Ao
longo da trajetória profissional vivenciamos ciclos que nos remetem a novas
oportunidades de desenvolvimento. Cada ciclo constitui um capítulo da narrativa
biográfica profissional e, como autor e protagonista da nossa própria história
nos empenhar em preservar o verdadeiro sentido do trabalho, em meio às mudanças
de contexto em alta velocidade, constitui desafio importante.
A
busca pelo sentido do trabalho desperta, em nós, os motivos para agir, com o
comprometimento necessário para o nosso progresso e para a nossa evolução. Como
disse o Steve Jobs: "Você tem que encontrar o que você gosta. E isso
é verdade tanto para o seu trabalho quanto para seus companheiros. Seu trabalho
vai ocupar uma grande parte da sua vida, e a única maneira de estar
verdadeiramente satisfeito é fazendo aquilo que você acredita ser um ótimo
trabalho. E a única maneira de fazer um ótimo trabalho é fazendo o que você ama
fazer. Se você ainda não encontrou, continue procurando. Não se contente. Assim
como com as coisas do coração, você saberá quando encontrar. E, como qualquer
ótimo relacionamento, fica melhor e melhor com o passar dos anos. Então, continue
procurando e você vai encontrar. Não se contente".
Como
estímulo ao pensamento crítico, é importante que façamos algumas autorreflexões
- Qual o verdadeiro sentido do trabalho? O trabalho constitui motivo de
realização? Quais as lições aprendidas até este momento da carreira? O que
gostaria de aprender numa próxima oportunidade? Há a expectativa de alterar a
trajetória profissional? Já chegou o momento de desacelerar e pensar na
aposentadoria? São muitas as reflexões que podemos fazer no momento da transição
de um ciclo para outro, mesmo que ainda não conhecido.
Pensemos
na nossa trajetória através da imagem de uma espiral formada por círculos
concêntricos conectados que se expandem progressivamente. Visualizemos cada
círculo dessa espiral como se fora um tempo vivido de um ciclo profissional com
seu conjunto de lições aprendidas. Desta forma, será possível perceber as
conexões entre cada um deles e como tudo convergiu para o amadurecimento e a
expansão de consciência. Recordemos uma reflexão importante deixada como uma
das mensagens importantes do Steve Jobs: "Você não consegue ligar os
pontos olhando pra frente; você só consegue ligá-los olhando pra trás. Então,
você tem que confiar que os pontos se ligarão algum dia no futuro. Você tem que
confiar em algo - seu instinto, destino, vida, carma, o que for. Esta abordagem
nunca me desapontou, e fez toda diferença na minha vida".
Estejamos
atentos para despertar o estado de autoconfiança a partir do exercício da
narrativa biográfica, que possibilita nos manter numa perspectiva positiva,
receptiva e ao mesmo tempo proativa, no período de transição, enquanto o novo
ciclo profissional não se configura. Como sustentar essa confiança? Pensemos
nas alternativas que podemos lançar mão, dentre elas: o autodesenvolvimento,
através do investimento do tempo em leituras variadas, participação em eventos
da sua área de atuação profissional, estreitar o network de sua rede de
relacionamento, realizar atividades voltadas para manter equilíbrio integral, a
exemplo do dito da sabedoria popular, mente sã em corpo são.
Como
parte do processo reflexão sobre esse desafiante tema sobre os ciclos de
trabalho e a transição de carreira, investir no autoconhecimento também pode
ser decisivo. Assim, buscar ajuda de um profissional especializado em coach de
carreira, pode ser de significativa valia. Outra opção é buscar realizar assessments(avaliações),
disponíveis no mercado, que possibilitam conhecer melhor, as potencialidades,
fortalezas e oportunidades de melhoria. Dentre esses assessments, podemos
pensar em algumas opções interessantes: a classificação tipológica de
Myers-Briggs (do inglês Myers-Briggs Type Indicator - MBTI) que é um
instrumento utilizado para identificar características e preferências pessoais;
a classificação dos estilos de pensamentos em relação ao perfil de dominância
cerebral pautada na teoria de Ned Herrmann; o mapeamento de como estão as
principais áreas da vida, consideradas fundamentais para a conquista do
equilíbrio pessoal, em determinado momento, e assim detectar a área de alavanca
que devemos priorizar através do sistema de autoavaliação denominado roda da
vida.
São
muitas as possibilidades de crescimento e de amadurecimento no período de
transição. No entanto é fundamental o agir, na busca de novas oportunidades sem
olvidar do sentido do trabalho como fonte de autorealização. Lembremos que para
cada um de nós há uma missão ou razão de existir no mundo do trabalho,
conectada com o nosso perfil e potencial de contribuição para impulsionar a
evolução do mundo ao qual pertencemos como seres universais.
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