sexta-feira, 27 de maio de 2011

Viver é Diferente de Sobreviver

É triste ver tanta gente lutar para sobreviver.

E não estou falando apenas daqueles que ganham salário mínimo, mas de executivos que vivem angustiados com tantas pressões, de empresários que fogem de suas famílias, pois não aprenderam a amar, de pessoas de todos os níveis sociais que estão sempre assustadas perante a vida.
São pessoas que não vivem. Apenas sobrevivem, como se estivessem numa crise asmática permanente: aquela eterna falta de ar e, de vez em quando, o alívio rápido e passageiro. Logo depois sentem de novo o sufoco insuportável.

Essas pessoas não vivem, sobrevivem.

E apenas sobreviver é trabalhar em algo sem sentido só para manter o salário;
É fazer joguinhos de poder para manter o emprego;
É sair com alguém que não se ama somente para aplacar a solidão;
É ter relações sexuais só para manter o casamento;
É não conseguir desgrudar os olhos da TV, com medo de escutar a voz da consciência;
É ter de tomar alguns drinques para conseguir voltar para casa.

 A sociedade nos pressiona diariamente para nos transformar em máquinas. Todos os dias, pela manhã, uma multidão liga seu corpo como se fosse mais uma máquina e sai pela porta para uma repetição infinita de ações rotineiras sem nenhuma relação com sua vocação e seu talento.

 E muita gente chama a isso livre-arbítrio. Depois vão a massagens, saunas, fazem um monte de ginástica em busca de um pouco de energia extra para, no dia seguinte, voltar a fazer o mesmo trabalho que não tem nenhuma relação com sua alma.

Muitos estados de depressão são, na realidade, frutos de uma terrível sensação de inutilidade.

Esse olhar vago do deprimido é muitas vezes o olhar de quem poderia ter aproveitado as oportunidades da vida, mas não soube valorizar o que era realmente importante.

Se, por acaso, você se identificou com a descrição acima, está na hora de mudar. Aproveite o início de um novo ano !

O filósofo espanhol Julián Marías escreveu que a infelicidade humana está em não preferir o que preferimos. 

Quando uma pessoa não prefere o que prefere, acaba se traindo.

As escolhas de nossa vida têm sempre de privilegiar a nossa essência.

Nossa vocação não tem nada a ver com ações sem afeto.

O ser humano nasceu para realizar a sua vocação divina.

No entanto, quantas vezes acabamos nos dedicando exclusivamente à sobrevivência!

Sobreviver e viver são experiências completamente distintas.

Viver é ser dono do próprio destino.
É saber escrever o roteiro da própria vida.
É ser participante do jogo da existência, e não mero espectador.
É viver as emoções, é ter os próprios pensamentos e viver os seus sonhos.

Sobreviver é administrar o tempo para que o dia acabe o mais rápido possível.
É conseguir ter dinheiro até o próximo pagamento.
É respirar de alívio porque chegou o final do expediente.
É ir resignado de casa para o trabalho e do trabalho para casa.
É adiar o máximo possível as mudanças para não ter de arriscar nada...

Chega de migalhas da vida!

Chega de viver como um fugitivo, olhando para os lados, com medo de tudo e de todos!

O ser humano merece mais do que simplesmente completar seus dias.

Merece a plenitude da vida.

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