Por Priscila de Loureiro Coelho
Relacionamento.
Tão lógico quanto complexo é este aspecto na vida do
ser humano. O relacionamento implica algum conhecimento básico de sua dinâmica,
pois sendo ele uma arte, como tal deve ser tratada.
Relação é o conhecimento recíproco e/ou convivência entre pessoas; podendo
resultar em laços afetivos, de amizade ou apenas de respeito e cordialidade.
Não se pode desvincular relações de ética, pois ambas se complementam e se
auxiliam entre si.
Precisamos considerar que o ser humano ao mesmo tempo em que é individuo,
pertence ao coletivo. É, pois, um ser plural e singular. Esse detalhe, quando
compreendido e aplicado ao comportamento, transforma-se em benefício que
favorece as relações interpessoais.
Assim, o ser humano é uno. Único enquanto indivíduo, com especificidades que
lhe são próprias e que são produtos de uma série de fatores, sejam biológicos,
ambientais, culturais, ou econômico-sociais. Por outro lado, ele é parte de uma
coletividade, que possui também características peculiares resultante de
diversas influências.
Quando pensamos na arte de se relacionar, levamos em conta esses fatores e
assim podemos nortear nossa conduta de maneira mais eficaz.
Na base de todo relacionamento encontra-se a comunicação. Quando
conseguimos fazer com que a pessoa que se relaciona conosco compreenda o que
desejamos, podemos dizer que conseguimos nos comunicar. A comunicação é,
portanto, o fundamento de toda relação.
Existem elementos que, aliados à comunicação, facilitam o desenvolvimento
de uma relação saudável e produtiva, independente de sua natureza.
Todo relacionamento exige atenção. Tudo que recebe nossa atenção tende a
conquistar espaço em nossa consciência e, conseqüentemente, provocar interesse.
O interesse nos leva a buscar conhecimento, passamos a desejar compreender
melhor a pessoa com quem estamos nos relacionando. Quando realmente conhecemos
alguém, seja um colega de trabalho, um amigo do círculo social, um parente, não
importa, nos tornamos mais tolerantes e persistentes no cultivo deste convívio.
E se assim agimos, vamos aos poucos melhorando a qualidade deste relacionamento,
fazendo com que seja profícuo e harmonioso.
Ações estratégicas interligadas a uma boa comunicação promovem uma relação
interpessoal satisfatória
Nesta dinâmica entram outros dois elementos determinantes. Razão e Emoção. Nenhum
relacionamento, seja qual for sua natureza, pode dispensar estes dois
elementos.
A razão nos permite aprimorar o conhecimento através da
observação, convivência e a abstração de todo conjunto de informações que vamos
obtendo ao longo do tempo. Ela nos capacita ao discernimento que é
imprescindível à boa comunicação.
Já a emoção nos possibilita um envolvimento com a
pessoa; criar um vínculo, vínculo este, que varia na qualidade do sentir.
É necessário sensibilidade para que se construa o elo que permitirá o fluir da
convivência. Talvez possamos, de modo um tanto ousado, associar a razão com o
conteúdo e a emoção com a qualidade do relacionamento.
O homem não nasceu para viver isolado, realiza-se quando partilha seus
talentos, quando concretiza seus projetos, sejam quais forem, e isso ele não
pode fazer sozinho. Precisa sentir a justificativa para o que é capaz de
elaborar; sente necessidade de reconhecimento de suas conquistas; busca
afetividade em diversos níveis, para encontrar equilíbrio em seu interior. E
tudo isso, não pode obter sozinho. Daí a importância das relações.
A arte de se relacionar não pode ser reduzida ao simples ato de verbalização
como condutor de idéias, mas sim apreender em profundidade, a identidade
individual e coletiva das pessoas envolvidas.
Quanto maior a interação do indivíduo em seu meio, tanto maior a possibilidade
de obter sucesso em todas as áreas de sua vida.
As relações interpessoais são, em ultima análise, o pilar para a felicidade do
ser humano.
Equipe de Moderadores
Grupo ConfrariaRH
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