sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

INVEJAR NÃO É PECADO!

Você, algum dia, já se sentiu frustrado porque um colega de trabalho conseguiu a posição que você tanto almejava? Você já se questionou porque seu amigo, com pouca instrução, conseguiu consolidar um patrimônio financeiro e você, com toda a sua experiência e estudo, nem mesmo tem uma casa própria? Você já se surpreendeu pensando que venderia 10% da sua inteligência para conquistar maior beleza física e magnetismo pessoal? Você já ficou enciumado em um evento social só porque sua mulher brilhou mais que você, mostrando-se comunicativa, simpática e cativante?

Se você já sentiu algumas dessas emoções, não se desespere! A Inveja, um dos sete pecados capitais, é um dos sentimentos mais comuns entre os seres humanos. Seja bem-vindo ao mundo dos normais!

Mas por que essa emoção costuma ser constrangedora? Nossa cultura educacional familiar e religiosa estabelece como crença e valor que a Inveja é um sentimento a ser negado, pois é considerada uma anomalia social. Experimente em um bate-papo com alguns companheiros de trabalho dizer que sente Inveja de seu Diretor. Você estará correndo o risco de ser alvo de fofocas e receber do grupo uma atitude de isolamento por ser considerado um elemento perigoso à Organização.

Essa pressão psicológica contribui para um sentimento de culpa, quando nos flagramos invejando o poder do outro; como se isso representasse uma ameaça dolorosa à nossa auto-estima e às qualidades necessárias para a imagem de homens de bem.

É necessário livrar-se da culpa e humanizar a Inveja.

Nenhum sentimento por si só é bom ou ruim, tudo depende da forma de administrá-lo. É preciso, antes de mais nada, perceber a diferença entre a Inveja primitiva, que nos impele aos conflitos internos e corrosivos e onde a única preocupação é maldizer o sucesso alheio, da Inveja-admiração, aquela bem gerenciada, que pode nos tirar do comodismo e nos impulsionar a uma competição saudável para enfrentar desafios.

INVEJA DESTRUTIVA
- Consideramos que só o outro possui características positivas a serem admiradas;
- Sentimo-nos eternos espectadores passivos do sucesso alheio;
- Desperdiçamos tempo, deixando de viver plenamente quem somos, embutindo nossos talentos ocultos;
- Canalizamos nossa energia para destruir quem tem aquilo que ambicionamos;
- Temos os desejos e não fazemos nada para objetivá-los. Perdemos os sonhos porque não investimos neles.
- Nessas circunstâncias, a Inveja é improdutiva e perniciosa, podendo gerar ressentimentos e um profundo pessimismo existencial, resultantes do complexo de inferioridade e da auto-imagem negativa.
    Não se torne refém de sua INVEJA.

INVEJA SAUDÁVEL
- Funciona como elemento propulsor para a mudança;
- Serve de espelho para a auto-análise;
- Estimula o crescimento pessoal;
- Aproxima-nos de quem admiramos;
- Incita-nos a lutar para conseguirmos aquilo que queremos.

SUGESTÕES
Como vemos, pode-se reescrever o roteiro final do filme imaginário “A Inveja e suas sombras” e conduzir esse sentimento para um final mais produtivo e enriquecedor.

Algumas sugestões para administrar a Inveja, tornando-a um fator positivo:

- Realize uma auto-análise, avaliando sem preconceitos, os próprios sentimentos;
- Reconheça que ela pode ser fator de crescimento quando transformada em admiração;
- Analise racionalmente a questão: o que invejo é possível de ser conquistado? Que conhecimentos preciso obter? Que habilidades precisam ser desenvolvidas? Que atitudes desejo assumir para viabilizar meus objetivos?
- Não use a Inveja como desculpa para a inércia;
- Não sofra pelo sucesso alheio. Trace metas para atingir seus objetivos;
- Não tenha vergonha de perguntar para as pessoas, que você considera ter qualidades invejáveis, o segredo do sucesso delas;
- Conscientize-se de suas habilidades a serem exploradas e valorizadas;
- Direcione seus talentos e habilidades em seu próprio benefício;
- Tenha coragem para admitir e corrigir suas falhas;
- Avalie constantemente os resultados alcançados.

Em nossa vida não precisamos ficar como eternos voyeurs rancorosos do sucesso alheio, nem nos colocarmos na posição de vítimas abandonadas pelo destino. É possível tornar a Inveja uma alavanca para o autoconhecimento, que pode nos conduzir a um maior comprometimento com a autodisciplina e com um jeito mais produtivo de viver.

Material retirado do Programa Comunicação Sem Medo


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