terça-feira, 29 de julho de 2014

Como você tem usado o seu tempo?

“O tempo não pára, não, não pára”. Cazuza

Segundo uma pesquisa realizada pela Consultoria Tríade PS, as pessoas gastam, em média, cerca de 40% de seu tempo no ambiente de trabalho em assuntos de interesse pessoal, sendo a Internet, especialmente as redes sociais, as maiores vilãs do tempo.

Em um primeiro momento a empresa poderia concluir que, ao invés de focar nas tarefas e objetivos para as quais são contratadas (e pagas), essas pessoas usam seu tempo, e outros recursos da empresa de forma indevida.

Por outro lado, de seu ponto de vista, o funcionário pode apresentar os mais diferentes argumentos para justificar sua postura:

- “O importante não é a quantidade e sim a qualidade do tempo que eu dedico à empresa”.

- “Visto que estou em dia com os meus objetivos e obrigações, o uso do meu tempo é de minha exclusiva responsabilidade”.

- “O meu uso pessoal das redes sociais pode trazer oportunidades para a empresa”.

- “Não dá para ser só profissional. Para trabalhar bem, preciso cuidar de minha vida pessoal, e isso inclui o meu tempo de trabalho”.

- “Não sou só eu, todo mundo faz isso”.

- “Com essas terríveis condições de trabalho, não dá para se dedicar totalmente à empresa”.

Longe de avaliar a legitimidade de cada argumento, de tomar partido nessa “queda de braço” entre empresa e colaboradores ou de opinar sobre o certo e o errado, até porque acho que não é questão de certo ou errado, prefiro fazer uma análise mais pragmática desses dados:

1)    40% do tempo utilizado em assuntos pessoais me parece muita coisa;

2)    Tem muita gente se perdendo no uso exagerado das redes sociais;

3)    E, se as pessoas estão usando todo esse tempo, existem duas possibilidades: ou estão com muito tempo ocioso ou estão deixando suas tarefas de lado.

Então, é aqui que reside o problema e é exatamente aqui que as empresas ou os seus gestores precisam ficar atentos.

Fato: Se o tempo da equipe anda ocioso, estamos falando de um sub-aproveitamento de recursos.

Um consultor financeiro provavelmente diria: “é gente demais para trabalho de menos”, enquanto o consultor de RH diria: “é necessário reorganizar os desafios para melhor explorar o capital intelectual da empresa”.

Quem estaria certo? Provavelmente os dois.

Apesar das diferentes perspectivas, uma coisa é comum: a solução para se minimizar esse problema sempre passará por uma definição mais clara dos objetivos atrelada à visão estratégica de como alcançá-los.

Apenas quando definimos aonde queremos chegar e como chegaremos até lá teremos uma visão apropriada dos recursos necessários, inclusive dos recursos humanos.

Porém, se os objetivos estão definidos, as estratégias bem traçadas, os papéis dos colaboradores bem claros e esses estão deixando de lado suas responsabilidades para cuidar de assuntos pessoais, temos então um problema mais sério.

Falta de motivação, pouco comprometimento, dificuldades de compreensão das tarefas e de sua importância para empresa, boicote deliberado à chefia e problemas pessoais pelos quais o colaborador está realmente passando são algumas das possíveis razões para o fato.

As justificativas podem ser muitas e bem variadas, mas também aqui a melhor solução parece passar por um caminho em comum: uma conversa franca, olho no olho, para se tratar o problema e apontar a solução.

Mas, como esse tipo de conversa não é muito fácil, a maioria prefere deixar as coisas como estão. O chefe faz de conta que não vê. O funcionário faz de conta que não percebe.

Todos navegando felizes pela internet, explorando as redes sociais ou até mesmo jogando paciência, enquanto a concorrência está de olho no cliente.

Um forte abraço.

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