Fico fascinada toda vez que vejo uma criança explorando seu mundo…
descobrindo e fazendo coisas novas.
Isso, ao meu ver, é o que há de mais lindo no viver… curiosidade e liberdade de ação.
Pretendo ser breve hoje, mas para te fazer um desafio lindo e muito importante.
Ser livre e curioso são qualidades inertes não apenas das
crianças, mas dos seres vivos em geral. Faz parte do nosso processo de adaptação e crescimento.
Acontece que as crianças, até um certo ponto, são permitidas a
viverem assim. E à medida que crescemos vamos enterrando essas habilidades, de pouquinho em pouquinho…
nós por nós mesmo e o mundo por nós.
Trabalho duplo!
É exatamente por isso que estagnamos.
Há poucos meses eu parei para pensar se estava realmente
alimentando diariamente minha curiosidade e liberdade, se eu estava explorando
meu mundo e me desafiando, experimentando o novo todos os dias…
Principalmente quando as coisas vão bem, é tão fácil abraçarmos
esse ”bom” e nos acomodarmos, né?
A famosa zona de conforto, que tem um ciclo de vida perigosíssimo… primeiro conforta, depois engole.
O ponto é que quando aceitamos o bom ele deixa de ser bom,
torna-se médio… e no fim, o médio é pouco, muito pouco.
Há mais de um ano já eu posso dizer que não vivo nada na zona de
conforto… mas foi há pouco meses que eu percebi que estava deixando os desafios
aparecerem na minha vida e a pressão guiar meus esforços e dedicação. Não era
isso que eu queria…
A minha relação com o desafio é outra, e sugiro que você
pense nisso… estar sempre a frente dele. Só assim eu tenho a liberdade
de primeiro explorar e depois escolher quais eu quero que sejam os meus
desafios (e certamente, quando essa é a ordem eles tendem a ser muito mais
coerentes e desafiantes).
Mas o que eu quero te mostrar aqui não é uma simples decisão de se
desafiar (e superar) e pronto, mas de buscar aquilo que alimenta sua curiosidade e criatividade… aquilo que te faz feliz e te faz sentir cada vez mais livre… que te satisfaz e te permite
ser!
E foi por essa busca que, há uma semana, eu me mudei para São
Paulo e dei início a minha segunda aventura (calculada) sozinha. O Gabriel
ficou no interior e pergunta quem mais me apoiou com isso? Ele
Por mais que nossas visões caminhem para a mesma direção, no
momento nossos desafios estão em lugares diferentes. E eu só percebi isso
quando me dei conta que não estava vivendo no meu máximo. Não estava dando o
meu melhor em tudo e nem estava atingindo a satisfação que para mim era a ideal.
O normal nessas horas é escutar “mas você vai deixar seu marido?”.
“Mas você tem tudo aqui, vai ser muito mais custoso e menos confortável morar
em SP”.
Sim, vou e vai, porque no fim o que acontece é o oposto disso.
Essas frases são a prova do mundo, como citei lá no começo, tentando enterrar o
que você tem de mais forte e instintivo: seus sonhos, metas e visões. E,
consequentemente, sua curiosidade e liberdade.
Essa nova aventura (é assim que gosto de chamar) é mais uma ação
que me tira totalmente da zona de conforto, em todos os sentidos: na minha vida
profissional, no meu lifestyle e no meu relacionamento.
Mas hoje eu escolho fazer isso porque eu quero decidir por mim os
meus próximos desafios. E estou escrevendo esse texto, compartilhando isso com
você para, quem sabe, te inspirar a fazer o mesmo.
Porque eu sei que quanto mais eu me desafio, maiores são os meus
vôos, maior a minha evolução, e melhor eu posso ser, no meu trabalho, no meu
relacionamento e na minha vida em geral. E se vale pra mim, vale pra você.
Não vou dizer que não deu medo… deu sim, muito! Mas sempre que eu
paro e respiro eu lembro que só depende de mim, aí a coragem volta.
Se algo na minha vida desandar por conta disso, não é “porque
tinha que ser assim”, é porque eu deixei que assim fosse. E se eu deixei é porque eu não estava preparada para ter isso…
Então que bela oportunidade eu encontrei de me testar, colocando coisas valiosíssimas em jogo! É, pois eu sei que só existe um
jeito de mantê-las em minha vida e potencializá-las ainda mais… buscando o meu
melhor todos os dias, sem deixar passar um dia mais ou menos.
Ou seja, é por valorizar tanto que você põe algo a prova, porque do contrário isso estagna, e porque sabe que a
responsabilidade é 100% sua.
Já pensou em fazer o mesmo?
Então, assim começa o desafio…
Quantas coisas você já não deixou de fazer porque tinha vergonha
do que os outros iam dizer? Porque tinha medo que sua escolha colocasse outras
coisas importantes em risco? Porque sempre foi desestimulado a ousar e
arriscar? Ou simplesmente porque se acostumou com a zona de conforto e esqueceu
completamente o que é viver com adrenalina, com desafios, com curiosidade sobre
a vida e sobre seus próprios sonhos?
Então, que tal começar a desenterrar todas as habilidades que te
permitem ser quem você quer ser, fazendo o que tem vontade de fazer, e estando
onde e com quem tem vontade de estar?
“Como se fosse fácil né, Marina”. Eu sei que não é, às vezes nem
um pouco, às vezes até inviável no momento…
Mas sabe qual o melhor jeito de começar? Trabalhando isso todo dia. Começa nas pequenas coisas até dar os grandes saltos.
Eu comecei minha aventura vindo para São Paulo buscar tudo que
alimenta minha arte e assumir um novo projeto da nossa empresa que agora está
nas minhas mãos (e em paralelo buscando formas de não só manter, mas
potencializar meu relacionamento, que eu optei por transformar, pelo menos por
um tempo, em um amor de finais de semana).
Já não está sendo fácil, mas para manter o ritmo eu me coloquei um
desafio principal que é o que queria compartilhar com você…
Por 30 dias eu estou me desafiando ( e comprometendo) a fazer algo diferente todo dia. Nem que seja a mesma coisa, o
importante é tornar isso novo, o que pode ser fazendo de um
jeito diferente.
Esse é o desafio… independente de que nível eu e você estejamos, a
ideia é nos mantermos dando um passo a frente todo dia. Explorando nosso mundo e fazendo valer nossa arte.
Afinal, você pode até não ter percebido ainda, mas hoje em dia é
assim a cada passo que você não dá são, na realidade, dois passos para trás.
Com certeza agora meu dia a dia ficou bem menos simples e
automático…mas é aqui que entra a adrenalina e a evolução. E é em busca disso
mesmo que nós estamos.
“Sempre contente, mas nunca satisfeito”, essa é uma das principais lições que aprendi com o Gabriel e que
ele me recorda todos os dias.
E no fundo é isso que aprendemos toda vez que paramos para
observar uma criança…
Ela nunca tenta apenas uma vez. Mesmo quando consegue algo ela
tenta fazer de novo, de jeitos diferentes, e assim que vai afinando seus
movimentos, sua fala, suas percepções!
Fazer algo novo (ou apenas diferente) todos os dias e, assim,
cultivar sua verdadeira curiosidade e liberdade…
Se desprender das amarras do mundo e dos outros, e cultivar o que
realmente te alimenta, que te inspira e fortalece!
Marina Teixeira, criadora do Tudo Pela Arte (http://tudopelaarte.com/)