Tudo está bem. A empresa prospera a cada dia, mostrando
crescimento constante. O clima organizacional é positivo e as pessoas
mostram-se motivadas e comprometidas com a empresa. Você tem um cargo de
confiança, uma boa remuneração e é reconhecido por seu trabalho. Parece a
empresa dos sonhos e você trabalha nela. Quem não gostaria de estar em seu
lugar? A maioria das pessoas. Exceto você!
Apesar de tudo estar correndo às mil maravilhas, você não está feliz. Você gosta do seu trabalho e se sente desafiado, mesmo assim sente que algo lhe incomoda e tem dificuldade de identificar o que é. A empresa sinaliza a você uma promoção e, mesmo assim, seus olhos não brilham.
Pode parecer estranho, mas acontecem situações onde os profissionais se sentem exatamente assim. Olham em volta e tudo parece perfeito. Chegam até a se sentir culpados por não estarem feliz. Analisando uma situação como essa, facilmente se percebe que a causa não está fora, no ambiente. Ela está dentro, na pessoa.
Ao avaliar a situação, o profissional nota uma discrepância entre o rumo da empresa e seu rumo de carreira. Ambos caminham em direções diferentes, se desencontram. Além disso, vê que seus valores e os da empresa não coincidem, embora perceba que a organização não mudou (ou mudou muito pouco). Esta permanece fiel à sua missão, visão, valores e objetivos, mantendo o mesmo estilo de gestão que tinha no período em que você era feliz.
Algo mudou na pessoa. Mas o que pode estar acontecendo?
O mercado muda, as empresas também, por pura necessidade de sobrevivência. Os profissionais, por sua vez, acostumaram-se e também são obrigados a mudar conforme a demanda destes primeiros. É preciso dançar conforme a música. O que muitos não se dão conta é que os profissionais também mudam, apesar do que se espera deles.
No decorrer da carreira, os profissionais amadurecem. Neste processo, redefinem seus valores e objetivos. Os acontecimentos em sua vida pessoal e profissional impactam em sua forma de pensar, sentir e decidir. Obtém-se maior clareza do que se quer e como chegar lá e se aprende que as suas decisões são determinantes para a sua felicidade e que a(s) empresa(s) faz parte de sua vida, mas não tem responsabilidade por nosso futuro.
Portanto, após uma análise aprofundada de si mesmo e da empresa, se o resultado da comparação entre os objetivos da organização versus seus objetivos for negativo, é sim o momento de pensar na pergunta que encabeça este artigo.
Dizer adeus nesta situação pode vir a ser a melhor solução para ambos. A permanência de um profissional não satisfeito em sua ocupação atual pode desmotivá-lo, fazer seus resultados caírem e também os dos colegas da empresa. Os dois estão sendo prejudicados. Fazer as malas não significa simplesmente abandonar o barco. É possível fazer uma transição gradual e acordada com a empresa, de forma que ela possa se preparar para substituí-lo e que permita que você também planeje seus próximos passos.
Pode não parecer fácil e realmente não é. Mas buscar a realização profissional depende de cada um e por vezes são necessárias decisões difíceis para garantir um futuro feliz. Tudo depende somente de você.
Luciana Serafin - Coordenadora de Operações
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