Venho de família de
empreendedores e converso com muitos todos os dias. Já vi guinadas extremas em
negócios, tanto para o bem quanto para o mal.
Duas coisas garantiram a
sobrevivência das empresas durante os momentos críticos de inflexão: a
capacidade do empreendedor de assimilar as ‘pancadas’ e a habilidade de enxergar
novos caminhos.
São aspectos que não
necessariamente dizem da qualidade do produto, da fatia do mercado ou do
capital investido. São os aspectos subjetivos, como perseverança, capacidade de
assumir risco, da constante auto motivação e do aprendizado pelo exemplo de
outros, que interferem diretamente no andamento dos negócios.
É claro que apenas o aspecto
pessoal não garante sucesso. É preciso conjugá-lo com todas as premissas
clássicas que definem um bom negócio. Mas negócio nenhum mantém o crescimento se
o empreendedor for descontrolado.
O que, então, garante o
sucesso, em termos psicológicos e comportamentais? Há padrões que podem ser
percebidos e aprendidos?
A resposta é sim, segundo a psicóloga americana Heidi
Grant Halvorson, autora do livro Succeed: How We Can Reach Our Goals. Em um texto escrito para a
Harvard Business Review, ela elenca nove coisas que as pessoas bem-sucedidas
fazem diferente do resto.
Leia a lista e faça sua
auto-análise:
1- Seja específico. Ao
impor metas, seja o mais específico possível. Saber exatamente o que tem de ser
alcançado mantém a motivação. Pense nas ações específicas que vão ajudar na
realização de cada meta.
2- Não desperdice
oportunidades. O homem moderno é um ser muito atarefado. Ele pratica uma
espécie de malabarismo com as oportunidades. Ele pega uma, trabalha nela um
pouco e a joga para o alto. Ele pega outra, trabalha nela outro tanto e a joga
para o alto. Atingir os objetivos significa agarrar as oportunidades – as
grandes e as pequenas – antes que elas escorram pelos dedos.
3- Saiba exatamente o
quanto falta no caminho. Para atingir metas é preciso um monitoramento. Se
você não souber o quão bem está indo, não conseguirá ajustar suas estratégias
corretamente. Confira seu progresso com olhos rigorosos e diariamente,
dependendo do objetivo.
4- Seja um otimista
realista. Ninguém determina objetivos sem se envolver numa rede de
pensamento positivo. Acreditar na capacidade de ser bem-sucedido é fundamental
para criar e manter a motivação. Mas nunca subestime as dificuldades de atingir
metas. A maioria exige tempo, planejamento, esforço e persistência.
5- Concentre-se em
melhorar, não em ser bom. É importante a pessoa acreditar que tem a
habilidade para atingir as metas, mas também importa muito que ela confie que é
possível aprender a habilidade. A maioria das pessoas acredita que a
inteligência, a personalidade e as aptidões são coisas fixas, que não podem ser
melhoradas.
O resultado: o foco nas
metas se direciona a provar a própria capacidade, em vez de desenvolver e
adquirir novas competências. Aceitar o fato de que é possível mudar e melhorar
ajuda a fazermos escolhas melhores e atingir pleno potencial.
6- Seja firme. É a
vontade de se comprometer com objetivos de longo prazo e persistir diante de
dificuldades que distingue os bem-sucedidos. Pessoas sem essa “pegada”
geralmente pensam que não têm as qualidades intrínsecas dos bem-sucedidos.
“Está errado”, diz Heidi. O esforço, planejamento, persistência e boas
estratégias são as chaves para o sucesso.
7- Malhe sua força de
vontade. Seus músculos de autocontrole são como qualquer outro músculo em
seu corpo – quando não é exercitado, fica flácido com o tempo. Mas quando é
usado, cresce forte e mais adequado para ajudá-lo a atingir os objetivos.
8- Não jogue com as
tentações. Não importa quão sólida se tornou sua força de vontade. É
importante manter em perspectiva de que ela é limitada e, se você se
sobrecarregar, vai acabar sem energia. Não tente tomar duas tarefas
desafiadoras ao mesmo tempo. “Pessoas de sucesso sabem como não tornar as metas
mais difíceis do que já são”, diz Heidi.
9- Foco no que vai
fazer, não no que não vai fazer. Planeje como substituir seus hábitos
ruins por outros bons. Tentar evitar um pensamento só faz com que ele fique
ainda mais ativo na mente. Se você quer mudar seu jeito de ser, pergunte a si
mesmo: em vez disso, o que posso fazer?
Artigo
de Thiago Cid – Fonte PEGN
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