quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Afetividade ou Força?

Não existem receitas mágicas em liderança. Primeiro, porque as pessoas são diferentes e podem mudar suas expectativas ao longo do tempo.
Quem é líder já percebeu isso, com certeza! Segundo, porque quando as pessoas se reúnem e formam uma equipe, há outros componentes que tornam a liderança ainda mais desafiadora na busca por resultados. Pairam sobre a cabeça de muitos líderes as seguintes dúvidas: "Como devo me comportar? Devo ser amado ou temido? Usar a afetividade ou demonstrar a força?".

O caminho que muitos líderes escolhem é o de ser temido. Só que se o líder for temido, poderá criar um ambiente ameaçador e estabelecer a paralisia da equipe. Funcionários podem até trabalhar com um líder temido por algum tempo, mas sairão na primeira oportunidade que tiverem. Por outro lado, se o líder optar por ser amado, manterá a equipe feliz, motivada, mas não atingirá as metas necessárias. Não conseguirá dar feedback construtivo, pois terá medo de não ser mais amado. Sua equipe se enfraquecerá juntamente com ele, de mãos dadas.

Liderança é influência, e a melhor maneira de influenciar as pessoas é estabelecendo o equilíbrio entre afetividade e força. Como já tinha afirmado Maquiavel, é o desafio de ser amado e temido ao mesmo tempo. Na verdade, estudos demonstram que um líder, ao assumir uma nova equipe, deve focar, primeiramente, na afetividade, através da educação, simpatia e gentileza, pois ela permite a confiança e a boa comunicação, "baixando as guardas". A afetividade ajuda o líder a se conectar imediatamente com seus liderados. A confiança aumenta o compartilhamento de informações, a abertura para ideias e a cooperação.

Depois de estabelecer o vínculo, o líder deve responder às seguintes perguntas: "Minha equipe e eu estamos preparados para resolver problemas e atingir os resultados esperados?". "Quais são as eventuais fraquezas individuais? E coletivas?". "Quais são os destaques individuais? E coletivos?". "Quais colaboradores estão mais independentes e precisam menos de suas orientações?".

Com o potencial individual da equipe mapeado, ele vai demonstrar sua força e toda competência que tem para realizar mudanças, cobrar, sinalizar e mostrar a visão, porque as pessoas só seguem aqueles que sabem exatamente qual caminho seguir. Aí, então, passará, definitivamente, a equilibrar, diariamente, afetividade e força.

Para se sentir no controle e confiante, o líder precisa estar conectado consigo mesmo. Quando há essa conexão com si próprio, pois é muito mais fácil estabelecer uma ligação com os liderados, demonstrar afeto e força.



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