segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Ciclos de Trabalho e Transição de Carreira: uma autoreflexão

Ao longo da trajetória profissional vivenciamos ciclos que nos remetem a novas oportunidades de desenvolvimento. Cada ciclo constitui um capítulo da narrativa biográfica profissional e, como autor e protagonista da nossa própria história nos empenhar em preservar o verdadeiro sentido do trabalho, em meio às mudanças de contexto em alta velocidade, constitui desafio importante.

A busca pelo sentido do trabalho desperta, em nós, os motivos para agir, com o comprometimento necessário para o nosso progresso e para a nossa evolução. Como disse o Steve Jobs: "Você tem que encontrar o que você gosta. E isso é verdade tanto para o seu trabalho quanto para seus companheiros. Seu trabalho vai ocupar uma grande parte da sua vida, e a única maneira de estar verdadeiramente satisfeito é fazendo aquilo que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um ótimo trabalho é fazendo o que você ama fazer. Se você ainda não encontrou, continue procurando. Não se contente. Assim como com as coisas do coração, você saberá quando encontrar. E, como qualquer ótimo relacionamento, fica melhor e melhor com o passar dos anos. Então, continue procurando e você vai encontrar. Não se contente".

Como estímulo ao pensamento crítico, é importante que façamos algumas autorreflexões - Qual o verdadeiro sentido do trabalho? O trabalho constitui motivo de realização? Quais as lições aprendidas até este momento da carreira? O que gostaria de aprender numa próxima oportunidade? Há a expectativa de alterar a trajetória profissional? Já chegou o momento de desacelerar e pensar na aposentadoria? São muitas as reflexões que podemos fazer no momento da transição de um ciclo para outro, mesmo que ainda não conhecido.

Pensemos na nossa trajetória através da imagem de uma espiral formada por círculos concêntricos conectados que se expandem progressivamente. Visualizemos cada círculo dessa espiral como se fora um tempo vivido de um ciclo profissional com seu conjunto de lições aprendidas. Desta forma, será possível perceber as conexões entre cada um deles e como tudo convergiu para o amadurecimento e a expansão de consciência. Recordemos uma reflexão importante deixada como uma das mensagens importantes do Steve Jobs: "Você não consegue ligar os pontos olhando pra frente; você só consegue ligá-los olhando pra trás. Então, você tem que confiar que os pontos se ligarão algum dia no futuro. Você tem que confiar em algo - seu instinto, destino, vida, carma, o que for. Esta abordagem nunca me desapontou, e fez toda diferença na minha vida".

Estejamos atentos para despertar o estado de autoconfiança a partir do exercício da narrativa biográfica, que possibilita nos manter numa perspectiva positiva, receptiva e ao mesmo tempo proativa, no período de transição, enquanto o novo ciclo profissional não se configura. Como sustentar essa confiança? Pensemos nas alternativas que podemos lançar mão, dentre elas: o autodesenvolvimento, através do investimento do tempo em leituras variadas, participação em eventos da sua área de atuação profissional, estreitar o network de sua rede de relacionamento, realizar atividades voltadas para manter equilíbrio integral, a exemplo do dito da sabedoria popular, mente sã em corpo são.

Como parte do processo reflexão sobre esse desafiante tema sobre os ciclos de trabalho e a transição de carreira, investir no autoconhecimento também pode ser decisivo. Assim, buscar ajuda de um profissional especializado em coach de carreira, pode ser de significativa valia. Outra opção é buscar realizar assessments(avaliações), disponíveis no mercado, que possibilitam conhecer melhor, as potencialidades, fortalezas e oportunidades de melhoria. Dentre esses assessments, podemos pensar em algumas opções interessantes: a classificação tipológica de Myers-Briggs (do inglês Myers-Briggs Type Indicator - MBTI) que é um instrumento utilizado para identificar características e preferências pessoais; a classificação dos estilos de pensamentos em relação ao perfil de dominância cerebral pautada na teoria de Ned Herrmann; o mapeamento de como estão as principais áreas da vida, consideradas fundamentais para a conquista do equilíbrio pessoal, em determinado momento, e assim detectar a área de alavanca que devemos priorizar através do sistema de autoavaliação denominado roda da vida.

São muitas as possibilidades de crescimento e de amadurecimento no período de transição. No entanto é fundamental o agir, na busca de novas oportunidades sem olvidar do sentido do trabalho como fonte de autorealização. Lembremos que para cada um de nós há uma missão ou razão de existir no mundo do trabalho, conectada com o nosso perfil e potencial de contribuição para impulsionar a evolução do mundo ao qual pertencemos como seres universais.



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