Não está fácil assistir aos
noticiários recentemente: crise política e econômica, redução de investimentos,
aumento do desemprego, escândalos de corrupção, desagradável panorama de
crescimento do país, elevada inflação, manifestações constantes… a dificuldade
de manter-se motivado, com tantas informações desanimadoras, acaba pesando em
qualquer produtividade.
A primeira providência é selecionar as informações que chegam até
você, e buscar não se contaminar com tanto negativismo.
Por pior que a crise
possa parecer, ela não será eterna. Devemos praticar a resiliência e nos
adaptar aos cenários que encontramos ao longo da vida.
Somos nós os responsáveis pelas próprias decisões.
Decidir se a
suposta vicissitude irá ou não afetar nosso rendimento profissional, nossos
relacionamentos pessoais, enfim, nossa vida, cabe somente a nós! Temos
capacidade e tenacidade suficientes para superar mais este desafio.
O texto a seguir, de um autor desconhecido, demonstra muito a
nossa atual realidade e nos auxilia a refletir sobre o enfrentamento de
difíceis situações.
Uma
filha se queixou a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam tão
difíceis para ela. Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir. Estava
cansada de lutar e combater. Parecia que assim que um problema estava
resolvido, outro surgia.
Seu
pai, um chef de cozinha, encheu três panelas com água e colocou cada uma delas
em fogo alto. Em uma ele colocou cenouras, em outra colocou ovos e, na última,
pó de café. Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra.
A filha deu um
suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo. Cerca
de vinte minutos depois, ele apagou as bocas de gás. Pescou as cenouras e as
colocou em uma tigela. Retirou os ovos e os colocou em uma tigela. Então pegou
o café com uma concha e o colocou em uma tigela.
Virando-se para ela,
perguntou: – Querida, o que você está vendo?
Cenouras, ovos e café, ela
respondeu.
Ele
a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras. Ela
obedeceu e notou que as cenouras estavam macias.
Ele, então, pediu-lhe que
pegasse um ovo e o quebrasse. Ela obedeceu e depois de retirar a casca,
verificou que o ovo endurecera com a fervura.
Finalmente, ele lhe pediu que
tomasse um gole do café. Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso. “O que isto
significa, pai?”
O
pai explicou que cada um deles havia enfrentado o mesmo incômodo: a água
fervente, porém que cada um reagira de maneira diferente.
A
cenoura entrara forte, firme e inflexível, mas depois de ter sido submetida a
água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil. Os ovos eram frágeis, sua
casca fina havia protegido o líquido interior, entretanto depois de terem sido
fervidos na água, seu interior se tornara mais rígido.
O pó de café, contudo,
era incomparável; depois que fora colocado na água fervente, ele havia mudado a
água.
Ele
perguntou a filha: – Qual deles é você, minha querida, quando a adversidade
bate à sua porta?
Você é como a cenoura que parece forte, mas com a dor e com
os obstáculos murcha, torna-se frágil e perde sua força?
Ou será você como o
ovo, que começa com um coração maleável, no entanto depois de alguma decepção
se torna mais duro, apesar de a casca parecer a mesma?
Ou será que você é como
o pó de café, capaz de transformar a dificuldade em algo melhor ainda do que
ele próprio?
Espero que, nestas semanas que se seguem, quando lhe convidarem
para tomar um café, você possa repassar essa história e superar as adversidades.
E você,
qual deles você é?
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