Você ousa dizer que nunca errou? Tenho certeza que não,
pois todos nós, sem exceção, já fizemos algo ou tomamos alguma atitude falha.
Há quem diga, inclusive, que quanto mais erramos, mais experientes ficamos,
pois falhar nos dá a chance de entender os motivos que nos levaram ao fracasso,
proporcionando-nos a chance de acertar nas próximas vezes. Em nossa trajetória
profissional, erramos inúmeras vezes. E, são esses erros que nos permitem
crescer profissionalmente e formar quem somos. Não é à toa que muitas empresas
preferem colocar em seus cargos de confiança e de estratégias pessoas com uma
idade mais avançada, pois esses já erraram o suficiente para saber o que é
ideal para uma empresa.
Antes de continuar, preciso dizer que não vim aqui hoje para defender aos que erram sempre. Acredito que precisamos apenas ter a consciência de que ninguém sabe tudo e muito menos é dono da verdade. Todos podemos errar. Porém, o que precisa estar certo para todos é que a busca pelos acertos precisa ser constante. Quanto mais buscamos acertar, menos erramos. Porém, se o contrário acontece, não há porque se martirizar.
Aliás, quem tem medo de errar, acaba deixando de lado a busca pela inovação. O medo, seja ele de que natureza for, sempre nos prejudica de alguma forma. Por causa dele, tememos nos arriscar e, para criar, precisamos, indubitavelmente, assumir riscos. Quando o erro é proveniente de tentativas de acertos, ele até pode ser justificável. O que não pode acontecer é uma sucessão de falhas causadas por desleixo, descaso etc.
Erros desse tipo são injustificáveis e inaceitáveis,
afinal, falhar acarreta atrasos, aumento de custos e uma série de outros
problemas que poderiam ser evitados se houvesse um cuidado maior com o que
fazemos.
Por isso, sugiro que, ao constatar uma falha, reflita sobre sua parcela de culpa. Precisamos ser honestos ao assumir a responsabilidade sobre uma situação mal sucedida. Não adianta buscar culpados, ou apontar falhas alheias para encobrir as suas próprias. A partir do momento em que se assume uma falha, fica mais fácil entender quais foram os motivos que ocasionaram seu insucesso. Sabendo desses motivos, podemos nos policiar para não cometê-los novamente. É daí que vem o ditado “é errando que se aprende”. Se cada um de nós percebesse nossas próprias falhas como oportunidades de aprender e se desenvolver, certamente, perderíamos o medo de tentar coisas novas. Isso vale para qualquer coisa da vida, aliás.
Não se aplica apenas ao nosso universo
profissional.
Porém, não nego que existem algumas maneiras de evitar algumas mancadas. Um deles é agir sempre com calma. É fundamental que cada ação, seja ela nova ou rotineira, seja pensada, planejada e cuidada com dedicação. É preciso ter amor pelo que fazemos. Planejando nossas ações, ficamos menos vulneráveis e mais certos do que precisamos fazer para levar um projeto adiante. Fundamental, também, é ter disciplina. As pessoas que conseguem estipular um processo e segui-lo, sem dúvida, conseguem melhores resultados que aqueles que não se planejam direito.
Outra coisa extremamente necessária é aprender a se comunicar. O profissional que não sabe se expressar tem uma vida útil muito pequena dentro das empresas hoje em dia. E, saber se comunicar abrange várias condições da comunicação: falar corretamente e de forma que o interlocutor compreenda o que é dito; cuidar da linguagem corporal, para que ela não denuncie o oposto do que você quer dizer; saber ouvir o que os outros dizem e respeitar as opiniões alheias. E, quando digo respeitar as opiniões alheias, refiro-me, inclusive, sobre ponderar sobre essas opiniões.
Infelizmente, conheço muitos profissionais que
acreditam apenas em seus conhecimentos, sem considerar o fato de outras pessoas
(subordinados, inclusive) terem também boas ideias.
Por fim, eu diria que o segredo do sucesso é ter humildade para reconhecer que não somos perfeitos e que podemos sim errar. Assumindo nossas próprias falhas diante de todos e de nós mesmos, tornamo-nos pessoas melhores. Se você errou, aproveite a chance para mostrar que está disposto a corrigir suas falhas e, principalmente, a aprender e não cometê-las nunca mais.
Fonte: http://www.debernt.com.br/debernt/insights/capital_interna.asp?id=242
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