Inúmeras vezes observamos gestores e até mesmo
diretores de empresas diante com um dilema: como fazer os colaboradores
vestirem a camisa da organização e, consequentemente, terem um melhor
desempenho diante das necessidades do negócio? Essa questão não é simples de
responder, pois envolve fatores que incluem desde indicadores como, por
exemplo, o clima organizacional e o relacionamento entre lideres-liderados.
Abaixo, listo algumas ações que podem ser aplicadas por empresas de qualquer
segmento e porto, para estimular os talentos a abraçarem, de fato, a
"bandeira" das companhias.
1. Contribuição - Deixe claro para os
profissionais, de todos os níveis, o valor que cada um oferece para a obtenção
de resultados para o negócio. Para isso, recorra aos canais de comunicação como
impressos, murais, intranet etc.
2. Reconhecimento - Muitos profissionais entregam
o melhor de si no dia a dia de trabalho, oferecem bons resultados. No entanto,
a maioria se sente desestimulada porque não tem seu esforço reconhecido. Vale
lembrar que nem sempre o reconhecimento vem através de uma gratificação. Não
que um bônus deixe de ser bem-vindo, pelo contrário. Contudo, muitas vezes, uma
conversa informal com a liderança pode ser valiosa, principalmente quando o
gestor enfatiza a contribuição significativa do funcionário e agradece em nome
da empresa.
3. Face a face - A contribuição da comunicação
interna para estimular o funcionário a vestir a camisa da empresa é valiosa,
mas precisa de reforço. Nesse momento, a comunicação "face a face" é
um diferencial significativo. Por essa razão, estimule os gestores a promoverem
reuniões periódicas, onde seja possível repassar informações sobre a empresa e
abrir espaço para que os profissionais apresentem dúvidas sobre assuntos
relacionados à organização.
4. Confiança - Um profissional só "veste a
camisa" da empresa quando acredita nos valores e na missão corporativos.
Caso algum boato surja nos corredores, antes de identificar a fonte que o
gerou, a organização deve preocupar-se em desfazer os "ruídos". Se um
dirigente de destaque foi desligado, por exemplo, e isso provocou preocupação
nos demais profissionais, um informe oficial sobre a saída do executivo pode
sem dúvida alguma evitar temores desnecessários.
5. Liderança - Equipe só se torna realmente coesa
quando tem à frente um gestor que conduz o leme e mostra aos seus liderados
para onde eles estão indo, qual o destino que devem alcançar e mostrar
alternativas que os façam atingir as metas desejadas. É um risco muito grande
colocar um profissional para conduzir uma equipe, sem que este realmente tenha consciência
do papel de gerir pessoas. Ser chefia não é sinônimo de liderança.
6. Desenvolvimento - Quantas pessoas têm sonhos
inclusive profissionais, mas que nem sempre consegue realizá-los por falta de
oportunidade? Isso é mais comum do que muitos dirigentes organizacionais
imaginam e por vezes, o colaborador deseja desenvolver novas competências sejam
técnicas ou comportamentais para ter chances de ascensão interna. Esse é o
momento de refletir: sua empresa tem dado oportunidades de crescimento aos seus
talentos?
7. Qualidade de Vida - Se antes existia a premissa
de que apenas salários atraentes eram suficientes para fazer o colaborador
"vestir a camisa" da empresa, hoje se observa uma mudança
comportamental que ganhou espaço entre muitos talentos que fazem a diferença.
Falamos sobre qualidade de vida. No mercado altamente competitivo observam-se
pessoas já se desligaram de grandes corporações porque ultrapassaram seus
limites e sentiram reflexos tanto na saúde física quanto mental. Por isso, não
é mais surpresa ver um profissional migrar até a concorrência para ganhar um
salário inferior, tudo em troca da melhoria da qualidade de vida. Ações em QVT,
mesmo que sejam consideradas simples, precisam estar entre as prioridades de
uma gestão.
8. Pesquisa de clima - Quando um time disputa uma
partida, não importa a modalidade esportiva, os seus integrantes precisam de um
diferencial de extrema importância para vencer o desafio que nesse caso é
representado pelo adversário: MOTIVAÇÃO. Vale lembrar que a área de Recursos
Humanos possui um recurso valioso para mensurar os índices de satisfação
interna: a pesquisa de clima organizacional, uma vez que através dela é
possível identificar os pontos fortes e aqueles que precisam ser trabalhados e
que podem gerar um quadro de insatisfação interna.
9. Feedback - É notório que organização alguma é
sinônimo de entidade beneficente e que os profissionais que nela atuam precisam
atender as expectativas do negócio. Para que uma bola de neve não se forme
diante da performance dos talentos e esses ofereçam o melhor de si, é
fundamental saber o que a empresa espera deles. O processo de feedback é uma
ferramenta que permite ao gestor e ao liderado uma relação rica. Quem
"veste a camisa" de um time, precisa conhecer as estratégias e as regras
do jogo para entrar em "campo" e dar o melhor de si.
10. Metas realistas - A entrega de um profissional
à empresa também depende da infraestrutura, das condições de trabalho que a
organização oferece. É utopia acreditar que um talento dará o melhor de si, se
ele não tiver o respaldo da empresa que possibilite o alcance ou a superação de
metas. Cobrar que se tire leite de pedra, é uma "Missão Impossível" e
apenas cai bem para o agente Ethan Hunt, interpretado pelo ator Tom Cruise
consegue verdadeiros "milagres", graças à ajuda de muitos efeitos
especiais e da rica criatividade do diretor cinematográfico.
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