E eis que cortando o céu para salvar todos os cidadãos de
Metrópolis, em uma velocidade espantosa, surge ele, o Super Homem.
Alto,
forte, bonito e com brilhantes olhos azuis, encarnando todo o arquétipo do
herói na figura do imigrante do planeta Krypton, o ator Christopher Reeve fazia
bater o coração de muitas moças e despertar o sentimento de aventura em muitos
rapazes.
O
filme Superman, lançado em 1978, e depois com suas novas versões, mexeu durante
muitos anos com o imaginário das pessoas em todo o mundo.
Mas,
por uma enorme ironia do destino, após sofrer um acidente ao cair de um cavalo,
Christopher Reeve ficou tetraplégico.
O
herói que só podia ser vencido pela Kryptonita, estava imobilizado do pescoço
para baixo.
O que
poucas pessoas sabem é que foi exatamente após o acidente que o ator assumiu de
fato o seu lado heróico. Não mais nas telas, mas no palco da vida real.
Christopher
iniciou uma brava luta por um tratamento que o fizesse recuperar seus
movimentos. Em sua busca, atuou em defesa dos estudos para o tratamento com as
células-tronco, criou e presidiu uma fundação para o amparo a pessoas com
paralisia, tornou-se ativista da Unicef e da Anistia Internacional. Após ter ficado tetraplégico, o ‘Super Homem’ engajou-se
ainda numa série de outros assuntos de interesse coletivo, criando projetos e
buscando recursos financeiros para a sustentabilidade dos mesmos.
Paradoxalmente,
o ator, o homem, tornou-se mais forte. É como se as limitações e as
dificuldades tivessem feito aflorar um enorme potencial latente.
Helen
Keller, devido a uma doença não definida, tornou-se cega e surda aos 18 meses
de vida. As limitações faziam com que aos sete anos de idade, Helen levasse uma
vida puramente instintiva.
Mas,
aquilo que poderia ser motivo para uma vida presa às limitações, para Helen
Keller se tornou uma força propulsora.
Graduou-se
em uma escola para pessoas ‘normais’, apesar de não poder ouvir e ver as aulas.
Estudou Geometria, Álgebra, Física, Botânica, Zoologia e Filosofia. Escrevia
fluentemente em Inglês e Francês. Escreveu livros notáveis. Tornou-se
conferencista ao redor do mundo.
Influenciou
e serviu de exemplo para milhões de pessoas.
Quando
olho para esses e para muitos outros exemplos de superação e, ao mesmo tempo,
vejo pessoas dotadas de enormes potencialidades se sentindo incapazes de ir
além, de fazer melhor, de fazer a diferença, fico me questionando sobre essas
diferenças.
O que
torna essas atitudes tão diferentes e tão divergentes? Seriam pessoas como
Christopher Reeves e Helen Keller verdadeiros super heróis? Ou seriam eles tão
humanos quanto essas pessoas que se sentem incapazes, com a diferença de que
essas pessoas simplesmente não deixaram ainda que aflorasse o seu verdadeiro
potencial humano?
Talvez
a resposta a essa pergunta seja mesmo apenas uma questão semântica…
Mas,
ainda assim, é preciso entender onde está a diferença. Descobrir qual o segredo
desses heróis ou, se preferirem, super-heróis.
Eu
acredito que a grande diferença está naquilo que escolhermos acreditar sobre
nós mesmos.
Concordo
plenamente com Anthony Robbins, o mais popular autor da Programação
Neurolinguística quando ele diz: “O que podemos ou não fazer, o que
consideramos possível ou impossível, é raramente em função de nossa verdadeira
capacidade. Trata-se mais provavelmente de uma função de nossas crenças sobre
quem nós somos”.
As
nossas crenças podem nos levar ao céu ou ao inferno. Mais do que isso, as
nossas crenças nos transformam naquilo que somos a cada momento.
Mas,
uma das coisas mais maravilhosas de ‘ser humano’ é que sempre podemos mudar,
afinal, somos livres para nos reinventarmos a qualquer momento.
Podemos
deixar o nosso potencial adormecido ao longo de toda uma vida ou deixá-lo
explodir e nos transformar naquilo que queremos ser.
E, o
mais bonito é perceber que toda essa liberdade tem apenas um preço: o de sermos
os únicos responsáveis por nossas vidas.
Limitações
são crenças que estabelecemos sobre nós mesmos.
Sucesso
ou fracasso nada mais são do que escolhas pessoais.
E o
mais importante: Nós, e apenas nós, somos os construtores dos nossos destinos.
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