Não
existem receitas mágicas em liderança. Primeiro, porque as pessoas são
diferentes e podem mudar suas expectativas ao longo do tempo.
Quem
é líder já percebeu isso, com certeza! Segundo, porque quando as pessoas se
reúnem e formam uma equipe, há outros componentes que tornam a liderança ainda
mais desafiadora na busca por resultados. Pairam sobre a cabeça de muitos
líderes as seguintes dúvidas: "Como devo me comportar? Devo ser amado ou
temido? Usar a afetividade ou demonstrar a força?".
O
caminho que muitos líderes escolhem é o de ser temido. Só que se o líder for
temido, poderá criar um ambiente ameaçador e estabelecer a paralisia da equipe.
Funcionários podem até trabalhar com um líder temido por algum tempo, mas
sairão na primeira oportunidade que tiverem. Por outro lado, se o líder optar
por ser amado, manterá a equipe feliz, motivada, mas não atingirá as metas
necessárias. Não conseguirá dar feedback construtivo, pois terá medo de não ser
mais amado. Sua equipe se enfraquecerá juntamente com ele, de mãos dadas.
Liderança
é influência, e a melhor maneira de influenciar as pessoas é estabelecendo o
equilíbrio entre afetividade e força. Como já tinha afirmado Maquiavel, é o
desafio de ser amado e temido ao mesmo tempo. Na verdade, estudos demonstram
que um líder, ao assumir uma nova equipe, deve focar, primeiramente, na
afetividade, através da educação, simpatia e gentileza, pois ela permite a
confiança e a boa comunicação, "baixando as guardas". A afetividade
ajuda o líder a se conectar imediatamente com seus liderados. A confiança
aumenta o compartilhamento de informações, a abertura para ideias e a
cooperação.
Depois
de estabelecer o vínculo, o líder deve responder às seguintes perguntas:
"Minha equipe e eu estamos preparados para resolver problemas e atingir os
resultados esperados?". "Quais são as eventuais fraquezas
individuais? E coletivas?". "Quais são os destaques individuais? E
coletivos?". "Quais colaboradores estão mais independentes e precisam
menos de suas orientações?".
Com
o potencial individual da equipe mapeado, ele vai demonstrar sua força e toda
competência que tem para realizar mudanças, cobrar, sinalizar e mostrar a
visão, porque as pessoas só seguem aqueles que sabem exatamente qual caminho
seguir. Aí, então, passará, definitivamente, a equilibrar, diariamente,
afetividade e força.
Para
se sentir no controle e confiante, o líder precisa estar conectado consigo
mesmo. Quando há essa conexão com si próprio, pois é muito mais fácil
estabelecer uma ligação com os liderados, demonstrar afeto e força.
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