser feito pelo acomodado.
É uma pena que tipos como esse que citei sejam tão comuns. O mercado anda numa velocidade muito grande, incapaz de esperar pela real vontade das pessoas. Aliás, enquanto um não quer aqui, outro quer e faz por onde conseguir ali. A concorrência chega a ser quase desleal com essas pessoas que se acomodam em seus mundinhos. Pois lá fora, há muitas pessoas que não estão acomodadas nenhum pouco. Pelo contrário, brigam por seus espaços com ideias inovadoras, proatividade e uma vontade muito grande de fazer acontecer.
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