De investir em tempo livre até em amizades com pessoas de outras áreas,
confira as dicas dos especialistas para "sair fora da caixa"
Para acompanhar a complexidade e o
ritmo alucinante do mercado atual, o conceito de inovação virou palavra de ordem dentro de qualquer empresa.
Neste
contexto, independente da área de atuação, sempre ganha pontos o profissional
que der espaço para a criatividade em cada uma de suas tarefas.
E isso não está restrito apenas ao
desenvolvimento de novos produtos ou a elaboração de campanhas de marketing bem
sucedidas. De uma abordagem diferente para a solução de um problema a uma
estratégia diferenciada contam para a carreira.
Mas como se manter criativo o tempo
todo?
Especialistas consultados por EXAME.com ensinam algumas estratégias
básicas para tirar a rotina (e a visão de mundo) de dentro da caixa:
1. Abrir espaço para o absurdo
Primeira regra para matar uma boa
ideia? Sufocar todo pensamento absurdo que passar por sua cabeça. Isso mesmo.
De acordo com Gisela Kassoy, especialista em criatividade, a base para sair
fora da caixa está em deixar o que é inverossímil tomar corpo até chegar a uma
proposta palpável para a sua realidade.
“Antes de recusar uma ideia,
pergunte-se: por que não?”, afirma.
“Se a ideia for realmente bobagem, a pessoa
pode modificar a proposta louca até transformá-la em algo viável”.
2. Tirar as algemas do pensamento
Um caminho para a “serendipitade”
(tradução do neologismo "serendipity", que significa descobertas
feitas por acaso) ou para, digamos, “epifanias” que podem mudar o curso de uma
carreira é dar vazão para o pensamento livre, fluído.
“Esse é o tipo de pensamento que
aparece quando você está tomando cerveja, correndo ou tomando banho”, diz a
especialista. Ou seja, exatamente quando você está fora do foco do problema ou
do contexto do trabalho.
Por isso, uma dica é: quando as
ideias não fluírem, desligue-se do assunto.
“A hipótese é de que ao tirar o
foco do problema, você permite que o assunto saia do aspecto racional e seja
interpretado com outra dimensão pelo seu cérebro”, diz o consultor Eduardo
Ferraz.
Não por acaso, Ferraz adota uma
postura de prevenção:não sai para uma corrida sem levar o iPhone. Se pintar uma
ideia durante o trajeto, ele logo aciona o gravador do celular e salva o que
veio à mente.
3. Expor-se às novidades
Não se restrinja aos mesmos
ambientes e modos de pensar. Não custa tanto assim sair da caixa. Uma espiada
no que empresas de outros segmentos (bastante diferentes do seu) estão
experimentando pode trazer recursos valiosíssimos para o seu próprio contexto.
“Procure soluções em outras áreas. Ao fazer esse elo, você vê o problema sob
outro ângulo”, diz Ferraz.
Ainda nessa toada, vale também
convidar pessoas novas para as reuniões.
“Quando um grupo trabalha juntos por
muito tempo, fazendo sempre a mesma coisa, acabam com um pensamento muito
parecido. Por isso, é bom aceitar gente nova. Isso chacoalha”, diz a Gisela.
No dia-a-dia, a dica é abrir-se
para o novo. Invista em relacionamentos com pessoas que não trabalham na mesma
área que você, leia livros e revistas que têm pouca relação com seu trabalho,
assista filmes e ouça músicas de estilos que nunca viu.
Em suma: estimule-se a
desbravar o mundo para além daquilo que a sua vista alcança – por enquanto.
4. Pratique brainstorm
O termo até foi banalizado. Mas, de
acordo com os especialistas, se feito da maneira certa, rende bons resultados.
A estratégia é simples. Chame um grupo de pessoas, descreva o problema em
questão com apenas uma palavra.
Peça para cada membro do grupo dizer palavras
relacionadas (ou não) com o termo em questão.
“Eles irão falar coisas absurdas
numa primeira rodada. Mas uma palavra será ponte para outra e, na terceira ou
quarta rodada, você enxergará o problema por outro ângulo”, diz o Ferraz.
5. Durma
Pesquisas da Universidade da Califórnia (EUA) apontam que a fase REM, quando acontecem os sonhos durante
os sonos, estimula a criatividade mais do que outro período do sono ou quando
você está acordado.
Durante os estudos, as pessoas que
chegaram a essa fase do sono, tiveram um rendimento 40% melhor em testes de
criatividade após o sono do que antes do período.
Fonte: Portal Revista Exame
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