Ontem, ao navegar na internet por alguns artigos
ligados à Gestão de Pessoas, deparei-me com uma série de temas ligados às
gerações. Este tem sido um assunto recorrente há algum tempo nas mídias sobre
pessoas, incluindo choques possíveis e a melhor forma de se aproveitar jovens
talentos, em empresas povoadas por pelo menos quatro gerações de colaboradores.
Faço aqui uma primeira reflexão sobre tudo que li: os pontos que são
recorrentemente indicados como fundamentais para a geração Y ser produtiva e se
manter nas empresas não servem também para a geração X e para os baby
boomers, que não necessariamente chegaram ao "topo do mundo"?
Vejam meu ponto de vista: antes de ser uma geração A, B
ou C, somos todos humanos que, em sua grande maioria, chegam motivados e cheios
de valor para agregar nas empresas (porque acredito veemente que todos chegam
motivados para seu 1º dia de trabalho, independente de qual empresa for). E por
que este quadro de motivação, desejo de "fazer acontecer", esmorece
ao longo do tempo? Exatamente pela ausência de ver sentido no trabalho, de ter
perspectivas de crescimento e aprendizado, de reconhecimento, pontos estes que
trazem insatisfação e,logo, desmotivam. Uma diferença que percebo entre as
gerações: ao contrário da Y, a geração X costuma ser mais leal, não pula de
galho em galho.
Ora, se fica mais tempo na empresa pela lealdade, mas
sem a chama da motivação acesa, como pode repassar à geração seguinte a energia
necessária, ajudar a dar sentido ao trabalho, desenvolver o outro, reconhecer?
Minha conclusão: você dá na medida em que recebe. E se percebe que o que tem
para dar não é valorizado pela empresa, simplesmente um dia deixa de dar. E
esse fluxo vira infinito. Já vi isso acontecer em grandes empresas, mesmo
naquelas cujos resultados podem ser explosivos, mas onde existe uma via de
comportamento facilmente percebida em parte dos colaboradores: sobreviver na
estrutura e tirar dela tudo aquilo que puder (no caso, muitos ficam por conta
dos altos bônus e acreditam que isso compensa a falta de significado do
trabalho). No meu entender, esta postura é antropofágica e, no longo prazo,
traz problemas à saúde, tanto do indivíduo quanto da empresa.
Uma das coisas que sempre me chamou atenção em algumas
empresas onde trabalhei foi o "senso de pertencer e de agregar".
Acredito, por esta vivência, que é possível a qualquer organização ter os
ingredientes para fazer das gerações baby boomers, X e Y grandes
expoentes, cada qual com sua gama de responsabilidades. Basta existir a real
prática, em efeito "chuveiro", de "dar" e
"plantar" para "receber" e "colher". Simples
assim! Fica aqui, então, uma sugestão de um grande plano de voo a ser
cultivado e praticado em uma empresa que quer ter sucesso e perenidade:
- Demonstre a seus colaboradores que o trabalho que ele
está realizando é essencial para o sucesso da empresa: o ser humano costuma se
dedicar de corpo e alma ao que faz sentido para ele.
- Deixe claro como o impacto de suas tarefas afetam o negócio da empresa.
- Crie e aplique perspectiva de crescimento e novos desafios.
- Deixe claro quais competências e resultados o colaborador precisa desenvolver e alcançar.
- Acompanhe (de corpo e alma!) com cada colaborador seu plano de desenvolvimento: isso pode amenizar a ansiedade e o sendo de imediatismo, além de trazer mais produtividade.
- Permita que o colaborador aprenda com os mais velhos. Mais do que isso, prepare os mais experientes para a prática do ensinar.
- Reconheça, sempre. Pelos resultados bons ou ruins, mas reconheça. Isso permite que as pessoas cresçam e saibam como fazer a diferença.
- Deixe claro como o impacto de suas tarefas afetam o negócio da empresa.
- Crie e aplique perspectiva de crescimento e novos desafios.
- Deixe claro quais competências e resultados o colaborador precisa desenvolver e alcançar.
- Acompanhe (de corpo e alma!) com cada colaborador seu plano de desenvolvimento: isso pode amenizar a ansiedade e o sendo de imediatismo, além de trazer mais produtividade.
- Permita que o colaborador aprenda com os mais velhos. Mais do que isso, prepare os mais experientes para a prática do ensinar.
- Reconheça, sempre. Pelos resultados bons ou ruins, mas reconheça. Isso permite que as pessoas cresçam e saibam como fazer a diferença.
É este o grande cunho estratégico para o voo de uma
empresa de lideranças fortes e atuantes: criar o efeito cascata de
comportamentos positivos, onde todos cresçam, apliquem suas competências e
ganhem. E nesta luta, temos que engajar a todos: baby boomers, X, Y e quem
mais chegar por aí! Senhores passageiros, apertem o cinto! Nossa aeronave vai
levantar voo!
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