De SMS durante reuniões até olhares suspeitos, especialistas mostram
quais os deslizes de comportamento mais comuns no ambiente de trabalho - 08/02/2012
O pacote que trouxe a geração Y ao
topo das companhias tratou de fazer uma revolução na maneira como as relações
se dão no ambiente de trabalho. Não é por acaso, por exemplo, que o clima mais
informal seja quase regra, hoje, dentro das empresas.
Apesar desse tom mais próximo das
relações de carreira, o ambiente corporativo exige limites e alguns cuidados no
trato com as pessoas.
Confira quais são os deslizes mais comuns neste aspecto,
segundo especialistas:
1. Atrasar-se
“As pessoas estão sobrecarregadas
e, por trabalhar demais em determinada atividade, se sentem confortáveis em não
ser pontual”, diz Ariadne Tomczak, headhunter da De Bernt Entschev Human
Capital.
As justificativas
para chegar atrasado podem ser inúmeras, mas sempre
“isso será uma falta de respeito perante a outra pessoa”, diz a especialista.
2. Não desgrudar os olhos do celular durante reuniões
Os recursos digitais limaram as
desvantagens das distâncias da realidade corporativa. Hoje, é possível estar em
uma reunião enquanto envia instruções para um subordinado na sala ao lado ou em
outro país.
Mas atenção: “Quando as pessoas
estão reunidas, elas tem um objetivo. Se você estiver lá, esteja de verdade”,
diz Ariadne. Se realmente precisar resolver outra questão, peça licença, sai da
sala e atenda ao celular ou responda o e-mail.
Cuidado também com conversas
paralelas, risadas e, pasmem, troca de bilhetes durante reuniões. “Esse tipo de
postura dá a impressão de que você está em uma sala de aula, não no ambiente de
trabalho”, diz a consultora de imagem corporativa Renata Mello.
3. Fazer brincadeiras preconceituosas
Todo mundo gosta de brincar com o
time alheio ou de contar a última piada “super criativa” sobre loiras.
Lembre-se: o respeito deve ser palavra de ordem no ambiente de trabalho -
independente do seu grau de intimidade com o colega de trabalho. Dica básica:
lime todo tipo de brincadeira preconceituosa do seu repertório de bom humor
corporativo.
Cuidado também para não expor seus
colegas. Ele chegou atrasado? Não aponte para o relógio ou diga “Boa tarde”
explicitando para a companhia inteira que, naquele dia, ele perdeu hora.
4. Dar broncas – na frente de
terceiros
“Quando você divergir com alguém,
lembre-se que ele não é seu irmão ou sua esposa”, diz Renata. “É desagradável
chamar a atenção na frente de outras pessoas. Ninguém é obrigado a ouvir os
gritos e berros de insatisfação do outro”.
5. Interromper reuniões
Tem uma demanda que deve ser
prontamente atendida? E a pessoa chave para resolvê-la está em reunião? Seja
sutil. “Há pessoas que entram na sala sem bater. O ideal é pedir licença e
entrar devagar”, aconselha Renata.
6. Pressionar
É fato que, em alguns momentos,
todo seu trabalho depende da boa vontade de outra pessoa, para qual a tarefa
nem é tão importante assim. Pode ser até que este descompasso de prioridades
esteja empacando toda a sua agenda.
Mas, atenção: isso não é
justificativa para ficar no pé da pessoa. Ou em outras palavras, atormentá-la
até que tenha o que você quer.
“Nessa ansiedade de querer resolver o problema, lembre-se que a outra parte
também está trabalhando e que ela tem as próprias prioridades”, diz a
especialista. “É preciso respeitar os prazos”.
Enviou um e-mail pela manhã
cobrando uma resposta? Espere até o meio da tarde para ligar pedindo uma
resposta. De maneira delicada e discreta, claro. “Não fique ligando de hora em
hora”, diz Renata.
7. Interromper
a conversa de terceiros
Ou não deixar ninguém terminar uma
sentença. É consenso: cortar conversas ou frases de terceiros é um ato
claramente indelicado.
Mesmo assim, seja por um impulso ou força do hábito, muitos profissionais
seguem monopolizando diálogos e impedindo que outras pessoas se expressem na
mesma medida.
“Temos que aprender a escutar”, diz
Renata. Se cortar por impulso, “peça desculpas e retorne a palavra para a
pessoa”.
8. Manter olhares indiscretos (ou malandros)
Trabalho é trabalho. E profissional
nenhum deveria agir como se estivesse em um bar, diz a especialista. Mas há
quem se esqueça dessa realidade e faça de todo esbarrão um pretexto para
flerte.
Aqui, explica a especialista, o
problema não é se interessar por um colega de trabalho. “É o hábito de lançar
olhares para homens ou mulheres de uma maneira ‘sacana’ para testar o próprio
sex appeal”, explica. E, como consequência, desrespeitar o outro.
Mesmo quando isso não estiver em
pauta, seja discreto com a maneira como você olha para as outras pessoas. “Se
você está avaliando o visual do outro, seja sutil”, diz.
Fonte: Portal Revista Exame
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