Em tempos de tanto desenvolvimento tecnológico, em
que novos produtos rapidamente se substituem no posto de equipamento mais
avançado do mercado, fica difícil até acompanhar as novidades. Mas elas estão
aí e os cidadãos do mudo deverão estar preparados isso. Para Thom Markham,
autor do livro Aprendizado Baseado em Projetos: Ferramentas
Especializadas para Inovar, o celeiro ideal para se criar pessoas aptas a
lidar com a inovação, seja do ponto de vista do criador ou do consumidor, é a
escola. “A necessidade de inovar recai sobre a geração atual de estudantes e,
por isso, a educação deve se concentrar em permitir a inovação, colocando a
curiosidade, o pensamento crítico, a reflexão profunda e a criatividade no
centro do currículo”, afirmou o especialista.
E isso faz com que muitas responsabilidades
recaiam, mais uma vez, nos ombros do professor. Com tantas demandas
curriculares e extracurriculares a seguir, ele pode se sentir perdido, não
saber como agir. Confira abaixo 9 dicas para ajudar o educador a permitir que a
inovação aconteça em sua sala de aula. As dicas foram compiladas de um artigo
do Journal of News and Resources for Teachers, da Universidade de Concordia, e
de um texto do próprio Markham, para o blog Mind Shift. Confira.
Para promover a criatividade, professores precisam
pensar novas métodos de avaliação e estimular o pensamento crítico.
1. Desenvolver aprendizagem baseada em
projetos
Vários professores desenvolvem projetos, mas a
maioria não usa um conjunto definido de métodos associados a aprendizagem
baseada em projetos de qualidade. Esses métodos incluem o desenvolvimento de
uma questão focada, com avaliações de desempenho – sólidas e inovadoras, que
não excluam características como a criatividade –, várias soluções para um
mesmo problema e o uso dos recursos da comunidade. O uso adequado desse método
permite desenvolver com os alunos questões como o trabalho colaborativo, a
investigação, o entendimento da realidade do outro e, como foi dito acima, a
criatividade.
2. Ensinar conceitos, não fatos
O ensino baseado em conceitos supera aquele baseado
nos fatos, geralmente guiado pelo currículo padronizado. Se o seu currículo não
é organizado conceitualmente, use seu próprio conhecimento e ideias para tentar
ensinar as coisas de modo mais profundo, reflexivo, não apenas para testar
itens obrigatórios.
3. Distinguir conceito de informação
crítica
Preparar os alunos para fazer testes, passar de ano
e no vestibular faz parte do trabalho de todo professor. Mas esses jovens
precisam de informações para uma razão ainda mais importante: para inovar. Com
essa gama de conhecimento sobre coisas que já aconteceram, já foram descobertas
ou criadas, os alunos vão ser capazes ter uma leitura crítica a respeito da sua
realidade e, consequentemente, pensar fora da caixa.
4. Faça com que as habilidades sejam tão
importantes quanto o conhecimento
Inovação e habilidades para o século 21 estão
intimamente relacionadas. Escolha algumas dessas competências, como colaboração
e pensamento crítico, para concentrar em todo o ano. Incorpore o
desenvolvimento dessas habilidades em todas as atividades, sejam elas
colaborativas ou individuais, e faça um acompanhamento que avalie o grau de
evolução de cada aluno.
5. Forme equipes, não grupos
A inovação emerge de equipes e redes. É possível
ensinar os alunos a trabalharem coletivamente e a se tornarem melhores
pensadores coletivos. O trabalho em grupo é comum, mas em equipe é raro.
Algumas dicas para melhorar esse engajamento são: usar métodos específicos para
formar essas equipes, avaliar o trabalho em equipe e a ética deste trabalho e
pedir que os alunos reflitam criticamente sobre suas próprias atividades
finais.
6. Use ferramentas de criatividade
A indústria usa um conjunto imenso de ferramentas
de última geração para estimular a criatividade e a inovação. Em sala de aula,
o professor pode usar jogos, exercícios visuais e artísticos, além de
apresentar referências de qualidade, inovação e experimentação aos estudantes.
7. Recompensa explícita
A inovação é geralmente desencorajada pelo nosso
sistema de avaliação, que premia o domínio da informação já conhecida. O
professor pode intensificar e inovar nesse sistema de recompensa por meio de
rubricas para reconhecer e recompensar a inovação e a criatividade em trabalhos
desenvolvidos.
8. Faça da reflexão uma parte da
atividade
Devido às demandas de tempo e do currículo, a
tendência é seguir em frente rapidamente a partir do último capítulo e começar
o próximo. Mas a reflexão é necessária para ancorar a aprendizagem e estimular
o pensamento mais profundo e, portanto, mais crítico. Não há inovação sem
tempo, sem ruminação.
9. Seja inovador você mesmo
A inovação requer a vontade de falhar, o foco em
resultados nebulosos em vez de medidas padronizadas e a coragem de resistir à
ênfase do sistema de prestação de contas rigorosa e baseada em avaliações
velhas.
A recompensa para esse tipo de comportamento é uma
espécie de criatividade libertadora que torna o ensino emocionante e divertido,
ajudando os alunos a encontrarem suas paixões e os recursos necessários para
projetar uma vida melhor para si e para os outros.
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