sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Ser feliz no trabalho é primordial

Um levantamento feito por pesquisadores norte-americanos 

aponta que cerca de 60% das pessoas com emprego regular tem 

interesses diferentes das empresas em que trabalham. Outros 

dados revelam que os problemas gerenciais, em sua grande 

maioria, estão relacionados à falta de motivação e não à 

incompetência. Isso significa que muita gente não identifica seus 

verdadeiros talentos e acabam assumindo posturas, cargos e 

propósitos que não são seus.


Somos fruto do que pensamos, sabemos, sentimos e fazemos. 

Hoje, além de estarem conscientes desse fato, as organizações 

reconhecem a importância da contribuição de pessoas que 

integrem harmoniosamente o pensar, o saber, o sentir e o agir. 

Embora continuem valorizando os conhecimentos técnicos de um 

especialista, elas buscam profissionais que agreguem outras 

características, como criatividade, flexibilidade, prazer, 

generosidade e afetividade, além de estilo de vida compatível 

com seus valores.


Posturas do tipo: “No trabalho sou uma pessoa bem diferente do 

que sou em casa”, ou “não levo problemas do trabalho para casa 

nem da casa para o trabalho”, antes até proferidas por 

profissionais em cargos de chefia, que preconizavam e se 

gabavam de não misturar vida pessoal com vida profissional, não 

fazem mais sentido. Não somos dotados da capacidade de ativar 

algumas qualidades em determinada parte do dia e não em 

outras. Ninguém é criativo apenas no trabalho, assim como 

ninguém é habilidoso apenas em casa. Somos criativos e 

habilidosos na vida.


O profissional que faz o que gosta, coloca em prática os seus 

talentos e tem prazer em desenvolver seu trabalho, mantendo-

se fiel aos princípios éticos de respeito aos seres humanos e à 

natureza. Ele sabe equilibrar suas responsabilidades na empresa 

com a importância do seu bem-estar pessoal - passa tempo com 

a família, encontra os amigos, viaja e/ou pratica esportes.


Pesquisadores do mundo do trabalho acreditam que paixão e 

felicidade não estão associadas apenas à intensa experiência 

amorosa entre seres humanos e enfatizam a importância desse 

“estímulo” para todos os aspectos da vida. Eles garantem que 

esse sentimento constitui um fator determinante para o sucesso 

pessoal e também profissional.


Cada vez mais as organizações estão buscando profissionais que 

se destaquem por suas qualidades e pela aptidão em aumentar 

seus recursos e suas potencialidades de forma contínua e 

integrada. Encontro muitos profissionais que confirmam esse 

posicionamento. Ao mesmo tempo, também vejo as empresas 

preocupadas com o bem-estar físico mental e emocional dos seus 

colaboradores, em uma nova ordem de “talentos humanos” em 

que o colaborador não é mais visto como pessoa dividida entre 

profissão e vida particular.


As empresas modernas valorizam as pessoas harmoniosas e 

equilibradas, capazes de aliar à competência, à habilidade e à 

eficiência no trabalho também a alegria e a afetividade com que 

marcam sua vida, e, igualmente, levam para a vida pessoal o 

respeito e o empenho que dedicam ao trabalho - nesse cenário 

não cabe mais uma pessoa compartimentada, mas integrada em 

qualquer circunstância. A tendência mundial é unir trabalho e 

satisfação, porque é fato comprovado que a produtividade 

aumenta em proporção direta à satisfação das pessoas 

envolvidas, uma condição que só traz benefícios: lucro, 

reconhecimento, realização, traquilidade, alegria e bem-estar.


Leila Navarro


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