segunda-feira, 21 de novembro de 2011

No trabalho, valorize-se para que o valorizem!

Você quer melhorar em seu trabalho, mas sente que não é capaz de conseguir? Você se desculpa continuamente pelas coisas que não faz bem? Falta confiança em si mesmo e se sente inseguro ao fazer suas propostas e pedidos? Você rende menos e não alcança suas metas? Custa a resolver situações conflituosas e se inibe de participar dos assuntos do escritório?

Este conjunto de sensações e atitudes poderia se enquadrar dentro de uma síndrome que é classificada nos manuais de psicologia, mas que é muito comum na esfera do trabalho, prejudicando vidas e vocações: a baixa autoestima no trabalho.

Para resolver este problema, convém levar em conta uma "regra de ouro" não escrita, mas sumamente certa, que pode ser aplicada nas relações sociais e, sobretudo, nas trabalhistas: para que os outros acreditem em você, primeiro você deve fazer o mesmo.

"Em muitos casos, as outras pessoas são como um espelho: simplesmente refletem quem está na frente, ou seja, o que lhes chega dessa pessoa", diz Viviana Segura, especialista em relações trabalhistas e gestão de grupos.

"O amor próprio ou carinho consigo mesmo são muito importantes na esfera laboral, porque é o motor que nos impulsiona a seguir em frente e a conseguir o que nos propomos. É um sentimento positivo, gerador de confiança e entusiasmo, que contribui para a realização, felicidade e sucesso pessoal e social", afirma.

"Conhecer-nos, aceitar-nos e valorizar-nos é fundamental não só para enfrentar as demandas do mercado, mas para prosperar. Para tirar o máximo proveito de nossos interesses, habilidades e experiências, temos que nos tornar nossos melhores amigos", recomenda Viviana.

Objetivos realistas, sucesso próximo
Para conseguir isso, a especialista sugere fixar objetivos realistas. O que nos proponhamos deve ser fundamentado em nossos próprios dons, assim, poderemos chegar ao máximo do que podemos, que podem ser lugares muito altos.

A falta de determinados talentos pode ser suprida com outras qualidades que podemos desenvolver, como a constância e o esforço. Às vezes, para prosperar, é mais útil cultivar uma capacidade como saber se relacionar bem com as pessoas do que ter um currículo acadêmico ou uma trajetória profissional brilhantes.

Também é fundamental, se for necessário, desenvolver as habilidades que nos faltam.

"O que precisamos para chegar aonde queremos? Se não sabemos usar o computador, é um absurdo que queiramos fazer uma infinidade de coisas com ele: primeiro, devemos fazer um cursinho de informática", diz a especialista.

Se fazemos algo para o qual não somos capacitados e erramos, nossa reação provavelmente consistirá em colocar a culpa na máquina ou nas circunstâncias, ou nos enganarmos repetindo que, "no fundo, isso não interessa".

É preferível reconhecer nossas carências ou deficiências e saná-las, perguntando a quem sabe, buscando ajuda ou informação, ou se capacitando.

Para se sentir bem e valorizado no trabalho, é fundamental buscar e encontrar a utilidade do que fazemos.

"Quando sentimos que nosso trabalho é algo bom e serve para algo ou alguém, o valorizamos, temos mais força, nos sentimos melhor e nos dá vontade de fazê-lo com mais intensidade. Todos somos úteis em nível social, desde os trabalhadores mais humildes ou domésticos, até os grandes inventores e executivos", indica Viviana.

É conveniente analisar o que oferecemos ao bem-estar da sociedade, ajudando que outros seres humanos vivam melhor. Todos os trabalhos têm sua parte positiva e são necessários. O que nós fazemos permite que outras pessoas façam sua vida.
A constância é outro ingrediente chave da autoestima e do sucesso no trabalho. É uma qualidade que pode ser cultivada e desenvolvida e chega aonde às vezes não bastam as habilidades ou dons naturais.

Quando somos constantes, chegamos muito longe, muito alto, mas não devamos confundir a perseverança com a teimosia ou com o costume a certas ideias, o que nos leva a "quebrar a cabeça" em mais de uma ocasião.

"Em um mercado de trabalho como o atual, vertiginoso, instável e em plena transformação, as ideias fixas são um mais impedimento do que uma ajuda. É preciso ser flexível e estar disposto a modificar crenças ou táticas, quando vir que as coisas podem ser feitas de forma melhor", assinala a especialista.


María Jesús Ribas

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