Fonte: Emprego Certo
Desde que os gregos começaram a prestar atenção nas questões relacionadas à oratória, a forma como nos dirigimos às pessoas passou a ser fator de atenção.
O tempo passou, o mundo mudou, e nos deparamos agora, no início do século XXI, com o interesse da linguística e da comunicação sobre como nos expressamos quando estamos interagindo com outras pessoas.
Para estas ciências, não saber sobre a intensidade, o poder das palavras e também do tom de voz que escolhemos para determinadas situações, é deixar de lado competências que podem interferir positivamente na vida profissional ou mesmo nos relacionamentos de cunho pessoal.
Muitas vezes sem saber, usamos recursos da fala que, se forem conhecidos e usados com sabedoria, podem nos fazer mais queridos ou com a capacidade de convencer alguém de nossos projetos e ideias.
Para isso, a linguística tem uma teoria que faz par com a etiqueta e que vale a pena conhecer, a Teoria da Polidez. Como o próprio nome diz, essa teoria, que começou a ser estruturada nos anos 50, se detém no quanto a cortesia na forma de se expressar pode auxiliar no relacionamento entre as pessoas.
A hipótese principal é a de que a cortesia diminui a possibilidade das pessoas sentirem-se ameaçadas ou desconfortáveis quando nos ouvem; e vai além dos convencionais “por favor” e “muito obrigado”.
A função da cortesia ou polidez, neste contexto, é de minimizar algo desagradável, que ocorre ou pode ocorrer durante nossas interações. Usando-se para isso, certos recursos que mostram respeito e consideração pelo outro.
Para a teoria da Polidez, a cortesia permite que se diga indiretamente o que se quer dizer ou pensa, sem o risco de parecer uma ameaça ou inapropriado.
Pode-se dizer que quando você utiliza a polidez, evita conflitos, suaviza as interações sociais e assegura a harmonia.
Para simplificar, a Teoria da Polidez elenca algumas estratégias que, se usadas quando estamos interagindo com outras pessoas, permitem uma condição positiva para sermos ouvidos e melhor entendidos. Algumas delas são:
- Mostre-se interessado pelos desejos e necessidades do outro. Perguntar sobre as pessoas, sem entrar em detalhes, é sempre sinal de cortesia.
- Se puder, exagere nas demonstrações de interesse, aprovação e simpatia. Pessoas que mostram claramente prazer quando estão interagindo com outras são mais queridas.
- Procure fazer acordos e evite desacordos. Na vida profissional e social, a melhor condição é quando as duas pessoas sentem que saíram ganhando, seja nos negócios ou em pequeninos acordos domésticos.
- Pressuponha e procure pontos em comum com as pessoas. As diferenças só servem para afastar e impor dificuldades.
- Explicite e pressuponha o conhecimento sobre os desejos do outro. Falar: Eu entendo seu lado, estou com você e eu penso da mesma forma ajudam no diálogo.
- Inclua os ouvintes na atividade que esta realizando. Falar a quem chega sobre o que está sendo falado é sempre muito cortez.
- Seja indireto nas observações, nunca diga: eu detesto, odeio ou acho um lixo. Atenuar as expressões que se usa é mais prudente e elegante.
- Peça desculpas, este é um sinal claro de empatia.
Usar de polidez é mais do que contemporâneo, pode-se dizer, sem exageros, que é fashion.
Num mundo globalizado, ações que garantam o sucesso não são apenas para “inglês ver”, devem ser praticadas e exigidas nos nossos relacionamentos.
Afinal, se é moda a sustentabilidade é super moda ser polido.
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