Por
Alexandre Peconick
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O ato de
arregalar os olhos pode não ser bem interpretado por um entrevistador
As nuances que fazem do relacionamento humano algo muito complexo
também se encontram em uma entrevista dentro do processo seletivo. Pode
parecer "lugar-comum", mas não convém ignorar: é preciso estar
atento ao que vai se dizer, ao como agir e ao como se vestir no momento em
que pretende garantir um espaço no mercado de trabalho.
Afinal, se muita gente ainda tem medo da entrevista para emprego, vale ressaltar que, ao cometer equívocos, essa sensação de medo pode ser amplificada graças a reação negativa imediata do entrevistador. Oferecemos algumas dicas para que o medo seja, não apenas sublimado, mas deixado de lado por completo. Ninguém nega que vergonha, timidez e medo de falar em público são problemas que muitas vezes atrapalham na hora da busca por um emprego.
Alguns cuidados, por mais que possam parecer banais, são de grande
importância no momento em que há contato entre as pessoas. No momento em que
esse contato significa a "batalha" por uma profissão. Falar muito
perto do outro, mexer muito no cabelo, manipular objetos, cruzar pernas a
todo o momento, usar palavras como "tá", "né", "tipo
isso", "vou te amostrar", "ninguém merece", "a
nível de", são completamente desnecessárias e muitas vezes até irritam o
entrevistador.
É importante demonstrar uma atitude segura, para que o entrevistador perceba que está diante de alguém determinado, que vá trazer algo bom para a empresa, ou seja, que agregue, que some. Deve-se olhar no olho e nunca desviar o olhar ou olhar para o teto. Se o entrevistado não olha diretamente ao entrevistador, isso transmite a conversa pouco confiável. Segurança, no entanto, não é prepotência, a humildade também é uma virtude. Segundo profissionais de RH do Grupo LET, os atos de procurar emprego e o de se submeter à entrevista devem ser encarados como naturais, "não precisa ter medo, receio ou vergonha".
Abaixo seguem algumas dicas bem simples sobre o que não devemos fazer
e como se portar numa situação como essa:
Na comunicação oral evite:
- Falar muito baixo ou muito alto. - Falar muito depressa ou muito devagar. - Falar com voz estridente. - Falar em tom monótono, sem modulação. - Diminuir o volume da voz no final de frases. - Falar como um 'robô'. - Omitir "s" e "r" finais. - Usar muitos termos estrangeiros. - Pronunciar incorretamente os termos estrangeiros. - Ser repetitivo(a). - Expressar-se sem objetividade e clareza. - Usar termos técnicos para um público leigo. - Usar argumentos inconsistentes e genéricos. - Perder-se em detalhes. - Utilizar vícios de linguagem: 'Tá?'; 'Né?'; 'Ok?'; 'Certo?'; 'Entendeu?'; 'Percebe?'; 'É isso aí!'; 'Tipo assim... '; 'A gente'; 'Acho que... '. A nível de "... - Repetir as mesmas coisas, mesmo que de formas diferentes ou usar pleonasmos tais como: 'elo de ligação'; 'novo lançamento'; 'acabamento final'; 'certeza absoluta', 'sintomas indicativos'; 'detalhes minuciosos'; 'encarar de frente'; 'multidão de pessoas'; 'retornar de novo'; 'surpresa inesperada'; 'escolha opcional' e 'planejar antecipadamente'.
Na comunicação não verbal procure evitar:
- Manipular nervosamente objetos (caneta, chaveiro, crachá, gravata etc.). - Ajeitar constantemente os cabelos e os óculos. - Coçar-se. - Prender as mãos nas costas. - Roer unhas. - Cruzar os braços. - Enfiar as mãos nos bolsos. - Apoiar as mãos na cintura. - Apoiar-se nos móveis. - Olhar para o chão ou para o teto. - Olhar muitas vezes para o relógio. - Arregalar o olho, franzindo a testa diante de alguma pergunta. Na comunicação interpessoal (conversa com o entrevistador) evite: - Mostrar-se prepotente. - Mostrar-se subserviente. - Fornecer informações incorretas. - Interromper o interlocutor, desrespeitando a sua vez de falar. Evite também alguns erros de pronúncia muito comuns:
Certo: sobrancelha,
desequilíbrio, meteorologia, asterisco, aura, beneficente, empecilho,
invólucro, privilégio, frustrado, advogado, mostrar.
Errado: sombrancelha,
desiquilíbrio, metereologia, asterístico, áurea, beneficiente, impecilho,
envólucro, previlégio, frustado, adevogado, amostrar.
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quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Falando sobre processo seletivo... o que é preciso evitar para que a ENTREVISTA não provoque medo
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