Quero convidar o leitor a refletir
sobre a seguinte questão: É possível combinar felicidade e trabalho? Para tanto
gostaria que, em um primeiro momento, todos pensassem sobre o que é felicidade
e o que é trabalho.
Felicidade é um termo difícil de
explicar, afinal, refere-se a uma emoção. O que é ser feliz? O que é estar
feliz? Talvez o melhor caminho para a resposta seja o da satisfação. Feliz é
aquele que está satisfeito. Aquele que teve seus desejos e aspirações atendidos.
Desse modo, podemos partir da definição de que a felicidade é alcançada quando
há o atendimento dos nossos desejos, nossas vontades e aspirações.
Apesar da clareza dessa definição, o
termo “felicidade” envolve muitas variáveis, por isso, ao tentar interpretar
este sentimento, é preciso ter em mente alguns pontos:
1. Sempre encontraremos problemas ao
definir algo, pois definir é pôr fim, colocar limites. E certos conceitos, como
os sentimentos, por exemplo, são muito complexos para serem limitados;
2. O que traz satisfação a uma pessoa
pode não satisfazer a outra. A satisfação está ligada aos desejos do individuo
e cada qual tem os seus desejos, vontades e necessidades.
3. Por fim, sabemos que, sempre que
atendido algum desejo, imediatamente criamos outro.
Como se pode ver, felicidade não é algo simples de se classificar ou mensurar. Já o trabalho é um termo mais fácil de conceituar. Segundo a definição do dicionário Houaiss, temos o trabalho como um conjunto de atividades, produtivas ou criativas, que o homem exerce para atingir determinado fim; e também como uma atividade profissional regular remunerada ou assalariada.
Como se pode ver, felicidade não é algo simples de se classificar ou mensurar. Já o trabalho é um termo mais fácil de conceituar. Segundo a definição do dicionário Houaiss, temos o trabalho como um conjunto de atividades, produtivas ou criativas, que o homem exerce para atingir determinado fim; e também como uma atividade profissional regular remunerada ou assalariada.
Muito se tem falado a respeito de
felicidade no trabalho, muitas pesquisas indicam que o primeiro item na escala
de valor dos trabalhadores não é a remuneração. Mostram-nos que o trabalhador,
antes de pensar no salário, aprecia o ambiente de trabalho; valoriza um bom
líder, em quem possa se espelhar; analisa os desafios, entre outras coisas.
Mas será que realmente é preciso
estar feliz no trabalho para estar de fato feliz? Será que a pessoa infeliz no
trabalho não pode estar feliz? Se ficamos felizes quando alcançamos nossos
desejos, então, a resposta reside nos desejos. Quais são seus desejos? Se o seu
desejo é ser importante, ser conhecido, então estará feliz com um trabalho de
chefia, de gerência ou que exponha seu nome e suas habilidades. Já se seu desejo
é ter mais tempo com a família, então estará feliz em um trabalho em que o
horário seja respeitado ou que tenha flexibilidade para sair para levar e
buscar os filhos na escola ou até mesmo trabalhar em casa.
Agora, se seu desejo é ganhar
dinheiro, então estará feliz em um trabalho onde as recompensas são financeiras,
que pague horas extras, comissões e prêmios para as vendas e metas atingidas,
onde os aumentos salariais ocorram independentes de promoções.
Com certeza existem ainda outros
diversos itens que completariam a relação de fatores que fazem uma pessoa
feliz, destacados acima, inclusive peço que considere os seus desejos mesmo que
não estejam presentes nessa pequena lista. Mas o que temos aqui descrito já é
suficiente para mostrar que: quanto mais “material” for o desejo, mais rápido
será o prazer por ele gerado. E, quando alcançado, portanto, mais rápido também
será criado o novo desejo. Já quanto menos material for o desejo, mais
plenitude ele apresentará quando alcançado.
Portanto, é importante compreender
bem os seus desejos e as suas reais necessidades, aquelas que vêm do coração.
Não podemos esquecer que o trabalho nos dá o senso de pertencimento, de
utilidade e de importância na construção de algo maior. E essa sensação de
importância, de fazer a diferença, com certeza contribui para alcançar a tão
sonhada felicidade.
Como diria nosso querido Gonzaguinha:
“E sem o seu trabalho o homem não tem honra e sem a sua honra se morre, se
mata. Não dá pra ser feliz, não dá pra ser feliz...”.
Se você ficou pensativo com toda essa
discussão, logo, meu objetivo foi alcançado. Pois a ideia é provocar a
discussão, fazê-lo refletir sobre a sua realidade, em vez de mostrar fórmulas,
regras e receitas. Afinal, cada qual tem a sua verdade, cada um entende a
felicidade e valoriza o trabalho de forma diferente. Portanto, pense, reflita,
reveja suas prioridades, analise-as e seja feliz!
Por João
Xavier
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