Conhecer essas falhas e evitá-las é um fator de sucesso, principalmente
no longo prazo
Muitos profissionais percebem que
seu networking é inútil, quando precisam dele. Trabalham muito, dedicam-se à
empresa, mas, na hora em que perdem o emprego, não conseguem recolocação por
meio de seus contatos.
Isso ocorre porque,
conscientemente ou não, cometem erros fatais para seu networking. Não há rede
de relacionamento que resista a ações infelizes de seus participantes.
Portanto, conhecer essas falhas e evitá-las é um fator de sucesso,
principalmente no longo prazo. Afinal, qualquer um pode ser bem-sucedido por um
ano ou dois, mas a carreira deverá durar décadas e, portanto, o foco deve ser
no equilíbrio do sucesso de curta e longa duração.
Ser desconhecido
Por vezes, recebo mensagens de
profissionais que pedem para ser indicados para uma oportunidade de emprego.
Quando alguém lhe pede a sugestão de um médico, quem você indica? Provavelmente
algum que você mesmo utiliza ou que seja conhecido por pessoas nas quais
confia.
Um erro fatal muito comum é o
indivíduo querer ser recomendado por alguém que não o conhece. Além de não ser
indicado, sua imagem fica destruída, pois é evidente que é conhecido por poucos
ou que aqueles que o conhecem não desejam ajudá-lo.
Fazer networking somente quando
está desempregado
Quando um colega de longa data
lhe chama repentinamente para almoçar, pode esperar duas coisas: ele vai pedir
um emprego, e você é quem vai pagar a conta. Essa é uma das atitudes mais
destrutivas que alguém pode ter: lembrar-se dos amigos somente nas horas de
dificuldade. Na vida pessoal, isso já é visto com muitas reservas, mas, na
profissional, é um motivo de fracasso no longo prazo. Pessoas não são
instrumentos para seu sucesso, que você liga ou desliga somente quando precisa.
Amadureça e aprenda a conviver
com indivíduos de seu setor ou considere mudar de carreira.
Pedir ajuda a quem você
prejudicou
Muitos profissionais tratam bem
somente seus chefes. Não contribuem com seus subordinados, pares e outros departamentos.
São indiferentes aos clientes e aos concorrentes. Para piorar, tratam mal os
fornecedores da empresa. De repente, ficam sem emprego e querem receber ajuda
dessas pessoas.
Um de meus critérios de escolha
das empresas das quais compro produtos e serviços é saber como elas tratam seus
fornecedores. Na minha “lista negra”, recentemente ingressou uma famosa
churrascaria em São Paulo, pois descobri que, além de pagar mal seus
fornecedores, trata-os com desprezo. O mesmo ocorreu, há tempos, com uma rede
de supermercados. Se a ética nos negócios é cada vez mais um fator de escolha
do consumidor, imagine para sua profissão. Se você trabalha para uma empresa
que trata mal seus fornecedores, funcionários e a comunidade, procure outro
local para trabalhar, pois sua carreira fica em risco no longo prazo. Afinal,
você será um agente dessas ações antiéticas e avaliado não como alguém que
cumpre ordens, mas que faz essas ações.
Tenho observado pessoas que,
ainda aos 30 anos, fazem atos que comprometem sua reputação. O resultado é que
ainda têm, pelo menos, mais 30 anos no mercado, e seguramente passarão por
muitas dificuldades na vida, pois ninguém desejará trabalhar com elas no
futuro.
Como mencionei, o importante é
que você seja bem-sucedido no longo prazo em sua profissão. Seja persistente,
amadureça e cuide de sua rede de relacionamentos. Quanto mais comprometidos
estivermos em agregar valor uns aos outros, para contribuir com propósitos
elevados, mais próspero tornaremos o mundo.
Portanto, tenha cautela com seu
desejo de ser bem-sucedido a qualquer preço. O sucesso requer preparo e
cuidados de longo prazo.
Vamos em frente!
Sílvio Celestino - autor do livro
Conversa de Elevador – Uma Fórmula de Sucesso para sua Carreira, Sílvio Celestino
é sócio-fundador da Alliance Coaching.
Indicação Ari Grassia