segunda-feira, 8 de junho de 2015

Dicas para fazer excelentes apresentações em público

No mundo corporativo, profissionais das mais diferentes áreas, nas mais diferentes empresas, precisaram se tornar excelentes na competência “vender ideias”.

Em meio à pressão por resultados, na feroz luta pelas disputadas oportunidades de crescimento profissional, fazer uma boa apresentação de um projeto pode ser então o passaporte para o céu.

Entretanto, uma apresentação ruim, cansativa ou inconsistente pode, por outro lado, ser o caminho direto para o limbo.

Por isso, cada vez mais, em meus trabalhos de Treinamento e Coaching tenho recebido a missão de ajudar as pessoas a desenvolverem suas habilidades para falar em público.

Mais do que incentivar o uso de técnicas, facilmente encontradas na internet, tenho então procurado levar as pessoas a refletirem sobre algumas questões cruciais para o sucesso nesse campo.

Por isso, gosto de ajudar as pessoas a pensar que, assim como em qualquer aspecto da vida, uma boa apresentação em público exige uma definição clara de objetivos.

O que exatamente eu quero com essa apresentação?

O que eu quero que as pessoas sintam, pensem e façam após assistir à minha apresentação?

Paralelamente a essa definição de objetivos, é preciso ter uma clara compreensão de quem é a plateia.

Quem é a minha audiência?

O que esse público está interessado em ouvir? O que essas pessoas precisam ouvir? Devo focar no que elas querem, no que elas precisam ou as duas coisas se misturam?

Qual a melhor forma de me comunicar com esse público considerando a cultura do grupo, tanto no aspecto pessoal como no aspecto corporativo? O que e como devo abordar o tema levando em consideração o momento da organização e os desafios específicos das pessoas na minha plateia?

Tendo a definição clara dos meus objetivos e focando a abordagem no meu público-alvo vem um aspecto muitas vezes deixado de lado pelas pessoas: o investimento do tempo no planejamento da apresentação.

Nesse aspecto, os especialistas concordam em dois pontos: 1) o tempo gasto no planejamento de uma apresentação deve ser, no mínimo, três vezes maior do que o tempo previsto para a apresentação em si. 2) a maioria das pessoas não investe esse tempo para planejar o que vai dizer.

Então, quando a apresentação está pronta, depois de um planejamento bem feito, onde já se tem as respostas para as seguintes perguntas: o que exatamente eu quero alcançar, com quem estou falando e qual a melhor forma de fazer essas pessoas entenderem, vem a segunda etapa: a hora da venda de ideias.

Esse é o momento de encantar a plateia…

É a hora de usar as palavras, as expressões faciais e toda a linguagem corporal para fazer com que a plateia não apenas goste, mas se sinta dona daquelas ideias que você está vendendo.
E, para isso, é sempre importante pensar em três coisas:

1) Todas as pessoas querem se sentir importantes. Todo mundo quer se sentir valorizado. Então, começar a apresentação fazendo um elogio sincero à plateia ou demonstrando de forma genuína a sua gratidão por estar ali, é sempre uma ponte que vai te unir às pessoas.

2) As escolhas são processos emocionais. As pessoas possivelmente não se lembrarão exatamente daquilo que você falou. Mas, certamente, terão a nítida lembrança daquilo que você as fez sentir. Por isso, incremente a sua apresentação com algumas frases de impacto que criem uma conexão emocional entre você, suas ideias e as pessoas que estão te ouvindo.

3) O ser humano é egoísta em sua essência. Enquanto você fala, o inconsciente das pessoas estará buscando respostas para duas questões básicas: o que eu ganho com isso? O que eu evito perder com isso? Por isso, comunicadores hábeis sempre iniciam a conversa deixando claro o que os outros têm a ganhar com aquela apresentação…

O fato é que algumas pessoas possuem uma espécie de carisma natural. Um jeito de falar, sorrir e se movimentar que consegue criar uma sintonia natural com o público.
Para outras pessoas, isso já é mais difícil ou menos natural. Devem então estudar as técnicas e treinar incansavelmente, afinal só a prática leva à perfeição.

De qualquer forma, para todos é importante lembrar que as pessoas até podem te escutar, mas só vão te ouvir de fato se sentirem que aquilo que você está dizendo faz sentido para a vida delas e não para a sua.


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