quarta-feira, 23 de julho de 2014

Angústias e incertezas

A vida é muito boa para os jovens. Casa cheirosa e limpa, cama feita, banho quente, luzes pagas e acesas, televisão e som à disposição, laptop para contato com o mundo. A única preocupação é a escola. Mas, chegam os 17 ou 18 anos e o jovem tem seu primeiro estresse: a escolha da carreira. Que caminho seguir em meio a tantos?

Muitos até conseguem ajuda de um profissional ou consultoria que possa traçar suas competências e vocações, e, com isso, conseguem definir o que estudar nos próximos 4 ou 5 anos. O mundo tem se tornado tão rápido e a velocidade da troca de informações também.

Eles começam, então, a trabalhar em um estágio na área ou fora dela. E junto com isso vêm outras responsabilidades e atribuições. Vem o desejo de independência financeira e residencial, ter de se cuidar, trabalhar e sair da asa e do ninho tão protetores e acolhedores dos pais. Sem dúvida, é uma confusão imensa na cabeça. Mas, ainda há a necessidade financeira e o vínculo com os pais, pois suas carreiras ainda não estão definidas, nem têm um salário suficiente. A mentalidade voltada à liberdade já está lá na frente. Aí vem o conflito. 

Ele conflita com ele mesmo, com os pais, os grupos próximos, os amigos, o mundo. Do que esse jovem precisa? Uma família que o ouça, amigos para compartilhar medos e experiências, um par amoroso para trocar carinho e momentos felizes, a ajuda de um especialista (terapeuta ou consultoria) para que suas escolhas sejam corretas.

Assim como o filho da nova geração precisa repensar seu caminho e futuro a ser seguido, os pais precisam reavaliar e pensar junto com o filho. Esses são novos tempos, o ritmo de vida é outro, o mercado de trabalho é outro, os costumes da nova geração são totalmente diferentes dos de seus pais. Eles precisam saber entender essa nova mentalidade e se adaptar a ela. Diálogo é a palavra da vez: pais com os filhos e, se necessário, pais e filhos buscando ajuda de profissionais especializados. Além de ensiná-los, podemos e devemos aprender com eles. A impressão de um filho pronto pode demorar pra mais ou pra menos que no tempo de seus pais.

Os tempos mudam como todos sabem, e temos que saber evoluir com ele, com os pensamentos e modo de agir da nova época. A adaptação constante faz parte da vida de todos. Podemos aprender com nossos filhos e também ajudá-los a pensar e guiar uma parte de sua caminhada. A ajuda mútua deve prevalecer e, com ela, diminuímos essas angústias e incertezas que nos cercam e amanhã nos cercarão novamente, de uma forma que ainda não conhecemos e só a próxima geração vai saber e participar. E você também estará aqui para ver isso, adaptando aos novos tempos o que nosso amigo Chacrinha dizia: quem não se comunica e evolui, se trumbica.

A melhor opção é procurar um conselheiro profissional, descobrir as áreas de estudo pela qual o adolescente tem mais interesse em estudar, ou então, de forma mais prática e dinâmica. A vida é cheia de angustias e incertezas, na vida tudo é baseado na tentativa, podendo o resultado ser o acerto e o erro. Não há como adivinhar. A vida só se vive uma vez e não se acerta sempre. Não há problema em errar, nem em trocar de curso caso não goste, não há como saber o que nos vai agradar de primeira mão. A Geração Y quer tudo pra agora, tem que tomar decisões, mas ainda tão incertas, pois são jovens e não aprenderam muito do que a vida ainda vai lhe mostrar.

Vivien Jeanete Konig - Coordenadora da Unidade Santa Catarina


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